Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 39
Capítulo 39. Quase um especialista na vida


Notas iniciais do capítulo

Ai q emoção voltar a postar sem um abismo entre as datas, tô feliz, principalmente pelos comentários de Moony, Milena e Cillessen - que está relendo a história e comentando *-* - que não esqueceram dessa loucura aqui!

Obrigada, vou tentar ser mais organizada por vocês!



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Capítulo 39

A torre do relógio era, com certeza, um dos lugares mais antigos da escola. Mesmo que eu não soubesse que Hogwarts foi fundada em cima das ruínas de uma antiga construção mágica da era megalítica escocesa, ainda assim, a magia aqui é mais forte do que em qualquer outra área do castelo, então eu posso senti-la.

Toquei na borda do chafariz das corujas - que ficam guardando a estranha e não muito útil torre - para ver se estava seca o suficiente para sentar. A fonte ainda estava desligada, a água acumulada dentro com uma camada fina de gelo.

Tony fez que ia sentar também, mas entrou completamente na fonte e foi fingir patinar ao redor das corujas. Aparentemente o gelo era mais grosso do que eu pensava, infelizmente.

— Ela não vem. - Rebeca me disse, de braços cruzados, o vento vindo de lugar algum levantando a saia dela de leve.

— Claro que ela vem, é da Weasley que estamos falando!— O tum, tum atrás de mim, me fez olhar para Tony dentro do chafariz.

— Como isso aqui ainda pode estar congelado? Daqui a um par de semanas será primavera! — Tentei ignorar a imagem do gelo trincando ao redor dele - a última vez que eu vi algo assim, fiquei com gosto de lago na boca por uma semana - para lhe dar uma bronca pela sua idiotice.

— Dá pra parar? — Ele parou de pular no gelo e me encarou, a pele negra contrastando com o branco da neve que ainda restava e o verde do cachecol, tudo muito poético, com exceção de que Tony é um imbecil.

— Estou entediado, a Weasley está atrasada!

— Estou atrasada exatamente 7 minutos.— Me virei para ver a ruiva arrogante chegando de mansinho, mas ainda pude ouvir um "aleluia" de Tony atrás de mim. – Se eu soubesse que você estaria aqui teria me atrasado mais. O que Zabini está fazendo aqui de qualquer forma?

Ela falou tudo enquanto se aproximava e sentava perto de mim. A olhei com a superioridade devida e respondi antes que Tony ou Rebeca colocassem tudo a perder.

— Tony é parte essencial disso tudo, ame ou deixe-nos. - Levantei a mão e mesmo eu estando de costas pra ele, meu maravilhoso amigo completou meu high-five.

— A vontade é de deixar. - O barulho de gelo sendo esmagado continuou, então significa que Tony resolveu mostrar o quanto liga para opinião de Rose, voltando ao seu projeto de destruição semi-controlada.

— Ok, Weasley, diga-nos, como pode nos ajudar?— Rebeca demandou, ainda de pé, se parecendo muito pouco com uma pessoa que está precisando de ajuda.

— Antes de começar qualquer coisa, vamos deixar tudo bem claro. Quando Haardy falou com você, Fábregas?—Ela se virou completamente para mim e começou a agir como o policial mau de um filme policial classe B.

— Recentemente.

— Que atitude tomaram depois que receberam a proposta?

— Nós viemos falar com você.— Isso tudo, essa enrolação e omissão, fazem parte do plano de 3 partes de Rebeca, cara, que preguiça desses planos de 3 partes...

Weasley me olhou com uma expressão de quem não estava acreditando em nada, mas graças a Cliodne, o gelo resolveu quebrar nesse momento. Tony perdeu o equilíbrio quando o pé afundou no buraco criado por ele mesmo e usou os ombros da ruiva como apoio.

Ela deu um gritinho engraçado e acho que Tony gosta de tatuar o terror na alma de pobres grifinórias, porque ele aproveitou o momento para abraçar a ruiva.

— ME SOLTA, SEU, SEU...

—Weasley, que cheiro gostoso de baunilha você tem!— Ela parou de se contorcer e olhou seriamente pra frente.

—Me. Solte.— A ruiva praticamente rosnou, então Tony não teve outra alternativa a não ser soltar. Ele aproveitou para sair completamente da fonte, sacodindo o pé molhado como um cachorro maltrapilho.

