Running With You escrita por SweetMeri


Capítulo 12
A new home




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– Ah, America, você não pode tentar nada mais?! Tem que ter um jeito. - Ela dizia, raivosa.
– Não dá, Meredith. Eu juro que tentei de tudo...você não faz ideia o quanto eu queria também...
– Então por que não pode???
– Você conhece a minha mãe. Nem meu pai a convenceu. Ninguém pode convencê-la.
– Você pode! Poxa! Você é America Singer, nunca a vi desistir de uma queda de braço, até mesmo com a sua mãe!
– Meredith...é diferente.
Eu estava me sentindo triste por não poder ir com ela. Nós havíamos planejado muito, combinado que eu iria na 1ª semana de mudança, praticamente me mudar com ela, e passaria 2 semanas lá, em sua nova casa, em Angeles, muito animada por sinal. Só que era muito longe e sua família ia de avião, e minha mãe disse que não tinha dinheiro para pagar. A mãe de Meredith disse que não era problema, as despesas eram mínimas pra eles. Meu pai concordaria pois sabia o quanto eu estava animada, eu não teria outra oportunidade como aquela, mas minha mãe não queria aceitar coisas de favor, disse que era muito tempo e eu não iria. Eu tentei bater de frente e dizer que era a nossa última semana juntas, mas não adiantou. Eu também não quis insistir muito, eu sabia como ela era com questão ao dinheiro, e me sentia desconfortável por ela, então desisti.
Deitamos na grama do quintal, olhando para o céu e a casa da árvore. Com 13 anos, eu já tinha mais alguns amigos, mas Meredith era especial, ficara ao meu lado na minha época de poucas amizades, e eu realmente gostava dela.
– Bom, não é o fim do mundo...quem sabe um dia desses eu vá te ver...
– Você sabe que não vai! Nunca vai poder... - Ela não disse por mal, mas....esse era o jeito dela. Apesar da sua arrogância, eu sabia que ela gostava de mim. - Desculpa, Ames...
– Não tem problema...você sabe que é verdade...nunca vou poder.
Passamos a tarde toda olhando o céu. Não era preciso dizer nada, essa era a nossa despedida.
Naquela noite, eu entrei quieta em casa. Como sempre, após o banho e antes do jantar, comecei a repassar as partituras. Só que apesar da rotina ser a mesma, eu estava diferente...incompleta. Eu sabia que no dia seguinte não a veria.
Foi então que no jantar, meus pais sentaram e conversaram comigo. No dia seguinte, eu estava indo para Angeles...prestei tanta atenção em cada detalhe, que jamais me esqueci de 1 só folha da minha primeira viagem (que foi de carro, pela insistência da minha mãe), e muito menos me esqueci de Meredith, apesar, de 2 semanas depois, me despedir e me sentir incompleta novamente.
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– America... - Ouvi um sussurro. - Ah...Por favor...Você...você poderia...
– Hmmm...Eu...Que? - Levantei minha cabeça, tentando reconhecer o lugar, mas acabei me desequilibrando sei lá de onde, sentindo uma mão forte segurar meu braço, antes que eu caísse.
– Tudo bem?! - Era Maxon. Meu coração estava quase pulando pela boca, por causa do meu quase-super-tombo. Dei uma relaxada e me ajustei no cavalo.
– To...eu...eu só estava...nossa! Já é noite? - Eu havia cochilado no começo da tarde, nos ombros de Maxon, enquanto ele controlava o cavalo. O dia inteiro nós tínhamos andado, parando o menos possível, para chegarmos logo na tal casa.
– Eh...acho que você...gosta de dormir. - Disse, me olhando segurando o riso.
– E você adora interromper meu sono. - Eu disse, brincando. - O que eu te fiz pra merecer isso?
– Quer que eu comece a lista? Bom, você foi rude comigo no primeiro dia, ai teve o chute, as brincadeiras, as brigas e até teve... - Ele começou a contar nos dedos.
