Incompletos escrita por P4ndora


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

VAMO CHORAR PORQUE O GRANDE DIA CHEGOU!!!
Eu tô bem acabadinha por estar dizendo adeus a Incompletos, mas mesmo assim ainda tô feliz por ter terminado esse capítulo, mds vocês não entendem o quanto eu sofri pra escrever ele (maldito bloqueio criativo).
Enfim, ele é o mais longo que eu escrevi até hoje, e eu espero do fundo do meu core que vocês gostem dele.
Anyway, as notas finais provavelmente será longa, e eu espero que vocês leiam. Enfim, bjks e eu espero que vocês gostem.



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Skye respirou fundo e segurou firmemente as rédeas de seu cavalo. A coroação havia sido maravilhosa. A garota nunca havia se sentido tão feliz na vida. O sonho que Skye tivera antes do professor lhe acordar na noite em que ela e o irmão fugiram, finalmente estava virando realidade. Porém, no lugar de seus pais, que reinavam e protegiam Nárnia, agora estavam ela e Caspian.

Uma fina e delicada coroa de ouro rodeava a cabeça de Skye, que fora colocada ali pelo Grande Rei Pedro.

Aslam abria o cortejo e Caspian e Skye cavalgavam lentamente atrás dele, enquanto passavam pela multidão de súditos. Logo atrás vinham Os Reis e Rainhas do passado. Os narnianos faziam uma ovação e todos pareciam imensamente felizes.

A comemoração se estendia pela noite, e fogos de artifícios podiam ser vistos no céu. O castelo estava abarrotado de pessoas, e Skye tinha um enorme sorriso no rosto.

Enquanto o irmão continuava sentado em um dos dois tronos do salão, conversando uma vez ou outra timidamente com Susana, Skye perambulava no meio da multidão, junto com Edmundo, falando com todos que via pela frente.

Já era tarde quando tanto Skye quanto Caspian sentiram o cansaço de um longo dia pairar sobre eles. Aslam achou mais do que justo dar o devido tempo de descanso para os novos soberanos, decretando que aquele era o fim da comemoração.

Antes de todos irem para seus aposentos, o Grande Leão avisou aos Reis e Rainhas que queria todos de pé cedo, para um importante anúncio.

Aquela foi a primeira noite que Skye dormiu completamente tranquila naquele castelo.



Fazia uma linda manhã ensolarada, e após um anúncio que pareceu durar horas, Skye conseguiu encontrar um pequeno tempo livre para um de seus amados hobbies: colher flores.

Perto do castelo havia um imenso jardim coberto de flores amarelas, que a garota havia descoberto em uma das suas incontáveis escapadas.

Alguns narnianos tentaram ir com a Rainha, na intenção de garantir sua proteção, mas apesar da grande responsabilidade que agora pairava sobre seus ombros, Skye continuava a mesma, e recusou a companhia dos narnianos, porém levando sempre sua espada apenas para garantir.

Daqui a pouquíssimas horas, uma reunião com todos os súditos iria acontecer. Aslam avisou com antecedência aos Reis e Rainhas que aquele seria o momento que os telmarinos que haviam restado iriam traçar seus próprios caminhos, podendo escolher entre voltar para o longínquo mundo dos Reis e Rainhas do passado, de onde há muito tempo o povo de Telmar surgiu, ou ficar entre os narnianos.

Skye imaginava o quão difícil seria escolher entre ficar na proteção de seu mundo ou conhecer algo completamente novo, e acabou ficando totalmente distraída em seus devaneios, não percebendo que alguém se aproximava devagar.

– Mas veja só quem eu encontro aqui! Salve a Rainha!

A garota sorriu ao escutar a voz de Edmundo, porém continuou de costas para o ele, analisando as flores e pegando alguma, uma vez ou outra.

– Quem vê você segurando uma espada mal pode imaginar que um dos seus pequenos vícios é colher florzinhas. – provocou o garoto se aproximando cada vez mais de Skye.

– As pessoas não me conhecem tão bem quanto imaginam. – disse Skye, virando-se finalmente para Edmundo.

– Bem, eu terei tempo de sobra para conhecer você o máximo que eu puder. – Edmundo abraçou a garota pela cintura – Apesar de que na minha opinião, nem que eu passe um milhão de anos ao seu lado, eu saberei tudo sobre você.

– Uma vez me disseram que eu sou totalmente imprevisível. – respondeu Skye, dando um beijinho no nariz do garoto.

