As If It Were The Last Day - 4ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 6
Job to do.


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil perdões. Fiquei sem computador, derramei café nele cara! Estragou o teclado e a saída de som do not.
Capitulo curto, atrasado, mas eu achei bacana, espero que me descurrrpem e que gostem shwshwshw



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Hershel deixa Marie na sala de visita, aquelas com uma divisão de um espelho entre os presos e os visitantes, ela abre a porta e entra no bloco de celas do A. É bem diferente do D. Mais escuro, com mais celas, a escada é mais no meio do corredor e tem mais… Ali está cheio de doentes, o som de tosses ecoa ali.

Ela se vira - Hershel… Eu não quero ficar aqui. Eu não tô tão mal quanto eles.

– Desculpa, Marie.

Os olhos dela se enchem de lágrimas. Com um passo de cada vez ela segue pra dentro do corredor, olhando pelas celas aqueles doentes tossindo, tampando a boca pra não sair sangue como aconteceu com ela…

Ela estava bem, foi trocar de roupa, mas aí veio o acesso de tosse, ela se engasgou e enfiou o dedo na goela, sabia o que fazer, e então… vomitou. Mas vomitou apenas sangue.

– Dr. S? - pergunta com a voz rouca.

– Ele tá lá em cima - diz um criança numa cela, ela a olha, é Emily Brennan.

– Obrigada.

Se segurando nos mastros da escada ela sobe até o segundo andar. Apenas 15 degraus, mas pareceu mais alto que escalar a montanha Mont Blanc.

– Dr. S?

– Aqui…

Ela segue a voz dele até um cela e para na porta.

– Marie - ele diz em tom de lamento.

– Caleb - retribui, ela se encosta na porta e suspira - Estamos bem ferrados.

– Marie?

Ela se vira e mostra os dentes e suas covinhas num sorriso amarelo - Sasha…

***************

– Eu não quero mais ir. Não vou conseguir.

Drake concorda com a cabeça - Tudo bem. Você fica e cuida de tudo aqui. Cuida da Marie.

Ana balança a cabeça, Drake a puxa para seu peito e beija sua testa - Fica bem.

– Se cuida, Drake.

– Pode deixar - ele arregaça as mangas da camisa e segue para o carro

– Drake, posso falar com você? - Rick diz

– Óbvio - ele o segue alguns passos mais afastado do grupo - Diga.

– Quero pedir que fique e investigue o assassinato da Karen e do Gilliard.

– Eu?!

– Ana me disse que você era um bom repórter investigativo. E já vi você deduzindo coisas. Eu não era policial investigativo. Era policial de ação. Confio no seu palpite.

– Tá Rick, farei o que eu puder, vou observar cada detalhe. Cada pessoa.

– Desconfie de todos - Rick chega mais perto - Todos.

Drake fecha a cara - Deixa comigo.

*****************

Marie já viu aquela porta abrindo e fechando umas oito vezes desde que entrou, isso tem umas duas horas. Várias novas pessoas chegam ao bloco, tossindo, suando, pálidos, mas ela continua ali sentada no alto da escada, a única coisa que a incomoda é que ela não para de suar. Mas não está mais pálida, nem com olheiras.

Ela já contou que Jaenette vomitou cinco vezes e só faz meia hora que ela está ali. Contou que Emily Brennan está morrendo e não há nada que se possa fazer. A menina já se engasgou duas vezes antes de cuspir fora o sangue coagulado na garganta.

A porta se abre de novo, Marie fica em pé e os olhos se enchem de lágrimas.

– Ah, meu Deus, Glenn! - ela desce as escadas correndo e o abraça, ele assim como todos os outros, também está pálido e suando.

– Pois é… Vim te fazer companhia.

– Nós vamos ficar bem - ela diz segurando o rosto dele - Maggie…?

– Afastei ela de mim a tempo, ela continua bem. Pedi ao Hershel que a proíba de entrar aqui. De chegar perto desse bloco.

– Ela vai ficar bem… E nós também.

– Quero acreditar nisso.

– Você vai viver. - ela sorri se lembrando do que Daryl disse - Nós vamos viver por que temos motivos que nos prendem a esse mundo.

Glenn tira do bolso um papel e mostra a ela com um sorriso no rosto. Uma foto da Maggie dormindo.

– Como conseguiu?

– Máquina instantânea.

– Ah… Fofo - ela fica feliz por ele, mas triste por si. Ela não tem foto do Daryl - Vem. Vou te levar pra uma cela vazia.

***************

– Tyreese.

O homem grande, com o olhos roxo e inchado se vira para o outro homem grande - Drake.

– Olha… Eu sinto muito pelo o que houve. Eu conhecia o Gilliard, mas não conhecia muito a Karen… Ah… Rick me colocou para investigar. Já trabalhei com isso.

– Descubra. E me fale quem foi.

– Alguém tinha algum problema com a Karen?

– Claro que não. Todos gostavam dela.

– Me passou pela cabeça que… Só os dois estavam doentes. Quem fez isso quis impedir o surto.

