Já havia se passado dois meses e ainda não tínhamos nenhum sinal de Stella, nenhuma pista do seu paradeiro e aquilo estava causando um profundo desespero em todos nós, até mesmo em mim que não a conheci mas era tão frustrante não saber nada daquela mulher, toda equipe estava abalada, Jessica e Lindsay choravam a cada tentativa errada que dava, a cada final de dia sem uma noticia, Adam e Sheldon não eram mais brincalhões, não tinha aquele animo que sempre tiveram, Danny e Don tentavam se manter fortes mas queria chorar, Flack por diversas vezes chorou por não saber da ‘’irmã’’ assim como Sid, Sid podia ser considerado um dos mais que estava em ‘’depressão’’ por não ter noticia da ‘’filha’’, já Mac deixou de ser o Mac, ele se isolou e não tem mais vida própria, a sua vida passou a ser uma missão, que era achar a mulher que sempre amou mas nunca admitiu.

Muita coisa mudou, ele terminou com Christine por que finalmente entendeu que o que ele sentia por ela não era amor e sim um afeto de irmão, de alguém que um dia fez um juramento de cuidar dela e de sua família na falta do seu melhor amigo.

...

" – Promete que eu sempre serei a sua única parceira ? Talvez a sua eterna parceira ?

– Você sempre será a minha eterna parceira, além de ser a melhor ! – Ela sorriu e me abraçou. "

...

Eu não estava mais aguentando, perder a Stella para Nova Orleans doeu mais perder ela para alguém e não saber onde ela pode estar é sentir seu coração doer a cada segundo que ele bate, eu já não conseguia sentir o meu bater, ter a ideia que poderiam estar fazendo o que bem quisesse com ela me machucava ainda mais! Eu tinha vontade de tomar algo que me fizesse dormir até que esse pesadelo acabasse mas eu não podia, tinha que encontra-la de qualquer maneira que fosse. Tentei por diversas noites achar uma pista mas sempre chegava no mesmo lugar, ou seja em lugar nenhum. Suas únicas lembranças eram a minha pouca esperança, era a minha tabua de salvação, lembrar do seu sorriso me trazia um certo conforto.

– Precisa descansar, Mac ! – Ouço sua voz dentro de minha mente, essa por diversas vezes foi sua frase.

Respiro fundo e cubro meu rosto com minhas mãos.

– Hey ! – Ouço sua voz me chamar, ao erguer minha cabeça posso vê-la parada em minha porta.

Ela sorriu, estava tão linda com seus cachos em perfeitos estados, ela usava uma roupa clara e ainda tinha seu cheiro floral que sempre teve. Eu sabia que aquilo era coisa da minha imaginação mas parecia tão real que me bastava, apenas para matar a saudade que sentia dela mas sempre que ela partia, o meu coração apertava.

– O que eu sempre te disse, Mac ? Não pode ficar aqui, olhe só, você está tão cansado ! – Ela caminhou até mim, passou seus braços pelo meu pescoço. – Vá pra casa e descanse, amanhã será um novo dia, querido ! – Ouvi seu sussurro em meu ouvido.

– Você é uma ilusão e eu estou ficando louco sem você ! – Fechei meus olhos, eu realmente estava louco.

– Mac ? Você está falando sozinho ? – Ouço a voz de Jo, abro meus olhos e ela tinha sumido.

– Ela estava aqui, Jo ! Eu vi ela de novo !

– E o que ela disse dessa vez ? – Ela caminhou até a cadeira da frente e se sentou.

– Pra mim ir pra casa e descansar, amanhã vai ser um novo dia ! Eu preciso acha-la, Jo, eu estou falando com a minha imaginação, eu tenho alucinações mas elas parecem sempre tão reais que sempre que eu a vejo meu coração bate mais rápido e toda dor e desespero parece desaparecer, eu estou ficando louco ! O que eu faço, hein ?

– Obedeça ela, vá pra casa e tente descansar ! – Ela se levantou. – Stella precisa de você vivo e bem quando a acharmos, então obedeça sua mente ! – Jo caminhou até mim e me deu um pequeno abraço. – Te vejo amanhã !

Vi Jo desaparecer pelos corredores, por mais que eu quisesse eu não conseguia sair daquele laboratório, abri minha gaveta e tirei a foto de Stella com a equipe, foi a ultima foto que ela tirou aqui em Nova York, seu sorriso até em fotos conseguiam tirar meu ar, girei minha cadeira para a janela e olhei as estrelas, era o que ela mais gostava de fazer a noite, olhar as estrelas e colocar nomes em cada uma delas, ela dizia que aquela era sua constelação.

" – Onde você se meteu, Stell ? " – Minha mente estava gritando essa pergunta já fazia dois meses.