Psycho Love escrita por Chocolatra


Capítulo 20
Bem-Vindos ao Brasil part. 2




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Me visto de branco, passo uma maquiagem forte, solto meus longos cachos e ponho um salto alto. Saio do quarto e Sam e Dean me olham.

—Vai sair toda de branco? – pergunta Dean.

—Aqui a tradição é passar o ano novo de branco – digo e pego duas sacolas que estão no canto da sala – aqui é a roupa de vocês – entrego as sacolas a eles.

—Você comprou a nossa roupa? – pergunta Sam.

—Como eu fui comprar a minha, eu já comprei a de vocês.

—Obrigado – diz Dean – aonde você vai?

—Vou sair com o Lucas.

—Mas nós tínhamos combinado de ir ver a queima de fogos juntos – diz Dean.

—A deixe ir com o cara – diz Sam para Dean.

—Tá, que seja – diz Dean emburrado, ele se levanta do sofá e caminha até o banheiro.

Droga, agora não sei o que fazer, ir ver a queima de fogos com o Lucas ou com Dean? Por que ele tem que complicar tudo? Eu estava tranquila com isso, mas eu o vejo desapontado daquele jeito, ele realmente queria que eu estivesse com ele... Foda-se, vou sair com quem eu realmente gosto.

—Dean – digo entrando no banheiro.

—Não sabe bater? – pergunta ele já sem camiseta.

—Eu vou com você – digo.

—Que?

—Eu não vou sair com o Lucas, vou com você.

—Tá – diz sem se importar, mas mostrando em seu olhar que gostou do que eu disse. – agora sai, preciso me trocar.

Saio do banheiro.

—Que fofa essa relação de vocês – diz Sam debochando.

Reviro os olhos e sento-me ao lado dele.

—Fingem que não tem sentimentos um pelo outro, que não se importam e não sentem ciúmes... Vocês se merecerem – diz ele.

—Não é assim – digo.

Ele me encara.

—Ah não é? Então o Dean sorriu quando você disse que ia sair com ele?

Fico calada. Droga, pior que é verdade.

—Não – digo.

—Ele fingiu não se importar, certo?

Suspiro.

—Tá você ganhou.

Ele dá um sorriso vitorioso.

—Você não vai à praia com a gente? – pergunto.

—Prefiro ficar aqui.

—Nem pensar! Você vai sim! – levanto-me do sofá – vamos se levantar daí se arrumar – digo puxando-o pela mão.

—Tá, tá – diz se levantando, ele vai até o quarto.

O quarto de hotel que estamos não é exatamente um quarto, tem sala, dois quartos, um banheiro e uma cozinha, mesmo que seja tudo pequeno, parece um apartamento. Meu celular toca, o pego e vejo que é o número do Lucas.

—Alô — digo.

—Oi minha linda, estou aqui embaixo.

—Hã... Lucas, eu não vou mais.

—Por quê?

—Meus amigos, eu vim para nos divertimos juntos.

—Mas eles podem vir, sem problemas.

—É que... Um deles é mais que um amigo, sabe?

Escuto um suspiro.

—O que ficou me fuzilando, eu presumo.

—Ele mesmo.

—Tudo bem, caso você mude de ideia, sabe meu número.

—Ok.

Ele desliga.

—Mais que um amigo? – escuto a voz de Dean atrás de mim.

Olho para ele. Ele está com aquele seu sorrisinho de lado. Sinto meu rosto ferver.

—Eu inventei isso para ele parar de insistir, nós somos somente amigos.

—Ah claro, só amigos – diz debochando.

—Para de debochar, é a verdade.

—Diga isso para os seus sentimentos.

—Para os meus? E os seus?

—Os meus sabem muito bem que somos amigos.

—E os meus também.

—Você quase me beijou hoje na praia – diz com um sorriso malicioso.

—Eu quase te beijei? Você que estava em cima de mim!

—Por causa da onda!

—Você ia me beijar se eu não te empurrasse.

—Claro que não.

Cruzo os braços e encaro-o.

—Eu não ia te beijar – ele persiste.

—Você não me engana.

—Vamos? – escuto a voz de Sam atrás de Dean.

—Sim – diz Dean olhando para mim e depois anda até a porta.

Saímos do hotel, andamos alguns quarteirões até a praia. Está cheia de pessoas que estão olhando para o céu, esperando a meia noite. Caminhamos até a areia e nos sentamos nela.

—Ainda faltam dez minutos – diz Sam ao meu lado.

—Está quase lá – digo.

Olho ao redor, vejo famílias e amigos juntos, crianças brincando, adultos bebendo e se divertindo, casais abraçados... Tudo parece tão perfeito. O grande mar escuro e o céu presenteado de estrelas e uma lua brilhante.  Faltam dois minutos, nos levantamos e esperamos ansiosos.

—Lá nos Estados Unidos sabe que a tradição na hora que solta os fogos... – diz Dean me olhando do meu outro lado.

—O beijo? – olho para ele.