– Concordo plenamente.

Os dois passaram alguns segundos se olhando, até que de repente Skye avistou algo fazendo que ela empurrasse Edmundo e corresse alguns metros até parar abruptamente, ficando de joelhos.

Após se recuperar do pequeno susto, Edmundo foi até a garota que continuava ajoelhada e só então viu o motivo pelo o que Skye empurrou-o. Em suas mãos estava uma única flor branca, que se destacava no meio do jardim de flores amarelas. Edmundo fitou a garota, incrédulo.

– Então que dizer que você estragou o momento fofo que nós estávamos tendo por causa de uma flor? – disse Edmundo, fazendo Skye rir.

– Não é só uma flor. É uma flor branca no meio de várias flores amarelas. – explicou Skye levantando-se, enquanto colocava a flor branca bem no meio do pequeno buquê amarelo que estava em suas mãos.

– Ok! Entendi! A flor branca é você, que significa que você é diferente de todos, mas isso é o que tem de mais especial em você.

– Na verdade não. – riu Skye – Mas eu gostei dessa definição. Isso diz muito sobre como você me enxerga no mundo.

– Tudo bem, então qual o significado da flor branca? – perguntou Edmundo.

Skye analisou o rosto de Edmundo por alguns segundos, como se pensasse se compartilhar seus pensamentos era realmente o certo a fazer. Por fim, acabou dizendo:

– Eu sou as flores amarelas, e você é a flor branca.

Edmundo não entendeu. Por que ele era uma flor branca? Suas feições confusas fizeram Skye sorrir, continuando a explicar.

– Flores brancas significam paz, pureza e lealdade. Era isso que faltava no buquê amarelo. Flores amarelas significam satisfação e alegria, que basicamente foi isso que eu senti quando você entrou na minha vida. Só está faltando uma flor vermelha, que significa fidelidade e amor, que é o que eu sinto por você agora.

Lentamente, o rosto de Edmundo se abriu num sorriso. Nada que ele dissesse agora poderia mudar aquele momento. Aquela era a confirmação.

Skye era de Edmundo, e Edmundo era de Skye.

Um completa o outro.

O garoto apenas deu um rápido, porém significativo selinho em Skye, puxando-a pela mão em seguida.

– Vamos estranha! A grande reunião está prestes a começar.

– Cuidado como fala com a Rainha. – respondeu uma risonha Skye, soltando pelo o caminho o buquê coberto de sentimentos.



Em uma das extremidades do pequeno vilarejo que ficava na frente do castelo, existia um pátio com uma enorme árvore. Aquele havia sido o local que Aslam marcara a reunião.

Todos os súditos estavam no pátio e um pouco a frente, perto da árvore estavam os Reis e Rainhas, acompanhados por Aslam. Aquela era a primeira vez que Skye via Prunaprismia desde que fugira do castelo. Em seus braços, estava o único filho de Miraz.

– Nárnia pertence ao narnianos – começou Caspian, falando em alto e bom som, para que todos pudessem escutar. – tanto quanto aos homens. Qualquer telmarino que queira ficar, e viver em paz, é bem-vindo. Mas aquele que desejar, Aslam o levará para o lar de nossos antepassados.

– Já faz gerações que nós deixamos Telmar. – proferiu um homem.

– Não nos referimos a Telmar. – explicou Aslam – Seus antepassados foram marinheiros errantes, piratas arrastados para uma ilha. Nela acharam uma caverna, uma rara fenda entre este e aquele mundo. O mesmo mundo de nossos Reis e Rainhas.

Todos olharam para os quatro irmãos.

– É para essa ilha que posso retorná-los. – continuou Aslam. – É um bom lugar para qualquer um que queira recomeçar.

Um silêncio sepulcral pairou sobre todo pátio, até que alguém deu um passo à frente e disse:

– Eu vou!

Skye ficou um pouco impressionada quando viu Glozelle se aproximando.

– Eu aceito a oferta. – disse Glozelle, um pouco hesitante.

Tanto Skye quanto Caspian fizeram uma breve reverência ao ex- general. Mas o espanto da Rainha ao ver Glozelle não foi quase nada comparado a quando viu Prunaprismia se aproximar junto com um homem de cabelos grisalhos.

– E nós também.

Os três fizeram uma reverência aos Reis e Rainhas, ficando na frente de Aslam em seguida.

– Porque foram os primeiros a decidir, vocês serão felizes nesse outro mundo. – disse Aslam, soprando nos três.

