A New Chance. escrita por Izzie


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores !
Cá estou eu depois de um tempinho, atualizando novamente e esperando que gostem do capítulo, como sempre já peço desculpas por qualquer erro ortográfico e gramatical que houver.
Agradeço a todas que comentam, obrigada e vocês são demais ♥
Então, boa leitura, pessoal !



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Já haviam se passado minutos, muitos minutos desde o fim do vídeo, desde que a ultima noticia de Stella foi através de um vídeo onde a própria era tortura. Mac continuava em sua sala com o seu olhar fixo em um pedaço qualquer do céu azulado e aberto da cidade,  em sua mente repassava o vídeo pela milésima vez, toda a tortura desde o começo até o final. Os olhos azuis escuros de Mac se fecharam por um momento, não existia mais lagrimas, todas haviam partido a minutos atrás durante e após o vídeo.

— Mac ? – A voz de Jo surgiu o chamando. Ele abriu os olhos e voltou a encarar o céu.

 – Jo, eu quero ficar sozinho. – Pediu através de um sussurro.

Jo estava ali em nome da equipe, todos estavam em choque e aterrorizados com que tinham visto e ela também estava, não conhecia Stella pessoalmente apenas por fotos, matérias sobre algum caso grande que saia em jornais, nunca teve a sorte de topar com a detetive em algum congresso ou evento que reunirá supervisores ou sub- supervisores além do que se era falado dela, da reputação que deixou em Nova York como amiga leal e conselheira, uma irmã carinhosa  e principalmente uma madrinha zelosa e carinhosa o bastante para fazer sua afilhada viver contando sobre ela, sobre como era ouvi-la cantar ou vê-la tentando cozinhar o prato favorito de Lucy e de como a garotinha sentia saudades de seus momentos juntos.

Ela havia entendido a frase que a grega pronunciou silenciosamente no vídeo, e Jo sabia que Mac havia entendido também mas apesar de entender a frase, não entendeu o significado, na verdade a frase a qual se referia não passava de meros números. Depois de um longo suspiro, ela voltou a realidade e agora podia ver Mac a fitando seriamente, com seus olhos avermelhados.

— Você sabe o que significa  todos aqueles números ? – Questionou com um tom baixo mas suficiente para Mac ouvir.

Ela se sentou e o olhou curiosa.

— 05.06.24. – Sua voz pronunciou os números. Seus lábios se pressionaram apreensivos.  – Eu não sei, Jo, eu não faço a menor ideia do que pode ser ou significar esses números.

 — Uma senha talvez, de alguma conta ou cofre ? – Sugeriu sua ideia.

— Quando ela desapareceu e a noticia  caiu simplesmente sobre mim e a equipe, eu corri para os bancos que eu sabia que ela confiava, eram poucos na verdade apenas um, era onde um amigo de confiança dela trabalhava como gerente. Não havia nada, ela fechou todas as contas depois de alguns meses que partiu para Nova Orleans. — Contou a Jo.

— E um cofre, talvez no banco ou em algum outro lugar de segurança ?

A pergunta de Jo, fizera com que o silêncio pairasse sobre a sala enquanto sua famosa expressão pensativa formava em seu rosto, depois de alguns segundos algo pareceu surgir em sua cabeça.

— É uma senha, Jo, você está certa. – Mac afastou rapidamente a cadeira e se levantou. – E eu sei de onde é esta senha. – Caminhou rapidamente até a porta saindo por ela deixando Jo sozinha.

Jo viu os passos rápidos de Mac, assim como o próprio, a detetive de cabelos negros deixou a sala e seguiu o supervisor, adentrando no elevador junto com ele antes que as portas se fechassem. E por um fio viu Flack os encarando, ela sabia que a pressa havia chamado a atenção de alguém e esse alguém era o detetive da homicídios.

— Para onde vamos  ? – Ainda encarava a porta de aço enquanto sozinhos desciam para a garagem.

