Incompletos escrita por P4ndora


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

EU TO CLARAMENTE MOOORTA.
Tive que estudar pacas, mas queria postar logo esse capítulo. Espero que gostem ♥
No final terá avisos POR FAVOR NÃO ESQUEÇAM.
Enfim até as notas finais.



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O exército narniano ajudava os soldados telmarinos que haviam sobrado a sair da água, e também confiscavam suas espadas.

Skye sentia um leve frio na barriga no momento que Edmundo segurou sua mão e puxou-a em direção ao rio. Pedro, Susana e Caspian seguiram o casal.

Os cinco atravessaram o rio com cuidado. Ao chegarem na borda do rio, Skye só conseguia sentir seu coração quase sair de seu peito. A garota estava frente a frente com Aslam.

Lúcia sorria para o pequeno grupo, como se pedisse para eles se aproximarem.

Skye estava quase esmagando a mão de Edmundo, no momento em que deu o primeiro passo. O leão era o ser mais magnífico que a garota já havia visto.

Quando estava a pouquíssimos metros de Aslam, os cinco se ajoelharam.

– Levantem-se, Reis e Rainhas de Nárnia! – ordenou a voz grossa de Aslam.

Edmundo soltou a mão de Skye, e a garota, que estava de olhos fechados, sabia que ele se levantaria, afinal ele era um Rei.

– Todos os Reis!

Aquela foi a deixa de Caspian. Skye sentiu o irmão ao seu lado se levantar. Ela continuou imóvel.

– As Rainhas também.

Novamente, o coração de Skye estava quase saindo do peito. A garota levantou sua cabeça, e lá estava. Os enormes olhos de leão fitavam-na.

A mão de Edmundo apareceu ao seu lado, ajudando-a a se levantar.

“Por que ele me chamou de Rainha?” pensava a cabeça confusa de Skye,” O único que deve ser Rei aqui é Caspian.”

Aslam sorriu, como se tivesse lido os pensamentos de Skye.

– Acho que não estou pronto! – sussurrou Caspian.

– É por esta razão que eu sei que está. Tanto você, quanto sua irmã. – Aslam disse com clareza.

– Mas... – Skye hesitou – Por que eu? Digo... Caspian é o primogênito.

– Você é tão digna do trono quanto ele. E é por isso que os dois reinarão juntos.

Skye sentiu suas pernas tremerem e Caspian segurou firme sua mão.

Ela teria abraçado o irmão, se o som de uma gaita de fole não tivesse atrapalhado o silencio que havia reinado pelos segundos seguintes.

Em um pequeno pedaço de madeira, dois ratos carregavam o corpo morto de Ripchip. Uma pequena procissão de ratos andava atrás do corpo, com gaitas e tambores, enquanto tocavam uma música extremamente triste.

Os dois ratos pararam na frente de Aslam, e colocaram a madeira com o corpo de Ripchip no chão.

Lúcia correu até ele, colocando uma única gota de seu elixir mágico na boca do rato.

Demorou alguns segundos, até que Ripchip suspirasse e abrisse os olhos. Ele levantou aos poucos e proferiu baixinho:

– Obrigado, majestade!

Só após isso, o pequeno rato olhou em volta e se deparou com o Grande Leão. Ele se sobressaltou e disse:

– Salve! Aslam! Eu tenho a grande honra de...

Ripchip ia se curvar, mas quase caiu. Ele não tinha mais equilíbrio e só assim todos perceberam que o rato estava sem a cauda.

– Estou absolutamente perplexo! – começou ele, escondendo o cotoco que sobrou de sua antiga cauda – Peço a sua indulgência, por apresentar-me de maneira tão imprópria. Que tal mais uma gotinha?

Skye riu baixinho. Lúcia olhou do elixir em sua mão para Ripchip e finalmente disse:

– Acho que não serve para isso.

– Podia tentar! – insistiu Rip, fazendo Aslam rir.

– Ela ficou muito bem, pequenino. – sugeriu o Leão.

– Mesmo assim, Rei Poderoso. – respondeu Ripchip, desembainhando a minúscula espada – Eu lamento ter que me retirar, pois a cauda sempre foi a honra e a glória de um rato.

Todos olhavam incrédulos para Ripchip.

– Parece que se preocupa demais com sua honra, amigo. – proferiu Aslam.

– Bom... – gaguejou o rato – não é só a honra. Também ajuda muito no equilíbrio. E a escalar, e segurar objetos.

– Com licença de Vossa majestade, - pediu um dos ratos que estava no cortejo. Ele puxou sua espada e continuou – Não queremos ostentar uma honrar que é negada ao grande rato.

Todos os ratinhos apontaram suas espadas para as caudas, na intenção de corta-las. Aslam riu novamente.

– Não pela sua dignidade, mas pelo amor de seu povo.

Aconteceu num piscar de olhos: em um segundo Ripchip tinha apenas um cotoco e em outro uma enorme cauda apareceu. Todos ficaram chocados, porém alegres.

– Veja! – vibrou Ripchip – Obrigado! Obrigado, soberano! Eu vou sempre adora-la. A partir de hoje, vai servir para me lembrar de minha enorme humildade.

