As If It Were The Last Day - 4ª Temporada. escrita por PrisReedus


Capítulo 3
Death comes of nowhere.


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo!
Ai ó, capitulo de entrada para a série! ALELUIA SHWSHWHWS
A partir de agora dá pra saber o q vai acontecer pq eu não mudo os fatos né :)
Espero que gostem



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Uma semana depois.

Rick caminha lentamente pelo corredor, as pessoas dormem ainda, é bem cedo, cobertores, cortinas e lençóis servem de porta nas celas, ele para em uma em especial, pensa em abrir e chama-la, mas resolve deixar ela dormindo. Sai do bloco e caminha pela pátio, parando em um dos galões d’água, ele joga água no rosto e vai para o gramado, tira do bolso seu MP3 a pilha, os fones, as luvas e se prepara para mais um dia de plantação.

Marie abre os olhos de repente, está olhando para cima, para o teto com manchas antigas de infiltrações, ela vira pro lado e joga o braço por cima das costas do Daryl que dorme de bruços, com os braços cruzado no rosto. Ele dormiu tarde na noite anterior, deve estar cansado, ela meche no cabelo comprido dele e então se senta no colchão. Torce as costas que estalam e fica em pé, os tornozelos estalam, ela junta os dedos do pé e eles estalam, estica os braços e os cotovelos estalam, por fim, cada dedo e então passa por cima do Dixon.

Ana prende os cabelos e esfrega o rosto, calça as bostas e prende o coldre nas coxas, troca de regata e desce. A prisão ainda está vazia, se não fosse por Rick lá no gramado, ele está conversando com Carl, ela desce tampando o sol no rosto.

– Por que não me acordou? - ela pergunta

– Ele também não me acordou - Carl diz

Ana para do lado dele e olha com falso desdém - Olha só… Eu sou a fiel escudeira de plantação dele, tá?!

– Vocês dormiram tarde ontem, pensa que não vi você e Daryl jogando baralho com o Zack e a Karen? E Carl ficou lendo a noite toda… Pensei que seria melhor vocês reporem as baterias.

Os três se curvam na cerca e ficam olhando o porco, deitado na lama.

– Eu não sei o que deu nela, pode ser doença, ou até mesmo nada. Melhore… Violet - ele olha Carl e sorri

Ana ri - Que nome…

***************

Marie despeja as cebolas na frigideira, o fogo da churrasqueira faz elas começarem a fritar na hora e um cheiro bom vem no seu rosto, Carol passa por ela com uma panela grande e um facão na mão e deixa na outra grelha da churrasqueira, Patrick seca os pratos do outro lado.

– Bom dia, Daryl.

– Bom dia, Daryl.

Os três erguem o rosto e olham para onde ele vem, todo desajeitado, tímido e com pressa, a faca balançando na lateral do corpo.

– Bom dia, Daryl.

– E aí, Dr. S? - ele para na frente da churrasqueira e passa a mão de leve pela cintura da Marie que corta tomates - Oi.

– Oi.

– Bom dia, Daryl.

– Oi, Daryl!

Ele olha pra trás e então se encosta nos tijolos da churrasqueira, pega um pedaço de tomate e come.

– Saiba que eu gostei primeiro de você - Carol diz e Marie pigarreia - Ta bom… Em segundo lugar.

– Parem com isso.

– Quando você mantém pessoas alimentadas, elas começam a te amar - Marie diz

– Para.

– Eu quero te mostrar uma coisa…

Carol murmura um “hmm” e os dois a encaram, depois ela ri de leve.

– Patrick - a francesa chama - Pode terminar aqui pra mim?

– Claro, Sra. Dixon.

Daryl arregala os olhos e Marie ferve, ele começa a empurra-la para longe dali e Carol dando risada.

– Ah… Sr. Dixon?

Ele para e vira para o garoto.

– Só queria agradecer pelo veado que trouxe ontem. Foi um banquete e tanto e seria uma honra apertar sua mão.

Marie solta um rosnado tentando segurar sua risada, Daryl a olha, mastigando tomate, chupa o dedos e então dá um aperto de mão forte no garoto, Patrick sente seus músculos da mão serem apertados e sai todo feliz, Daryl segura uma risada.

– Nossa, você é horrível.