— Tony, peça desculpas. Nenhuma garota é obrigada a te aguentar.— Rebeca disse, disfarçando a risada olhando para o relógio da torre. Eu estava rindo abertamente.

— Desculpa, Weasley... — Ele fez uma vênia bastante elegante, mostrando que há um pouco de aristocracia no sangue Zabini, pela parte da mãe dele, claro. — Por ter espalhado que você tinha cheiro de traça de livro, você na verdade é muito cheirosa.

Weasley olhou para mim indignada, então me vi obrigado a intervir.

— Já chega, Tony. Ele está só brincando, Weasley, você tem mais alguma pergunta?

— Só mais uma.— Ela olhou seriamente para todos nós. – O que vocês sabem sobre Haardy?

Eu olhei para Tony e ele deu de ombros. Rebeca fez um aceno sutil, deixando um pouco da franja cobrir os olhos.

Então fizemos como combinamos: contamos o pouco que sabíamos sobre a proposta indecente, - cadê Scorp para fazer piadinha sobre isso? - falamos sobre a carta de Habermas e sobre a suspeita que tínhamos que ele usaria poções no time dele para ganhar da gente em março.

Rose não parecia nada surpresa por ouvir essas coisas, suponho que o título de sangue-frio da Grifinória não é à toa. Ela assimilou tudo o que dissemos e resolveu que seria extremamente impactante encerrar toda a nossa conversa em uma simples oração.

— Haardy perdeu a monitoria da Corvinal quando foi pego fuçando no escritório da diretora McGonagall.

Damas e cavalheiros, impactante ela foi.

***

— Olha, bom não tá não, mas eu vou continuar comendo porque gosto muito da sua pessoa.— Coloquei mais um dos cookies que a avó de Claire mandou lá de Massachussets - via coruja, então imagina o estado dos negócios -  na boca.

Não iria pensar mais em Haardy até está com todo mundo reunido para discutir a situação.

— Amor, ninguém está colocando uma arma na sua cabeça pra você comer.— Eu tentei virar para olhar para ela, mas minha sardenta segurou meu rosto, o mantendo para frente. A tesoura - amolada, infelizmente - estava sendo movida muito perto do meu olho para ser saudável. – Bem, eu estou com uma arma, mas é apenas porque o seu cabelo já está fazendo vergonha.

— Que exagero...— Falei enquanto limpava os farelos de cookie e alguns fios de cabelo da minha gravata. Claire puxou meu rosto para cima de novo.

— Se ficar feio, eu não vou me responsabilizar. — Eu revirei os olhos, não que ela pudesse ver de qualquer forma. A sala foi tomada pelo barulho de corte de novo. — Amor?

— Hum?— Estranhei a mudança súbita de tom.

— Louise te falou alguma coisa sobre... Sei lá... Frank?— Dessa vez eu virei mesmo para ela e a loira apenas me encarou mordendo os lábios.

— Como assim?— Ela deu de ombros, virando meu rosto para frente em seguida.

— Não sei. Eu a vi discutindo com ele um dia desses e James está tão esquisito com ela...

— James Potter?— Minha voz soou um pouco mais alta que o normal, mas Claire não percebeu nada, respondeu apenas um “quem mais?” — Não consigo ver porque ele ficaria estranho com Louise.

— Bom, não é como se ela estivesse me contando tudo ultimamente, não é?— O tom saiu triste e foi seguido de um suspiro. – Eu não me importo que ela tenha os próprios assuntos, sabe? Mas é que ela nunca havia escondido nada de mim antes...

— Talvez o segredo não seja dela para contar.— Claire não respondeu nada e nem pude ver sua reação, já que ela estava passando a tesoura muito rente da minha orelha. – Mas tenho certeza que não é nada muito sério, se fosse ela te contaria.

Mentiroso.

— Sim, você está certo.— Ela disse um pouco mais animada ou ao menos tentando parecer. Me deu um beijo no rosto, limpando os fios cortados com um sopro saído da varinha. – Voilá!

Dei a ela um sorriso dúbio, mas quando conferi o resultado no espelho da sala - que Nick Quase-sem-cabeça denominou como sendo o cenário da “melhor festa do dia da morte da história” - gostei do resultado. Estava parecido com o que era no meu primeiro ano de Hogwarts, bem curto atrás e mais comprido na frente.

