Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 16
After the storm, we have the sun again


Notas iniciais do capítulo

Ñ sei se vou postar todos os dias, mas comentem por favor! Obrigadas pelos que favoritaram!



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POV MAXON

America estava dormindo pesadamente, apoiada nas minhas mãos. Comecei a trazê-la para perto de mim, apoiando suas costas no meu peito, e sua cabeça no meu ombro, enlaçando minha mão na sua. Mas que loucura era aquela?!
Eu sei que a culpa não é da America, às vezes as pessoas se cansam e simplesmente têm alguns ataques, mas em um momento eu assistia TV e no outro eu estava carregando ela para fora, antes que sufocasse. Ela me assustava muito fazendo isso, mesmo sem querer...e se ela tivesse algo mais sério? Quem a socorreria? Só de pensar que estávamos sozinhos naquele lugar e ela estava lá por minha causa, se algo acontecesse com ela, eu nem saberia como reagir. Meu Deus, aquilo era perigoso para a segurança dela: rebeldes ou guardas ou até bandidos podiam nos achar a qualquer momento, e se fizessem algo à ela...não fariam. Eu não ia deixar.
Achei que seria melhor se nós voltássemos, mas a forma como ela me implorou me fez sentir que ela precisava desse tempo e esse era o melhor lugar para estarmos agora, nessa situação. Decidi que faria de tudo para ajudá-la e nada lhe aconteceria. Ficaríamos bem. Ela ficaria bem.
Apesar de minha mente alertar a todo momento sobre um suposto erro que estava cometendo, meu corpo fazia o contrário: ficar ali, junto dela, me fazia sentir tão calmo, tão protegido...parecia tão certo e perfeito, tão...natural. Ela me fazia sentir eu mesmo, mas ao mesmo tempo, diferente. Era estranho, mas impressionante.
Querendo aumentar seu conforto, me levantei com toda a calma do mundo, e apoiei sua cabeça na almofada mais próxima, não querendo levá-la para o quarto ou acordá-la. Fechei a porta da sala que permaneceu aberta por um tempinho, desliguei a TV e fui recolher os cacos, sem tirar os olhos dela por muito tempo. Eu admito: não era só porquê eu estava preocupado, mas porque algo nela me fascina enquanto dorme. Apenas gosto de observá-la, não só dormindo, mas a todo momento.
Enquanto recolhia os cacos, prestei atenção à foto: uma parecida com a que eu vira mais cedo, com alguns adolescentes diferentes, apenas. America ainda estava presente nessa, assim como o soldado Leger. Me senti um pouco desconfortável sem razão alguma, então logo me livrei dos cacos.
Deitei em um sofá bem ao lado do que ela estava deitada, onde eu podia vê-la. Fiquei mais alguns minutos acordado, para ter certeza de que ela estava bem. Estava serena, calma, respirando normalmente, um pouco corada por causa do calor, não estava mais tão pálida.
Aquilo me fez pensar que eu acho que talvez...eu me desse bem com aquela vida...simples. Talvez pudéssemos ser felizes assim, com privacidade, e...a magia de se viver com pouco. Será que algum dia eu poderia gritar "querida, cheguei" como nos filmes? Ri de meus pensamentos, ela não ia querer ser chamada de querida. Mas era legal tentar.
Faltava alguma coisa...ah, me lembrei. Antes de adormecer, me levantei em dei um beijo no topo de sua cabeça. Com sua aprovação, ainda dormindo, dei outro nas maçãs de seu rosto e outro no meio de seu pescoço. Eu podia passar a vida toda fazendo isso, mas, com receio de acordá-la, apenas sussurrei em seu ouvido:
– Boa noite, minha que... America. Sonhe com os anjos, mas saiba que você é o mais lindo de todos eles.
Dei um último beijo em seu ombro e voltei ao meu sofá. Apaguei a luz do abajur que estava acesa e dormi pensando no mais perfeito dos anjos, deitado logo ao meu lado.
