Psycho Love escrita por Chocolatra


Capítulo 13
Victória




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POV Katherine

Abro meus olhos e rapidamente sento-me, e olho ao meu redor. Estou no “meu” quarto da casa do Bobby, deitada na cama e Sam está sentado em uma cadeira perto da cama, e Dean encostado na parede em um canto do quarto.

–Por que estão me olhando desse jeito? – pergunto.

–Estávamos esperando você acordar – diz Sam.

–Pra que?

–Para conversarmos.

Olho para Dean, ele está com um braço engessado, ainda encostado na parede e sério, como ele fica tão sexy quando fica sério ou bravo?

–Bom, eu não quero conversar, só quero beber até a última gota do sangue do seu lindo e maravilhoso irmão – digo ironicamente, olhando para Dean, ele dá um pequeno sorriso sínico.

–É sobre isso que quero conversar – diz Sam e olho para ele – eu falei com o Dean e o convenci de parar com essa vontade de te matar.

–Que pena, mas não estou a fim de parar.

Ele solta um suspiro.

–Você sabe que vocês dois vão acabar se matando né?

–Não. Ele que vai acabar morto – digo convencida.

–Não, vocês dois vão se matar, ou um vai acabar matando o outro, e depois vai se sentir culpado, porque sei que vocês bem lá no fundo, gostam um do outro.

–Eu não gosto dele.

–Eu não gosto dela – dizemos ao mesmo tempo e nos olhamos.

–Eu disse bem lá no fundo – diz Sam.

Bufo.

–Tá, me cansei disso, como você disse vamos acabar nos matando e quero viver por muitos mais séculos – digo.

–Ótimo, foi mais fácil que o Dean.

–Não sou rabugenta que nem ele.

–Eu não sou rabugento – diz me encarando.

–É sim – levanto-me da cama e caminho até ele – e se tentar qualquer coisa, eu te mato – digo e saio do quarto.

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Depois de passarmos alguns dias em Boston resolvendo mais uma droga de caso, nos hospedamos em um hotel de estrada, Dean foi almoçar em um restaurante que é ao lado do hotel, Sam foi até a cidade mais próxima fazer pesquisas de sabe se lá o que, enquanto eu estou mexendo no celular, ao mesmo tempo em que eu bebo sangue de uma bolsa. Alguém bate na porta.

–Mas quem é? Eu não pedi serviço de quarto – digo resmungando comigo mesma. Levanto-me da poltrona, deixo o celular e a bolsa de sangue em cima da mesa de centro, e vou até a porta, abro-a e vejo uma mulher de cabelo preto e olhos azuis.

–Preciso falar com Dean Winchester – diz ela.

–Não sei de quem está falando – não confio nela, tem um olhar suspeito e seu coração está acelerado, provavelmente não é alguém de confiança.

–É melhor você me dizer, ou vou ter que te forçar, sua vampira nojenta! – diz com raiva.

–Olha, sua vadiazinha, você não me conhece, então não pode... – ela interrompe minha fala, me jogando para o outro lado do quarto com magia. Odeio bruxas!

Levanto-me rapidamente e ela vem se aproximando.

–Onde está o Winchester?! – pergunta.

–Não tenho a mínima ideia de quem é o Winchester, você é surda?!

Ela joga uma magia que faz todos os meus ossos irem entortando. Grito o mais alto que posso, está doendo muito.

–Onde está o Winchester?! É a última vez que pergunto!

Foda-se o Dean, afinal ele me torturou, não merece esse sofrimento que estou passando para salvar sua pele.

–No restaurante ao lado do hotel – digo.

–Muito obrigada – diz ela que para com o feitiço e sai do quarto.

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A porta se abre e Sam entra no quarto, ele olha para mim.

–Cadê o Dean?

–Uma bruxa o levou – digo olhando para a revista e ainda sentada na poltrona.

–Que? Como assim? – pergunta preocupado.

–Ela perguntou onde ele estava e eu disse – digo sem me importar e nem olhar para ele.

–Você o entregou? – pergunta indignado.

Dou de ombros.

–Quem era ela?

–Eu lá vou saber, ela não se apresentou – continuo a olhar para a revista.

Ele se aproxima com passos pesados, arranca a revista da minha mão e aperta com sua mão meu pescoço, começo a ficar sem ar.

–Me diga quem era ela! – ele grita.

–Eu não sei quem era! –digo.

–Fale algo sobre a aparência dela, ou sei lá, ajuda em alguma coisa! – ele aperta meu pescoço ainda mais.

–Se você soltar meu pescoço, posso descreve-la – digo quase sem voz.

Ele solta e me olha com ódio.

–Ela era um pouco mais baixa que eu, cabelo curto e preto, seus olhos eram azuis e...

–Droga, já sei quem é – diz me atrapalhando, ele vai até uma mochila e pega duas armas e caminha até a porta, e olha para mim – você não vai ajudar?

–Eu não – digo sem me importar.

Ele solta um suspiro e me olha decepcionado.

–Eu realmente pensei que gostasse dele, porque ele gosta de você, mas parece que eu estava enganado... Pelo menos agora ele vai saber quem você é de verdade e irá desistir de você, ele odeia traidores – ele abre a porta e sai.

