Hogwarts: uma outra história escrita por LC_Pena


Capítulo 11
Capítulo 11. OCASO: o início do fim


Notas iniciais do capítulo

Capítulo crocante [?] com jogo, começo do plano...



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Capítulo 11. OCASO: o início do fim.

Weasley,

Provavelmente você vai passar os próximos minutos, após ler essa carta, se perguntando o porquê de eu tê-la escrito. Bem, não gaste seus neurônios, você não vai descobrir. E não, eu não estou te submestimando, estou apenas constatando um fato:

Você não me conhece.

Uma frase tão simples, mas que pode explicar e mudar toda a nossa relação. Mas, para começar, eu também tenho que admitir que eu não te conheço.

Achava que conhecia, mas não conheço.

E suponho que é aí que mora a raiz de nossos conflitos. Brigo com a Rose que eu criei e você com o Cesc que criou. Percebi isso agora, depois de colocar a nossa relação em perspectiva, e depois de lembrar como nos conhecemos.

Foi logo no primeiro dia de Hogwarts, nem sequer lembro o que dissemos, mas me lembro de ter pensado que você era chata e que queria apenas chamar atenção para si.

Bem, eu gosto de atenção, se você ainda não notou.

E sempre a tive e não era porque estava chegando em um espaço novo que iria perdê-la. Minha antipatia por você começou aí e só foi crescendo.

Mas não somos mais aquelas crianças, não é?

Rebeca me disse algo que me tirou do sério ontem. Ela disse que temos algumas semelhanças. Não se irrite, mas eu me senti ofendido na hora, estava com raiva de você. Muita.

E foi uma sensação nova, não sou uma pessoa de natureza belicosa, geralmente encontro outros caminhos que não a guerra.

Agora que essa raiva meio que passou, percebi que Rebeca tinha uma certa razão e foi por isso que eu escrevi essa carta. Escrevi pra te dizer que entrei no jornal pra te irritar e sai porque acabei conseguindo irritar apenas a mim mesmo.

Não quero voltar. Mesmo.

Mas achei que devia esclarecer certos pontos, já que acabei descontando em você frustrações que não vem ao caso e que não tem nada a ver com a situação do jornal.

Conduza o Hogs News como quiser, você é a chefe, mas não tome essa carta como um simples pedido de desculpas.

Tudo que te falei ontem ainda é real pra mim. Ainda acho que você poderia fazer mais, fazer diferente, mas agora não é mais minha responsabilidade tentar mudar isso. E estou muito, muito satisfeito apenas como espectador.

Faça o que quiser com essa carta, no fim das contas precisava mais escrevê-la, do que você precisava a ler.

S. F.

Não sei se estou mais surpreso por Rebeca ter falsificado minha letra, usado as informações que contei a ela e aos L.Ps ou pelo simples fato dela ter escrito uma análise sensível a respeito da minha relação com Weasley.

—Coloquei a palavra belicoso pra dar esse ar de sabe-tudo que você tem.— Rebeca me disse sentada na cama de Tony, enquanto aguardava minha reação à clara intromissão extremamente errada dela.

Respirei fundo, enrolei a cópia da carta que ela mandou pra ruiva e tentei ser o mais sincero que pude, coisa que não vem tão fácil pra mim quando se trata de sentimentos.

—Não gostei disso, Rebeca.— Ela soltou a respiração que estava prendendo, pesadamente. –Pedi para que não me manipulasse e você fez pior do que isso, você traiu minha confiança.

Ela fez uma careta ao ouvir a palavra traiu, mas eu não tenho nenhuma outra pra definir o que ela fez.

—Não encare desse jeito!— Ela me falou soando levemente desesperada. – Estava apenas tentando consertar a situação antes que fosse tarde de mais!

— Você não tinha o direito de...

—Eu sei!— Ela se levantou e sentou ao meu lado. – Eu sei... Coloquei você no jornal, pra início de conversa e você tinha todo o direito de sair quando bem entendesse, mas não podia arriscar que Weasley desconfiasse de você, quando o plano seguisse...

Parei de encarar o pergaminho que estava nas minhas mãos e a olhei nos olhos, finalmente.

— Não podia ter me comunicado antes?— Ela baixou a cabeça em sinal de culpa.

— Achei que você não teria deixado eu fazer, se soubesse...— Ela levantou o olhar abruptamente. — Sabe que eu estou certa, não sabe? Se a Weasley tivesse você como inimigo, no momento em que a primeira notícia saísse, ela acusaria você!

—Gosto de pensar que encobrimos muito bem as provas...

