Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 17
Because she's happy


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Comentem!!! Obrigada a todos que favoritarm!!!bjs



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635754/chapter/17

ASPEN POV (sim, seguindo o pedido de uma leitora e com muita dificuldade, estou fazendo um POV ASPEN, boa sorte pra mim :p)

Eu queria me convencer de que estava feliz, tentando lembrar o que dissera a ela no nosso último encontro, quando ela me implorou para que eu a ajudasse a fugir com Maxon. Ela disse que não estava fazendo uma escolha, e sim o ajudando porque sabia que ele precisava, mas...eu sabia que havia algo mais entre eles. Ele sentia algo. Ela sentia algo. Eu continuava a sentir algo.
Eu havia dito a ela que ficaria feliz por vê-la feliz, mesmo que longe de mim, mas eu não conseguia. Não dá.
Ela estava ali, na minha frente, sorrindo, com uma expressão leve e livre, acariciando meus cabelos de forma delicada e serena, enquanto eu estava deitado em seu colo, olhando o céu azul de nossa liberdade, sentido seu calor, seu carinho, sua presença, sua voz doce:
– Aspen...eu estou bem. Você não vê?
– Por favor, volte, Meri...Minha Meri...
– Não pode mais falar assim, Aspen. Não sou só sua...não mais.
– Eu não devia ter a deixado ir...
– Estou FELIZ, Aspen. Não disse que ficaria feliz por mim?
– Eu não consigo, Meri...
– Não me negue isso...
Aquela frase me destruiu. A mesma frase que ela me dissera no dia de sua partida, que me convenceu a libertá-la do palácio, deixá-la fugir.
Levantei de suas pernas, assustado. Então, ela se levantou também e correu para os braços de Maxon, que a aguardava, como se já esperasse por seu abraço caloroso, sorrindo. Eu não...não conseguia ficar feliz com aquilo. Mas o sorriso aberto que ela abriu ao tomá-lo nos braços me tranquilizou, e eu o olhei com companheirismo, não raiva, como se a função de ser feliz com America pudesse finalmente ser passada para ele. Com lágrimas nos olhos, me despedi dela com um simples sorriso, como fizera na janela antes que fosse, nossa última despedida. "Seja feliz, Meri...você merece ser feliz mais do que ninguém, e Maxon pode te dar isso, assim como eu podia, mas não posso mais." Lembrei de meus últimos pensamentos ao vê-la partir, naquela triste manhã de sua fuga. Junto consigo, levou meu triste coração.

–----------------------------------------

Acordei com o barulho do pequeno despertador, mas que tocava exageradamente alto, para que todos naquelas beliches ouvissem. Todos levantaram, saindo do quarto e se dirigindo ao banheiro, que sempre tinha fila.
Esperei que todos saíssem do quarto, fingindo cansaço, para fazer minha mais nova atividade da manhã: reler aquele maldito pedaço de papel.
As coisas estavam complicadas: a Seleção ainda estava em jogo, mas se não fosse encontrado o príncipe, logo seria cancelada. As selecionadas perguntavam notícias dia e noite, e aquele lugar havia perdido a vida. A maioria dos guardas era escalada para fazer o mais novo serviço: o vasculhamento das redondezas e cidades mais próximas, em busca de pistas. Óbvio, que o meu serviço pessoal, era tentar encobri-los o máximo possível, para que não fossem descobertos, mas até agora não haviam achado pista alguma, ainda bem.
O rei Clarkson estava quase explodindo de raiva, muito estressado, mas confiante de que se o filho voltasse, a barra dele estaria limpa, mesmo que ninguém soubesse da briga. A rainha Amberly chorava a cada instante, mesmo tentando manter a compostura, afinal, era seu único e precioso filho. Acho que ela só sabia da 1ª parte do conflito, sem saber que o filho apanhara, mais ainda se sentia culpada por algo. Lembrei de minha mãe, sacrificando de tudo pelos filhos, quase morrendo ao ver-nos sofrer. Afinal de contas, mesmo com a diferença social, elas ainda eram mães. Acho que ter um pai como o que Maxon teve, me fazia desejar que ele tivesse morrido antes de conhecer o filho, porque eu sabia que aquilo era muito sofrimento.
Maxon havia me dito que o pai havia destruído America, mas que não ficou barato. Isso só aumentava ainda mais minha fúria, mas eu me controlei: tinha que manter o controle para dar cobertura a eles. Sair do palácio ou voltar no momento, não era uma boa ideia. Eles estavam seguros.
Peguei uma das minhas botas em baixo da cama, tirei seu solado e, lá no fundo, bem escondidos, haviam um pedaço de papel bem fino, dobrado várias vezes, dentro de um montinho de dinheiro, e uma foto de America, que peguei de seu quarto para admirar quando estivesse com saudades, não que a foto me consolasse, beijasse, conversasse ou me fizesse feliz, mas era alguma coisa.
Desdobrei o pedaço de papel e o tirei de dentro do dinheiro. Ah, America, você não tem ideia. Tenho tanta pena de Maxon, que sempre sofreu tanto e continuava a sofrer. Era estranho, mas não era como se estivéssemos competindo pela mão da mesma amada, mas era como se estivéssemos sentindo o mesmo. Ele se preocupava com ela, e acho que, olhando por esse ponto, era bom tê-la por perto, pois fazia toda a diferença.
Ela havia pegado um bolinho de dinheiro e colocado em meu bolço quando me beijou, sem que eu percebesse, o que me faz pensar que ela só fez isso por pena. Se eu pudesse, devolveria o dinheiro agora, mas depois descobri que, de lá, caiu um pequeno papelzinho que eu segurava em mãos. Se um dia eu pudesse, devolveria aquela triste carta à ele. America, você não sabe o bem que faz a Maxon.

