Incompletos escrita por P4ndora


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oe migas e migos! Ok, a única coisa que gostaria de pedir é que vocês comentassem no final, pois só assim os capítulos sairão rápido. Ou seja, se vocês quiserem que a história continue, por favor comentem. Não custa nada né ? Enfim, é isso, espero que gostem.



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Aquele era sem dúvida o melhor dos sonhos. Nele estavam todos reunidos: Skye, Caspian e seus pais. Os narnianos não estavam extintos. Não existia Miraz, não existia medo. Só existia a paz em Nárnia.

O sonho continuaria sendo perfeito, se ele não tivesse sido interrompido por uma mão que sacudia Skye. A garota acordou assustada, e viu o professor ao pé de sua cama.

— Sem estrelas hoje professor, obrigado.

— Concordo plenamente, mas não é por isso que eu estou aqui, minha princesa. Vamos, levante-se e vista um agasalho. Precisamos acordar seu irmão, antes que seja tarde.

Skye sabia que algo estava errado, mas mesmo assim seguiu as ordens do professor. Assim que a garota estava vestida e bem agasalhada, os dois saíram do quarto de Skye no mais absoluto silêncio e seguiram até o quarto de Caspian.

Já dentro do aposento, Skye ainda não entendera o que estava acontecendo, mas com o passar dos anos, ela aprendeu a confiar inteiramente no professor.

— Mais cinco minutos. – proferiu Caspian ao ser acordado.

— Não vai olhar as estrelas hoje meu príncipe. Venha, temos que ir.

Caspian se levantou num solavanco, enquanto era puxado pelo professor, e se deparou com sua irmã.

— O que ela está fazendo aqui?

— Estou me perguntando a mesma coisa – indagou Skye, com seu sarcasmo costumeiro.

— Professor, o que está havendo? – Caspian perguntou.

— A tia de vocês deu a luz, a um filho.

Caspian e Skye se entreolharam. A partir daquele momento os dois entenderam tudo. Aquilo não era nada bom.

O professor abriu uma passagem secreta que havia dentro do guarda-roupa de Caspian – Skye ficou se perguntando o porquê também não havia uma dentro do seu.

— Entrem! – o professor ordenou, de dentro da passagem.

Um barulho de correria podia ser escutado fora do quarto. Skye e Caspian adentraram a passagem, deixando a porta do guarda-roupa entreaberta, para que pudesse ver o que estava acontecendo dentro do quarto.

Silenciosamente, muitos soldados, acompanhados por General Glozelle, adentraram o quarto e rodearam a cama de Caspian. Todos eles estavam armados com bestas e apontavam-nas para a cama. Um a Um, todos atiram no móvel. Skye quase gritou, mas conseguiu se conter.

Não demorou muito para que os soldados percebessem que Caspian não estava na cama. E por isso, o professor apressou os dois para que saíssem logo dali.

A passagem secreta dava em uma longa escada em caracol, que levava até o enorme estábulo do palácio. Lá, o professor deu uma cota de malha e uma espada à Caspian.

— Eu sei que não é uma boa hora, mas eu me recuso a sair daqui sem uma espada. – Skye sussurrou.

— E eu não lhe negaria isso. – disse o professor enquanto entregava uma espada para Skye – Pois sei que você é tão boa quanto o seu irmão.

O professor preparou rapidamente um cavalo para os dois. Após Caspian montar, o professor ajudou Skye a subir, e este proferiu baixinho:

— Devem se dirigir ao bosque. Eles não seguiram vocês lá. Segure-se bem no seu irmão, minha princesa. – neste momento, o professor tirou das vestes um embrulho e o entregou para Caspian – Levei muitos anos para encontrar isto. Mas só use quando estiver em grande dificuldade.

— Nós veremos você outra vez? – perguntou Caspian.

— Assim espero meu príncipe. Eu ainda tenho muito o que contar a vocês. Tudo o que conhecem, está prestes a mudar.

Ao longe, os três escutaram alguém gritar "Ergam a ponte!". Estava na hora de partir.

— Vá!

— Cuide-se professor. – Skye gritou antes de partirem.

Assim que o cavalo tomou uma boa distância do estábulo, a garota virou-se para olha o professor. Com o passar dos anos, ela passou a enxergar uma figura paterna no velho professor, e mesmo nunca admitindo, partia-lhe o coração deixá-lo naquele lugar sozinho.

