Telephone escrita por Deh


Capítulo 9
Hotchner e Prentiss: Demônios


Notas iniciais do capítulo

Então a ligação mais pedida: Hotcniss finalmente!!!
Confesso que eu estou com um pouco de medo em relação a essa fic, é um pouco diferente do habitual, sem tanto romance e focando numa relação um tanto sombria. Mas eu espero do fundo do coração que vocês aprovem e que acima de td eu não tenha decepcionado vocês.
Acredito que esses eventos aconteceriam pós temporada 10.



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"A maioria dos meus dias demônios são silenciosos, mas quando falam, oh, Deus, como eles gritam." Frase encontrada no Tumblr

Ele estava angustiado, talvez o fato de não dormir há algumas noites tenha contribuído para isso. Ele precisava falar com alguém, mas quem? Dave, já estava começando a duvidar de sua capacidade. JJ, já tinha seus problemas. Morgan? Ele é um bom amigo, mas se ele descobrisse isso, ele passaria a questiona-lo mais. Reid? O pobre garoto já tem demônios de mais. Garcia? Definitivamente não. Quem então seria confiável para ele confidenciar o que estava acontecendo, acima de tudo, quem seria capaz de entende-lo?

Ela acordou assustada. Maldito pesadelo, maldito Doyle, maldito emprego! Se já não bastasse ter que sonhar com o maldito terrorista, agora ela sonhava com todos aqueles que já foram capazes de cometer algum mal a ela. Ela se levantou e foi lavar o rosto, olhando o reflexo no espelho, ela murmurou “Malditos demônios”. Na maioria das vezes ela conseguia esquecer, mas porque não poderia ser definitivamente? Por que ela ainda tinha que sofrer? Ela era a mocinha, mocinhos não são supostos a ter que sofrer, Garcia disse certa vez.

Ouvindo seu celular tocar, ela pensou seriamente em ignorar, mas quando viu o nome no identificador de chamadas ela sabia que não podia.

“Prentiss” ela disse em seu tom rotineiro “Desculpe, eu te acordei?” ele começou a duvidar que ligar para ela tivesse sido uma boa ideia “Se eu ao menos tivesse conseguido dormir” ela se repreendeu por se entregar assim tão fácil “Muito trabalho?” ele a questionou, ela pensou em dizer que sim, mas algo dentro dela despertou a vontade de falar sobre o assunto “Também” ele ponderou, ela não estava sendo evasiva, mas também não entregou o jogo “Algum caso te incomodando?” Por experiência própria, ele sabia que isso é comum. “Muitos na verdade” Bom, ela estava se abrindo. “É algo muito grande?” enquanto olhava a paisagem além da janela ela disse “Pra mim é, para outros não” ele juntou as sobrancelhas “Quer conversar?” “Pensei que era isso que estamos fazendo Hotch” um pequeno sorriso apareceu em seu rosto, mas ao mesmo tempo desapareceu “São pesadelos não é mesmo?” ele perguntou, mas ele desejou do fundo do coração que ele estivesse errado, Emily era uma boa pessoa, ela já tinha passado por tanta coisa, ela apenas não merecia sofrer. “Será que você está virando algum tipo de leitor de mente?” ela disse querendo invocar o humor para aquela conversa, ela não queria que isso se tornasse uma conversa melodramática. “Sou um profiler Em, muito bom diga-se de passagem” ela riu, de verdade, pela primeira vez em dias e o som de sua risada era realmente contagiante, tão contagiante, a ponto de atravessar milhas e fazer um sorriso despreocupado brotar no rosto do chefe da BAU. “Adoro suas ligações no meio da noite Aaron, de verdade eu amo. Mas elas sempre significam que algo não está bem. Seus pesadelos estão mais frequentes?” ele pensou um pouco “Acho que nós dois somos bons no que fazemos” ele disse por fim, não era um sim, mas a tanto tempo partilhando histórias, ela sabia que isso era o mais próximo de um sim. “Talvez seja por isso que somos assim, vivendo entre monstros diariamente, talvez esse seja o modo do universo nos mostrar que nossos demônios nos lembram de não nos tornamos eles” ela concluiu “Mas tinha que ser diariamente? Emily, nós somos os mocinhos, como diria Penélope nós somos os heróis, por que temos que sofrer?” ela deu de ombros “Se sofremos é porque sentimos Aaron, uma vez alguém muito sábio me disse que quando pararmos de sentir é que devemos nos preocupar” ela disse, embora ela mesmo estivesse em dúvida sobre isso “Eu só queria que eles parassem” ele disse, “Você quer fazer?” ela perguntou, ele riu “Você sempre busca ambiguidade nas suas frases?” ela apenas riu “Talvez nos ajude” ele concluiu. Assim ambos se dirigiram para suas camas, colocando os celulares no viva voz e deixando em cima do criado, ao lado da cama. Eles deitaram e começaram a falar sobre suas vidas, mas não a parte ruim, apenas lembranças boas, memórias engraçadas, mesmo sem saber, eles falaram daquilo que era importante para eles, daquilo que eles queriam proteger, mesmo sem notarem, ele estavam contando um ao outro o porquê de fazer o que faziam.

Ela não demorou muito a dormir, ele soube quando a linha ficou realmente calada, ele disse “Boa noite Em” e finalizou a chamada, ele se deitou e fechou os olhos, dessa vez ele não viu sangue nem carnificina, ele viu uma morena sorrindo para ele. E assim ambos caíram no sono. Eles não se lembram bem de como começaram esse sistema estranho, mas sempre que um precisava o outro estava disponível, era mais fácil quando apenas um estava com pesadelos, mas quando ambos estavam com o mesmo problema, as conversas serviam para ambos se apoiarem, ambos se lembrarem do porquê faziam isso e mesmo que os demônios que acumulavam estivessem incomodando, sempre haverá um anjo para afugenta-los.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários, please.
Bjss e até logo



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