MAXON POV

Ela estava deitada em cima de meu joelho, enquanto olhávamos a grama alta e verde, onde as borboletas brancas voavam sem preocupação, em volta de um lago bem distante.
Ainda sem trocar de posição, tirei uma pequena flor plantada ao nosso lado, uma tulipa, e coloquei em seu cabelo. Ela sorriu e olhou pra mim. Aquilo não podia estar mais perfeito.
Então ela fechou seus olhos de leve, e não pude resistir. Me abaixei com calma e, delicadamente, dei um rápido beijo em seus lábios perfeitamente desenhados. Por estar sentado com ela nas pernas, acabei a beijando ao contrário( de ponta cabeça), o que foi meio engraçado. Ela abriu os olhos rapidamente, mas logo voltou ao seu sorriso natural.
Depois de um tempo olhando profundamente em seus olhos, ela começou a falar, após um longo silêncio:
– Tem um lugar aqui... É bem bonito.
Ela se levantou, olhando para o horizonte completamente límpido. Me levantei e ofereci um braço à ela.
– Como nos velhos tempos. - Relembrei.
Ela aceitou sorrindo, e começou a me guiar por aquela imensidão verde maravilhosa.
Após alguns minutos de caminhada, a surpresa: chegamos bem no topo de um despenhadeiro. Percebi que estávamos em uma grande altitude, o que me surpreendeu, mas o que mais me deixou paralisado foi a vista: dava para ver toda a cidade e montes maravilhosamente verdes, além de uma linha imaginária que dividia o "chão" do céu: a linha do horizonte.
O vento batia em nosso rosto, enquanto admirávamos aquela imensidão. Me senti um pouco traído pelo mundo, por nunca ter tido uma oportunidade de ver algo assim. Talvez a única coisa que o mundo me permitiu ver, foi a maior beleza de todas: America. Só com isso, eu já estava muito mais do que satisfeito.
Após um pequeno tempo, me afastei um pouco para trás, sem que percebesse. Preparei a câmera que trouxera comigo e a chamei:
– Querida, pode olhar para cá?
Ela olhou e eu rapidamente tirei a foto, causando sua surpresa.
– Ei! Eu nem estava pronta!
A câmera imprimiu a foto instantaneamente, e eu a observei: a foto captara um momento em que sua expressão estava leve e descontraída, com um delicado sorriso no rosto. Atrás da foto podia-se ver a pequena cidade desconhecida por mim, e os grandes montes de diferentes tonalidades de verde. Era como se ela fosse a dona daquilo tudo, minha rainha. Sorri com o pensamento.
Ela tentou tomar a foto de minhas mãos, mas comecei a correr de volta para nossa árvore, passando pela incrível paisagem novamente, enquanto ela corria logo atrás. Se aquilo fosse sonho, era o melhor da minha vida. Se aquilo fosse vida, era quase um sonho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEM( de novo) kkkkk fantasmas não me assombrem! Se manifestem! Rsrsrs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Running With You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.