— Para o apartamento dela. – Deixou um sorriso sincero e curto escapar.

— Já estivemos lá, reviramos tudo e não achamos ... –Sua voz falhou e ela o olhou. – Você sabe de algo, não é ?! – Voltou a olhar as portas.

A viagem parecia ter sido tão rápida, muito mais rápida do que o costume,  aquele elevador sempre demorava minutos que se estendiam para a eternidade por algumas das vezes. Já em frente o carro de Mac podia ver um Don Flack escorado respirando fundo por diversas vezes, Jo viu mais uma vez sua intuição interna não falhar, pelo olhar em segundos dados enquanto a porta não fechava, ela viu que ele queria saber o por que da pressa, talvez ele havia sentido que envolvia a "irmã".

— Por que a pressa ? Tem algo a ver com ela não é ? – Um sorriso curto e rápido surgiu e desapareceu dos lábios de Jo. – Eu preciso saber, se é dela, eu tenho que saber. – Os olhos de Flack pareceram implorar.

— Vamos, Flack, vocês vão entender tudo. – Destravou o alarme, fazendo aleatoriamente Flack se afastar.

Depois que Mac entrou, Flack não perdeu nenhum segundo e entrou no carro em seguida. Jo apenas observou os dois, ela pode ver um empolgação surgir em ambos e ela ficava feliz mais ainda sim preocupada, tinha medo que ambos se desapontassem e no final desta ida até a antiga casa de Stella Bonasera não fosse nada e não obtivessem resposta alguma.

...

Seus passos eram cuidadosos, ele podia ouvir Flack e Jo conversando em algum cômodo mais distante do apartamento. Os moveis ainda estavam do mesmo jeito que ela havia deixado, todos cobertos por panos brancos, algumas paredes neutras entre uma com cor viva não trazia com tanta vivacidade a alegria que antes tinha e isso só confirmava o que era suspeito por ele desde que ela foi embora. Stella  era quem trazia consigo a alegria, a paz para os lugares e situações, exemplos disso tinha como o laboratório, cenas de crimes, seu apartamento e principalmente a vida de Mac, sem ela definitivamente não era a mesma coisa.

Era tão claro como ele podia revê-la ali no dia em que estava procurando pelo novo apartamento, o jeito que ela e Lucy brincavam naqueles cômodos vazios mais já preenchidos com a dupla alegria que ela e Lucy transmitia. Stella maravilhada com a casa nova e seus olhos brilhando por conta disso só o fazia sentir mais saudade daquela mulher e como se vê-la naquele momento não bastasse, ele ainda pode ouvir o riso dela com Lucy e a pergunta que lhe fizera, sobre o que ele havia achado do lugar. Um sorriso saudoso se desenho aleatoriamente em seus lábios. Mas em meio aos pensamentos, a voz forte o fez voltar a realidade.

— Mac ? – Ele olhou para a direção de onde vinha a voz e viu Flack parado. – É incrível que mesmo sem ela aqui, é fácil sentir a presença dela nesse lugar mesmo depois desse tanto tempo que ela está fora. – Soltou um sorriso assim como o de Mac.

— Ela e Lucy me fizeram brincar de esconde- esconde por todo apartamento, depois de me terem feito dançar uma musica do The Beatles – Encarou Flack. – A musica do sol, como a própria Lucy chamava  – Ambos riram em silencio.

Ambos podiam vê-la ali, andando por todo lado, sentada no sofá rindo de algo ou então sua simples imagem séria fazendo algo. Flack observava a poltrona onde se sentou quando implorou que não fosse embora, quando pediu para que ficasse mas ela ainda negou e alegou que aquela era uma chance irrecusável, o detetive só não sabia se a chance na qual ela se referia era de crescer no campo profissional ou de esquecer o homem que agora estava ali desesperado em encontra-la e assumindo que a amava.

— Ela queria te esquecer. – Sua voz soltou o que era seu pensamento.

