A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Me desculpa pela demora, eu acho que esse capitulo foi o que eu mais demorei para elaborar e ainda sim tenho minhas duvidas sobre ele, eu queria agradecer pelos comentários e pedir desculpas por qualquer erro de escrita que existir dentro desse capitulo.
Boa leitura á todos. Aproveitem !



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Ele entrou em sua sala e andou de um lado para o outro três vezes e antes de completar a quarta, atirou o celular contra a parede de vidro, o barulho atraiu olhares, mas, ele nem sequer se importava com a atenção que os demais do lado de fora davam, ele apenas se virou para sua mesa e pegou o pote de canetas e arremessou sobre o chão, espalhando todas pelo carpete, antes de qualquer outra atitude de raiva, Flack entrou na sala, recebendo diretamente o olhar direto do detetive.

— Você tem razão, a culpa é minha ! – Admitiu. – Por minha causa ela foi embora e por minha culpa, ele está com ela. – Flack fechou a porta e Mac se virou para a janela. – E a cada dia isso me consome, eu sinto a culpa de não tê-la ouvido quando ela pediu para conversarmos ou quando  ela ainda estava aqui bem do meu lado e eu não pude ver que eu era apaixonado por ela e que todo aquela ligação, aquela relação que existia entre a gente não era apenas amizade.  – Se virou para Don. – Ninguém sente mais falta dela do que eu, Flack, eu não perdi só uma parceira, eu perdi minha melhor amiga, a mulher que sabia tinha algo de errado comigo só de me olhar e que me entendia independentemente da situação, a mesma que nunca me julgou, que nunca ficou contra mim, eu perdi a mulher que me contestava quando não aceitava minhas decisões e que não aceitava nada mais do que o certo e justo, que defendia qualquer um dos amigos... – Mac parou por um segundo. – Eu perdi a mulher que eu amo e que eu deixei ir embora. – Terminou o desabafo com os olhos cheios de lagrimas. – Não aja como só você sentisse falta dela, por que não é só você.

Don desviou seu olhar e encarou o chão por alguns minutos. Ele conseguiu ouvir a respiração profunda de Mac. O silêncio se estabeleceu por longos segundos, Mac se virou para sua janela e encarou o céu.

— Eu não quis  dizer todas aquelas coisas, Mac. – Disse Flack erguendo seu olhar. – Eu estava nervoso, pra mim Stella é uma das pessoas mais importantes da minha vida, eu faria de tudo por ela e a ultima vez que estive naquele lugar, foi quando ela me disse que partiria, foi quando eu a vi chorar por não saber o que fazer, por não querer estragar sua felicidade, foi quando ela percebeu que para crescer profissionalmente ela teria que deixar a maior coisa que ela  lutou para ter e no fim conseguiu. –  Flack suspirou. – Uma família.

— Por que não me contou ? Por que você não me contou que ela estava indo ?

Flack caminhou até o amigo,  ambos lado a lado, encaravam o lado de fora.

— Você conhece ela tão bem quanto eu. – Mac o olhou, mas, Don permaneceu com seu olhar imóvel. – Ela me implorou pelo meu silêncio, me pediu que não te dissesse nada. Era ela quem tinha que te contar, Mac. – Se virou para o amigo. 

Mac balançou sua cabeça positivamente adquirindo as palavras do amigo.

— Era para ela estar de férias, há dois meses atrás. – Retirou o celular do bolso. – Ela estava com saudades de todos, principalmente da Lucy, queria fazer uma surpresa, queria passar um tempo com a Susan, queria voltar no tempo em que ela, Jess e Linds saiam e se divertiam juntas, noite das garotas como ela mesma cjhamava, ela estava tão animada.  – Contou desviando a atenção do celular para Mac e dando um sorrisinho. – Então dois dias antes do dia combinado para ela embarcar, ela me ligou e disse que não poderia vir por causa do grande caso que estava aberto, disse que estava no fim e que era ela quem tinha que fechar.  – Flack parou por alguns segundos.  – Eu fiquei furioso, chateado, mas, nos acertamos e  no dia em que ela sumiu, ela me ligou, me deixou mensagem, foi a ultima vez que eu ouvi a voz dela. – Suspirou e entregou o celular para Mac.

Ele o olhou curioso.

— Se fosse você no lugar dela e ela no seu, eu acredito, na verdade, eu tenho a total certeza de  que ela gostaria de ouvir sua voz, nem que fosse através de uma mensagem. – Colocou a  mão no ombro dele. – A senha é 1102. Eu vou ver como a Jessica está.

— Obrigado, Flack. – Agradeceu.

Flack acenou positivamente e se moveu até a porta de vidro, se retirando da sala indo a procura de sua namorada que estava em algum lugar acompanhada de Lindsay ou da Jo, ou até mesmo das duas. 

" – Cuide dele, Flack. – A voz conhecida soou em seus ouvidos. – Cuide dele por mim.”

A frase dita por Stella voltava ao seus ouvidos como se ela estive tão perto e repetisse o pedido á ele. Flack olhou ao seu redor e quando bateu os olhos no fim do corredor conseguiu ver a imagem  dela parada de costas, olhando o lado de fora, como ele fazia há segundos atrás. Como se advinha-se, ela se virou e o encarou como de costume fazia em sua sala, quando estava em um dia complicado e por segundos parava para contemplar a cidade que tanto amava. Ela sorriu e automaticamente, ele sorriu para direção da ilusão.

— FLACK. – A voz alta de Jo o assustou.

Ele olhou para o lado e viu a detetive parada o observando. Ela tocou o braço do detetive quando viu sua reação assustada.

— Está tudo bem ? – Indagou preocupada.

