Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 4
Capítulo 4. Treze anos depois do meu nascimento


Notas iniciais do capítulo

Um pequeno salto no tempo, para uma vida mais ou menos organizada, onde novas questões aparecem. Questões mais externas...



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Capítulo. 4 – 13 anos depois do meu nascimento.

— FELIZ ANIVERSÁRIO! – Droga! Droga! Mil vezes droga! As pessoas não deveriam ser acordadas com gritos no seu aniversário!

— Vamos, Cesc, acorda! Temos presentes... – Scorp sabe o que dizer pra me fazer levantar.

— Presentes? – Ok, confesso que sou interesseiro, mas quem não é? Gandhi?

— Pois é, seu interesseiro, nós lembramos de você! – Viu que eu disse? Eles sabem quem eu sou.

— Não é pra menos, Tony, divido o quarto com vocês há séculos!

— Na verdade... Há exatos dois anos e 29 dias. Mas eu entendi a hipérbole, Cesc! – Maldito calendário com palavras difíceis que minha mãe mandou pra Scorp verão passado! Aquele que cada dia você conhece uma palavra nova pra aumentar o vocabulário... Como se ele precisasse!

— Que lindo! Nosso caçulinha já está tão crescidinho... Treze anos! – Tony ficou lá enxugando as lágrimas imaginárias e assoando o nariz na ponta do meu lençol. Tirei ele o mais rápido possível do meu egípcio de mil fios.

— Humpf... Cadê os presentes, seus retardados?

—Calma, criança, estão aqui. Abre o meu primeiro!

— É grande e... Pia? Scorp, você tá mesmo me dando uma coruja? WOW! Nem acredito!

Antes que vocês digam “Você tem trauma de corujas!”, eu respondo: foi-se o tempo! Agora sou um amante dos animais... Ok, não sou, mas digamos que eu não desejo mais a morte de todos eles... Só a de alguns!

— E aí? Gostou mesmo?

— Tá brincando? Ela é preta e... Já tenho um nome pra ela! – Eu dei meu melhor sorriso tenho-32-dentes.

— Por favor não diga...

— Uizlei!

Tony começou a rir instantaneamente e Scorp se limitou a dar um tapa na própria testa. Qual é? Essa sempre foi a nossa piada interna, desde o primeiro ano!

A Weasley se revolta quando nos ouve falando mal dela ou da família dela e nós sempre usamos a desculpa de que estamos falando de outra pessoa, um primo distante meu... Até forjamos uma carta pra parecer que o cara existia!

— Isso vai dar merda!– Scorp é um chato de galocha molhada! Daquelas que rangem a cada passo...

— Sempre dá! Mas você sempre aparece com uma pá pra nos salvar, não é, Scorp? – Tony agora cutucava o loiro-platina com o cotovelo na altura das costelas dele. Nem queiram saber o que isso quer dizer realmente...

Quando ele diz “pra nos salvar”, ele quer dizer pra salvar ele! Minha média de detenção caiu pra duas por mês desde o incidente com a Weasley no corredor... Não corro mais riscos!

Flashback

— Você viu a cara dela? Não acredito que você a chamou de humana!

— Ela queria um elogio, não queria? Então? Foi o melhor que eu consegui!

Agora tanto eu quanto Tony estávamos quase caindo no chão de tanto rir. A cara da Weasley na aula de Transfiguração foi impagável! Ela se achava tão esperta por ter conseguido fazer bem um feitiço que qualquer um podia ter feito de olhos vendados.

Fiz pouco caso na frente dela, a professora pediu pra eu me desculpar e elogiá-la, mas a única coisa que veio na minha mente foi chamá-la de humana. É um elogio, ok?

Já estávamos quase alcançando a biblioteca, um maldito trabalho de DCAT pra segunda em mente, quando viramos a esquina e demos de cara com a dita cuja.

— Olá, Weasley!

— Não me dirijam a palavra, suas peçonhas, eu sinceramente tenho mais o que fazer!

A ruiva tava irritada, mas Tony começou a rir. Ele tem essa risada rouca, parece um porco engasgando! Eu ri da risada dele e ele devia tá rindo porque a Weasley estava ficando da cor do cabelo... Aí já viu, né?

— PAREM! – Crise de risada não é algo “controlável”. -JÁ DISSE PRA PARAREM!

A garota cometeu um erro do qual ela se arrependeria pelo resto... Ok, sem drama. Pelo resto do segundo ano dela!

