Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 25
I feel so bad


Notas iniciais do capítulo

Se não entender alguma coisa, pode perguntar kkkk bjs



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– Maxon, do que você está falando??? - eu disse com um ar cansado. Além do turbilhão de sentimentos que eu estava tentando carregar, ainda tinha que ter energia pra entender o que ele acabara de dizer. Como assim o "soldado Leger" não era tão honesto como pensávamos? Ele se quer conhecia Aspen direito!
– Ele deixou aquela carta na minha cama! Ele nem sequer tinha conhecimento da existência disso!
Meu Deus, um momento de paz era pedir muito?! Eu estava muito irritada com tudo o que tinha que pensar e sentir. E ainda por cima tinha que lidar com Maxon, e inventar ainda mais mentiras. QUE CARTA?! QUE CAMA?! DO QUE ELE ESTAVA FALANDO???
– Do que é que você está falando?! - Repeti minha pergunta inicial, tentando manter a calma.
– Da minha carta...Digo...da sua carta...- Fiz cara de dúvida. - "A carta"...AQUELA CARTA...
– MAS QUE DIABOS DE CARTA?! - Me irritei. Eu só queria paz!
– America...a carta que...- Ele pareceu pensar por um segundo, então arregalou os olhos e prosseguiu. - você...você não leu...?!
Acho que apenas pela minha expressão de dúvida e ira, ele entendeu que eu não fazia ideia do que ele dizia, e então foi a vez de Maxon de ficar um pouco confuso:
– Mas...eu...eu deixei...eu deixei uma carta para você. Uma carta de despedida, a minha "última carta" antes de partir...estava dentro do envelope que deixei para você...você não...você não leu?
Calma, calma. Respira. Eu não sabia o que sentir. Eu estava assustada com a invasão repentina, triste e confusa com a carta que Aspen me deixara e agora tinha que aguentar e tentar entender a gravidade do que Maxon falava. Não estava fácil.
– Eu...eu nunca...
– Desgraçado seja!!! Ele roubou dinheiro do envelope e levou a carta!
Ok. Agora já era demais. Meu corpo todo tremeu de raiva e o ar se fez rarefeito. Ainda assim, usei todas as minhas forças e me controlei ao máximo, esperando alguns segundos antes de responder. Ótimo. Mais um problema para resolver e mais uma mentira para ser contada. Engoli em seco antes de prosseguir:
– Não, Maxon... Eu conheci Leger, mesmo que de longe. Ele tem uma boa conduta, é honesto e trabalhador, por isso eu dei dinheiro a ele. Quis agradecer por ter me ajudado a fugir, quis ajudar sua família, mesmo que não a conheça, por isso lhe dei o dinheiro...talvez a sua carta...digo, minha carta...tenha ido junto...
Só aí me toquei de que além de Aspen ter de me ver atracada com Maxon, em um vestido de noiva, e longe dele, ainda teve que ler uma carta de amor nossa. QUANDO É QUE EU IA PARAR DE MACHUCÁ-LO??? Nem pude trocar uma palavra com ele, me explicar, dizer o quanto sinto...
Se antes eu me sentia esgotada, eu queria morrer agora.
– Ah...me...me desculpe, eu não sei como pude pensar uma coisa dessas...você tem razão. Ele jamais faria algo desse tipo. Achei até bem gentil de sua parte devolver-me a carta...será bem recompensado por isso. - Ele disse, pensativo.
Maxon se aproximou de mim, pude sentir seu calor, mesmo que não estivéssemos encostados. Aproximou seus lábios dos meus, mas eu incrivelmente achei forças para virar meu rosto rudemente. Era demais para mim...eu só queria tempo pra pensar...
– Me desculpe, novamente. - Seu olhar era triste. - Sei que passamos por muita coisa aqui...- Acho que ele nem fazia ideia do que eu estava passando- mas sinto que...sinto que além dessa situação de hoje, algo mais te aflige, e gostaria que compartilhasse comigo...sabe que pode confiar em mim, e eu estou sempre pronto para te ouvir, minha querida... Não quero vê-la assim, deixe-me ajudá-la.
Comecei a chorar. Eu queria estar no inferno. Eu não queria machucá-lo, não queria machucar nenhum deles...eu era tão egoísta, tinha medo que se dissesse a verdade ficaria sozinha. Mas e quanto a eles?!
Maxon me abraçou. De cara, recusei seu abraço, tentando me desvencilhar dele, me debatendo a todo custo. Ele só me apertava ainda mais, tentando me consolar de forma carinhosa. Desisti de lutar contra seu corpo e comecei a usar palavras:
– Maxon, por favor...eu só preciso de um tempo... - Eu soluçava. Ele afastou seu rosto do meu ombro e olhou fundo em meus olhos:
– Minha America, eu nunca te negarei nada que pedir...se me pedir tempo, eu lhe darei, mas saiba que eu não o controlo, e tenho medo de que um dia você acorde e pense que perdeu muito tempo... Eu não posso atrasá-lo ou adiantá-lo, tudo o que posso fazer por você é me afastar... Você me quer assim tão longe? - Nada respondi. - Entendi. Tudo bem.
– Não, Maxon, quando estou com você eu fico calma...também não quero mais perder tempo e não quero que se distancie para sempre, mas eu preciso tanto ficar sozinha agora...
– Você pode se abrir comigo...
– Não, eu não posso! Não me force a isso agora... - Falei, chorosa.
– Tudo bem, America, eu a respeito. - Ele desistiu e olhou para o chão. - Mas sabe onde estou. Me conte quando estiver pronta. - Secou minhas lágrimas com as mãos e beijou o topo de minha cabeça. Saiu do quarto.
Deitei na cama e continuei a chorar, mas comecei a pensar no que estava acontecendo.
Maxon já sabia que Aspen não era desonesto e não havia roubado nada, apenas devolvido sua carta, que, aliás, Maxon não me mostrou, o que me fez aumentar a vontade de ler.
Aspen estava com o coração partido por minha causa, mas pelo menos eu sabia que ele estava bem, e logo queria encontrá-lo.
Bom... Quase tudo resolvido. Eu só tinha que arrumar um jeito de dizer a Maxon que tínhamos que voltar, como Aspen escrevera em sua carta para mim. Eu só tinha que pensar em um jeito de dizer isso sem contar a verdade.
Nossa...quando eu me tornei tão fria e calculista?
Reli a carta de Aspen, ainda atormentada e cheia de sentimentos:

" Minha Amada Meri,

Descobri hoje que entrei para a equipe de buscas por vocês dois. Illea inteira parou para procurar vocês, o país está em crise, por isso peço que tenham cuidado. Me sinto até um pouco orgulhoso de mim por entrar nessa equipe, já que apenas selecionam os melhores...é, acho que essa é a "minha Seleção". Me sinto tranquilo de poder ter a chance de te proteger, mesmo que ame outro. Ainda sim te quero o bem...
Não sei o que escrever, nunca fui bom de escrita, e faço isso no meio da noite, em minha beliche, no escuro. Não pude esperar até amanhã para escrever, já que sempre penso em você.
Não se preocupe com nada, sua família está bem e a de Maxon também, embora Clarkson esteja mais bravo do que nunca. Sua família já sabe que você fugiu com Maxon e que está segura. Contei porque não queria os ver preocupados, mas juraram silêncio, e continuam sendo protegidos pelos rebeldes nortistas. Agradeça a Maxon. Nem preciso dizer o estado de May quando soube de vocês, né...
Só queria dizer que mesmo que esteja longe de mim, me sinto feliz porque você está feliz. Ele gosta muito de você, e você o faz feliz também, acredite em mim. Eu me lembro de como me sentia quando estava ao seu lado...sinto saudades. Espero que esteja bem. Sempre pode contar comigo.
Agora, tenho que falar algo muito importante. Sei que não pretendem voltar tão cedo, e sei que Clarkson não está muito bem aliviado de sua raiva, e que fez algo terrível com Maxon, mas...preciso que voltem. Dentro de 3 semanas, se não forem encontrados, a Seleção será cancelada e Clarkson tomará o poder absoluto. Mesmo se voltarem daqui há 2 anos ou mais, Maxon não poderá subir ao trono, e com Clarkson no poder, não sei se poderá continuar viva, assim como Maxon. Mesmo que não consigam voltar agora, por medo, acreditem, no futuro com ele no poder será pior. Maxon ainda pode voltar ao trono e intervir. Illea não pode conviver com isso, tudo está muito ruim por aqui.
Sei que tomará a decisão certa, Meri, independente de qual seja. Acima de tudo, seja feliz, porque isso eu não posso garantir a você. Não posso fazer com que me ame como o ama.

Eu te amo e sempre amarei, Aspen. "
Ainda com o vestido de noiva e a carta de Aspen nos meus braços, caí no sono.


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Notas finais do capítulo

E ai??? Mereço reviews???



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