– O garoto me acha legal, Sra. Dixon.

– Da onde ele tirou isso?!

Marie guia Daryl pelo pátio, passando pelo muro do bloco D, cheio de furos dos tiros do Governador.

– Quero que veja isso. Não sei se vamos poder poupar gente na ronda.

– Aquele lugar já tá pronto, vamos entrar nele hoje, já limpamos o suficiente.

– Eu sei - ela faz eles pararem na grade de divisória do pátio para o gramado - Teve um acúmulo imenso da noite pro dia. Tem dezenas na torre três, mais que mês passado. Não sei o que acontece que eles não se espalham mais.

– Com mais de nós aqui, mais deles ali. Com um monte deles, eles formam um bando.

– Com um bando eles derrubam a cerca - Marie cruza os braço e olha para ele - Essa é a verdade, fofinho.

Ele dá um empurrão nela e ela devolve.

Drake enfia o pé de cabra pelo olho de uma mulher errante, estranha, os olhos estavam cheios de sangue seco e não parecia ter mordida alguma. Karen do seu lado, faz o mesmo em outro morto, e eles não param de vir. Sara Wess, ao lado dela, tem um faca e parece super simples para ela, parece não precisar fazer esforço.

– Hey, Drake

Ele tira o pé de cabra da testa de um cadáver e se vira para Tyreese - Fala, cara.

– Você vai na patrulha hoje?

– Não. Falei pro Rick que ia ficar e matar alguns desses…

– Ei, lindinha - ele diz e Karen sorri pra ele - Eu vou na patrulha hoje.

– Tá bom.

– Não gosto de matar eles pela cerca, lá fora é diferente, puro reflexo, na cerca, quando ficamos cara a cara, eu não gosto.

Marie caminha torta com o galão de gasolina, joga dentro da caçamba e depois a espingarda e a mochila. Zack passa por ela e joga suas coisas ali também, é quando Beth chega.

– Oi. Ia te procurar agora - ele a segura pelo braço e dá um beijo de leve na sua boca.

– Aconteceu alguma coisa?

– A patrulha tá com pouca gente agora, pensei em ir. Só queria te ver antes de ir. Sabe… É perigoso lá fora.

Ela ri - Eu sei - e dá outro beijo nele e então vai embora.

– Não vai se despedir?

– Não!

Daryl e Marie voltando pro carro observam a cena.

– Parece um filme chato de romance - ele diz

– Ei - Bob diz erguendo uma mão - Tem lugar pra mais um?

Sasha deixa uma mochila dentro do carro e depois se apoia na porta pra olha-lo - Só faz uma semana que chegou.

– Uma semana de comida e teto. Quero começar a ajudar.

– Mas você estava sozinho quando te acharam. Sabe trabalhar em equipe?

– A gente vai de boa - Daryl fala ao passar por ela puxando Marie pela mão, os dois vão até a moto dele e ele se senta primeiro, depois ela se apoiando nos ombros dele, senta atrás - Posso?

– Pode.

Ele dá a partida na moto e vai para o portão, já aberto, lá em cima já, eles já podem ver um cavalo que antes não estava lá e Michonne.

Daryl vai parando a moto chegando lá embaixo. Michonne e Ana conversam e se viram pra eles.

– Olha só quem voltou - ele diz

Michonne sorri, mas logo volta a ficar séria - Não o encontrei

Ele concorda com a cabeça.

– Meu casal favorito já casou?

Marie deita a cabeça nas costas do Daryl, ele mostra o dedo para ela - Você voltou inteira, acho que quer continuar assim.

– Estou pensando em ir por Macon.

Ana, Rick e Marie juntam as sobrancelhas.

– Vale o risco.

– São 115km de errantes - Daryl diz - Pode encontrar pessoas que não tão afim de amizade. Não, não vale - ele se vira para Rick - Vamos dar uma olhada na Big Spot, sabe aquele que falei?

Ele concorda com a cabeça - E eu vou dar uma olhada nas armadilhas, se pegamos alguma coisa, não quero perder para os errantes.

– Eu vou junto - Michonne diz e caminha para o carro.

– Mas acabou de chegar - Ana e Carl falam juntos, todos olham pra eles, lado a lado, ela tão miúda e ele tão grande que parecem ter a mesma idade, com cara de criança chorona

– Mas eu volto. Sempre volto.