“Ele gosta de você”, o Dean gosta de mim? Eu não tinha imaginado isso. Eu pensei que estava sendo idiota por estar suprindo sentimentos por ele, mas agora estou vendo que não, ele também tem sentimentos por mim. E se ele morrer? Merda, eu entreguei ele para a morte, por causa de vingança! Ele vai estar tão desapontado comigo, mas que droga Katherine! Preciso fazer algo.

Saio correndo e encontro Sam dentro do Impala, pronto para dar partida.

–Sam! – grito e ele olha para mim correndo até ele.

–O que é? Lembrou-se de algo?

Chego até o carro.

–Vou com você – digo determinada.

–Não vai não! Você entregou meu irmão a morte e agora se arrependeu? Eu espero que quando ele descubra sobre tudo isso, te mate, afinal sabemos de tudo sobre o demônio não precisamos mais de você, se eu fosse você corria – diz e sai dirigindo.

Mas que merda! Bato o pé no chão. Ele estará tão bravo e desapontado, não tem como ele me perdoar por isso, sem chances! Preciso pensar em algo, preciso salva-lo! Fico andando de um lado para o outro, e tenho uma ideia, uma péssima ideia, mas é o único jeito. Subo para o quarto, pego alguns daqueles cadernos dos Winchesters, e acho o feitiço que eu precisava, faço tudo o que pede no caderno e logo em minha frente aparece Crowley.

–Olha quanto tempo não é mesmo rei do inferno – digo debochando.

Ele dá um sorriso sínico.

–Olá Katherine – diz – o que quer dessa vez? Porque deve estar muito desesperada para me chamar.

–Preciso que me leve até o Dean – digo.

Ele ri.

–Agora se importa com o Winchester?

Engulo seco. Não vou dar esse gostinho a ele.

–Devo uma a ele – digo – vai me ajudar ou não?

–Eu posso te ajudar, mas preciso de algo em troca.

–O que quer?

Ele solta um longo suspiro.

–Deixe-me pensar... – ele dá um sorriso quando tem uma ideia - Eu adoraria ter o Colt comigo.

–Aquela arma que mata qualquer coisa?

–Sim.

–Pensei que você fosse bem poderoso – cruzo os braços – que não precisasse dessas coisas.

–É sempre bom ter algo que muitos procuram, então temos um acordo?

Não sei se eles vão gostar de eu fazer isso, mas é para salvar a vida do Dean.

–Sim, temos – começo a procurar pelo quarto a porcaria da arma, mas não encontro.

–Está com algum problema, querida? – pergunta.

Ignoro a pergunta e volto a procurar, até eu achar uma caixa trancada embaixo do colchão, a pego.

–Provavelmente está aqui dentro – digo.

–Sim, está – diz ele – agora me dê.

–E se eu te entregar e você me largar aqui?

–Eu nunca faria isso – diz.

Encaro-o.

–Tá bom, eu te levo e lá você me entrega, tá?

Concordo com a cabeça, em um estralar de dedos chegamos em frente a uma mansão, bem bonita.

–Tem certeza que é aqui? – pergunto.

–Tenho e me dá logo a arma, tenho mais o que fazer – diz impaciente.

Entrego a caixa e ele some. Respiro fundo e me aproximo da porta.

POV Dean

Abro meus olhos e olho em volta rapidamente, estou em uma mansão bem chique, e estou dentro de um quarto, amarrado em uma cadeira. Tento me lembrar do que aconteceu e tudo vem a minha mente. Eu estava saindo do restaurante, quando Victória apareceu e me apagou, e agora acordo aqui.

–Olá Dean, quanto tempo – diz ela entrando no quarto.

–Victória – digo com raiva.

–Que bom que se lembra de mim.

–O que quer de mim?

–Bom, acho que é algo bem simples, você massacrou toda minha família, então quero me vingar por todos eles – diz dando um sorriso no final da frase.

–Vocês matavam pessoas para os seus rituais ridículos!

–Era tradição – diz um pouco nervosa.

–Matar gente inocente?

–Tínhamos que tomar medidas extremas – diz dando de ombros.

Reviro os olhos.

–Se quer saber não me arrependo, adorei matar um por um, ver aquela cara de desespero e... – ela dá um tapa no meu rosto.

–Eu vou te torturar até me implorar para morrer.

–Não vejo a hora de isso acontecer – digo dando um sorriso sínico.

Ela faz um gesto com a mão e sinto uma dor muito forte no coração.

–Vamos começar com o mais básico e vamos aumentando cada vez mais – diz com um sorriso diabólico.

Gemo de dor, tento não gritar para não satisfaze-la.

–Que tal sentir a dor de quebrar as duas pernas? – ela faz um gesto com a mão e lança o feitiço.

Começo a gritar, tento lutar contra, mas não consigo.

–O que acha de alguns cortes? – com o dedo ela vai desenhando alguns cortes pelo meu corpo, muito sangue vai escorrendo.

–Sua vagabunda! Eu vou mandar você pro inferno para viver com os seus parentes! – digo rangendo os dentes.