Caspian tomava as rédeas do cavalo, e enquanto passavam pelo pátio do castelo, dois soldados tentaram pará-los, mas não foram páreo contra a força do cavalo, e eles seguiram viagem.

Eles estavam muitos metros longe do palácio, quando uma queima de fogos tomou inicio. Caspian parou o cavalo bruscamente para observar. Alguém anunciou que aquilo era o começo da comemoração do nascimento do filho de Miraz. Ao longe, Skye conseguiu ver muitos soldados montados a cavalo chegando perto de onde os dois estavam.

— Não seja idiota. Vamos, Caspian!

Eles percorreram um longo caminho, mas não adiantava o que fizessem, os soldados continuavam seguindo-os.

Quando uma densa floresta tomou início, Skye percebeu que os soldados se afastaram mais deles.

— Eles devem estar com medo.

— Isso nos dará mais chance de conseguir despistá-los.

De repente, eles entraram em um descampado onde ao longe conseguiram ver um rio. Isso não podia impedi-los de passar. Caspian e Skye conseguiram passar ilesos pelo rio, porém com muito esforço, enquanto um dos soldados acabou se afogando.

Na margem do rio, outra floresta se iniciava. Os dois cavalgaram por alguns minutos até perceberem que ainda eram seguidos. Caspian olhou para trás e segundos depois Skye gritou:

— CUIDADO!

Mas já era tarde. Ao olhar para frente Caspian se deparou com um tronco á poucos centímetros e acabou batendo fortemente com o rosto nele. Os dois caíram do cavalo, mas continuaram sendo arrastados, pelo menos até Caspian conseguir soltá-los da sela.

Caspian não sentiu muito o impacto da queda, pois caíra por cima de sua irmã. Skye mal conseguia respirar e sua cabeça rodava. A última coisa que ela lembra antes de perder a consciência foi de ter visto dois anões e em seguida escutado um som vibrante e forte como o som de uma trompa.

[...]

Lentamente, Skye foi voltando a si. Ela se encontrava deitada em uma espécie de quarto minúsculo. Caspian estava desacordado ao seu lado com a cabeça enfaixada. Demorou alguns minutos para ela lembrar o que havia acontecido. Aos poucos, ela conseguiu escutar baixinho algumas vozes, mas não conseguiu diferir o que eles diziam.

Skye sentiu a necessidade de acordar Caspian. Após algumas sacudidas, ele finalmente acordou assustado e percebeu que sua cabeça estava enfaixada, e devagar, retirou a faixa.

— O que aconteceu depois que eu desmaiei? – perguntou Skye, sussurrando o mais baixo que conseguia.

— Dois anões apareceram. Um deles tentou me atacar, mas parou assim que viu a trompa, e depois correu até os soldados. O outro anão se aproximou de mim, e eu não sabia o que fazer então eu soprei a trompa e depois disso eu perdi a consciência.

— Tudo bem, então o que nós iremos fazer agora?

— Eu estou escutando vozes. Deixe-me ouvir o que estão dizendo. – sussurrou Caspian, se aproximando da abertura do pequeno quarto.

Skye não se opôs, mas continuou sentada na minúscula cama. As vozes que antes estavam baixas agora quase gritavam.

— Nikabrik, eles são apenas garotos.

— Eles são telmarinos, não cães perdidos! Você disse que ia se livrar deles.

Caspian olhou para Skye, que agora se encontrava de pé, ao lado dele.

— Não, eu disse que cuidaria deles. Não podemos matá-los. Eu enfaixei a cabeça do garoto. Seria como... matar um hóspede.

— E como você acha que os amigos deles tratam os hóspedes?

— Trumpkin sabia o que estava fazendo. Não é culpa deles.

Neste momento, Caspian puxou Skye pelo braço e saiu correndo do quarto. Ao passarem pela abertura, Skye se deparou com uma coisa incrível: um texugo e um anão, narnianos.  Assim que eles viram os dois humanos, o texugo derrubou a sopa que estava segurando e o anão puxou um facão e ficou entre a porta da pequena casa e Caspian.

Skye continuou atrás de Caspian, mas não estava nem um pouco assustada. Ela simplesmente parou de correr e ficou observando os narnianos, enquanto Caspian e o anão travavam uma luta de atiçador e facão, e o texugo tentava de todas as formas apartar a briga.