***************

Todos descem dos carros, Daryl e Marie da moto e já se preparam para entrar no pátio daquele velho mercado. Cercas protegiam o lugar, agora só o que resta é um antigo acampamento militar, com tendas abertas, cheiro de cadáver e corpos pelo chão. Eles atravessam sem problema algum e param ao lado da porta. Daryl bate com o cotovelo no vidro e se senta no parapeito.

– Só esperar.

Marie se senta do lado dele, ele todo largado, com a besta apoiada na perna, as pernas abertas, olha pra ela e põe a outra mão em sua coxa.

– Tá, acho que já saquei - Zack diz

– Sacou o quê? - Michonne pergunta

– Tô tentando adivinhar o que o Daryl fazia antes da transformação.

– É… Há umas seis semanas - Daryl fala olhando Zack se sentar do outro lado.

– Estou indo com calma, um palpite por dia

– Tá… Manda.

– Pelo comportamento na prisão, por estar no conselho, por saber rastrear, caçar… por ajudar as pessoas e gostar de uma garota… mas ainda assim é meio sombrio…

Marie ri, Daryl segura um sorriso e espera.

– Isso é um fato importante… Policial na divisão de homicídios.

Marie e Michonne caem na risada juntas, Daryl olha para os lados e os cabelos balançam - Qual a graça?

– Nada. Faz todo sentido - Michonne diz

Do lado dele, Marie ainda ri baixinho, ele a olha.

– Tá rindo, mas ele tem razão. Policial infiltrado.

Ela para de rir na hora - Você era... policial?

– Não gosto de tocar no assunto porque… foi uma fase foda. Vi muita coisa.

Marie abre a boca encantada. Zack não tira o sorriso do rosto, mas ai… Daryl dá um sorriso de lado.

– Ah… tá. Vou continuar tentando.

Nessa hora vários errantes se batem contra o vidro, Marie pula, todos ficam em pé.

– Vamos lá então, detetive - ela diz e bate nas costas dele.

***************

– Ana!... - Drake dá três passos pra frente e barre de novo - Ana!

Ela se vira, o vento bagunçando seu cabelos e os olhos fechados por causa do sol - Oi?]

– Chega aqui!

Ela dá meia volta e caminha pelo pátio, passando por todas aquelas pessoas e algumas crianças que correm, entra no bloco logo atrás de Drake e seguem para a sala dos guardas.

– Tava boiando, menina?

– Tava. Desculpa.

– Tava pensando em quê?

– Nada. Nem sei.

Sabe sim. Pensava em tudo, na cerca caindo, na Judith crescendo, na prisão se mantendo firme, em Rick lá fora, em Marie lá fora.

– … Tô tendo umas ideias pra cerca. Pensei em irmos lá fora e atrairmos muitos deles pra longe enquanto outros aplicam meu projeto.

– Projeto? Você é engenheiro? Você não era repórter? - pergunta ela com tom divertido e se senta em frente a mesa ao lado de Karen e Gilliard, uma grande cartolina está aberta ali, com uma arma e uma faca mantendo ela reta - Conte-me.

– É o seguinte…

Gilliard tosse pesado, todos se afastam dele por um segundo.

– Meu Deus, cara! Tá morrendo? - Drake pergunta

– Eu tô bem. Acho que tô engasgado, sei lá. Pode continuar…

***************

Marie observa as barras de chocolate, todas vencidas, provavelmente esbranquiçadas e quase sem açúcar. Ela põe a mão sobre um snikers, mas tira logo em seguida.

– Eu vi essa.

Ela pula e olha Sasha - Porque não pega?

– Tô evitando comer chocolate…

– Porquê?

– Pra manter a forma.

– Pega logo! E pega um pra mim.

– Tá bom… - ela pega vários snikers e joga dentro da mochila e continua pela mercado bem tranquila até a prateleira de bebidas. Bob está lá parado, olhando - Tudo certo cara?

– Sim.

Ela continua andando sem perceber a gota de sangue que pinga do teto no seu ombro. Ela dobra um corredor e é nesse instante que escuta um barulho alto de vidro e a prateleira que Bob estava tomba pra frente. Dá a volta na prateleira e observa a cena, a prateleira caiu e o corpo do Bob ali embaixo a fez ficar suspensa em um ângulo de 45°, ela se abaixa ali a tempo der ver Daryl do outro lado.

