–Ainda estou me perguntando quem eram aqueles demônios – diz Sam sentado na poltrona, tomando uma cerveja.

–Eu não sei e nem quero saber – digo dando o último gole da minha cerveja – devemos tirar uma noite de folga – podíamos ir a um bar.

–É, seria muito bom – diz Sam.

Olho para Katherine que está encostada na parede, com os braços cruzados, ouvindo nossa conversa.

–O que foi? – pergunta – óbvio que eu quero.

Depois do nosso beijo de ontem, não tocamos no assunto, ela não se explicou, ou nada do tipo, na verdade, ela tem me evitado, agora somos o que? Adolescentes de quinze anos, que estão com vergonha um do outro?

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Estamos sentados a uma mesa, bebendo e conversando sobre assuntos aleatórios, está tocando algumas músicas calmas e têm uns três casais dançando, em um canto do bar onde não tem mesas ou cadeiras. Katherine fica olhando para os casais com um sorriso triste.

–Ver isso me lembra da época que eu era humana, sair com um homem, dançar até criar calos nos pés e depois voltar para casa, finalizando a noite com um beijo... Mas agora isso nunca aconteceria – diz com um olhar triste.

Perco minha atenção dela, ao perceber que tem alguém me olhando, percorro meus olhos pelo bar e vejo uma mulher ruiva, muito gostosa, dando um olhar provocador e um sorriso malicioso, dou meu típico sorriso de lado. Me assusto com um barulho na mesa, olho para Katherine e vejo que ela está me fuzilando com os olhos, ela deu um soco na mesa, então se levanta e seguro sua mão. Ela ficou brava por eu estar flertando com aquela mulher, será que foi ciúmes? Ela olha para mim.

–Gostaria de passar a noite dançando comigo, senhorita? – pergunto dando um beijo em sua mão.

Ela fica me olhando, ela não está entendo nada.

–Depois de criarmos calos nos pés, posso te levar em casa – dou meu sorriso de lado.

Ela abre um sorriso e vejo seus olhos brilharem. Eu realmente fiquei com medo dela socar a minha cara, afinal ela é uma mulher durona, eu a provoquei, pensei que isso não iria funcionar. Levanto-me da cadeira, e continuo a segurar sua mão, então caminhamos até onde aqueles casais estão dançando. Ela passa seus dois braços envolta do meu pescoço e ponho minhas mãos em sua cintura, começamos a dançar lentamente, de acordo com o ritmo da musica.

–Nada mal para um caçador – diz.

–Tenho muitas qualidades – digo me gabando – mas posso saber o porquê que você saiu ontem?

Ela suspira.

–É que... Não quero falar sobre isso.

Encaro-a.

–Dean, por favor!

–Tá, se a senhora deseja isso.

Ela dá um sorriso e solta um longo suspiro.

–Obrigada por tudo Dean, por essa viagem, por me deixar caçar aquele demônio, por essa dança... – ficamos nos olhando profundamente, a única coisa que penso é em beija-la – e por não me matar, é claro – nós dois rimos.

–Não me agradeça ainda, posso mudar de ideia.

–Mas por que não me matou até agora? Afinal odeia vampiros – diz querendo arrancar a mais obvia resposta.

–Porque sou um idiota por gostar de você.

Ela fica me olhando com um sorriso e com um brilho no olhar fascinante.

–Não vai pensar que estou apaixonado por você, porque vocês mulheres adoram fazer tempestade em copo d’água.

Ela me olha mais seriamente.

–Não sou igual às outras.

–Eu sei – deslizo meu polegar pela sua bochecha suavemente – por isso que gosto de você.

Ela volta a abrir o sorriso, apoia sua cabeça em meu ombro e ficamos dançando em silêncio. Quando nossos pés começam a doer, resolvemos voltar para a mesa, onde Sam não está mais.

–Cadê ele? – pergunta ela.

–Acho que ele cansou de esperar – tomamos umas duas cervejas e resolvemos voltar para o hotel, chegamos à porta, ela segura a maçaneta, porém tiro sua mão dela.

Ela me olha confusa.

–O que foi? – pergunta.

–Não acabamos ainda – ponho minhas duas mãos em seu rosto e aproximo nossas bocas, e damos um beijo calmo e lento, sem desespero ou toda aquela excitação de antes.

Ela afasta sua boca da minha e ficamos com as testas grudadas.

–Você ganhou a noite que queria – digo.

Ela abre um sorriso.

–Acredito que não gostaria que fosse comigo, mas foi...

–Não – ela me interrompe – você é o único com quem eu queria passar a noite assim... Nem sei como te agradecer por ter feito isso por mim.

–Talvez com mais um beijo?

Ela me dá um beijo e afastamos nossas bocas, ela me olha perigosamente, segura minha mão e me puxa para o quarto, acende a luz e não tem ninguém. Sam já sabia no que ia acabar.