— Sim, mas... Não temos motivo para arriscar. – Ela encostou a cabeça em meu ombro e suspirou pesadamente. Sei bem quais as palavras que ela gostaria de dizer agora, mas não sabe bem como.

Me perdoa

Resolvi não insistir no assunto e deixar por isso mesmo. Rebeca não é do tipo de pessoa que comete o mesmo erro duas vezes.

— Aconteceu algo de interessante na minha volta de Hogwarts hoje...— Ela levantou o olhar, curiosa. – Encontrei com Albus Potter na carruagem.

— Ele estava sozinho? Não parece ser muito a cara dele...

— Acho que apenas tive sorte então. — Ela sorriu de lado. Rebeca não acredita em sorte ou acaso, acredita em consequências. – Perguntei à respeito da investigação do primo dele no caso do nosso time de Quadribol.

—Isso foi arriscado, Cesc! — Ela me olhou meio repressora. – Ele com certeza lembrará que você estava procurando informações sobre isso.

—Mas não se esqueça que ele está com o rabo preso, está me devendo esse favor!— Ela me olhou sem tanta confiança. – Além do mais, não vamos fazer nenhum ataque direto à Weasley, ele não verá isso como uma ameaça à prima, não terá porque interferir.

— Está deixando muitos furos, Cesc... Entende porque me sinto na obrigação de tapá-los?

Sorri pra ela em acordo.

—Formamos uma ótima dupla.

Arriscado ou não, a conversa com Potter logo rendeu alguns frutos. Ele me entregou antes da primeira aula do dia, uma cópia do relatório da investigação de Edward Lupin sobre o caso do time da Sonserina.

— Achei que fosse um negócio extremamente sigiloso!— Tony olhava incrédulo para os documentos em suas mãos.

—Aparentemente não. O sigilo todo foi apenas um abafamento do pai de Dolman, para que a notícia da expulsão do filho não lhe fechasse as portas da alta sociedade.

—Então Dolman foi expulso? Achei que ele havia sido apenas transferido... — Rebeca falou ainda admirada. Tomei os papéis da mão de Tony e procurei exatamente a linha onde estava a informação.

Punição aplicada á DOLMAN R. Paul – Expulsão imediata da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, destituição do direito de concorrer a cargos públicos pelos próximos 10 anos, válido em todo o território da Grã-Bretanha bruxa e pagamento de multa no valor de 2.000 galeões, que serão destinados a preservação do Dragão Olho-de-Opala, na reserva de Animais Mágicos na Nova Zelândia.

Scorp assobiou impressionado. Dolman com certeza não está mais tão marrento agora.

—E então? Como faremos pra publicar isso?— Scorp perguntou o que se passava na cabeça de todos.

— Vou tentar terminar o feitiço de desaparecimento no pergaminho hoje à noite. Ainda estou tendo dificuldades em fazer funcionar em distâncias mais longas, mas talvez uma variação do Maximum funcione...

Tony me olhou seriamente.

—Ainda acho que o dia do jogo é a nossa melhor chance de afastar suspeitas...— Ele falou diretamente pra mim. – Acha que consegue deixar isso pronto em dois dias?

Respirei fundo, daria o meu melhor. Sei que se perdermos essa janela, vai ser difícil encontrar um momento tão adequado. Tem que ser na quarta. Acenei afirmativamente com a cabeça.

—Bom. Trabalharei no texto, enquanto isso.— Rebeca disse retomando um pouco da confiança perdida. Ela não gosta de ficar pairando em todas as possíveis brechas do plano. – Malfoy, vai precisar arrumar uma desculpa pra se ausentar na hora do show sem levantar suspeita.

— Tenho uma breve ideia de como vou fazer.— Ele olhou para o rosto de cada um e sorriu. – E tenho uma sugestão para o nome.

***

Não bastava o nervosismo com o jogo... Parte da minha mente estava no plano que teria lugar logo mais. Estávamos nos arrumando para a partida, quando uma garota baixinha da Grifinória pediu permissão para entrar no vestiário.

— Sou do jornal da escola, preciso fazer uma matéria com vocês.— Sorri simpaticamente. Não faz muito tempo que estava no lugar dela, mas diferente de mim, a garotinha parecia ter boas intenções.

— Claro! Podemos te dar 10 minutos, ok?— Ela assentiu com a cabeça. Me sentei no banco para continuar amarrando minhas tornozeleiras. – Comece.

— Err... Bem, quais são suas expectativas para o jogo?— Óbvio, mas não culpo a mensageira. Culpo sempre a nobreza que escreve as mensagens.