— Bom trabalho, garota!— Ela me mandou um beijo travesso pelo espelho encardido e eu pisquei para ela. – Agora que voltei a ser um bruxo respeitável, aceitas dar uma volta comigo pelo viaduto desta adorável instituição, milady?

Claire me olhou com o cenho franzido, mãos na cintura, o dedo indicador batendo de leve na capa. Tudo muito adorável, porém, ela sorriu e me deu as costas.

— Ainda parece bastante perigoso para mim, garoto.— Falou, já cruzando o hall de mármore que dava para as escadas centrais das Masmorras. – Não é como se eu não soubesse quem se esconde por baixo dessa aparência de bom menino.

— Oucht! Assim você parte meu coração! Na verdade... Espera, acho que estou ouvindo ele se partir nesse exato momento! — Fiz toda uma encenação, que me rendeu uma sutil revirada de olhos da loirinha sardenta apoiada no pórtico da sala.

— Você vem ou vai ficar fazendo drama?

Eu fui, claro, antes que Scorp resolva aparecer e dizer que minhas duas horas já haviam acabado. Não tem cabimento algum, mas tanto eu quanto Tony continuamos cumprindo os prazos estabelecidos pela lombriga albina.

Seguimos pelas escadas, desviando dos meus colegas sonserinos que voltavam de suas aulas agora. Nós tínhamos ganhando um tempo extra, por causa de um acidente na aula prática de Transfiguração.

Não, eu não estava envolvido.

Ok, eu estava, mas não fui pego, o que já é um grande avanço, vamos combinar!

Claire resolveu segurar minha mão bem na hora que um par de primeiranistas estavam passando para descer para o nosso salão comunal, então fui forçado a empurrar ambos para a parede com o meu braço. Droga, minha pulseira de couro quase ficou presa em um deles!

— Cesc...

— Não se preocupe, ainda está inteira!— Mostrei a Claire meu pulso e ela fez um biquinho charmoso.

— Amor, preciso de você no seu melhor comportamento, tenho planos para as nossas férias de verão.— A olhei de soslaio, quando eu não estou no meu melhor comportamento? – Estou tentando convencer meus pais a deixarem você ir com a gente para uma excursão no Egito!

Olha, isso é bem legal, mas eu vou ter que mandar a real para a minha garota: vou troca-la por um cara nessas férias. Ou um projeto disso, não sei bem o que John é.

— Ô, Claire, era pra você ter me dito isso, tipo, há duas semanas! — Ela me olhou sem acreditar, percebam a petulância, que eu tivesse planos para minhas férias.

— O que isso significa?— O tom, ah, esse tom mandão que parece vir de fábrica nas garotas. Eu deveria escrever um livro, porque lá vou eu contornar uma situação onde os outros machos costumam cair mortos no chão.

— Significa que eu acabei de mandar uma carta para minha mãe prometendo minha alma em troca dela me deixar ter aulas de férias nas Montanhas da Lua com John Westhampton. - Ela me olhou com suspeita.

— Você fazendo aulas de verão voluntariamente? Muito corvinal de sua parte, querido.

— Muito sonserino da sua parte esse sarcasmo, querida.— Ela me deu um sorriso, ainda sarcástico, então caímos em um silêncio confortável. Confortável porque Claire precisa de um tempo para pensar, como toda corvinal, e eu gosto de dar isso a ela, como todo Cesc.

Continuamos andando pelos corredores meio abarrotados para essa hora do dia, - já era para o povo ter se dispersado a essas alturas -  até chegarmos as escadas laterais. Resolvi me explicar melhor para Claire.

— Estou pensando a longo prazo, sardenta. Com meu histórico de detenções tão ruim, preciso ter o melhor histórico acadêmico possível!— Ela torceu a boca em descrédito, mas não disse nada, então continuei meu discurso. – Estive no jornal da escola, faço parte de um grupo de estudos, sou capitão do time da minha Casa, fazer um curso em Uagadou seria...

— Sabe que você não precisaria ter que ser isso tudo se você apenas não ganhasse detenções a cada cinco minutos...— Parei de andar e dei a ela meu melhor olhar de ultraje. – Ok, a cada cinco dias.

— Em todo o caso, quando eu digo que vendi a alma para minha mãe, eu quero dizer mesmo isso, ela é uma espécie de anticristo ou sei lá o quê.