– Tá bem? - ele pergunta

– Tô, o meu pé ficou preso.

– Tá, vamos te tirar dai.

– Pessoal?! - chama a voz do Glenn

– Tá tudo certo, nos procure na adega! - Marie diz

Daryl e Tyreese erguem a primeira prateleira de cima dele

– Eu vim rápido demais… Vim direto nas bebidas.

Marie junta as sobrancelhas…

Ué… ele não tava olhando as bebidas?

– Teve muita sorte - Tyreese fala - Se tivesse caído pro outro lado...

Mas aí um estrondo enorme assusta todos eles, o teto se abre e a luz do dia os cega, a fiação de luz cai e no meio dela um corpo vem junto. Ele fica preso e se debatendo e sangue voa pelos ares quando sua barriga arrebenta. Marie pisca pro sangue não ir nos seus olhos. Daryl dá vários passos pra trás, empurrando Zack também e todos olham lá pra cima assustados.

– Que porra… é essa…? - Zack dá uns passos pra frente pra olhar

– É… devemos ir logo - Glenn fala

– Bob ainda está preso, vamos tira-lo! - Tyreese diz

– Então vamos rápido.

Mais dois estrondos e mais dois corpos caindo, um cai bem ao lado da Marie, ela pula, grita e se segura no ombro do Glenn, ele a puxa pra trás e bem nessa hora outro cai onde eles estavam.

Em todas as partes do mercado um novo buraco abre no teto e mais corpos caem.

– QUE MERDA É ESSA?! - Daryl grita

– Vem Glenn! - Marie agarra o braço dele e eles correm pra longe dali, indo para perto da prede, Marie olha para o teto e vê que não há marcas de infiltração ou desnivelamento no teto - Hora de dar tiro, Glenn.

Ele puxa a arma, e ela tira a ruger do coldre disparando tiros atrás de tiros. Daryl passa correndo pela canto da visão dela e sobe numa pirâmide de caixas, chuta a cabeça de um e atira mais algumas vezes. O teto se abre mais ainda, ele olha pra cima e vê a cabine tombada de um helicóptero.

Fodeu… pensa.

Marie olha pra onde ele olha - DARYL SAI DAI! DARYL!! - ela atira nos dois errantes que o rodeavam e mais se aproximam, ela vira pro lado e vê que Glenn não está mais ali, ele corre para onde Daryl está.

– Marie! Marie, vai pra fora!

Ela baixa a arma, olha pros lados, pra cima e corre, alguns se vira pra ela e bem na porta, um deles se levanta, ela prepara a arma, mas um tiro estoura a cabeça dele. Zack baixa a arma e corre pra perto do Daryl.

– Vamos pegar o Bob!

Marie dá três passos caindo quando chega lá fora, Michonne que vem logo atrás a ergue - Tudo bem?

– Vai desabar… O Daryl…

E elas escutam o teto desabando e uma onde de poeira vem nelas, no meio momentos Tyreese sai carregando Bob pelo ombro, Glenn, Daryl e Sasha bem atrás.

Daryl para na frente dela com sua mão toda suja de sangue, toca o rosto sujo de respingo de sangue dela.

– Zack está morto.

***************

Gilliard tosse de novo, Ana enruga a testa.

– Tem certeza que você tá bem? É um tosse bem pesada pra você tá apenas engasgado.

– Eu acho que tô gripado, tô com um pouco de febre.

– Peça ao Dr. S pra dar uma checada básica.

Ele concorda com a cabeça e a porta do refeitório se abre, Daryl, Marie, Glenn, Sasha, Bob, Tyreese e Michonne e Rick logo atrás entram, Ana fica em pé e segue para a mesa do conselho.

– … E aí o helicóptero caiu lá de cima… Deviam estar lá desde o começo da epidemia, parecia ser helicóptero do exército - Daryl termina

Ana, em pé ao lado de Drake tem a mão apoiada na boca.

– Só é estranho pensar que o Zack… - ela diz e tira a imagem da cabeça - Depois de tanto tempo, perder alguém é estranho.

Rick a olha - Quem dá a noticia à Beth?

