Incompletos escrita por P4ndora


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Menina, eu realmente não consigo cumprir prazos. A culpa não é minha se eu sou ansiosa (mentira, é sim).
Enfim, espero que vocês gostem do capítulo uhu.



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Para Skye, aquilo foi um espanto. Por que ele havia feito isso? A garota não se esquivou. Foram apenas alguns segundos, mas foi o bastante para bagunçar toda a mente dela.

Após quebrarem o beijo, Skye ficou boquiaberta, ela não sabia o que pensar, muito menos o que dizer.

Edmundo estava preste a dizer algo, mas Skye o interrompeu de cabeça baixa.

— Nós precisamos ir agora. Eles precisam de nós.

Ele assentiu um pouco envergonhado, e os dois saíram correndo em direção do telhado de algumas torres menores, que ficavam ao lado da torre que eles estavam.

Enquanto subia, Skye se perguntava de onde estava tirando forças para se movimentar. A única coisa que ela queria no momento era que chovesse. Ela mal conseguia olhar para Edmundo.

A garota tinha certeza que o irmão adoraria saber que alguém conseguiu deixar Skye, que sempre tinha uma resposta para tudo, completamente sem palavras, sem nenhuma ironia ou objeção. Aquela era uma experiência nova, e Skye não estava acostumada com mudanças.

De cima dos telhados, dava para ter uma visão da sangrenta batalha que acontecia no pátio do castelo.

Ao longe, Skye conseguiu ver Caspian, lutando contra um soldado. Isso fez a garota respirar fundo. Pelo menos seu irmão estava bem.

Muitos arqueiros se alinharam, um pouco abaixo de onde eles estavam. Todos apontavam suas bestas para o campo de batalha. Pelo o campo de visão de Skye, o arqueiro que estava bem a sua frente, apontava para Susana. A garota olhou pela primeira vez nos olhos de Edmundo após o beijo, e ele entendeu o que Skye queria fazer.

Então os dois escorregaram pela as telhas, derrubando em seguida, dois arqueiros. Edmundo ajudou Skye a se levantar, e eles sorriram um para o outro.

— Eddie!

— Skye!

Eram as vozes de Pedro e Susana. Skye e Edmundo se entreolharam rapidamente, olhando logo em seguida para o lado, apenas para descobrirem que os outros arqueiros haviam percebido sua presença.

Assim que eles apontaram as bestas para os dois, Edmundo se pôs na frente de Skye, como se quisesse proteger a garota, e os dois correram para uma porta ao lado da torre. Skye se jogou na porta, abrindo-a e correndo para dentro, enquanto Edmundo acabou escorregando, mas conseguiu chutar a porta fazendo com que esta se fechasse.

— Mas que droga! – gritou Skye rindo.

— Meu Deus, você ri de tudo. – declarou Edmundo.

— Só do que tem graça. – objetou Skye, ajudando o garoto a se levantar.

— Quer dizer que quase morrer tem graça? – perguntou Edmundo.

— Dessa vez teve. – respondeu Skye puxando ele pela a mão até uma porta que se encontrava do outro lado da torre onde os dois estavam.

Assim que os dois passaram pela a porta, Edmundo usou a lanterna para tranca-la pelo o lado de fora.

— Temos um enorme problema. – disse Skye baixo.

Edmundo se aproximou do parapeito onde a garota estava encostada. Abaixo da torre onde estavam, havia um penhasco gigantesco.

— Estamos completamente encurralados.

— Espera um pouco, que tal se nós nos jogarmos e no futuro escrevessem canções sobre nós? – perguntou Skye

— Você ficou maluca? – Edmundo olhou espantado para a garota.

— Tudo bem, então que tal se nós dois nos jogarmos, mas um grifo nos resgatar antes que nossos corpos sejam dilacerados? – sorriu Skye.

— Mas o que... – Edmundo parou de falar no momento em que olhou para o penhasco e viu lá embaixo sua chance de escapar – Genial!

Os dois estavam tão imersos no plano, que só perceberam que os soldados estavam batendo fortemente na porta, no momento em que esta foi arrombada. A lanterna rolou até o pé de Skye, que pegou o objeto e entregou rápido a Edmundo.