— Cesc! Tenho quase certeza que isso é blasfêmia!

— Agora já era, já blasfemei!— Coincidentemente Claire faz parte de uma das poucas famílias católicas que restam nos EUA, quem diria? Ela fez uma cara de cansaço, passando a mão na testa. – Mas então, o pacto é: eu vou ter que tocar violoncelo nos 80 anos da minha avó.

— Eu não sabia que você tocava violoncelo!— Ela me olhou impressionada, então doeu um pouco cortar a onda da garota.

— E não toco, mas minha mãe pensa que sim já que gastou uma grana comigo e Louise nas aulas de instrumentos...

— Louise toca violoncelo também? - Vou fingir, pelo bem da conversação, que não disse a Claire que eu não toco nada, logo esse “também” não se aplica.

— Não, Louise finge que toca piano.

— Quer dizer que ela não toca? Ela tem mãos de pianista! — Que comentário mais aleatório! Ela riu da minha expressão de desentendimento. – Tem dedos compridos e talz!

— Claire, eu não vou nem tentar apontar o ridículo disso que você acabou de dizer.— Ela deu de ombros divertida, distraída pelo vento frio de quase primavera que estava vindo do lago, estávamos quase alcançando o viaduto agora. – Mas sobre minha mãe me deixar viajar com você nas férias... Eu nem sequer sei o que ganhei no Natal! Você viu como ela é maligna...

— Isso porquê, se eu bem me lembro, você transformou a casa do seu vizinho em um pântano.

— Por que eu não estou surpreso?

— Vai se ferrar, Drakarr! A conversa não chegou em Azkaban.— O quartanista da minha Casa passou por nós, rindo, pegando o caminho em direção a Casa de barcos. Ele estava acompanhado de uma corvinal igualmente sem noção, rindo da conversa alheia também.

— Está vendo que estou certa? Todo mundo sabe que você está sempre aprontando...

— Faz parte do meu charme.

— O pior é que faz mesmo.

***

A primavera finalmente chegou, o que significa dizer que estamos oficialmente na reta final das aulas. Você deve estar pensando “nossa, Cesc, que legal, próximo mês vai ter seu tão esperado jogo, não estará mais frio como no reino de Hades e as férias de verão estão a quase um par de meses de distância, que legal!”

Não.

Sabe por que? Porque nesse exato momento eu e Lexa Prutt – a maldita artilheira da Grifinória, de todas as possíveis duplas que eu poderia ter! – estamos caçando a última planta estúpida da lista ainda mais estúpida entregue pelo mais estúpido dos professores de Hogwarts: Longbotton.

Olha, eu não estou orgulhoso de estar no final da lista de melhores alunos de Herbologia, -porque obviamente professor Neville não conseguiria fazer uma lista de piores alunos, então eu sou um dos menos melhores do terceiro ano, se é que tal coisa existe - mas não creio que eu merecia estar participando da VI Gincana Interdisciplinar de Poções e Herbologia de Hogwarts.

Ninguém merece uma coisa dessas em pleno sábado de Hogsmeade.

— Fábregas, por que parou dessa vez?— Prutt me olhou impaciente de novo, com as mãos na cintura. Ela é uma grifinória intimidadora, grande para uma garota, com os cabelos descoloridos muito curtos, milhões de furos em cada orelha e um piercing atravessando o nariz. Os 13/14 anos dela não estão sendo fáceis.

— Acho que pisei em alguma coisa...

— Se disser que pisou em uma das plantas que estamos procurando, juro que você é um cara morto!— Nossa Senhora das garotas mal-encaradas, o que eu fiz para merecer isso? “Não estudou, meu filho.”

— Na verdade acho que pisei em merda de centauro...— Sim, nós estávamos fazendo a nossa caçada na infame Floresta Proibida, porque Hogwarts é assim de controversa. Tudo bem que nos foi permitido ir apenas na orla e que tem dois aurores a menos de 20 metros de nós, só que... Gente, um mês atrás não podíamos nem sair do castelo, agora ficamos saracoteando por aí em uma tarefa de crédito extra descabida? Qual a lógica?

— Continue andando, só falta mais uma planta.— Eu apertei o passo e me coloquei ombro a ombro com a minha adorável dupla, mas não contive a observação que estava entalada na garganta há meia hora.