– Não impediu. Agora a Sasha também pegou.

Drake balança a cabeça - Não é só você que tá sofrendo. A Marie pegou. Mas eu vou investigar.

– Quando? Não estou vendo muita pressa.

– O que você acha que estou fazendo aqui?

– Tudo o que vejo é você conversando com a Beth… Rick bombeando água… Parece que nesse lugar está liberado pra matar.

– Pois é, mas não está. Temos que manter esse lugar funcionando. Porque a gente impediu, mas a morte deu um jeito de entrar. Você quer que eu faça o que? Você já viu algum filme de assassinato?! Não é fácil encontrar o assassino. Comecei a investigar isso não tem nem um dia. Tô fazendo de bom grado! Porque o que eu mais queria agora era estar lá fora, procurando remédio pra minha amiga, ou lá dentro, me arriscando a pegar e morrer, só pra ficar perto da Marie, mas estou aqui. E vou fazer o máximo que eu puder - ele diz firme.

É estranho para Tyreese ve-lo sério. Drake é uma pessoa tão sossegada, tão alegre, que as vezes eles nem notam que a voz dele é tão grossa e tão amedrontadora. Que ele é tão imenso e forte, e que seu rosto pode demonstrar a mais pura raiva com apenas um franzir de testa.

Drake vira as costas e sobe o gramado - Tem uma vaga aberta na patrulha de hoje, se você for no meu lugar, avise o Daryl.

***************

Drake encara a cela suja de sangue, a pessoa que matou não tinha força para erguer os corpos. E Karen era bem leve, ela era pequena e magra. Sem perceber, ele junta as sobrancelhas e seu polegar direito começa a se mexer, como se ele clicasse no botão de uma caneta várias vezes bem rápido. Uma mania antiga de repórter. Ele encara a própria mão e então para.

Segue os rastros até o lado de fora e observa o modo como foram colocados lado a lado. Percorre os olhos pelo canto da porta e encontra, mais abaixo, como se a pessoa tivesse se apoiado ali, uma marca de mão.

Ele se abaixa e coloca a mão por cima, comparando o tamanho. Óbvio… sua mão é enorme perto daquela ali. Pela marca parece delicada. Feminina. Fica em pé novamente e processa o que houve ali.

A pessoa, no caso, a mulher derrubou um dos corpos, porque não aguentava o peso e se apoiou na porta para erguer de novo. E essa mulher tem acesso a gasolina. Quem tem acesso a gasolina ali?

Beth, porque carrega os galões que chegam… Não. Nada a ver, Beth matar alguém desse jeito? Não.

Maggie, porque abastece os carros… Não. Nada a ver de novo… É a Maggie.

Marie, porque faz as rondas com o Daryl. Nossa, Drake! Para de ser burro. Ele balança a cabeça.

Carol, porque é ela que faz a contagem de litros que eles tem… Drake junta as sobrancelhas. Carol falou que eles estavam com pouca gasolina. E depois desse assassinato, ela não fez mais relatórios… Não, Carol não faria isso. Ela… cuida das pessoas. Suas sobrancelhas se juntam mais ainda. Ela. Cuida. Das. Pessoas… Cuidar…

E então, subitamente, seus olhos se arregalam e ele sai correndo tropeçando.

***************

Marie tira a cara da privada e encara seu vômito de sangue. Tosse e se senta ao lado, encostada na parede. Ela escuta a porta abrir novamente lá embaixo e passos suaves sobem as escadas.

– Glenn? - chama uma voz de menininha - Marie?

Glenn se apoia na grade da sua cela e olha lá fora, Marie literalmente rasteja até a porta e olha pra quem sobe as escadas.

– Lizzie - ela diz e estica a mão.

A garotinha vem pé ante pé, com as mãos fechadas no peito e dá sua mão pra ela, Marie a puxa para dentro da sua cela e as duas ficam sentadas uma em frente da outra.

– Como está sua irmã?

– Bem - ela cobre a boca e tosse - Eu não quero morrer.

– Você não vai. Daryl vai chegar logo, logo com nossos remédios.

– Você está muito pálida, Marie.

– É eu… Perdi forças vomitando.

– Ainda não cheguei nessa etapa - a menina diz e tosse de novo - Ana não faz mais nada a não ser chorar.

Marie junta os lábios - Ela é forte. Minha melhor amiga, eu amo ela. E o Drake, ele é…

– Um investigador - Lizzie diz - Ele que está investigando a morte de Karen e Gilliard.

– Ah… é? Nossa. Ele vai descobrir, porque ele é muito bom nisso. Só parou de trabalhar como investigador, porque é perigoso né - ela olha pra cima e ve Glenn ali - Ninguém realmente sabe o perigo que um repórter investigador passa ao investigar um político - ela sorri de lado, sente a barriga se contorcendo e se curva no vaso para vomitar mais. Lizzie se afasta e olha Glenn, ele cobre a boca e tosse antes de sentar no chão.

E ficam os dois ali vendo a desgraça alheia, mas que correm risco de passar também.