Ela sacou a varinha e bem, o que veio a seguir foi uma das coisas mais estranhas que eu presenciei em minha curta, porém divertida vida!

No exato momento que ela apontou a varinha pra gente, o professor Neville Longbotton, de Herbologia, estava passando sei lá pra onde... Ele parou e ficou chocado. Começou a dar uma bronca na Weasley e pediu, pediu não, EXIGIU que ela desfizesse o feitiço... Um tal de Rictusempra.

Ela ficou em pânico! Deixa eu resumir o que rola a seguir: o professor lança um Finite Incantatem na gente, nós percebemos a seriedade da coisa, paramos de rir, o professor achou que tinha sido por causa do feitiço dele e aí é nessa parte que...

— Menos 20 pontos pra Grifinória! — WOW! Eu não sabia que alguém podia arregalar os olhos tanto quanto a Weasley fez agora!

Eu e Tony nos entreolhamos. Será que isso que a gente tá sentindo agora é culpa? Por uma grifinória? Humpf! Não... Se tem algo que eu aprendi nesse tempo em Hogwarts é que não existem limites pra se tirar ponto da Grifinória! Nenhum.

Nós deixamos a garota estática lá no corredor. Bem que eu queria ter tido a ideia de apagar a mente dela naquele momento. Seria menos doloroso no futuro...

Fim do Flashback

— Vocês não aprendem mesmo, não é? A guerrinha contra a Grifinória só faz mal às duas casas! E vocês estão comprando uma briga muito grande, não só com os Weasleys, mas com os Potters também!

— Ai que medinho dos filhotes daquele que sobreviveu!

Tony adora debochar da história de Harry Potter. Não sou tão desrespeitoso quanto ele, mas até que ele tem razão sobre algumas coisas... E a maior delas é que o Santo Potter foi mais burro do que herói!

Ele foi burro litros, um sonserino já teria acabado a história toda no primeiro ano, fora que na maioria das vezes o cara nem tinha outra opção... Na verdade isso eu não posso afirmar, eu ainda tô no segundo ano dele.

— Tony, não fala assim! O cara é uma lenda. – E o Scorp é um paga-pau!

— Você que devia se envergonhar, Scorp, até hoje o seu pai chama o Potter de Cicatriz...

Tio Draco é, sem sombra de dúvida, a pessoa mais legal que eu já conheci no mundo bruxo! Ele foi meio chato no inicio, mas agora acho que ele realmente gosta de mim. Ou pelo menos suporta!

—Meu pai esqueceu-se de crescer em alguns aspectos e vocês estão seguindo o mau exemplo dele! Mau não, péssimo!

Scorp bateu em retirada em direção ao banheiro. Ele ás vezes dá esses surtos... O que é ótimo pra copiar os deveres de História da Magia dele...

— Então Tony? Já descobriu o porquê dos basíliscos e das acromântulas não se darem bem? Ambos são igualmente terríveis pra mim!

— Pois é... Não, você não vai copiar o dever de Scorp de novo! Cesc! Ele me fez prometer que... EU NÃO VOU TE DAR O SEU PRESENTE!

Eu já estava quase conseguindo pegar a minha salvação quando o maldito do Tony usou o golpe mais baixo de todos. Virei pra ele indignado.

— Me diga que vale à pena tirar um 'deplorável' em HM só pra ganhar esse presente...

—Vale à pena!

Respirei fundo. Se não valer à pena mesmo, eu o farei valer, nem que pra isso eu tenha que quebrar o presente na cabeça de Tony.

— Ok, me deixe ver!

Ele foi até o outro lado do quarto pra pegar o negócio. Ele nem precisava embalar, eu já sabia o que era! Só de ver o formato...

— Adivinha!

—Não acredito! A quem você vendeu a alma pra conseguir isso?

— Pra uns caras aí! Vendi a sua também, mas isso não vem ao caso...

Ele entrou na brincadeira e fez uma cara de que sabia que tinha agradado. Bem, o que eu posso dizer? Adoro Scorp, mas definitivamente o Zabini me entende!

— Como conseguiu uma Twigger 90? Achei que era só pra colecionadores!

— E é! Não foi fácil conseguir, creio que deva agradecer ao senhor Zabini por isso...

Tony falou despretensiosamente, como se ele conseguisse ser essa palavra grande. Não vou agradecer o Sr. Blaise “assassino de garotos de onze anos” Zabini! NUNCA!