—Esperamos que a pressão que vamos aplicar logo no início do jogo seja efetiva. Apesar do time da Lufa-lufa está melhor do que no ano passado, acreditamos que podemos explorar bem as brechas que eles deixaram abertas.

—Ok. Err... Como está o time em relação ao...— Ela me olhou apreensiva. – problema de suspensão do equipe na temporada passada?

Respirei fundo. Claro que Weasley iria mandar perguntar isso. Se tudo der certo, ela terá muito mais respostas do que gostaria sobre o caso.

—Estamos tranquilos. Esse assunto ficou no passado, nessa temporada estamos determinados a voltar para o nosso lugar de direito, que é no topo, claro.

A garotinha ficou tranquila por eu tê-la respondido sem nenhuma agressividade, suponho que tenha sido escolhida, ou se voluntariado, por ser corajosa. Coragem deve ser recompensada, na minha opinião.

Ela fez mais algumas perguntas específicas sobre substituições e estratégias relacionadas a determinados jogadores destaques do nosso rival. No fim das contas, a entrevista foi até bem interessante. Pelo visto não teremos que cobrir os jogos na nossa resistência...

Quanto mais os minutos se aproximavam, mais o nervosismo tomava conta dos jogadores. Tony parecia estranhamente feroz, sentado no canto mais afastado do vestiário. É como se ele precisasse canalizar toda a raiva possível para o jogo. Assim, com sua cabeça raspada, pele escura e olhar sombrio, Tony lembrava vagamente a Dolman.

Tony é um milhão de vezes melhor do que Dolman, no entanto. Em todos os sentidos.

Quando finalmente fomos autorizados a entrar em campo, pareceu que todo o som no mundo havia sido desligado. Entramos recepcionados por uma nuvem negra que abrigava uma serpente verde e prata, cortesia dos nossos veteranos mais habilidosos.

Já haviam nos questionado alguns anos antes se esse símbolo não poderia ser mal interpretado, afinal parecia muito sombrio, lembrava à algo sombrio. Bem, nenhum capitão antes de mim achou por bem mudar e mesmo não sabendo o porquê deles terem decidido isso, resolvi manter a tradição.

Porque não é o símbolo que nos segrega, são as pessoas. Elas que devem mudar e não ele.

Parei próximo a cabine de transmissão e dei um aceno aos locutores. Mesmo distante, conseguir ver a piscada de Shawna, num silencioso desejo de Boa sorte e a cara levemente emburrada de Dowson, hoje cada um estará torcendo internamente para sua própria casa. Interessante...

O som de repente voltou com o apito inicial do jogo. Os gritos vindos da arquibancada fizeram com que meu sangue fervesse dentro das veias. Por incrível que pareça é uma sensação muito boa ter toda essa adrenalina correndo pelo corpo. A tarde estava com o tempo firme, tem sido um bom final de outono em Hogwarts, então a visibilidade estava muito boa.

Na disputa inicial, a goles caiu nas mãos de Lia Thiollent, nossa artilheira do quinto ano. Ela avançou rápida como sempre para o gol adversário, parecendo um grande borrão monocromático cor de caramelo, cabelos e pele naquela tonalidade morena comum no norte da África.

Lia olhou pra trás e quando viu Abby Collins, da Lufa-lufa se aproximar pela direita, deixou a goles cair nas mãos de Habermas, logo abaixo. Romeo fazendo jus a sua má fama de selvagem, atirou a goles com tanta força no aro da esquerda, que Olivander não teve nenhuma chance!

— E HABERMAS ABRE O PLACAR DEPOIS DE UM PASSE PRECISO DE THIOLLENT! É ISSO AÍ, GAROTA!— Shawna parecia que iria sair de sua cadeira e fazer uma dança da vitória, mas pensou duas vezes quando viu a cara feia de Dowson.

Tentei voltar minha cabeça para o jogo, bem a tempo de ver um balaço próximo de minha área de contenção. Estava voando do lado direito hoje, protegendo o gol de Streck. Mandei o balaço para Tony, que num movimento ágil o desviou para atrasar o ataque da Lufa-lufa e dar tempo de nos organizarmos melhor em campo.

Passada meia hora de jogo, estávamos ganhando de 120 a 70, um jogo com muitos gols, o que estava me fazendo querer enforcar Streck no aro central!

Tony se deslocou pra atingir e distrair o goleiro lufano, mas perdi sua jogada quando vi que um movimento perto do aro esquerdo dos texugos chamou a atenção de Spark. Aquele moleque era uma coisa estranha, em terra firme ele era como um macarrão mal cozido, levemente envergado, mas em cima de uma vassoura...