Dois soldados apareceram, com a espada em punho. Skye e Edmundo se entreolharam. Sem pensar duas vezes, Edmundo puxou Skye, abraçando a garota fortemente pela cintura, para enfim se jogarem da torre.

[...]

— A cara deles foi a melhor! Você deveria ter virado para ver. – riu Skye, sendo segurada por Edmundo.

Os dois estavam em cima do grifo que trouxera Skye. Eles sobrevoavam alto, mas aos poucos o grifo foi abaixando voo.

Skye ria baixinho. Aquele dia estava sendo uma loucura total. Enquanto vivia naquele castelo, a garota nunca imaginara que podia viver tantas aventuras num dia só. Ela ainda ria, quando Edmundo sussurrou:

— Skye...

— O que? – ela perguntou olhando na direção em que Edmundo olhava.

Skye teve certeza que se Edmundo não estive lá para lhe segurar, ela cairia do grifo. Foi assustador. Eles sobrevoavam o pátio do castelo e a maior parte do exército de narnianos estava lá. Mortos.

— Vamos voltar! Podem ter sobreviventes. Por favor, Eddie. Nós...

— Não adianta. Estão todos mortos. – disse Edmundo, com uma voz pálida.

Uma lágrima clandestina saiu dos olhos de Skye. Ela odiava chorar, por isso se conteve ao máximo. O grifo abaixou o voo assim que passou pelos portões.  Um silêncio reinou, pelo menos até Skye se lembrar de algo.

— Onde está Caspian? Ele está bem? – a aflição na sua voz era aparente.

— Sim, majestade! – era a voz do grifo – Está bem na nossa frente.

Um pequeno grupo de sobreviventes havia se formado. Todos eles corriam na direção do Monte de Aslam. Skye avistou Caspian a cavalo, ao lado do grande centauro que carregava Susana. Com eles, também estava o professor e Pedro.

Novamente o silêncio pairou sobre todos. Skye reencostou sua cabeça no ombro de Edmundo e ficou assim o percurso todo.

[...]

O dia já havia amanhecido quando o cortejo de sobreviventes atravessou o descampado que ficava à frente do Monte de Aslam.

O grifo que carregava Skye e Edmundo pousou alguns metros do Monte. Edmundo nunca esperou ver Skye daquele jeito. Parecia que a garota desabaria a qualquer instante.

Assim que desceu do grifo, a garota correu até onde Caspian estava e abraçou o irmão o mais forte que podia.

— Ai! – exclamou Caspian.

— Desculpe! Você está bem?

— Sim. Apenas levei uma flechada de Prunaprismia. – ele apontou para o braço.

— Maldita! Mas o que importa é que você está aqui. – disse Skye abraçando o irmão de lado.

Skye também abraçou Susana, que andava o tempo todo ao lado de Caspian. A garota deixou os dois, assim que viu o professor e foi até o velho para também abraça-lo.

Os narnianos que permaneceram no Monte esperavam na entrada, junto com Lúcia.

— O que aconteceu? – perguntou a garota a Pedro.

— Pergunte a ele! – disse Pedro com raiva, se referindo a Caspian.

— Pedro. – advertiu Susana, que agora estava ao lado de Skye.

— A mim? – Caspian e Pedro ficaram frente a frente – Você podia ter cancelado. Ainda dava tempo.

— Não dava graças a você. Se tivesse seguido o plano os soldados estariam vivos agora.

Do que eles estão falando?, pensou Skye.

— E se tivesse ficado aqui, como eu sugeri, com certeza estariam. – falou Caspian levantando o tom de voz.

— Você nos chamou, não lembra? – perguntou Pedro, falando no mesmo tom.

— Meu primeiro erro. – disse Caspian baixo.

— Caspian! – exclamou Skye.

— Não! Seu erro foi achar que podia ser líder! – disse Pedro.

— Ei! – gritou Caspian – Acho que não fui eu quem abandonou Nárnia.

Skye e Susana se entreolharam, entrando num acordo mútuo de intervenção se o nível da briga aumentasse.

— Você invadiu Nárnia! – apontou Pedro – Não tem mais direito de liderar que Miraz.