—Diga a ele que ele não vai receber um agradecimento meu tão cedo... Não nessa vida.

Tony se fingiu de chateado, porque eu sei que ele adora esse ódio mortal que rola entre mim e o pai dele. Tio Draco é legal, tio Blaise... Ele não é meu tio!

— Já vi que está resignado com essa situação... Mas o que posso dizer? Ainda vou passar o Natal na sua casa?

— Sem visitas surpresas do seu pai! Não sei se meus avós suportariam...

— Vou ajudar você a colocar a vassoura em um bom lugar.

— Quem disse que ela vai ficar exposta?

Tony me olhou confuso e eu olhei feliz pra minha Twi. Ela não vai ficar numa parede. Tony pareceu perceber isso.

— Ah não!

— Ah sim...

— Não!

— Não comecem, vocês dois! Não sei se tenho paciência pra outra interminável série de “Não's” e “Sim's”!

Scorp saiu ainda enxugando o cabelo e sem os sapatos. Ele não é mais o garotinho todo fechado que veio pra cá há alguns anos... Dificilmente o chamam de garoto! Ele é alto pra cacete.

— Scorp, pelo amor de Merlin, põe juízo na cabeça desse menino! Ele quer usar essa peça de museu no Quadribol!

— Ele vai morrer tentando... – Disse o escroto do Scorp, mas pra si mesmo do que pra gente.

—JUSTAMENTE!

Tony estava desesperado, ou ao menos fingia. Ele sabe que eu sou ótimo com vassouras e com a Twi não vai ser diferente!

Deixa-me contar a história da Twigger 90, meu sonho de consumo desde... Desde... Desde o ano passado!

Era uma vez uma bela vassoura que tinha tudo pra ser a melhor vassoura da época. Ela alcançava incríveis 203 Km por hora! Antigamente, era a mais rápida de todas, mais rápida até que a preciosa Nimbus 2000 de Harry Potter e a Nimbus 2001 de Draco Malfoy.

Mas aí um idiota qualquer descobriu que ela empenava um pouquinho em alta velocidade, como se isso fosse lá grande coisa! Minha preciosa ficou mal afamada e hoje as duzentas produzidas para teste, permanecem esquecidas na casa de algum colecionador solteirão que tem que se contentar com a velha governanta da família pra ter...

Ok, eu tô divagando! Mas não é uma história triste? É sim! E é por isso que eu tenho um sonho, na verdade foi um pesadelo, mas você sabe como é. Essas coisas de sonhos não podem ser levadas ao pé da letra e...

Eu tenho o sonho de fazer com que a Twigger 90 tenha o seu momento de glória ao meu lado, ou melhor, abaixo de mim, quando eu me tornar capitão da Sonserina. O que será precisamente amanhã às 16h. Estejam lá pra ver! E não duvidem.

— Você ainda tá olhando pra sua mais nova arma mortal?

Tony me disse essa asneira depois que acabou o banho e eu já ia respondê-lo da maneira adequada, quando eu percebi que ele estava perto demais. Com certeza queria algo... Recuei automaticamente.

— O que é que você quer?– Ele olhou pra baixo, meio sem jeito. - Oh não! Claire tem razão! Você é gay.

Tony me olhou com uma cara muito engraçada, primeiro de susto e depois de algo que eu só posso nominar agora de “ódio mortal sem precedentes”.

— NÃO SOU GAY! Um gay gastaria quatro meses da sua vida fazendo o presente perfeito pra garota que gosta?

Ah é! Olhei pra ele aliviado, afinal de contas ele REALMENTE passou quatro meses fazendo o presente de Louise... Que bunitinhu!

— Ok, mas a parte de você querer um favor meu é verdade, não é?

— Porque tudo seu tem que ser à base de favores?

— Porque se não fosse assim, eu seria tão perfeito que enjoaria!

Minha lógica é fantástica! Até eu me surpreendo às vezes com minha genialidade. Ele me olhou de uma maneira indecifrável. Tony me assusta!

—Preciso que entregue o presente pra Louise... – Ele mordeu o lábio inferior ao dizer o nome dela. Tony, Tony, Tony... Que péssima ideia se apaixonar! – E não pode dizer que fui eu!