– Lúcia! Onde está este tal amiguinho de quem me falou tanto? – perguntou Aslam.

Skye sabia que Aslam estava se referindo a Trumpkin, e seu pensamento se confirmou no momento em que todos, inclusive Aslam, olharam na direção do anão, que estava ajudando os soldados telmarinos.

– Ah, isso vai ser interessante. – sussurrou Skye para Edmundo, fazendo o garoto sorrir.

O anão se aproximou do grupo, desconfiado e com a cabeça levemente abaixada. Ao chegar à frente de Aslam, Trumpkin se ajoelhou. E segundos depois, o Grande Leão rugiu.

Skye teve certeza que seus ossos tremeram com o rugido. Ela mal podia imaginar o que Trumpkin estaria sentindo naquele momento.

– Está vendo agora? – perguntou Lúcia.

Trumpkin parecia um pouco constrangido, mas deu um sorrisinho envergonhado, fazendo com que o clima se apaziguasse.



Eram poucas horas de viagem até o castelo que antes pertencia a Miraz. Porém, todos estavam tão felizes que parecia que nem 30 minutos haviam se passado no momento em que pisaram no pátio do castelo.

Aslam guiava o cortejo. Ao chegarem, foi decidido que todos os que antes lutavam contra os narnianos, poderiam viver livres e em paz naquele local.

O Grande Leão decidiu que no dia seguinte seria a coroação de Caspian e Skye. A enorme celebração era planejada a todo o vapor, mas era óbvio que os Reis e Rainhas queriam descansar, pois após uma batalha daquela magnitude estavam todos exaustos.

Todos, com exceção de Skye, dormiram praticamente o dia inteiro. A garota mal pregou o olho durante todo o dia. Quando já era fim de tarde, ela finalmente saiu de seu quarto. Skye apenas precisava respirar e pensar. Em poucas horas seria sua coroação e a garota não tinha a mínima ideia do que iria fazer. Muitas pessoas passavam pela garota, desejando-lhe boa tarde e chamando-a de Rainha. Seria difícil para Skye se acostumar com aquilo.

Seus pés pareciam ter vida própria, e lhe levaram até uma enorme varanda que ficava não muito longe de seu quarto.

A garota suspirou no momento em que viu o pôr do sol ao longe. Finalmente a paz chegou ao seu corpo. Ela continuaria parada onde estava, se uma voz não tivesse interrompido seus devaneios.

– Aposto que você mal conseguiu dormir durante o dia inteiro.

Edmundo estava na parte mais afastada da varanda. Seus cabelos estavam molhados e ele vestia uma calça a preta e uma blusa branca folgada.

– Você me conhece bem o bastante para saber que sim. – respondeu a garota, se debruçando no pequeno muro que cercava a varanda, e olhando na direção do sol.

Lentamente, Edmundo se aproximou de onde a garota estava, passando os braços ao redor de sua cintura.

– O que foi? – perguntou o garoto.

– Não é nada. – falou Skye sem olhar nos olhos de Edmundo.

– Olha, eu não caio nessa de ‘não é nada’ – disse Edmundo, imitando a voz da garota, fazendo-a rir.

– Ok. É só que... eu tenho medo de ser uma rainha ruim. Quer dizer, olha só pra mim. Por onde eu passo sempre tem uma confusão. Como eu vou poder cuidar deste reino?

Edmundo analisou as feições da garota. Aquele era sem dúvida o rosto mais lindo que ele já havia visto.

– Sabe, foi Aslam que falou que você seria Rainha. E Aslam nunca erra. Acredite, você será maravilhosa. E Caspian também estará aqui para te ajudar. – declarou Edmundo.

A garota concordou, e voltou sua atenção para o sol, alguns raios batiam em seus olhos e aquilo a deixava parecida com um anjo.

– Eu lembrei uma coisa. – prosseguiu Edmundo – Desde que a guerra começou, nós não tivemos tempo para ficarmos sozinhos.

Skye tentou conter seu sorriso, mas foi impossível. A garota olhou nos olhos cinzentos de Edmundo, mas continuou calada.

– Desde então, eu tenho pensado muito... em nós dois. E sabe, no meu mundo seria considerado pouquíssimo tempo pra dizer isso, mas nós não estamos lá. E tudo o que eu sinto é totalmente sincero, e eu realmente espero que você entenda...

– Aonde você quer chegar com isso tudo Eddie? – perguntou Skye desconfiada.

Edmundo suspirou, afastando uma teimosa mexa do cabelo de Skye para de trás da orelha da garota. Ele tomou toda a coragem que lhe restava naquele momento e simplesmente disse o que a tanto almejava dizer.

– Eu te amo.

Três palavras simples, mas que tem um significado extraordinário. Porém para Skye, elas tinham uma extrema importância.

Aquela era a confirmação de tudo. Após tanto tempo de espera, Princesa Skye, herdeira do trono telmarino, futura Rainha de Nárnia, que no momento se sentia como uma garota normal que está completamente apaixonada, finalmente se sentia verdadeiramente completa.

Com esse pensamento extremamente feliz, a garota puxou Edmundo pela camisa branca que ele vestia, fazendo com que seus lábios encostassem nos dele.


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Notas finais do capítulo

ESSE FINAL FOI