–Ótimo – diz percorrendo os olhos pelo quarto e não vendo ninguém, ela se vira em minha direção, envolve seus braços em meu pescoço e me beija, ela vai andando pelo quarto e me pressiona contra a parede, minhas costas doem, porém não me importo, só ouço um quadro cair da parede, por causa dela e sua força de vampiro. Ela dá impulso e envolve suas pernas em meu quadril, aproximo cada vez mais nossos corpos, até não ser fisicamente possível. O mesmo beijo ardente e rápido, que me faz pensar em tirar logo sua roupa. Ela puxa minha jaqueta e ajudo-a atirar, selamos nossos lábios com um beijo novamente, e quando o oxigênio acaba, levo minha boca até seu pescoço e dou várias mordidas nele, que a fazem ir a loucura. Retiro sua blusa regata preta e a jogo do outro lado do quarto, fico admirado vendo seus seios fartos dentro do sutiã preto, ela segura meu rosto e leva minha boca até a sua. Caminho pelo quarto, a jogo na cama, subo em cima dela e voltamos a nos beijar, ela rola na cama com sua velocidade de vampiro, que eu quase nem percebo que ela já está em cima de mim. Como sempre gosta de estar no controle. Ela desabotoa minha camisa vermelha estourando todos os botões, e passa suas unhas em meu peitoral, ela morde o lábio inferior me olhando profundamente, estou tão excitado, eu quero logo essa mulher. Ela aproxima sua boca da minha barriga e vai dando leves beijos, que me fazem arquear meu corpo, ela chega ao meu pescoço e continua com os beijos, até que ela começa com as pequenas mordidas, porém sinto seus dentes furarem minha pele.

–Ai! – reclamo.

Ela me olha.

–Desculpa – diz dando um sorriso e volta ao meu pescoço, e dá um chupão. Seguro-a pela nuca e a beijo, ela se afasta do beijo e fica sentada sobre o meu quadril, me olhando, então começa a desabotoar minha calça devagar, e a tira, ela abre um sorriso safado ao ver o volume em minha cueca, e depois me olha, ela passa a mão no cabelo sensualmente e faz umas expressões sexy, depois vai tirando seu sutiã lentamente, me fazendo ficar cada vez mais excitado, parece que ela sabe o que fazer com cada parte do seu corpo, as jogadas de cabelo, os olhares perigosos, as mordidas nos lábios, o movimento com o seu quadril e o jeito de tirar o sutiã, tudo sai perfeitamente sensual, até quando ela joga o sutiã no chão, aproximo minhas mão de seus seios, ela segura meus pulsos com força e nega com a cabeça, então os pressiona contra a cama, me fazendo ficar submisso a ela. Ela joga o cabelo para um lado, só com um movimento com a cabeça e continua me olhar, essa mulher vai acabar comigo, eu estou completamente fascinado por ela. Então começa a dar leves beijos pelo meu rosto, mas não beijos normais, e sim beijos provocantes, e antes que ela fosse até a minha orelha, ela beija bem perto da minha boca, para me deixar com vontade de beija-la, é isso que ela ama fazer, me deixar desejando ela, e ela não conceder esse desejo. Ainda segurando meus pulsos, ela vai com seus beijos pelo meu abdômen, não estou mais aguentando isso, com toda a força que possuo, consigo rolar na cama e fico em cima dela, ela me olha surpresa, mas com raiva por eu não deixa-la continuar com o seu joguinho, dou um sorriso e seguro seus pulsos como ela fez comigo. Levo minha boca até seu pescoço e dou várias mordidas para deixar marcas, e aumento a força a cada vez mais que seus gemidos intensificam , quando me canso de fazer isso, tiro sua calça e deito-me sobre Katherine novamente, e a beijo, pelo beijo percebo que ela está excitada tanto quanto eu, que ela acaba mordendo meu lábio e o faz sangrar, e isso parece ter deixado o beijo melhor para ela, então nem protesto, afasto nossas bocas e ela me olha confusa, ela quer mais, mas não vou dar mais. Vou descendo minha mão a partir de seus seios e vou caminhando pela sua barriga, fico olhando para ela, vendo suas expressões de quem está gostando, até que sinto sua calcinha, sinto seu corpo ficar mais tenso quando encosto minha mão lá, deslizo meus dedos por dentro da calcinha, ela morde o lábio inferior e fecha os olhos, faço tudo o que sei de melhor com os meus dedos em sua intimidade, e vou conseguindo tirar suspiros e gemidos, suas mãos estão agarradas no lençol da cama, estou dando muito prazer a ela. Quando tiro minhas mãos de lá, sinto seu corpo relaxar e ela solta um longo suspiro, abro um sorriso, tiro sua calcinha e depois já tiro minha cueca, não aguento mais, quero essa mulher para mim, penetro meu membro nela e os gemidos voltam, vou aumentando a intensidade e rapidez dos meus movimentos, nossas respirações estão ofegantes, o suor escorre pelas nossas peles e o prazer vai aumentando a cada momento que passa. Meu corpo vai pesando, e vou diminuindo a velocidade, até eu deitar ao seu lado, ficamos olhando para o teto, só escutando a respiração pesada uma do outro.

Olho para ela e ela continua a olhar para o teto, fico observando a sua beleza, essa mulher consegue ser perfeita, até no sexo! Eu nunca tive um sexo tão bom com alguém, estou impressionado.

–Nunca imaginei que eu teria uma vampira na minha cama – digo.

Ela olha para mim com um sorriso.

–Parece que o mundo dá voltas.

–Com certeza dá – digo lembrando-me de tudo o que fizemos nesse quarto.

Ela aproxima seu rosto do meu e dá um beijo calmo e lento.

–Vou tomar banho – diz e levanta-se da cama.

Fico observando-a caminhar pelo quarto, cada curva de seu corpo, o perfeito caimento de seu cabelo cacheado em sua pele nua... Não tenho palavras para descrever essa mulher.