Caspian passou por Pedro, empurrando-o.

— Você, ele, seu pai. – gritou Pedro fazendo Caspian parar de andar – Nárnia está melhor sem gente da sua laia.

Skye fez menção de ir até Pedro, mas o professor segurou-lhe pelo braço.

Caspian puxou sua espada e apontou para Pedro, que fez a mesma coisa. Edmundo passou correndo por Skye e gritou:

— Parem!

O grande centauro trazia em seus braços o corpo sem vida de Trumpkin, sendo ajudado por Edmundo a coloca-lo no chão.

Skye, Susana e Lúcia correram na direção do corpo. Lúcia se abaixou e colocou algumas gotas de seu elixir de cura na boca do anão.

Skye olhou na direção do irmão, pronta para dar-lhe uma bronca por olhar, mas Caspian já estava adentrando o Monte, sendo seguido por Nikabrik.

Alguns segundos se passaram e finalmente, Trumpkin voltou à vida com um suspiro.

— Por que estão parados aqui? Os telmarinos logo vão chegar.

— Não seja mal educado. Agradeça à Lúcia. – disse Skye sorrindo.

Trumpkin olhou feio para Skye, mas enfim agradeceu.

— Obrigado, minha cara amiga.

Lúcia sorriu e seguiu para o Monte, junto com Susana e Pedro. Uma mão ajudou Skye a levantar-se. Já em pé, Skye foi sendo puxada pela a mão que pertencia a Edmundo.

Finalmente, os dois se sentaram na relva e ficaram alguns momentos em silêncio, até Skye olhar para o céu e dizer:

— Foi totalmente assustador. Ver todos eles mortos.

— Nossas chances de vencer Miraz agora são bem remotas. – declarou Edmundo.

— Eu tenho uma ideia, vamos tentar pensar positivo. – Skye pensou um pouco e depois disse – Por exemplo, que algo aconteça e todo o exército de Miraz morra ou sei lá.

— Você é completamente maluca! – riu Edmundo, mas depois ficou sério novamente – Eu senti como se todas as mortes fossem culpa minha. Até porque eu concordei com Pedro.

— Não é sua culpa. – Skye segurou os ombros de Edmundo – Tudo isso é culpa de Miraz.

Edmundo assentiu e então um silêncio pairou entre os dois. Skye analisava o rosto de garoto enquanto ele olhava para algum ponto da floresta. O sol batia no seu rosto e para Skye, aquilo o deixava mais bonito do que ele normalmente já era.

Ela ergueu vagarosamente a mão, e quando estava preste a tocar o rosto do garoto, lembrou-se finalmente do beijo. Isso fez com que Skye recolhe-se rapidamente sua mão e dissesse:

— Posso te fazer uma pergunta?

— Você faria mesmo seu eu negasse. – respondeu Edmundo sorrindo e voltando a atenção para Skye.

— É eu faria mesmo. – sussurrou Skye sorrindo – Por que você... Fez aquilo?

— Fiz o que?

— Você sabe do que eu estou falando. – disse Skye séria.

Eles estavam muito próximos um do outro. Edmundo não sabia o que dizer. Por que ele havia feito aquilo? Por que ele tinha a beijado? Bem, ele não sabia ao certo o porquê. A única coisa que ele conseguia pensar no momento era que ele queria beija-la de novo.

Lentamente, ele aproximou seu rosto do de Skye. Seus lábios estavam quase se encostando, quando alguém os interrompeu.

— Edmundo! – era a voz de Pedro. O garoto estava na entrada do Monte – Nós precisamos de ajuda.

Edmundo levantou-se rápido e antes de começar a correr ele olhou para Skye e disse:

— Isso ainda não acabou!


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só pessoal.
Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar, porque me incentiva a escrever e me deixa feliz também sz.
Bjks no core, e até sábado (agora é serio).


P.S: Não me perguntem porque a Skye queria que chovesse depois que ela e o Edmundo se beijaram, logo logo vocês irão saber.

P.S¹: Hoje ta fazendo um mês que eu postei o primeiro capítulo #morrendinho.

P.S.²: Se quiserem conversar comigo, (ou spoilers talvez hue...), o meu twitter é @caixadep4ndora.