Que triste essa sina do meu amigo, me deixa de coração partido... Sério! O garoto fica patético ao lado da minha irmã. Ela é tão má e cruel, me sinto responsável por não tê-lo avisado e... Espera aí! Eu avisei sim, lá no primeiro ano, depois que ele passou uma semana elogiando o cabelo dela, o jeito como anda, fala, pisca, escreve e um monte de coisas sem importância. Ele caiu nos encantos dela por que quis! Que se foda então!

— Quer que eu entregue o seu presente super trabalhado e diga que fui eu que fiz? – Ele acenou freneticamente a cabeça e eu fiz que não com a minha. – Ela não vai acreditar...

— Vai se você se esforçar! É o irmão dela, merda!

Levantei da cama irredutível. Onde já se viu? Eu dando presente legal pra Louise? Era só o que me faltava! Ele se ajoelhou e começou a dizer um milhão de “Por favor, por favor!”.

— E eu achando que não dava pra ficar mais patético...

Ele fez a cara do Gato de botas do Sherek, eu odeio aquele gato! Scorp estava rindo, creio eu, tanto da minha cara quanto da cara de Tony. Eu não mereço isso no dia do meu aniversário!

— Vamos, Cesc! Você será nosso padrinho de casamento... E você não vai ser convidado se não parar de rir, Scorp!

— Ok, você venceu! Agora me deixa tomar banho, antes que eu chegue atrasado pro café de novo...

E ele começou uma série de “Obrigados” intermináveis. Bati a porta na cara dele, mas infelizmente eu não consegui achatar o nariz do moleque sem dignidade com quem eu divido o quarto.

***

Lá estava Louise, sendo cumprimentada por todos os garotos da escola, até os do sétimo ano. Não tem jeito de Tony me convencer a falar com ela!

— Vai lá, por mim...- Olha a cara do gato de Sherek de novo. Fala sério!

Não sei o que exatamente deu na minha irmã, mas ela olhou pra mim, sorriu e acenou. Olhei pra trás automaticamente, só pra ter certeza que ela estava falando comigo. Ela fez uma cara emburrada.

— Que Merlin me proteja! – Eu disse sem esperança.

— Que Merlin te proteja! – Torceu Tony.

— Que Merlin não se irrite com vocês dois por ser tão importunado... – Às vezes eu acho que Malfoy é suicida...

Fui em direção ao meu destino cruel, que parecia sorridente demais hoje.

— Oi. – Ela disse tímida, tô com medo! – Feliz aniversário.

Fala alguma coisa! Nada de “não acredito que estou fazendo isso!”, pelo amor de Merlin!

— Preciso falar uma coisa pra você... – Ela olhou em dúvida entre me seguir ou dar atenção a Frank Longbotton, capitão da Grifinória, que estava tentando chamar a atenção dela há séculos. Pobre Longbotton! – Pode ser depois.

— Ok, então.

Respirei fundo e dei meia volta. Foi melhor do que eu imaginava!

— Você não fez seu trabalho, volte lá e termine!

Tony estava bravo, não sei ao certo porque... Eu expliquei a ele que agora não dava, ela estava ocupada, mas que depois eu iria falar com calma, até poderia ensinar como o presente funciona!

Ele passou o café todo sem falar comigo... Direito. Por que ele sempre fala comigo, mesmo quando estamos “brigados”. Já com Scorp não tem papo, ele sabe ser o Senhor mudo por muitos dias...

***

— A Claire tava te procurando, já falou com ela? – Louise parecia ansiosa.

— Não e também não falei com você. – Ela pareceu se lembrar agora que eu tinha falado de manhã com ela.

Acreditem vocês ou não, dia de quinta-feira não tem aula com a Corvinal, nem no mesmo corredor!

— Hum... Fala então!

— Toma. – Ela me olhou surpresa. – Acho que você vai gostar...

Ela abriu o embrulho, que eu carreguei o dia todo, diga-se de passagem, por causa de Tony!

O sorriso dela se abriu também. Ele estava certo, ela gostou daquela breguice... Tentei fazer cara de feliz. Querem saber o que foi? Essa agonia toda por causa de um diário! Uma droga de diário!

Tony fez Scorp e eu rodarmos a Londres trouxa quase toda procurando esse negócio. O diário tem a capa vinho, extremamente discreto com exceção das palavras em prata que diziam, ao invés de um simples “diário”, “Tocado por um anjo”. Quase tive uma síncope quando eu vi isso.

— Eu nem acredito... – Ela parecia realmente surpresa e emocionada. O melhor é que eu nem contei a parte principal ainda.