***************

– ...Eu não posso permitir que faça isso.

– Glenn está lá.

Rick dobra a parede do bloco A e vê Hershel e Maggie conversando - O que está havendo?

– Ele quer entrar - ela conta

– Se entrar aí vai adoecer.

– Não temos certeza - ele diz - Posso controlar a febre deles. Caleb está muito doente pra ajudar. Eu preciso diminuir os sintomas.

– Mas Daryl vai trazer antibióticos.

– Mas alguns aqui não vão durar nem doze horas, imagine se ele levar mais de um dia. Quantas perdas teremos?! Você vai lá fora, arrisca sua vida. Bebe água, arrisca sua vida. E agora, você respira… e arrisca sua vida. A cada momento. E a única coisa que você pode escolher é pelo o quê vai arriscar. E eu escolhi arriscar por eles. Sasha, Glenn, Marie, Caleb, Antonia, Jaenette… Escolhi arriscar por eles porque sei o que fazer para lhes dar mais um tempo de vida. Talvez salvar vidas.

Drake passa correndo por eles e ninguém vê, ele para em frente ao gramado. E olha em volta, nada. Ele já vasculhou todo esse lugar e não a acha, são só algumas perguntas… Mas aí ele a vê do lado de fora. Lá na pequena ponte que atravessa o rio. Carol está mexendo na mangueira que capta a água, tirando a lama, ele já fez muito isso… E os cadáveres reanimados caminham de encontro a ela.

E então com todo o seu tamanho de perna, ele desce o gramado correndo.

– CAROL! CORRE DAÍ! - ele abre o buraco da cerca e passa por ali rasgando de leve as costas da camisa, atravessa o pequeno corredor e abre a outra - CORRE!

Ela faz o que ele manda, chuta uma mulher suja de terra e sangue e enfia a machadinha na cabeça de outro, que trava e ela não consegue mais tirar. Drake puxa a glock do coldre e mira no errante que se aproximava dela pra atirar, ela passa por ele e mata outro com sua faca e então entra pela grade, ele logo atrás e corta o rosto.

– Foi moleza - ela diz sem fôlego

– Quantas vezes isso já não foi dito que seria feito em dupla?!

– Quem me garante que eu teria uma dupla depois?

Drake prende as hastes de mola na grade e segue com ela pra dentro do gramado. Limpando o sangue do rosto na manga da camisa preta.

– Que loucura né? - ele diz

– O que?

– Uma doença, água acabando aqui dentro, os nossos matando os nossos… Sei lá.

– Como a Ana está?

– Tá o dia todo no quarto. Chorando.

– E você?

– Estou me distraindo…

– Como?

– Ah… nem sei. - ele muda o tom de voz, então ela ainda não sabe que eles está investigando? E nem pode desconfiar que ele está investigando até porque…

… Ele desconfia dela agora.

***************

No alto da escada novamente, Marie quase morre do coração ao ver Hershel entrando ali.

– O que você tá fazendo aqui?!

– Vim ajudar - ele diz com um pano cobrindo metade do rosto - Caleb está muito mal.

– Sim - ela diz e olha a caixa na mão dele - O que é?

– É um chá.

– Até parece…

– Isso vai ajudar, Marie. Vai diminuir a febre e melhorar a tosse. Até o Daryl voltar.

– Eu já sinto falta dele.

Hershel se senta com ela na escada e pega a garrafa térmica dali de dentro, uma caneca de metal e enche comum chá verde que solta uma fumaça branca e espessa. Ela pega a caneca e junta as mãos entorno do metal.

– Bem quente.

– Beba - ele diz e fica em pé - Pode te fazer bem.

Drake olha o bloco A do lado de fora e pensa… Como ela está? Vomitando? Melhorando? Chorando. Ou… Será que ela… Não. Marie está viva. Ele olha para Carol e balança a cabeça.

– Você… Fez uma burrice indo lá fora, mas cuida das pessoas, admiro isso… Tem alguma coisa que não faria pelas pessoas daqui?

Carol a olha - Não.

– Mataria?

– Mato quase todo dia. O que quer com isso?

– Mataria vivos?

Ela junta as sobrancelhas. Já sabe o que ele quis dizer.

– Sim.

Drake balança levemente a cabeça - Vou ver como a Ana está…

Ela concorda e ele vai para dentro do bloco C. Rick está reenfaixando sua mão machucada e o olha.

– Então. Como está indo?

– Como a Ana está?

– Ela tá na cela ainda…Porque? Aconteceu alguma coisa?

– Não, nada… Eu só… Eu já sei quem matou Karen e Gilliard. Foi a Carol.


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Notas finais do capítulo

Novamente, desculpa a demora shwshwshw
quero falar três coisas:
1) Drake badass shwshw
2) Gravem o nome daquela menininha, a Emily Brennan, ela é importante...
3) Coloquei Emily Brennan em homenagem a nossa Marie, pq a atriz que eu imagino ser a francesa é a Emily Deschanel e o principal personagem dela e a Dra. Temperance Brennan s2

beijos, até mais!



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