Todos se encaram, Daryl balança a cabeça - Eu vou.

O grupo se dispersa, cada um vai pro seu canto, Marie vai direto tomar um banho, tirar aquele sangue da cara, ela para em frente ao espelho e observa seu rosto, abatido, com olheiras bem fundas, cheio de pingo de sangue e na bochecha direita uma marca de sangue de uma mão grande.

Ela tira a camiseta e observa seu corpo, magro e com hematomas de batidas, seu braço tem aquela cicatriz de quando ela caiu nos arames, a seu ventre tem a cicatriz da cesárea forçada.

Tira a calça e observa suas pernas, magras e cheia de marcas roxas, como é possível Daryl a chamar quase toda noite de “minha gostosa”? Ela não é mais aquela Marie que se mostrou pra ele na fazenda. Tem vergonha do próprio corpo agora, e ele não liga…

Daryl encosta na soleira da porta da cela da Beth. Ela ergue o rosto do caderno que escrevia.

– Oi - diz

– Oi - ele murmura

– O que foi?

– O Zack.

Ela curva a boca e olha pro caderno novamente, parece indignada por um momento, seus olhos brilham com lagrimas, ela pisca e elas somem.

– Ele morreu?

Daryl olha pro chão e confirma de leve.

– Okay.

Okay? ele junta as sobrancelhas. Como assim “okay”... Ele morreu. Não tá nada okay.

Ela se levanta e vai para sua mesa de pedra, lá, uma placa que Zack achou pra ela diz.

“Essa área de trabalho está há…” E então tem um espaço onde ela encaixou o número 30 e a placa continua “dias sem um acidente”. Ela retira o número três e então o último acidente foi hoje.

Daryl se lembra que o último acidente foi com a própria Beth, enquanto ela limpava a cerca de proteção, um errante agarrou seu cabelo e Zack, num movimento rápido cortou a mão do cadáver fora.

Ela se vira pra ele - O que foi?

Daryl balança os ombros.

– Eu não choro mais, Daryl. Fico feliz por te-lo conhecido.

– Eu também.

– Tudo bem com você?

– Tô cansado de perder pessoas, só.

E então ela o abraça, Daryl dá um pulo de leve com o ato, foi repentino demais. Ele segura o braço dela e espera.

– Que bom que eu não disse “tchau”... Odeio despedidas.

– Dois…

Ela se afasta e volta para a cama, Daryl sem jeito, põe as mãos nos bolsos e desce, parando rapidamente na cela da Michonne, ela tem um mapa aberto nas pernas, e então continua andando para seu quartinho. Marie não está lá, mas ele escuta o barulho do chuveiro.

Ele caminha até lá e bate na porta - Marie?

– Tô aqui.

– Posso entrar?

– Pode.

Ele entra e fecha a porta novamente, há uma fumaça branca por todo o banheiro e está bem quente, ele caminha pelo banheiro e se senta ao lado do box dela, uma parede os dividem… uma parede separa Daryl de ver o corpo da mulher mais bonita do mundo…

– A Beth reagiu bem… Não chorou, mas parecia triste. Meio carente. Bastante na verdade, ela me deu um abraço.

Marie coloca a cabeça pra fora do box rapidamente - Abraço?

– É… Disse que ficou feliz por conhecer ele.

Ela junta as sobrancelhas - Por que ela te abraçou?

– Você não tá com ciúmes, né?

– Não… Sei.

Ele ri - Eu não sei porque ela me abraçou, Marie. A garota tava carente, acabou de perder o namorado.

– É realmente estranho pensar que o Zack morreu.

– Vamos seguir né… Você tá bem?

– Tô. Foi loucura ver um monte de cadáver chovendo na nossa cabeça.

Daryl ri, mas para. E então ri de novo.

– Para de rir! - ela ri fraco - Não é engraçado… - e então os dois começam a rir - Tá… É um pouquinho.

– É engraçado pra caralho! - ele diz rindo - Um monte de bicho caindo do nada!

E então fica os dois rindo da morte.


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Notas finais do capítulo

E então???
esqueci de dizer, essa temp. tbm tem capa alternativa, quem quiser ver, me manda mensagem privada com o email e eu encaminho.
bjos, bjos. até segunda.



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