Os olhos de Mac o encararam surpresos. De repente, uma raiva controlou o peito de Flack trazendo a lembrança do dia que ela realmente foi e implorou para que o amigo também cuida-se de Mac, ele pode ver o amor em seus olhos, o amor que ela sentia e que ele, Mac Taylor negou enxergar.

— Isso é culpa sua ! – Acusou com raiva. – Ela estava aqui e com isso estava segura, protegida por mim e por todos que a amam. – O tom de voz grave de Flack começava a se alterar. – Ela estava feliz, ela se sentia feliz e se ela estava assim, então eu também estava, eu estava aliviado por que eu sabia que se acontecesse algo ... EU ESTARIA AQUI PARA PROTEGE-LA. – O grito trouxe uma Jo curiosa e assustada ao cômodo. – MAS VOCÊ A MANDOU EMBORA .  – Gritou a plenos pulmões.

— O que está acontecendo aqui ? – Encarou os dois. – Flack, acalme-se. – Jo encostou em seu braço e ele se esquivou.

Ao mesmo tempo Mac estava estático, as palavras pareciam não sair ou nem se quer existir.

— ME ACALMAR ? – Perguntou irônico. Seu riso amargo fugiu de seus lábios. – Eu cansei de ficar calmo, eu cansei de ficar quieto e tentar fingir que está tudo bem e que isso não vai acabar em tragédia, por que eu sei que vai e sabe por que vai acabar assim, Jo ? – Olhou a detetive com suas lagrimas já a postos para caírem. – Porque ele foi cego o suficiente para não enxergar quem se doava o tempo todo por  e para ele, porque ele não viu que a mulher de quem ele precisava, sempre precisou e teve  e acredite que nem a merecia estava na sua frente, AO SEU LADO SEMPRE O DEFENDEDO E CUIDANDO DELE. – Apontou para Mac que tinha os olhos fechados com lagrimas. – Ela o amava, sempre o amou e todos sabíamos disso apesar dela mesma negar o sentimento, todos víamos o amor que exalava entre os dois. Sabia que ela sempre o defendia, em todos os momentos em que estávamos com raiva dele por algum motivo ou em algum caso, ela estava lá dizendo que era por proteção, que ele era um bom homem que ele só queria o nosso bem e não vamos nos esquecer de quando ele foi sequestrado pelo tal Drew Bedford, advinha quem surtou de desespero, quem ficou com o coração na mão por noticias, quem se SENTIU CULPADA ? – Encarou Mac com lagrimas, voltando o olhar para Jo em seguida. –  Foi ela, Jo, sempre foi ela por ele e ele pela Peyton, pela detetive Shelby e sei lá quantas a mais tem na lista, enquanto ela cuidava dele  nos piores momentos como aquele acidente, que ele caiu da escada por causa do suspeito, ela sempre saia mais cedo por que não queria deixa-lo só, ela passava o dia preocupada; querendo saber se ele estava bem, se sentia dor e se precisava de algo, ela não saiu do hospital enquanto não teve noticias, ela quase ameaçou a enfermeira para saber noticias dele. – Jo desviou o olhar para Mac, ele estava sentindo a dor do desabafo de Flack. – Você não a merece, eu espero que se ela voltar, ela te faça sofrer sendo feliz com o Anthony por que você merece sentir  a dor de vê-la com outro, de ver o sorriso dela sendo de outro e não seu. – Mac fitou curioso Flack que saiu esbarrando nele.

Mas antes que saísse, ele parou na porta e respirou fundo.

— E antes de ir, eu te conto quem é Anthony – Mac se virou para o olha-lo. – Ele é alguém, um homem que a fez feliz e realizada, ele em momento algum a fez chorar e eu espero que ela o escolha, que fique e seja feliz ao lado dele e que essa felicidade faça  você sofrer todo o dia, miseravelmente. – Saiu rapidamente pelo corredor do prédio.


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Notas finais do capítulo

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