Flack se virou novamente para direção onde olhava, onde a viu parada sorrindo. Ela não estava mais lá, apenas um espaço vazio, ele fechou os olhos e respirou fundo, voltando em seguida a sua atenção em Jo.

— Está sim, está tudo bem. – Tranquilizou-a. – Você viu a Jess ? – Suspirou.

— Está com a Lindsay na sala de descanso, estão com o  Sheldon. – Informou o que foi perguntado.

— Obrigado. – Agradeceu e saiu cabisbaixo.

Jo o seguiu com seu olhar, quando o viu sumir de vistas, Jo Danville olhou para a direção que o mesmo encarava e até sorria, ela caminhou até o espaço vazio e olhou para a cidade lá fora. Jo resgatou seu celular e procurou um nome em sua agenda telefônica, ao optar pela ligação esperou que fosse atendida.

— Oi amor. – A voz masculina atendeu.  – Sentiu saudades ? – Irritou-a na segunda frase que dissera em menos de um minuto.

— Russ, eu preciso da sua ajuda. – Se manteve séria. – Eu preciso da ajuda do FBI.

...

Mac se mantinha em pé, seus olhos não observavam mais a cidade, o celular desbloqueado era seu ponto fixo de visão, suas mãos tremia, seu coração começava a bater mais rápido e ele tentava tomar a coragem necessária para ouvir a mensagem de voz de Stella. Ele prendeu seu ar e fez o que seu coração

“– Oi, sou eu. – A voz do outro lado fez com que Mac soltasse sua respiração. – Eu estive pensando sobre o que conversamos e acho que você está certo, talvez eu deva passar um bom tempo longe do trabalho, longe de casos, de relatórios e papeladas. Eu estou viciada em trabalho, eu não sei quando parar mais e  isso é cara do Mac, não é?! Viver dentro do laboratório, como se não houvesse um mundo do lado de fora. – Riu nervosa. –  Eu comprei uma passagem para daqui três dias, independente do que aconteça nesse caso, eu ache ou não o assassino, eu embarco para Nova York, eu juro que largo o caso e tiro minhas férias. – Como se pudesse vê-la enquanto gravava a mensagem, ele enxergava um sorriso nos lábios dela. – Você sabe que você e a equipe são tudo pra mim, a coisa mais importante que aconteceu na minha vida e que eu sacrifiquei para estar aqui e eu te garanto que não existe um dia em que eu pense e me pergunte se fiz o certo em partir e deixa-los para trás. Eu amo você e a equipe. – Declarou. – Me espera porque eu vou voltar, okay ?! Até mais, dê um beijo em todos por mim. – Despediu-se."

A mensagem acabou e os olhos desesperados de Mac encararam o telefone buscando por mais, ele se voltou para sua mesa e se sentou lentamente  deixando o celular ligado ao seu lado, os seus olhos encaram o porta retrato a sua frente, pela foto cruzou seu olhar azul com o verde brilhante tanto por foto quanto ao vivo.

...

Dias e mais dias se passaram desde o contato com Clark, foram tantos que preencheram mais um mês. Algumas coisas haviam mudado dentro desses dias. O caso do sequestro havia sido compartilhado com o FBI, agora o laboratório estava infestado de agentes do governo que colaboravam com novas investigações; não existia mais o casal Jessica e Flack, apenas o escombro de um relacionamento afetado pelo stress, nervosismo  e angustia, além de tantos outros sentimentos. Susan Hammerback estava vivendo a base de remédios fortes para se manter calma, a mulher dormia a maior parte do tempo e quando não fazia, ficava lendo e relendo um dos livros favoritos de Stella, um que ela mesma recolheu em seu apartamento quando foi até Nova Orleans para ficar mais perto da desaparecida.  Sid continuava ao lado da esposa, firme e forte, pronto para qualquer noticia que pudesse vir como uma avalanche, mas, ainda sofria calado pelo sumiço de Stella, ele não queria ser frágil perto de Susan que já havia atingindo seu limite, ela precisava de um ponto seguro, de alguém em quem ela depositasse sua dor. Ser frágil, levaria os dois as ruinas.

...

 Cansado, Mac se olhava no espelho do seu banheiro, ele tinha feito a barba por insistência de sua mãe que estava a cada dia mais preocupada com o rumo que isso estava levando. O vapor quente ainda embaçava o espelho, mas, ele conseguia se ver claramente, suas olheiras eram visíveis e sua dor ainda mais.

Ele retirou do banheiro e voltou ao seu quarto, sua cama ainda desarrumada, a garrafa de whisky totalmente vazia em cima do criado mudo e o porta retrato caído e quebrado no chão. Ele caminhou até a cama e jogou a gravata em cima dela, ele se agachou e recolheu o objeto, tendo em mãos apenas a moldura já que a foto ficara no chão junto com os cacos de vidros. Ele soltou um suspiro e voltou com as mãos para recolher a foto, seus olhos encararam a imagem que ele sempre admirava antes de dormir, a foto que antes enfeitava sua sala e que ele mesmo tratou de esconder em uma caixa e guarda-la em um lugar tão escondido que fosse esquecido.  Ele passou a observar a  mulher da foto juntamente com ele.

O toque do seu celular o despertou da fotografia e o trouxe de volta para seu quarto. Ele identificou quem o contatava.

— Fala, Flack. – Atendeu.

— Mac, achamos a Christine. – Informou. – Achamos ela no Central Park, perto da fonte. – Mac sentiu sua respiração falhar, assim como seu coração.

— Como ela está ? – Questionou temendo pela resposta.

— Ela está bem, está sendo levada para o hospital Mount Sinai.


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Notas finais do capítulo

E então ? Comentem, please !

OBS > São os comentários, suas opiniões que fazem a fic andar, quem estimulam os autores a continuar !

Beijos ♥ até o próximo