Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 5
A big trouble coming part 2




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Depois que ele terminou aquela frase, eu achei que fosse voar no seu pescoço, mas surpreendentemente as lágrimas começaram a descer tão rápido que a minha visão embaçou completamente, enquanto eu abaixava a cabeça, derrotada. Olhei rapidamente a expressão de Clarkson, onde os olhos estavam mais tranquilos e ele abria um sorriso vitorioso. Era como se ele tivesse despertado a maior raiva que eu jamais sentira, mas arrancara todas as minhas forças. Eu nunca havia apanhado sério, mas era como se suas palavras machucassem mais do que a bala que eu levei no braço. Ele me derrubou. Ele conseguiu acabar comigo. Desabei em mais lágrimas, sem forças para continuar aquela luta. Eu não me reconhecia. Onde estava a America que lutava de frente? Mas então, algo aconteceu.

POV MAXON

America estava mais do que certa, e enquanto eu ouvia suas palavras, eu lembrava que cada uma delas era verdadeira. Mas ao mesmo tempo eu rezava para que ela parasse, pois eu via que a cada nova verdade que ela colocava na mesa, mais o meu pai a olhava como um predador pronto para atacar.
Então ele começou, e a artilharia foi muito pesada, demais até para America, a pessoa mais forte que já conhecera. Um ódio incompreensível me tomou, ódio pelo que ele estava fazendo com ela, e uma fúria maior ainda por eu estar assistindo como um derrotado. America estava precisando de mim e tudo o que eu fiz foi tremer de raiva na mesa. Eu sou um idiota medroso, como ele dissera.
Quando meu pai disse aquela ultima frase, eu sabia que ele tinha acabado com ela. Ela estava vencida, humilhada, e tudo isso por tentar me defender. Eu estava em ruínas vendo ela assim, mas quando encarei o sorriso sínico do meu pai...
– Ele está certo... - Seu sorriso aumentou mais ainda, enquanto seus olhos se dirigiram a mim. - Porque...é muito fácil falar de um pai que se esforçou a vida toda para dar do bom e do melhor aos filhos, sendo que se é um pai que teve DE TUDO para dar ao seu filho, mas tudo que soube dar foi ódio. - Tentava manter a minha calma, inutilmente. - Essa garota que você despreza, acaba de jogar fora sua chance na Seleção para me defender... Ficar sentada e flertar pra ganhar essa porcaria de competição é fácil...mas me defender porque eu nunca tive coragem de te enfrentar...arriscar a vida por mim...queria ver qualquer uma daquelas mocinhas fazendo isso. Mas saiba que essa garotinha que chora desesperadamente agora, é muito mais forte do que você, porque ela não precisa de uma coroa para dizer o que pensa. - Ele me olhou com uma raiva imensa, e com aquele olhar de quando ele me batia, mas dessa vez não tive medo. Eu sabia que seu ponto fraco era o controle, e sei que toquei bem na ferida. - quanto a pena...acho que só tenho pena de você, que nunca vai experimentar o tamanho da alegria que ela me traz apenas estando aqui!!! SERÁ QUE UM DIA VOCÊ JÁ CONSEGUIU AMAR ALGUÉM?!
– Você ouviu bem o que vai acontecer a ela? - Ele lembrou, orgulhoso, de suas palavras, como se elas lhe trouxessem paz. Eu queria continuar a defendê-la, mas aquilo esgotou a minha paciência. ELE NÃO IA ENCOSTAR NELA.
– ELA NÃO MERECE!!! EU POSSO APANHAR CALADO POR TODA A VIDA, MAS SE VOCÊ TOCAR UM DEDO NELA, EU JURO QUE TE MATO!!!
Meu punho estava fechado, e só de pensar no que ele poderia fazer com ela, minha mão voou para seu rosto. E foi de novo, com mais força. E de novo. Foi rápido demais. Quando percebi, já estávamos no chão, e seu rosto sangrava. Alguns guardas apareceram, e apartaram a briga.
Então minha mãe apareceu, e começou a acalmar meu pai, que estava prestes a explodir. Ela olhou para mim, um olhar que pedia urgentemente para que fosse.
Corri e abracei America com força, que ainda estava em choque, como se nunca quisesse soltá-la. Saímos sem hesitar.
Nos sentamos no chão, na frente de seu quarto, de mãos dadas. Nós tínhamos noção do que acabamos de fazer. Nós estávamos perdidos. Dessa vez, não tinha mais volta. Podíamos ter chorado por nossa desgraça ou nos despedido, mas depois do que ouvimos, tudo que podíamos fazer era olhar pro nada, em silêncio, tentando acreditar que tudo aconteceu de verdade, ainda sem pensar nas consequências.
Ela já estava bem melhor, já estava mais calma, mas ainda em choque. Eu estava pensando nas milhares de coisas que eu podia ter dito ou feito, que na hora não tive tempo de dizer ao meu pai. Eu tinha muito mais a esclarecer. Fui interrompido de meus pensamentos por uma voz baixinha:
– Eu...tenho que ficar sozinha. Tenho que...pensar. É sério. Eu estou bem, mas preciso de um tempo.
Esse era o limite pra ela, e eu me jurei que faria do possível e impossível para ajudá-la. Mas eu a conhecia e sabia que o máximo que poderia fazer por ela agora, era dar MAIS tempo. Mal sabia, que era eu que precisaria de ajuda mais tarde. Muita ajuda.
(...)

POV AMERICA

Acordei no meio da noite com um pesadelo. Não que eu tenha dormido muito, mas nos 15 minutos que consegui, fui despertada por um pesadelo. Ótimo.
Eu queria muito dormir pra esquecer a briga. Acho que ninguém sabia, mas eu precisava dormir porque EU queria esquecer. Mas ainda não me arrependia nem um pouco por tê-lo defendido.
De repente, enxerguei um vulto preto na poltrona, na frente da cama. Meu coração começou a bater em um ritmo tão rápido, que quase chegava a sair do meu peito! Tentei acender rapidamente a luz do abajur, que não funcionou.
– Desculpe. - Ouvi uma voz bem baixa e trêmula, cheia de sofrimento.
– Maxon?! O que você...
– America...eu vou fugir.


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