Não sei se a palavra certa é essa, mas a primeira que vinha a mente para descrevê-lo era gracioso. O filho da mãe era rápido e quando o vi dando uma guinada brusca para a direita, achei que o jogo tinha acabado. Meu coração parou de bater por um segundo.

Mas ele estava apenas fazendo um movimento de proteção, para fechar a rota de Dussel, que finalmente tinha parado de caçar pernilongos e foi fazer seu trabalho. O troll que é o nosso apanhador é muito ágil, mas em um mano a mano com Spark, ele não tinha muito chance.

Virei para trás para encontrar o olhar de Streck concentrado na disputa de goles entre Heidi e Vincent Simas no meio do campo, gritei pra ele.

—VÊ SE FECHA A PORRA DAS PERNAS, QUE EU VOU AJUDAR DUSSEL.

Ele assentiu seriamente. Ninguém leva ofensas de jogo realmente a sério, a menos que perca o jogo. E isso não vai acontecer.

Acelerei minha Twigger 90, colocando-a acima dos 200km, com certeza. Senti ela empenar para a direita, como já era esperado nos de sua espécie, mas aproveitei o impulso para atingir Spark na cauda. Ás vezes o balaço não é suficiente, amigos.

Ele se desequilibrou da vassoura apenas levemente, mas foi o suficiente pra Dussel passar na frente do macarrão. O pomo tava tão perto dele que até eu que tinha ficado um pouco mais atrás na corrida, estava conseguindo ver!

Dussel soltou uma das mãos da vassoura e esticou para pegar o pomo, quando Spark se aproximou pela esquerda, ele tirou a outra mão para bloquear o lufano. Naquela velocidade, voar sem as mãos era um risco absurdo, mas quem disse que jogadores de Quadribol tem juízo?

O esforço de Dussel foi recompensado quando sua mão finalmente fechou naquele pequeno malandrinho adorado, que nos dá tanta dor de cabeça.

Ouvir o apito final foi uma das maiores experiências de minha vida. Ganhar pela primeira vez, ganhar como o maldito capitão, justifica qualquer risco, qualquer dor, qualquer coisa!

— E A SONSERINA GANHA POR 270 A 70 PESSOAL!!! AS SERPENTES DISPARAM PARA A LIDERANÇA!— A voz de Shawna soou como música para os meus ouvidos.

Descemos de nossas vassouras pra comemorar a nossa primeira vitória do ano. Mas pela vibração da nossa torcida verde e prata, normalmente tão fria, sabíamos que tínhamos feito mais do que ganhar um jogo. Tínhamos restaurado um pouco da nossa dignidade perdida!

***

As masmorras estavam de uma maneira que eu nunca tinha visto antes: barulhenta, bagunçada e cheia. Parecia que toda a casa estava reunida no Salão Comunal verde e prata.

Eu estava sentado numa poltrona perto da janela ouvindo Rebeca tentando cantarolar o refrão em latim de Coração estuporado, enquanto equilibrava precariamente uma cerveja amanteigada muito suspeita.

Tomei um susto pela terceira vez, quando outro Grindylow raivoso bateu contra o vidro da janela, reclamando do barulho. Os primeiranistas, incluindo Lily, estavam se divertindo tentando iluminar o lago com o recém aprendido Lumus.

— Vamos, Cesc! Canta comigo Furatus cor meum velim nunc stupefaciunt tua! Tuuaaaa!- Sabia o que Rebeca estava fazendo e a admirava por isso. Ela estava garantindo que seríamos vistos e lembrados.

Tony também estava se saindo bem, lucrando em cima de uns quintanistas nas Cartas de Cassandra, um jogo que é menos sobre adivinhação e mais sobre ser um bom mentiroso. Apesar de me considerar bom em ambas as coisas, chamar atenção e mentir, hoje estava nervoso. Estava nervoso por Scorp, que tinha que terminar a primeira parte do infame plano de três partes de Rebeca.

Distrair a Weasley.

Quando o vi saindo finalmente dos dormitórios com um sorriso discreto, soube que ele havia conseguido. Sorri internamente e tomei a cerveja de Rebeca em um único gole, não fiz nenhum alarde sobre sua volta, para todos os efeitos, Scorp sempre esteve aqui.

Sabia que a essa altura as outras casas já tinha recebido a mensagem. A nossa seria a última a saber... E esse seria o nosso álibi.

Acordei na manhã seguinte me sentindo feliz, ainda não tinha pego nenhum pergaminho então a minha mensagem não tinha chegado. Tony ria divertido na cama.

— Cara, isso é muito legal. – Voltou a rir sua risada meio roncada, tive que rir também.