(...)
Acordei antes dela, que ainda devia estar cansada. Queria muito ser aqueles homens de filmes que fazem café e levam para as damas, mas não sei cozinhar.
Pisquei os olhos algumas vezes e enxerguei o ambiente, agora bem iluminado pela luz do sol, apesar das cortinas fechadas. Pensei em ligar a TV, mas eu tinha uma distração bem melhor: vê-la dormir. Já falei o quanto isso é bom?
Depois de um tempo, com medo de ser pego a observando, e percebendo que ela demoraria para acordar, levantei e fui ao quarto no qual eu havia me hospedado, de um dos irmãos da amiga de America. Tirei as roupas que usara para dormir e fui tomar um banho, para tirar o calor. (Nota da Autora: ai ai ai ;)
Logo depois, procurando algo para vestir, achei uma caixa ao lado dos sapatos. Estranhando aquela caixa, peguei com cuidado para olhar o conteúdo. Não acreditei no que vi. UMA CÂMERA!!! Não qualquer uma, um modelo de colecionadores, BEM antigo, o qual imprimia fotos tiradas na hora. Quase dei um grito de alegria ao ver aquilo, mas lembrei que America estava dormindo, então me contive.
Enquanto me vestia, pensava nas coisas que eu gostava de registrar, que traziam memórias e sentimento para mim, coisas lindas, perfeitas, como...America. Coloquei em cima do criado-mudo.
Após vestido, desci, ainda alegre com minhas descobertas, e percebi que ela estava acordando.
– Bom dia. Dormiu bem?
Ela se remexeu e demorou para abrir os olhos de uma vez.
– Hmmm. Sim. Bem melhor do que ontem.
Enquanto ela se espreguiçava, abri a cortina da ampla janela e...WOW. A vista era simplesmente FANTÁSTICA. Eram grandes e infinitos montes, uma grandiosidade verde, além das cercas da propriedade. Haviam algumas árvores cobertas de diversos tons de esverdeado, uma grama bem fofa e macia, além das diferentes flores que cercavam o chão. Dava para notar algumas borboletas coloridas voando ao lado de um riacho, muito bonito, perto de uma pequena queda d'água, cercada por diferentes pedras. O céu era de um azul perfeito, quase sem nuvens, e o sol brilhava fortemente. Essa foi a visão de uma janela, imagine o resto daquela imensidão!
– America...você viu???
Ela se levantou e caminhou até a janela. Pareceu se lembrar da paisagem e sorriu ao ver aquilo de novo. Todos que vissem uma paisagem como aquela, eram obrigados a sorrir. Nem no palácio eu havia visto algo parecido.
– É mesmo lindo, do jeito que eu lembrava.
Ficamos admirando a paisagem por um tempo, apenas daquela janela, enquanto eu contava sobre a câmera e ela sorria e se animava com aquilo. Depois de um tempo, tive uma ideia:
– O que pretende fazer para o café, senhorita Singer?
– Talvez alguns pães caseiros ou doces, Alteza.
– Tudo bem. - Tive uma ideia.
Ela pareceu um pouco desconfiada.
Subi as escadas e peguei a câmera. Um tempo depois, antes de tomar café, logo que ela retirou os pães do forno para esfriarem, subiu as escadas para se arrumar. Vi os pães e os peguei e coloquei em uma tigela que achei. Logo em seguida, levei junto com a toalha e a câmera para fora da casa, debaixo de uma árvore que parecia acortinada pelas folhas que desciam até o chão, formando uma parede de folhas. Voltei para a casa e ela me olhou, confusa.
– Roubou os pães?
– Sim. Se os quiser de volta, me siga.
Sai correndo, com ela logos atrás, correndo e me alcançando. Ao chegar ao destino, ela começou a encarar o local e o nosso improvisado "piquenique". Uma onda de memórias da Seleção nos invadiu. Só que dessa vez, eram memórias boas. Era incrível como America participava da maioria das minhas memórias mais marcantes, que são, com certeza, as melhores. Talvez ela as torne tão especiais.


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