— Faltam mais duas plantas, Prutt.— Ela rosnou baixinho, meu Deus, quem é que rosna para o coleguinha desse jeito? – Tenho quase certeza que essa flor que você pegou não é um botão de prata.

— O que você sabe sobre qualquer coisa, Fábregas? Nem estou certa que ao menos você saiba ler, quanto mais identificar uma planta mágica!— Oi? Então... Quais as chances de eu conseguir fugir da dupla de guardas mais à frente depois de matar essa garota – Para de arrumar desculpa pra me atrasar, eu tenho treino em meia hora!

— Ora, por favor, cara, não finja que...— “vocês tem alguma chance de ganhar dos texugos”, era isso que eu teria dito se a doida de pedra não tivesse me empurrado em uma inócua sorveira - por sorte essa sendo uma das poucas árvores dessa floresta amaldiçoada que não tem um caule enrugado e áspero - pressionando minha garganta com o antebraço.

— Não me chame de cara, Fábregas!— Eu ia manda-la para a puta que pariu porque ela já havia me chamado de cara um milhão de vezes antes, mas a expressão da idiota mudou para uma de boba alegre, me soltando logo em seguida. – Olha só, não é que você estava certo depois de tudo? Aqui está o verdadeiro botão de prata! Agora só precisamos achar um acônito lapelo, um asfódelo ou uma bubótubera e estamos bem!

— Você é bipolar.— Falei enquanto massageava a garganta. Ela me olhou com uma expressão curiosa e eu me restringi a fazer um gesto obsceno que a fez rir. – Tá rindo do quê?

— Você é nascido-trouxa também, eu tinha esquecido disso.— A olhei com uma cara de “sério?”, mas ela continuou a guardar a flor com cuidado na bolsa. – Me diz uma coisa, já decidiu se vai continuar com a educação bruxa? Ou pretende tentar uma faculdade trouxa?

O quê? Adiantaram a minha vida para o ponto onde eu virei amiguinho de Lexa Prutt e não me avisaram? Continuei andando como se não tivesse a ouvido e ela me seguiu, continuando uma conversa sem pé nem cabeça.

— Estava pensando em ir para Queen Margareth University, aqui mesmo na Escócia, mas não sei se me sairei bem na prova de nivelamento trouxa...— Por que, Morgana, essa garota está me tratando como um conselheiro estudantil? Olhei para os guardas a alguns passos de nós, eles pareciam ter visto alguma coisa... Não, só um animal inofensivo, que pena, eu podia usar um testrálio agora... – Não é estranho que nem sequer nos ofereçam uma educação trouxa aqui? Quero dizer, estamos atrás de plantas venenosas em uma floresta cheia de criatu...

— ACHEI! Oh Merlin, nunca pensei que ficaria tão feliz em ver um cacto gorducho cheio de espinha!— Ela correu para se juntar a mim e olhou o dito cujo por sobre o meu ombro, o negócio parecia um garoto obeso que não podia ver chocolate, - cheio de dobrinhas e pitombos laranjas - não era uma planta bonita. Lexa fez que sim com a cabeça.

— Definitivamente uma bubótubera. Eu prometo a todos os deuses do mundo que no próximo ano eu vou estudar mais para poções só para não ter que passar por isso de novo!— Eu olhei com pena pra ela, não é como se uma grifinória tivesse muita chance na Masmorra fedida de Bradbury, mas não custava deixa-la acreditar nisso. Joguei a planta nojenta nela, o que a fez soltar um grito que todos os cachorros do Reino Unido ouviram.

— Mas que mer...

Alexandria e Universidad de Salamanca.— Ela me olhou como se tivesse brotado um terceiro olho em minha testa. Sorri pra isso. – Estudarei nas duas.

Trouxa e bruxo, posso ter ambos, não? O melhor dos dois mundos.

Segui meu caminho, sabendo que a artilheira entregaria o material a Longbotton e nós dois teríamos alguma chance de passar nas provas finais. É assim que funciona com grifinórios: você pega a cabeçudisse deles e transforma em algo útil!

Acho que já sei como posso usar James Potter de agora em diante.


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Notas finais do capítulo

Daí vão vir um povo que shippa Jamesc dizer que Cesc vai usar James assim e assado... Eu não rio pouco com vocês não, viu?



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