—Sim – diz com um sorriso malicioso.

—Eu sei, e por que está me perguntando isso?

—É que talvez você fique meio animada e acabe me beijando.

—Eu não vou fazer isso – digo.

—Só te lembro de que somos amigos, somente amigos.

—Eu sei que... – sou interrompida pelo som dos fogos, olho para o céu e vejo várias cores iluminando-o, é tudo tão lindo. Percebo que Dean está me olhando, olho para ele, vejo refletido em seus olhos verdes as cores dos fogos, é a melhor visão que posso ter. Ele abre um sorriso e eu faço o mesmo, me aproximo dele e o abraço – feliz ano novo – digo em seu ouvido, ele me aperta em seus braços, nunca tinha sentido seu abraço, mas posso dizer que é muito confortável e muito bom, poderia ficar uma eternidade aqui.

—Feliz ano novo – diz ele.

Afasto-me de seu abraço e ficamos com os rostos bem próximos, olhamos um para a boca do outro, então respiro fundo e dou as costas para ele, e abraço o Sam.

—Feliz ano novo – digo.

—Feliz ano novo – diz ele.

Ele se afasta e abraça o irmão.

Ficamos até os fogos pararem, e decidimos ir para uma balada, quer dizer, eu que sugeri e insisti bastante. Vamos a uma balada bem conhecida, entramos e o alto som e as luzes, me deixam um pouco tonta, mas depois já me acostumo. Pedimos algumas bebidas e ficamos conversando enquanto bebíamos, não bebemos muito para ficar bêbados, então vamos para a pista de dança. Danço conforme as batidas da música, vejo Sam sendo puxado por uma ruiva.

—Finalmente ele vai parar de pensar no trabalho – diz Dean olhando o irmão.

—Você quer dizer que finalmente ele vai transar né?

—É – diz e rimos.

Uma mulher morena muito bonita se aproxima das costas do Dean, fala algo em seu ouvido, ele abre um sorriso e se vira na direção dela, os dois começam a dançar próximos um do outro. Ah não, eu não deixei um encontro para acontecer isso. Seguro o pulso de Dean e o puxo para perto de mim, vejo a mulher morena me fuzilar, mas não ligo, passo meus braços em volta do pescoço de Dean, ele sorri de lado, isso é tão sexy. Aproximo meu corpo dele e começo a dançar, deixando nossos corpos encostar-se um no outro, ele começa a dançar, mordo meu lábio inferior e dou um sorriso malicioso. Dançamos um encarando o outro, com um olhar de quero você, porém não fazemos nada. Vou mexendo meu quadril sensualmente e vejo que isso agrada Dean. Percebo que seu olhar é de um caçador olhando sua presa, está mais intenso e rapidamente ele pressiona suas duas mãos em minhas bochechas e me beija. Fico surpresa, pensei que ele aguentaria mais. Como eu amo esse beijo, cheio de paixão e intensidade, ele sabe me deixar satisfeita. Quando o oxigênio se esgota, afastamos nossas bocas. Ficamos com os rostos próximos o suficiente para ele me escutar.

—Pensei que éramos somente amigos – digo.

Ele sorri.

—Não essa noite – ele pressiona uma mão em minha costa e me aproxima mais dele, então me beija novamente. Ele me olha perigosamente, segura minha mão e me guia para algum lugar, então percebo que estamos próximos ao banheiro. Entramos no banheiro masculino, entramos em uma cabine, ele tranca a porta e me beija, me empurrando para a parede, ele começa a beijar meu pescoço, enlaço uma perna em seu quadril e sinto sua mão quente em minha coxa, dou um gemido e mordo meu lábio inferior. Ele volta para minha boca, até que separo e o guio até o assento sanitário, fecho a tampa com meu pé e ele senta, sento em cima dele e voltamos a nos beijar. Ponho minha mão na abotoadura de sua calça, abro-a, saio de cima dele e abaixo sua calça, levanto meu vestido e tiro minha calcinha, ele segura minha bunda e me aproxima dele, dou um beijo rápido nele, então sento em colo e ele penetra. Fazemos um sexo rápido, mas também não quer dizer que foi ruim, muito pelo contrário, foi maravilhoso. Vestimos nossas roupas e terminamos dando um beijo calmo. Saímos da cabine e um homem nos encara.

—O que é? – pergunto e ele me ignora.

Escuto a risada de Dean atrás de mim.

—Como sempre, durona – olho para ele.

—Não posso perder meu posto, não é?

Ele sorri e saímos do banheiro, dançamos mais um pouco.

—Vamos embora? Estou cansada – digo em seu ouvido.

—Tá bom – diz.

Seguro sua mão e vamos andando, com dificuldade, entre as milhares de pessoas dançando. Procuramos Sam, mas não o encontramos.

—Acho que a ruiva o fez ficar interessado – digo.

—Até que fim que meu irmãozinho vai perder a virgindade – diz ironicamente.