– Chega. Você também não é tão santo assim. Por que a pressa?
– Até agora eu segui reto pela "estrada das cercas". Reto até o final, como você disse. Agora viro a esquerda ou direita?
– Ah...eu... - Eu tinha uma certa dificuldade de lembrar o caminho, apesar de ter prestado atenção na viajem, aos 13 anos. - Acho que direita...se eu estiver certa, já está bem perto.
– Então vamos, antes que escureça muito, a não ser que prefira dormir...
– Vai logo. - Dei um tapinha em seu braço.
Prosseguimos mais um pouco, o sol quase já sumindo por completo.
Comecei a pensar como estariam as coisas no palácio...será que sabiam que tínhamos fugido ou achavam que era um sequestro? Bom, Clarckson com certeza já sabia que tínhamos saído fora. Estaria ele feliz por termos desistido e partido, ou nervoso? A rainha sabia da 2ª parte da briga? Acho que não, ela não deixaria Maxon apanhar tanto se soubesse...Eu sabia que minha família estava protegida pelos rebeldes nortistas, mas...estariam preocupados? Ah, acho que sim. E Kriss? Será que ela...desconfiava? Chorava? E...ASPEN? Eu o esquecera por um tempo...mas...agora ele não saía da minha cabeça. Ele estaria atrás de nós...?! Se estivesse...já estaria perto???
– Acho que deve estar quase chegando. - Me assustei com o comentário...Como Maxon podia saber???
– COMO É?!
– Tem umas luzes aqui no caminho...deve estar perto...não é? - Ele disse, assustado.
– Ah, SIM! Deve estar perto. Desculpa por gritar, tava distraída.
– Tudo bem. Só não fique entediada pra não acabar dormindo...
– Ha...ha...que engraçado. Pelo menos eu durmo. Não lembro de te ver cochilar por um bom tempo, nem na noite das penas.
– Então você lembra?
Corei um pouco.
– Claro.
Trocamos um olhar de cumplicidade e prosseguimos.
Após um tempo, já na escuridão, passando os postes acesos( mas sem casa alguma ao redor) vimos a tal casa de longe. Como eu lembrava: grande, com amplas janelas envidraçadas, uma varanda gigante e a enorme quantidade de grama ao redor, sem conseguir ver o final do imenso terreno, decorada com infinitas estrelas no vasto e limpo céu. Só não estava acesa. Bom sinal, ninguém estava lá.
– É essa. - Fui invadida pelas mais antigas lembranças...AH, Meredith...Aquela vista exalava Meredith.
Ao chegar no velho portão de ferro, Maxon desceu do cavalo, segurando a minha cintura como sempre fazia, para que eu descesse. Abrimos o portãozinho e nos dirigimos à enorme casa. Não era possível captar muitos detalhes sob aquela quase inexistente luz da lua.
– Acho melhor amarrar o cavalo daquele lado, caso alguém passe na frente do portão...
– Boa ideia... - Eu dizia, ainda com o olhar perdido nas memórias.
Após retornar, passamos pela varanda. Até hoje lembro dos cabelos loiros de Meredith voando no pequeno balança ao lado...
– E...e como entramos?
– Érrr...acho que não pensei nisso. Acho que...deve ter uma chave reserva escondida...isso é uma casa de férias, eles devem manter limpa, a empregada deve pegar a chave em algum lugar...
Começamos a procurar, até que abaixo do vaso de plantas, lá estava a pequena chave. Com dificuldade, tentei abrir a porta no escuro, sem sucesso. Maxon colocou suas mãos acima das minhas, e conseguimos abrir.
Ao acender a luz, me senti...em casa. Nos entreolhamos. Seria uma longa e difícil jornada, mas nós não desistiríamos...aquele era apenas o começo de várias conquistas. Era muito estranho dizer, mas...acho que Maxon era uma das minhas mais desejadas conquistas. Eu achava que estava decidida a lutar por ele, e realmente estava, mas...Céus, ASPEN! Largue os meus pensamentos...


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