— Eu disse que devíamos ter matado eles quando tínhamos a chance. – disse o anão, apontando o facão para Caspian.

— Você sabe porque não podemos. – o texugo respondeu, apontando para o anão.

— Se vamos votar, eu voto com ele. – falou Caspian, ainda segurando o braço de Skye.

— Eles não podem fugir. Eles viram a gente. – o anão foi para cima de Caspian, o derrubando no chão. Skye recuou, para que seu irmão não caísse mais uma vez em cima dela.

— De uma vez por todas, Nikabrik! Ou tenho que sentar na sua cabeça outra vez? – Skye riu baixo com a pergunta do texugo. O anão percebeu e olhou para ela com raiva, fazendo-a parar imediatamente.

— E vocês, – o texugo apontou para Caspian e Skye – olha só o que vocês fizeram. Eu perdi metade da manhã fazendo essa sopa.

— O-o que é você? – perguntou Caspian, que ainda estava no chão sobre o olhar vigilante do anão.

Skye suspirou. Para ela, aquela foi uma das perguntas mais idiotas que o irmão já havia feito. Mas não falou nada.

— Engraçado você perguntar. – respondeu o texugo sarcástico. – Era de se esperar que mais gente reconhecesse um texugo quando visse um.

— Não... não, eu quis dizer... são narnianos. Vocês deviam estar extintos.

— Lamento decepciona-lo.  –  disse o anão. A cada momento que Skye passava na presença do anão, menos ela gostava dele.

— Pronto. Ainda está quente. – falou o texugo, colocando dois potes de sopa na pequena mesa que ficava no centro da sala.

— Desde quando abrimos uma hospedaria para soldados telmarinos e suas donzelas ? – perguntou o anão.

— Não sou soldado. E ela não é minha donzela. Sou o Príncipe Caspian X.

— E eu sou Skye. – disse a garota, se pronunciando pela primeira vez.

— Princesa Skye. – corrigiu Caspian.

Todos ficaram em silêncio, e após um algum tempo,  Nikabrik, o anão foi o primeiro a quebra-lo.

— O que vieram fazer aqui?

— Nós estamos fugindo. – sussurrou Caspian.

O Nikabrik e o texugo trocaram um rápido olhar que não passou despercebido por Skye.

— Meu tio, sempre quis o meu trono. – Caspian colocou o atiçador de volta e ficou olhando para a lareira. Skye se aproximou do irmão e segurou sua mão. – Eu acho que só vivi tanto tempo porque ele não tinha um herdeiro próprio.

— Bem, isso muda tudo. – o texugo falou baixo.

— É, significa que não temos que matar você, nem ela. – Nikabrik olhou para Skye.

— Tem razão. Vamos Skye. – Caspian seguia até a porta, enquanto pegava sua cota de malha e a espada. A garota também pegou a espada que o professor havia lhe entregado e seguiu o irmão sem pestanejar. Ela nunca se sentira tão animada por causa de uma aventura. Até porque o castelo de Miraz não lhe proporcionava grandes aventuras como a que ela estava vivendo agora.

— Aonde vão? – o texugo bateu suas patas na mesa.

— Meu tio não vai parar até nós estarmos mortos.

— Mas vocês não podem ir embora. Nasceram para nos salvar.

Skye travou onde estavam. O que o texugo queria dizer com aquilo?

— Não sabe o que é isso? – o texugo levantou a trompa que o professor havia entregado a Caspian.

Então, Skye compreendeu tudo. Ela sabia o que era a trompa, e Caspian também sabia.

“A trompa da Rainha Susana era de fato mágica. Sempre que era soprada, o auxílio chegava de algum lugar. Mas os narnianos também acreditavam que ela podia chamar seus reis e rainhas do passado.”

— A trompa mágica da Rainha Susana! – exclamou Skye, aproximando-se do texugo e encostando a ponta dos dedos na trompa. – Isso quer dizer... que eles irão voltar?

— Isso é o que nós vamos descobrir. Mas agora nós precisamos ir. – disse Caspian puxando a irmã pelo pulso até saírem da pequena caverna.


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Notas finais do capítulo

Então esse foi o primeiro capítulo, não esqueçam de comentar hein. Bjks.