–Acho que não os visitarei nem tão cedo, já você... – ela faz outro gesto com a mão – algumas queimaduras seriam bem legais.

Minha pele começa a queimar, grito mais alto que antes, está ardendo muito, parece que tem fogo de verdade, mas só vai aparecendo as queimaduras em todo o corpo.

–Um pouco de sufocamento.

Todo o ar vai sumindo e fico desesperado tentando respirar, mas não consigo. Essa vadia vai pagar por tudo que está fazendo.

–Chega – ela para de me sufocar – não quero mata-lo agora – ela sorri – sentir a sensação de estar se afogando – então lança a magia.

–E você o que acha de sentir a dor do seu sangue sendo sugado por mim? –escuto a voz de Katherine, olho atrás de Victória e Katherine ataca seu pescoço.

Katherine se afasta do pescoço e começa a tossir.

–Droga, verbena! – ela reclama e começa a se engasgar.

Victória vira-se em sua direção.

–Acha que eu sou idiota? – ela pergunta – sou mais esperta do que imagina! Vamos sentir seu sangue borbulhar, quer dizer todo o sangue que você bebeu! – ela faz o gesto com a mão, Katherine cai de joelhos no chão e grita de agonia.

–Victória para! A briga é comigo e não com ela! – grito.

–Ela se intrometeu, então ela entra na briga.

Katherine se levanta com dificuldade, e tenta quebrar o pescoço de Victória, porém ela joga outro feitiço, como se os ossos de Katherine estivessem quebrando.

–Não entendo o que está fazendo aqui sinceramente... Você o entregou, sem ao menos lutar direito – diz Victória.

–O que? Ela me entregou? – pergunto.

–Sim, eu perguntei onde você estava, ela fingiu que não te conhecia, depois de eu tortura-la por menos de um minuto, ela disse onde.

Olho para Katherine e ela está caída no chão, se retorcendo de dor, e olhando para mim.

–Isso é verdade? – pergunto.

Ela fecha os olhos e depois volta a me olhar.

–Sim – diz.

Não acredito que ela fez isso, eu pensei que ela sentia algo por mim, mas só estava sendo enganado pelos seus encantos, afinal ela é um vampiro, uma raça sem humanidade, sem sentimentos, só pensam em sangue, por que eu fui por um momento me importar com ela?

–Bom, enquanto ela fica se remoendo de dor ali, vamos continuar com você – diz Victória se aproximando de mim – vamos sentir dores de várias facadas no corpo.

Começo a gritar de dor.

–Para sua vadia! – abro os olhos e vejo Katherine em pé, atrás de Victória, todos os seus ossos estão estralando e seu sangue ainda está borbulhando, mas ela conseguiu ficar em pé e aguentar a dor. Ela dá um soco em Victória, que fica brava e enfia mão no coração de Katherine.

–Perdi minha paciência com você – diz Victória – até que você é bem forte, eu pensei que você não se importasse com o Winchester, mas eu estava errada, não sei como aguentou todos os feitiços que joguei em você, ele deve ser bem importante mesmo – ela olha para mim – e ela é importante pra você também – volta a olhar para Katherine, e aperta um pouco seu coração, Katherine dá um gemido de dor – se eu mata-la, ele vai sofrer com a sua perda... Isso é ótimo.

–Victória, não! Não! Me mata, a sua briga é comigo!

–Victória – diz Katherine com a voz fraca e Victória olha para ela – me mata, ele vai sofrer pela minha perda, e não precisa mata-lo, deixe-o sofrendo por anos, afinal eu morrerei por causa dele.

Droga, ela está querendo me salvar!

–Katherine, não! Não peça isso!

Victória sorri.

–Ótima ideia – ela aperta um pouco mais o coração de Katherine.

Ela fecha os olhos e dá outro gemido, então olha para mim.

–Me desculpa, Dean – diz.

–Não! Victória, não! Não faz isso! – grito desesperado – por favor, não!

Escuto o disparo de uma arma, olho para Victória e ela foi atingida no peito, e cai no chão, e Katherine cai logo ao seu lado.

–Dean! – escuto Sam, ele entra correndo.

Graças a Deus! Se não fosse o Sam, ela teria morrido, por minha causa e em seu último suspiro quis salvar minha vida, dando a sua em troca, por que ela fez isso?

Sam solta as cordas e me levanto rapidamente, ainda estou sentindo dor, mas vou até Katherine e me ajoelho ao lado de seu corpo. Pego-a no colo com dificuldade.

–Se eu fosse você a deixaria ai – diz Sam.

–Por quê? – pergunto.

–Não sabe o que ela fez?

–Sei, mas ela fez algo bem maior por mim, não vou abandona-la aqui.


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Notas finais do capítulo

E ai? Será que Dean e Katherine deram uma trégua a essa guerra entre os dois? Katherine entregando o Dean, linda assim não tem como te defender! Mas depois ela se sacrificando pelo Dean (minha morte com essa parte). Enfimm, o que acharam? Comentem, favoritem, recomendem, façam tudo pra ajudar a tia aqui! Beijos!



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