Rio da voz engraçada que ele fez. Saímos da balada e caminhamos até o hotel, chegamos à porta do quarto, coloco a chave, Dean segura minha mão, olho para ele.

—E se a gente entrar, e eles estiverem... Você sabe – diz como se nunca quisesse ver essa cena.

—Só um minuto – amplio minha audição e tento escutar dentro do quarto, está tudo em silêncio – ele não está ai.

Dean respira aliviado e solta a minha mão, destranco a porta e entramos, tranco a porta e tiro meus sapatos, sinto as mãos firmes de Dean em minha cintura.

—Eu ainda não acabei – diz ele em meu ouvido e então me vira em sua direção.

—Somos amigos! – protesto.

—Amizade colorida por um dia – sorrio e o beijo.

Andamos pelo quarto nos beijando, até chegar à ponta da cama, ele me empurra, caio deitada no colchão.

—Hoje sou eu quem fica no comando – diz ele.

—Duvido muito – digo abrindo um sorriso.

—Você verá – ele sobe na cama e então fica sobre mim, começa a me beijar. Ele segura meus pulsos e leva meus braços até o alto da minha cabeça, e me prende com suas pernas. Ele para de beijar minha boca e vai descendo os beijos até o meu pescoço, então consigo rolar na cama.

—Você nunca ficará no comando – digo sobre ele.

Ele tenta rolar, seguro seus pulsos e consigo prendê-lo com as minhas pernas, levo minha boca até sua orelha e dou algumas mordidas. Escuto uns gemidos baixos, sei o quanto ele gosta disso. Ele me pega desprevenida e rola na cama.

—Agora você não escapa mais de mim – diz com um sorriso malicioso e vitorioso.

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Abro os olhos e sinto o ardor do sol entrar, vejo o braço de Dean em cima da minha cintura, dormimos de conchinha. E tenho que admitir, foi ótimo. Aconchego-me mais em seus braços e percebo que ele acordou.

—Você não foi embora – diz ele em meu ouvido.

Rio.

—Não, não fui – digo.

Ficamos na mesma posição, só sentindo a presença do outro.

—Tô morrendo de fome – diz ele e dá um beijo na minha bochecha, ele se afasta e levanta da cama. A única coisa que penso é implorar para ele ficar mais, só que não vou dar esse gostinho a ele.

Viro-me em sua direção e fico observando-o se vestir.

—Quer alguma coisa? – pergunta.

—Além de você, só sangue mesmo – digo.

Ele ri.

—Tem certeza?

—Sim – sento-me na cama – não estou a fim de comer comida.

—Tudo bem, já volto – ele sai do quarto.

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Já voltamos para a capital, estamos dentro do carro, parados no trânsito.

—O que é aquilo? – pergunta Sam.

—O que? – pergunta Dean olhando para a direção que o irmão aponta.

—Aquilo são viaturas? – pergunto.

—Acho que sim – diz Sam.

Dean sai do carro.

—O que ele está fazendo? – pergunto.

—Tá tudo parado, vamos lá – diz Sam saindo.

Faço o mesmo e os sigo até a praça, onde está cheia de viaturas. Tem alguns curiosos observando o trabalho dos policiais. Dean entra no meio da multidão, enquanto eu e Sam esperamos.

—O que aconteceu aqui? – pergunta Dean a uma mulher. Consigo ouvir por causa da minha audição aguçada.

—Ocorreu um massacre.

—Aqui no meio da praça?

—Sim, ninguém viu nada, isso que é o mais estranho.

—Faz muito tempo?

—Acho que já faz umas cinco horas.

—Obrigado – ele sai da multidão e se aproxima de nós – foi o demônio.

—Como? – pergunto.

—Um massacre no meio da Praça da Republica, onde passa milhares de pessoas, e ninguém viu? Não é algo normal – diz Dean.

Sam bufa.

—Se não tivéssemos ido à praia, daria tempo, tínhamos conseguido pega-lo – diz Dean nervoso – isso tudo é sua culpa! – ele grita comigo.

—Como é? Eu não obriguei ninguém a fazer nada!

—Você que ficou colocando esse negocio de praia na nossa cabeça!

—Dean, calma – diz Sam, mas Dean ignora o irmão.

—Sinto muito, Dean, mas você e o seu irmão são bem grandinhos, sabem muito bem o que fazem, e eu só tentei ajudar, porque depois de tantos anos só se preocupando em salvar vidas, vocês mereciam um dia de folga, me desculpa por pensar em vocês – dou as costas para ele e saio andando.

Não acredito que ele teve a coragem de me culpar por tudo isso, não forcei eles a ir para a praia, eles sabiam que podia acontecer qualquer coisa, eu só tentei aliviar toda essa pressão de caçador, mas também eu não sugiro mais nada, por que não sou obrigada a ficar ouvindo as reclamações dele.


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Notas finais do capítulo

E ai?! Só tenho a dizer: Dean e Katherine são meus amores, se casem pelo amor! Comentem amores, quero saber o que estão achando.