Estou sentada na cama, fazendo a minha unha, enquanto Dean assiste TV e Sam dorme em um pequeno sofá. De repente, Dean senta ao meu lado, olho para ele.

–Perdeu alguma coisa aqui? – pergunto.

–Na verdade, eu vim te agradecer por ontem...

–Eu te pus em perigo, eu tinha que te salvar – interrompo-o.

–Mas você ia morrer por mim, e acho que você não se colocou a beira da morte só porque se sentia culpada – diz tentando tirar aquelas certas palavras.

–Então foi pelo que?

–Você gosta de mim – ele dá um sorrisinho de lado.

Dou uma risada.

–Sei que está desesperado para passar uma noite comigo – ponho a mão em sua coxa, ele olha para minha mão e depois fita meus olhos – mas não sinto nada por você.

–Para de mentir – ele aproxima seu rosto do meu – sei que é louca por mim.

Esses malditos olhos verdes, essa sua barba rasteira e esse sorrisinho sexy me matam! Mas não vou deixa-lo ganhar esse joguinho.

–Mas foi você que implorou para a Victória não me matar – digo olhando para sua boca.

–Porque eu ia me sentir culpado, se você morresse, ou qualquer outra pessoa, no meu lugar – ele pega uma mecha do meu cabelo e coloca atrás da minha orelha.

Dou um sorriso.

–Só que eu sou uma vampira, “um monstro” como diz você – estamos com os rostos tão próximos, que só alguns centímetros estão separando nossas bocas.

–Talvez eu não queira te mandar para o inferno, ainda – ele dá seu sorriso sínico.

–Tente me enganar o quanto quiser – aproximo minha boca de sua orelha – mas eu sei o que você quer – digo sussurrando nela e volto a olha-lo.

Ele dá um sorriso de lado e se levanta da cama.

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Depois da conversa com Dean, ele vai para a cidade fazer pesquisas sobre o demônio que estamos caçando. Sam acorda e continuo a arrumar minha unha.

–Katherine? – escuto Sam.

Olho para ele.

–Podemos conversar?

Dou de ombros e volto a mexer na minha unha, ele senta em minha frente.

–O Dean me disse o porquê de você ter matado aquele cara – diz Sam.

Olho para ele.

–Quer saber se eu estava mentindo? Porque eu não estava.

Ele respira fundo.

–Não quero que fiquemos nesse clima estranho e não se falando – diz.

–E o que quer que eu faça?

–Quero que me responda uma coisa.

Concordo com a cabeça.

–Você sente alguma coisa por mim? – pergunta.

Fico calada.

Na verdade, não sinto nada amoroso pelo Sam, eu olho para ele e vejo sexo, somente, ele é muito gostoso, então não tem como não pensar nisso.

–Não sinto – digo.

Ele respira aliviado.

–Por que está assim? – pergunto.

–Como?

–Aliviado pela minha resposta.

–Ah, é que o Dean... – ele para de falar, como se fosse dizer algo que eu não pudesse saber – não é nada.

–O que tem o Dean?

–Nada – ele se levanta – bom, eu só quero acabemos com esse clima tenso e me desculpa se de alguma maneira eu demonstrei que queria algo a mais com você.

Dou um pequeno sorriso.

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Parece que Dean achou alguma coisa, e ligou para o Sam, ele até me chamou, mas preferi continuar aqui, depois eles me mostram o que acharam, não estou com cabeça para isso. Alguém bate na porta.

–Ah que droga – reclamo me levantando da cama.

Olho pelo olho mágico e vejo dois demônios.

–Droga, droga – digo me afastando da porta, eles batem novamente, corro até o banheiro e me tranco dentro dele.

Eu não posso contra demônios, não sei exorcizar e não tenho a mínima ideia onde está aquela faca para mata-los, então o jeito é me esconder.

Eles arrombam a porta, escuto o estrondo, meu coração está a mil, mas eu sou uma vampira, e não uma qualquer, sou Katherine Pierce, vou enfrenta-los, não tenho medo de nada.

–Não tem ninguém aqui? – escuto um dizer.

–O banheiro – diz o outro, eles mexem na maçaneta e não abre – parece que tem alguém sim.

–Não sabia que os Winchesters tinham medo de demônios – diz o outro.

Eles continuam a tentar abrir, e então arrombam. Estou com os meus dentes de vampiro para fora e estou preparada para lutar contra esses malditos.

–Olha, o que achamos – diz um me olhando com um sorriso.

–Um vampiro? Nunca imaginei – diz o outro.

Corro até eles e tento dar um soco, mas ele desvia, olho para o outro e tento chuta-lo no alto da cabeça, porém ele desvia novamente, com minha super velocidade, corro atrás deles e consigo quebrar o pescoço de um, outro me olha com raiva e me atira para o outro lado do quarto, só com o poder da mente, levanto-me rapidamente e vejo o outro que eu tinha quebrado o pescoço em pé.

–Merda – digo, caminho até eles e antes que eu pudesse continuar a luta, um deles quebra meu pescoço com o poder da mente.

POV Dean

–Então a próxima parada dele é Washington? Será a ultima dele – digo com um sorriso para Sam.

Entramos no quarto e vejo tudo jogado no chão, e logo ao fundo, vejo dois demônios e um deles está segurando Katherine, com uma estaca apontada para seu peito.

–Quem são vocês? – digo retirando minha faca de matar demônios da calça.

Sam retira uma arma.

–Olá Winchesters, olha o que eu achei escondido no quarto de vocês, é o novo mascote de vocês? – pergunta o que está segurando Katherine.

