O Portal- OneShot Dramione escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

apenas tive a ideia e escrevi, não sei se ficou razoável mas taí.



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O dia havia amanhecido nublado, dando beleza ao vilarejo inglês. Era apenas para ser um pacato passeio às colinas, mas os acontecimentos daquela manhã mudariam muitas coisas, desde vigilância em passeios escolares a valores sociais.

A escola local havia decidido que o passeio anual seria ao ar livre, dando a oportunidade de exploração à flora local. Desde que haviam descido do ônibus, Hermione só ouvia xingamentos e piadinhas, ligadas ao seu costume de estudar até mesmo fora da escola.

“Por que a sabe-tudo não relaxa um pouco e vai se pegar com alguém atrás de uma árvore?”

“Será porque ela é uma rata de biblioteca?”

“Olhem só, o castor fugindo para a floresta!”

Comentários desse tipo faziam a garota se sentir cada vez mais isolada, não aguentando mais, fugindo de fato para mais alto da colina, nem se dando o trabalho de corrigir o imbecil que havia dito que fugia para uma floresta.

Enquanto caminhava vagarosamente, se lembrava de quando seu tormento havia começado. Já fazia seis anos, no seu décimo primeiro aniversário, quando coisas estranhas começaram a acontecer. Lâmpadas estouravam, lápis e borrachas voavam, e até mesmo seu cabelo armado como eletroestática.

Desde então, a menina sofria na mão de seus colegas de classe. Escondia-se nos livros, pois nem a mesma sabia explicar e até mesmo controlar seus “poderes”.

Quando menos percebeu, já havia se perdido em seus pensamentos, consequentemente da trilha que levava a seus colegas. Pensando que sabia voltar, continuou a vagar, observando as poucas árvores que havia pelo caminho, vez ou outra balançando seus galhos quando a menina passava.

Hermione Granger sabia que era ela quem atraía os acontecimentos estranhos que cercavam todos a sua volta. Naquela vez, na aula de biologia, ao olharem para janela e verem cerca de vinte corujas de espécies diferentes pousarem perto de Hermione. Caçoaram dela por semanas. E ao olhar para um tronco jogado no chão, intacto, fechou os olhos e cerrou os punhos, deixando pequenas lágrimas raivosas saírem, escutando um estrondo logo em seguida.

Ela havia quebrado um tronco. Algo naquela colina aumentava seu poder e ela não sabia o que. Desesperada por informações e até mesmo ajuda, continuou a subir cada vez mais apenas parando quando avistou logo adiante, cerca de cem metros de onde estava, ruínas de um castelo, que um dia havia sido algo majestoso. Conforme chegava perto, percebeu a mudança no ambiente. Onde no começo era verde e bem cuidado, agora se encontrava totalmente abandonado, com plantas subindo pelas paredes.

Não pensou duas vezes em fotografar tudo. Era um segredo seu a paixão pela fotografia, e ao ver uma placa de aviso na estrada do castelo, apenas se animou mais para tal aventura. Aquele lugar mágico, havia feito-a esquecer de todos seus problemas adolescentes por hora, apenas instigando a exploração. Algo dentro dela dizia para não parar em momento algum.

Por isso, quando terminou de escalar algumas pedras jogadas pelo chão, com dificuldade, avistou um pátio grande, com um chafariz no meio, não hesitou em correr para encontrar o melhor ângulo.

Foi quando algo em seu peito despertou. Sentiu seus braços formigarem e esquentarem. E ao olhar para o visor da câmera, a mesma havia parado de funcionar, congelado no chafariz.

Enquanto Hermione tentava entender o que havia de errado com sua máquina, Hogwarts se agitava de maneira nunca antes vista. Alunos e professores intrigados e assustados procuravam por respostas a seguinte pergunta: quem era aquela garota que estava no pátio.

Nunca na história da Escola de Magia e Bruxaria um trouxa havia conseguido adentrar o terreno escolar. Por si só já era impossível encontra-la, e se por algum acaso conseguissem, ruínas e avisos os manteriam longe. Mas isso não havia acontecido, um deles estava bem ali no chafariz, olhando ao seu redor.

“Por favor, se acalmem. Ela não pode nos ver, então vamos esperar que vá embora.” Minerva Mcgonagall tentava acalmar seus alunos, conseguindo momentaneamente, indo atrás de Dumbleodore, querendo ajuda.

Mesmo sem saber, a jovem morena causava um reboliço na escola, deixando uns com medo, outros caçoando de sua ‘beleza’, e outros...

“Hey, Draco, já viu a sangue-ruim lá no pátio?” Zabini dava as notícias do dia.

“Todos estão falando dela, não sei por que, não parece ser grande coisa, daqui a pouco ela se assusta e sai correndo.”

Enquanto falavam, iam em direção ao Salão Principal, até que todos ficaram estáticos, vendo sua visitante passar, olhando desconfiada para todos os lados, até parar na direção de Draco. Este que prendeu a respiração ao encará-la, viu a beleza selvagem que a mesma possuía. Cabelos revoltos, olhar penetrante, boca carnuda. Estremeceu quando viu a proximidade. Durante seus devaneios, a garota se aproximou consideravelmente dele, ficando cara a cara. Todos a sua volta sabiam que ela não podia vê-los, então se apavoraram quando Hermione sussurrou alto demais um :

“Tem alguma coisa errada aqui.”

Sem querer, Malfoy tocou seu rosto, fazendo a pobre coitada estremecer. Com esse simples toque, mais coisas se agitaram na menina, que cambaleou um pouco para trás, fechando os olhos.

Ao abri-los de novo, flashes surgiam em sua vista. Começou quando olhou por onde havia entrado: ao invés de uma grande abertura de pedra, portas de madeira escancaradas. Piscou assustada e as pedras voltaram. Olhou para o outro lado, e onde estavam escombros, uma grande escadaria surgiu. Coçou os olhos e nada.