Um semblante calmo, porém feliz tomou conta dos rostos deles. Mas algo acabou chamando a atenção de todos no pátio: a enorme árvore havia se desenrolado em duas partes, formando um arco. Os três andaram devagar até o arco, passando por ele e desaparecendo em seguida.

O povo telmarino gritava assustado, tentando encontrar uma explicação para o que havia acabado de acontecer.

– Como saberemos que não está nos levando para a morte?

Skye ainda estava levemente boquiaberta, quando uma vozinha se fez presente.

– Senhor? – chamou Ripchip por Aslam – Se meu exemplo pode servir de alguma coisa, passarei com onze ratos sem demora.

Aslam analisou o rato e segundos depois voltou sua atenção para algum ponto atrás de Skye. A garota não sabia como, mas já sentia o que estava por vir. Os quatro irmãos estavam um pouco atrás de Skye e Caspian, mas antes que se desse conta, Pedro estava ao lado da garota.

– Nós iremos.

As pernas de Skye começaram a tremer, e ela tinha certeza que iria cair se Caspian não tivesse segurado sua mão.

– Iremos? – perguntou a voz de Edmundo.

Skye sentiu o ar escapar rapidamente de seus pulmões. Ela tinha certeza de que Edmundo ficaria com ela. Mas parecia que Aslam achava que aquilo era o certo a fazer. Mesmo assim Skye não conseguia entender o porquê. Seu coração doía, mas ela prometeu a si mesma que nunca choraria por ninguém, nem mesmo pelo amor de sua vida.

– Vamos embora. Chegou a nossa hora. – disse Pedro, indo até Caspian em seguida, entregando sua espada para o Rei. – Afinal, não precisam mais de nós aqui.

Skye virou-se para Edmundo, que olhava triste para a garota. “EU PRECISO” pensava Skye, sem coragem para dizer o que sentia.

– Vou cuidar de tudo até que voltem. – respondeu Caspian.

– Esse é o problema. – explicou Susana. – Não vamos voltar.

– Não vamos? – perguntou Lúcia.

Aquela foi a gota d’água para Skye. A garota virou-se desesperada para Aslam. Ele podia mudar isso. Ela sabia que o leão podia. Porém Aslam apenas acenou com a cabeça, e Skye ouviu sua voz em sua cabeça dizendo:

“Tudo ficará bem. Ele voltará para você um dia”

Um pequeno fio de esperança reconstruiu o coração da Rainha. Mas a dúvida ainda tomava conta de sua cabeça. Quando?

“Tudo acontece na hora certa. Quando você menos esperar, ele estará de volta”

– Vocês dois vão. – respondeu Pedro. – Pelo menos, foi o que ele disse. – referiu-se a Aslam.

– Por quê? – perguntou Lúcia ao leão. – Eles fizeram alguma besteira?

– Pelo contrário, querida! – respondeu Aslam. – Mas tudo tem o seu tempo. Seu irmão e sua irmã aprenderam o que podiam nesse mundo. É hora de eles viverem por conta própria.

Só então Skye percebeu que nunca mais veria Susana. Nunca mais veria a garota que tanto lhe cativara durante aquele período. E novamente, seu coração se quebrou.

– Tudo bem, Lu. – garantiu Pedro. – É tudo muito diferente do que eu pensava. Mas estou conformado. Um dia você compreenderá. Vamos. – Pedro puxou a irmã na direção dos amigos, para que todos pudessem se despedir.

Antes de pensar em qualquer coisa, Skye simplesmente se jogou em cima de Susana, abraçando-a o mais forte que podia.

– Eu sentirei tanto a sua falta. – sussurrou Skye.

– Eu também. – concordou Susana.

– Por favor, não me esqueça. –pediu Skye.

– Eu não vou. – prometeu Susana.

– Apesar de ser impossível, ainda torço por você e Caspian.

– Você é maravilhosa. – disse Susana, abraçando a garota novamente.

– Vá – ordenou Skye sorrindo. – e diga o que sente para ele.

Susana olhou-a uma última vez, indo em seguida até Caspian. Skye sorriu triste. Apesar de não dizer, a garota sabia que o irmão gostava de Susana.

Em seguida, Skye puxou Lúcia para um abraço tão apertado quanto o que dera em Susana.

– Eu ainda vou voltar. – riu Lúcia.