–Sim, estamos tentando retirar informações dessa coisa, agora se puder solta-la e deixar a nossa fonte viva, nos ajudaria muito – digo fingindo não ter afeto nenhum por Katherine.

Os dois ri.

–Sabemos que ela é parceira de vocês – diz o outro – estivemos pesquisando muito sobre vocês durante muito tempo.

–Parceira? Uma vampira? – pergunta Sam debochando.

–Não se finja Winchester – diz o demônio.

–O que quer? – pergunto.

–Matar vocês – diz o que está segurando Katherine.

–Acho que nós que vamos matar vocês – diz Sam.

–Duvido muito – diz o outro.

–Bom, para eu conseguir me livrar de vocês, preciso me livrar dela – diz o que está com Katherine, ele dá impulso com o braço.

–Não! – grito e corro em sua direção, porém antes que eu chegasse, Katherine segura a estaca, e com sua velocidade consegue enfiar a estaca no demônio e se livrar de seus braços.

Ele geme de dor.

–Sua vadia – diz rangendo os dentes, tirando a estaca de sua barriga e olhando para ela.

Sam começa a lutar com o outro demônio, olho para Katherine e a veja lutando com o outro. Estou com a faca que mata demônios, então quando eu ver uma oportunidade, eu mato. O demônio que estava com Katherine, consegue pegar a estaca e atinge Katherine na barriga, ela vai se afastando dele e ele se aproximando dela, por trás enfio a faca nele e ele morre. Sinto o braço do outro demônio passar em volta do meu pescoço, tento me soltar, porém não consigo, olho para o fundo do quarto e vejo Sam caído, desmaiado. Jogo meu corpo para frente e consigo derrubar o demônio, tento enfiar a faca, porém ele segura meu pulso, e me joga para longe com o poder da mente, fazendo-me soltar a faca. Bato as costas na parede e caio sentado no chão, ele se aproxima, me pega pelo pescoço e me pressiona na parede.

–Nos vemos no inferno, Winchester – diz o demônio com a faca em meu pescoço.

Fico olhando-o com todo o ódio que estou sentindo, tento me soltar, porém meu corpo está todo doído, e ele é muito forte. Ele pressiona a faca ainda mais em meu pescoço, mas Katherine enfia a estaca em suas costas, ele larga a faca e tenta tira-la, então o mato com a faca, vejo seu corpo cair no chão e depois olho para Katherine, que está logo a minha frente e olhando para o corpo, e logo depois olha para mim. Dou um pequeno sorriso de agradecimento, ela faz um movimento com a cabeça.

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Vejo Katherine sentada na beira da cama, bebendo uma cerveja e olhando para o nada, sento-me ao seu lado e tiro-a de seus pensamentos, ela olha para mim.

–Me salvou, de novo - digo.

–Quando a donzela está em perigo, eu chego para salva-la – diz.

Rio e pego a cerveja da sua mão, dou um longo gole. Ela fica me encarando.

–Minha cerveja – diz.

–Você já fez isso – devolvo a cerveja.

Ela dá um sorriso. Como esse sorriso pode ser tão hipnotizante e tão bonito?

–Mas eu também já te salvei, então não sou a única donzela – digo.

–Ás vezes acontece milagres.

–Já salvei sua vida, mais do que você salvou a minha.

Ela revira os olhos.

–Isso não é verdade! – diz.

–Claro que é! Admita!

–Nunca irei admitir uma mentira dessas.

Arranco a cerveja de sua mão, novamente, ela tenta pegar, porém não deixo e começo a beber todo o resto.

–Ei, você está acabando com tudo! – ela reclama tentando pegar a garrafa.

Bebo até o último gole, olho para ela e solto um longo suspiro de satisfação. Ela franze a testa. Começo a abrir um sorriso, ela ficou tão linda fazendo isso.

–Por que está com essa cara de idiota? – pergunta.

–Porque você ficou muito linda fazendo aquela cara.

Ela tenta não abrir, mas abre um sorriso, e ficamos nos olhando em silencio, ás vezes nos olhos, ás vezes para a boca um do outro.

–Que se foda – digo, coloco minha mão em sua nuca e puxo seu rosto próximo ao meu, nossas testas ficam grudadas, ficamos alguns segundos um olhando para a boca do outro, desejando aquilo mais do qualquer outra coisa, então selo nossos lábios, ela dá permissão para minha língua percorra sua boca. Nossas bocas estão desesperadas querendo ter o toque da outra, nossas respirações estão ofegantes, suas unhas estão em minha nuca arranhando, sim está doendo, mas parece que deixa o momento mais excitante, já as minhas percorrem pelas suas costas, o ritmo do nosso beijo vai ficando mais intenso e mais ardente a cada momento que passa, essa mulher me leva a loucura, estou completamente maluco por ela, quero ela cada vez mais, sendo que estamos só nos beijando, nenhuma mulher conseguiu fazer isso, nem a única mulher que eu amei na minha vida, por que com ela tem que ser tudo intenso e excitante? A droga do oxigênio está faltando, e mesmo que nós não queiramos nos afastar, precisamos. O beijo vai diminuindo a intensidade, até eu desgrudar cada partícula da minha boca da dela, ficamos alguns centímetros longe do outro, nos entreolhando e com a respiração arfante. Ela tira suas mãos da minha nuca, se levanta e sai do quarto, sem dizer uma única palavra.

O que aconteceu? Estou totalmente perdido, por qual motivo ela saiu assim, sem dizer nada? Talvez tenha sido uma péssima ideia beija-la, não deveria ter me rendido aos meus desejos.