Corajosamente, seguiu em direção à escadaria, e tentou uma vez. Sorriu ao ver que poderia sim subir para o segundo andar se quisesse. Já estava no meio do caminho quando escutou sussurros.

“Só posso estar louca.” Pensou. Mas algo dentro dela pulsava, hora ou outra deslizando alguma pedra, coisa que os bruxos não poderiam ver, já que as ruínas não estavam à mostra.

Draco Malfoy havia passado todas as aulas do dia pensando naquela garota. Sua beleza estava cravada em sua mente, e por alguns instantes chegou a se perguntar sobre o amor à primeira vista.

“Ela é só uma sangue ruim, Malfoy.”

Por mais que isso doesse nele, não estava dando a mínima para sua pureza. No momento, só queria vê-la outra vez. Sabia que era loucura, que provavelmente ela nem sentiria, mas precisava daquilo. Estava a caminho do jantar, quando viu que a mesma não havia fugido. Estava de noite e ela continuava nas ruínas. Aproveitou-se de que não havia ninguém no corredor e se aproximou. O barulho se seus passos chamaram a atenção dela, que agora o encarava fixamente. Relutante, Draco olhou para os lados, confirmando que estava sozinho e a beijou.

Hermione Granger sabia, desde que havia posto os pés naquele lugar, de que havia alguma coisa errada. As visões, barulhos que teve durante o dia só confirmou. Entreteu-se tanto com a dupla visão que nem viu o tempo passar. O último barulho que ouviu teria sido até normal, se não tivesse sentido logo depois uma pressão gostosa em seus lábios, seguida de uma lufada de ar. Ao piscar os olhos, deparou-se com a visão de um garoto loiro, alto, de olhos azuis, branco como a neve, sorrindo assustado para ela.

“Quem é você?” Aquele beijo havia mexido demais com ela, sua respiração já acelerada. Só conseguiu escutar um:

“Vem comigo.”

Malfoy estava assustado, não sabia direito o que fazer, então pensou em levá-la para Dumbleodore. Torcia para que ela o escutasse e seguisse, olhado para trás e sorrindo ao constatar que ela de fato o seguia.

Conforme andava, flashes do garoto loiro a sua frente apareciam, vez ou outra sorrindo, ora correndo. Foi quando ele chegou perto de uma grande porta fechada, que sua visão dupla parou por uns instantes. A sua frente havia somente um grande portal de pedra e escuridão. Seus braços e pernas tremiam. Olhou para o lado e o garoto sorria, abrindo a porta, revelando uma gritaria vinda de dentro.

“Damas primeiro.”

Deu três passos, sua mente enchendo-se com lapsos de um grande salão. Apenas rodava, olhando para todos os lados. No Grande Salão, todos olhavam para ela, abismados com sua persistência, arregalando os olhos quando a mesma gritou, tremendo da cabeça aos pés, uma forte luz surgindo dela e inundando o ambiente. Imediatamente Draco Malfoy a segurou, pensando que podia ajudá-la, esquecendo momentaneamente que ela não podia vê-los.

Hermione se assustou com o calor e formigamento em seu peito que de uma hora para outra ficaram insuportáveis, por isso gritou. Em um segundo, curvava-se em direção ao chão de pedras, e no outro, se viu apoiada nos braços do garoto loiro. Olhou em volta e percebeu uma multidão.

“Eu disse que tinha alguma coisa errada.”

Olhos arregalados a encaravam. Malfoy estava abismado. Jamais pensaria que conseguiria segurá-la, muito menos que ela conseguisse entrar em Hogwarts.

O Salão ficou em silêncio.

“Bem vinda, Srta.?”

“Hermione Granger.” Respondeu, desconfiada.

“Dumbleodore, o que aconteceu aqui?”

“Como vocês sabem, somente seres mágicos podem encontrar o caminho para Hogwarts. Então não era de estranhar quando me contaram que haviam entrado nas ruínas. Ela sempre viu partes do castelo, sua mágica estava se tornando mais presente, conforme ia passando mais tempo num ambiente repleto de magia. Aos poucos ela ia entrando aqui, por isso as vozes e os lapsos, Srta. Granger.”

Com todos prestando atenção na explicação, nem perceberam que certo casal continuava agarrado, com Draco segurando-a pela cintura.

“Como você se chama?”

“Draco Malfoy.”

“... E quando entrou num lugar com tanta magia concentrada, seu corpo não aguentou e a magia tomou conta. E cá está ela.”

“Quer dizer que eu sempre fui uma... Bruxa?”

Alvo Dumbleodore apenas acenou com a cabeça.

“Creio que seja a dona da carta perdida.”

E naquela noite, seu sofrimento acabou, ao abandonar o mundo dos trouxas, optando por Hogwarts. Todos os fatos estranhos de sua vida foram esclarecidos, seu cabelo até deixou de ser armado, quando aprendeu a controlar sua magia. No dia seguinte, estampado em todos os jornais da cidade estava seu rosto, dada como desaparecida, oferecendo recompensa para quem a encontrasse, coisa que nunca aconteceu.

Com o passar dos dias, embora um pouco deslocada na escola, juntou-se com três grifinórios, porém preferia a companhia de Draco, já que o mesmo havia mostrado o caminho para a liberdade. Eles se beijaram outras vezes, até ele a pedir em casamento depois da formatura.

“Obrigada por me beijar naquele dia, Draco. Por ter me deixado entrar no seu mundo, literalmente.”

“Não tem de que, meu amor.


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Notas finais do capítulo

se até ela conseguiu entrar, pq não conseguiriamos?



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