– Eu sei. Mas enquanto isso não acontece, eu quero lembrar o quão bom é o seu abraço.

As duas ficaram em silêncio, até que Lúcia quebrasse o abraço para dizer:

– Você será uma Rainha maravilhosa.

– Espero ser tão boa quanto você foi. – sorriu Skye, acariciando o rosto da garota.

As duas se abraçaram uma última vez, e Skye foi até Pedro. Ela queria ao máximo evitar a despedida que seria inevitável.

– Muito obrigado por tudo. Eu espero que você seja feliz com a sua nova vida.

– Eu que agradeço. Cuide bem de Nárnia, certo? – perguntou Pedro.

– Eu cuidarei.

Pedro beijou a testa de Skye, fazendo-a sorrir.

Então havia chegado o momento. Edmundo estava parado a alguns metros de Skye. Os dois se olharam por muitos segundos. Nada mais existia. Nada mais importava. Ali estavam apenas Skye e Edmundo. Edmundo e Skye.

Lentamente, Edmundo se aproximou de Skye, tomando-a nos braços. Ele a ergueu alguns centímetros, e Skye apenas enfiou seu rosto no pescoço do garoto, aspirando ao máximo de seu cheiro levemente amadeirado.

– Eu prometo que eu vou voltar. – sussurrou Edmundo. – Pode demorar séculos, por isso eu nunca pediria que você esperasse por mim.

– Você não precisa pedir, porque eu quero esperar, e nada que você diga vai mudar isso.

– Apenas viva a sua vida, por favor. – implorou Edmundo.

– Eu viverei, assim que você estiver aqui. – sussurrou Skye, enquanto acariciava o rosto do garoto.

Edmundo sabia que não adiantava discutir com Skye. Ela era tão teimosa quanto ele.

O garoto analisou o rosto de Skye. Ele queria guardar todos os detalhes em sua mente: a imensidão azul de seus olhos, a cor rosada de seus lábios, as mechas levemente bagunçadas de seus cabelos. Tudo aquilo só fazia com que Edmundo a amasse cada vez mais.

– Eu te amo, Edmundo. – disse Skye, beijando-o em seguida.

O beijo foi totalmente diferente de todos que os dois trocaram durante o tempo que passaram juntos, pois junto com a mistura de sentimentos bons, também estava o sabor da despedida. Só após a falta de ar ficar quase insuportável, foi que Skye quebrou o beijo.

– Não esqueça de nós. – ela disse ofegante.

– Nunca. – prometeu Edmundo.

Era difícil dizer o que os dois sentiram naquele momento, mas é certo e concreto de que um completava o outro.


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Notas finais do capítulo

Eu nem sei por onde começar. Ok eu sei, vou começar agradecendo a TODO MUNDO que veio até aqui comigo.
VOCÊS SÃO EXTREMAMENTE FODAS, E EU NÃO SEI SE TERIA CONSEGUIDO TERMINAR ISSO AQUI SEM VOCÊS.
Muito obrigado a todas as visualizações, favoritos, COMENTÁRIOS MARAVILHOSOOOS.
Muito obrigado por tudo, de todo o meu coração.
Agora vamos à novidades:
Eu ainda vou postar um Epílogo, provavelmente ainda hoje. Por que? Vai ser uma preparação para o que está for vir.
Provavelmente a segunda temporada só vai sair quando eu estiver de férias, ou depois do fim do ano, me desculpem mas é o único tempo livre que eu vou ter. Eu prometo que todo mundo que favoritou vai ficar sabendo quando sair o primeiro capítulo.
As idéias já estão todas vivas aqui na minha cabeça, e sério, vai ter muita coisa louca na segunda temporada.
Se quiserem saber algo ou tiverem alguma dúvida, podem me perguntar a vontade.

E é através disso que eu me despeço de vocês.
— Mas tia Panda, ainda não vai ter o Epílogo?-
Sim, mas eu não vou usar nem as notas iniciais nem as finais, porque eu sinto que tudo que eu queria dizer para vocês eu já disse.
Muito obrigado novamente, e até "​Infinito".


P.S: Não é nada demais, apenas se vocês quiserem uma indicação pro Epílogo. Eu amo ler escutando música, pq parece tipo uma trilha sonora da história, e eu considero a música Feet Don't Fail Me Now da rainha Foxes a música perfeita pra definir o que a Skye está passando/sentindo depois da partida do Edmundo, então se vocês quiserem escutar-la enquanto leem o Epílogo seria legal.



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