— Me deixa explicar como funciona: a primeira coisa boa desse diário é que você nunca vai perdê-lo, ele sempre dará um jeito de voltar pra você. E assim que colocar o seu nome, ninguém além de você poderá lê-lo.

Ela me olhou encantada. Ela deve tá achando que eu fui abduzido ou algo assim, pra ser um irmão tão legal.

— E o melhor eu deixei pro final: você pode usá-lo como uma espécie de correio.

— Como assim?

— Quando você, ao invés de escrever “querido diário”, escrever “querido fulano”, sua mensagem vai aparecer para o destinatário no primeiro pedaço de papel que estiver na frente dele. Confesso que esse feitiço foi difícil até pra mim e...

Ela me abraçou! Socorro, ela me abraçou! Eu vou trucidar Tony! Odeio ele, odeio ele, ODEIO ELE!

Vocês devem estar se perguntando como Tony conseguiu colocar tantos feitiços em um simples diário trouxa. Bem, ele não conseguiu! Não sozinho. Depois de um tempinho treinando nas horas vagas, digamos que eu tenha descoberto um talento meu: eu realmente sou bom com feitiços!

Consigo fazer até os mais complexos, mesmo Scorp dizendo que a postura ou a pronúncia estão erradas. Sempre digo a ele que eu não preciso dessas coisas, minha magia é algo raro, logo não vou nem precisar de varinha! É claro que ninguém leva fé nisso...

Tony e Scorp ficaram pesquisando na biblioteca durante um bom tempo, no final do segundo ano. Os feitiços de localização e segredo foram relativamente fáceis. O segundo foi o mesmo usado para criar o famoso mapa do maroto. O problema foi o último!

Pra conseguir esse efeito tivemos que entrar escondidos na seção proibida, vender os nossos corpos e... Ok, parei! Mas a parte de ter entrado na ala proibida da biblioteca é verdadeiríssima!

Fizemos isso na última semana de aula. Até a Madame Pince fica mais distraída nessa época do ano. Eu ajudei na pesquisa dessa vez, descobrimos um feitiço muito bom usado numa das horcruxes de Voldemort. Pois é, o nome não tem mais tanta força quanto antigamente...

O feitiço é aquele que foi usado no diário de Gina Weasley-Potter no segundo ano de Harry Potter, eu sei disso por que eu li o segundo livro da J.K. Rowling, ok? Virou Bestseller, até mesmo entre os trouxas! Claro que causou uma super polêmica, por que a mulher revelou muito sobre o mundo bruxo, mas não deu em nada... As pessoas trouxas acham que é ficção.

Voltando pro feitiço, não dava pra aplicá-lo daquela forma... O feitiço só serve pra o dono do diário manter contato com o passado e não com o presente... E o fato de também só poder se comunicar com a lembrança de uma pessoa, nos limitou bastante.

Tivemos que misturá-lo a outro feitiço, usado também pelos marotos, só que nos famosos espelhos comunicadores de James Potter e Sirius Black. Eu digo que tudo deles é famoso porque George Weasley criou um museu em homenagem a eles, muito legal por sinal. Visitei ano passado com a família.

Do mapa e espelhos, infelizmente, só conhecemos a história. O egoísta do Harry Potter não quis entregar ao museu as relíquias e todo mundo achou legal da parte dele. Eu não! Nem Tony. E até Scorp concordou com a gente dessa vez!

Mas a verdade é que o resultado ficou muito bom. Talvez eu patentei isso, vou ficar rico!

Louise agora estava vermelha, acho que até ela se assustou com essa reação inesperada.

— Obrigado. – Ela disse olhando pro diário.

— Não faça isso nunca mais! – Eu quase implorei, mas meu tom de voz deixou claro que ela não poderia nem sequer cogitar a ideia de desobedecer... Isso foi uma ordem.

Dei as costas pra ela, esses momentos família me deprimem! Ela chamou minha atenção de novo.

— Não se esqueça de falar com Claire, ela tem algo muito, muito, MUITO, importante pra te dizer!

Mas essa agora... O que Claire tem de tão importante pra querer falar comigo?


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Notas finais do capítulo

E aí? Alguma ideia do que é essa coisa tão, TÃO importante que Claire precisa falar? Eu particularmente gosto de escrever o terceiro ano, é quando as coisas começam a ficar mais interessantes...