—Legal? Graças ao seu feitiço maluco eu quase perdi minhas sombrancelhas, Cesc! Vai ter que ajustar melhor isso aí...— Scorp falou se fingindo de sério, mas sei que no fundo ele estava orgulhoso.

— Então você não fez nenhuma besteira, loiro?— Ele me olhou falsamente ofendido.

—Por quem me toma? Vamos! Veja você mesmo!— Ele me jogou um pergaminho que eu agarrei antes de atingir meu rosto. Abri já sabendo o que ia encontrar.

O que acha de saber a verdade?

 Uma verdade que ninguém conta, mas todos deveriam saber...

 Tentador, não?

Conheça o OCASO

Olhei para Scorp orgulhoso, ele retribuiu.

OCASO é o fim do dia, é sinônimo de ruína, de...

MORTE.

Morte das mentiras veladas, morte das regras impostas, morte do seu preconceito.

Aqui você verá sempre a verdade, independente de Casas, independente de idade, gênero e pureza de sangue, você verá a verdade.

E não adianta chamar o papai, a mamãe ou a diretora, eles não podem te ouvir...

Eles nunca te ouviram.

As letras sumiram assim que terminei de lê-las. O efeito dramático era incrível. Quando voltaram a aparecer era um longo recorte de um inquérito do Ministério.

Caso 7896: Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts x DOLMAN, Paul.

O estudante do sétimo ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Paul Dolman, foi flagrado ministrando a poção Sanguinum Valle Anima em seus colegas de time de Quadribol, da Casa de Sonserina, na Escola de Magia supracitada.

A poção Sanguinum Valle Anima é proibida na Grã-Bretanha desde 1798, por estimular a caça desenfreada do dragão Olho-de-Opala, cujo o sangue atribui força e reflexo apurados ao bruxo que o toma.

O estudante Paul Dolman não soube dizer como conseguiu a poção e assumiu a culpa integral pelo seu uso, afirmando que o restante do time [APÊNDICE 3] não sabia do que se tratava a poção.

Os jogadores do time da Sonserina terão seu caso julgado pelo corpo docente da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, de acordo com as regras da Instituição de Ensino, e serão penalizados de acordo com a decisão da Excelentíssima Diretora Profa. Minerva McGonagall [ANEXO 2].

Punição aplicada á DOLMAN R., Paul – Expulsão imediata da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, destituição do direito de concorrer a cargos públicos pelos próximos 10 anos, válido em todo o território da Grã-Bretanha bruxa e pagamento de multa no valor de 2.000 galeões, que serão destinados a preservação do Dragão Olho-de-Opala, na reserva de Animais Mágicos da Nova Zelândia.

Auror responsável pelo caso: LUPIN, Edward J.

A verdade não vem para que você julgue o outro, para isso existem os adultos, a verdade vem para te libertar.

Agora já sabe o que aconteceu. Todos sabem.

Existem pessoas em Hogwarts que desejam informar, provocar, discutir...

QUESTIONAR

Quem somos? Somos vocês. Então falem, porque nós estamos ouvindo.

Ass: Os Iconoclastas

O pergaminho se incendiou sozinho, provocando um calor agradável nas minhas mãos. Restaram apenas cinzas em seu lugar. Olhei para os meus amigos impressionado.

— Acham que a mensagem chegou a todos? — Tony e Scorp deram de ombros em silêncio.

Bem, só nos resta descobrir.


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Notas finais do capítulo

Já é a terceira vez que eu tento postar, como a postagem é programada, consegui a façanha de colocar esse capítulo antes do capítulo três, aí saí correndo pra apagar, porque senão ninguém entenderia nada! kkkkkkkkkk

Conceitos de palavras que apareceram hoje:

O significado de iconoclasta engloba os indivíduos que não respeitam tradições e crenças estabelecidas ou se opõem a qualquer tipo de culto ou veneração seja de imagens ou outros elementos. O termo abrange ainda aqueles que destroem monumentos, obras de arte e símbolos.

Ocaso significa pôr-do-sol ou ocidente. O ocaso é o momento que o sol se põe no horizonte, na direção oeste. O ocaso é o acontecimento que precede a noite. O ocaso é verificado todos os dias e em todas as regiões compreendidas entre o Ártico e o Antártico. No sentido figurado, ocaso significa fase de decadência ou fim. Define o período que antecede o fim de um acontecimento, a queda de algo. É também sinônimo de ruína ou morte.

Parte engraçada: O jogo! Valeu o ingresso de vocês?

Comentem! Sério, não é condicionante, mas com certeza é muito motivador!