Annie e Finnick - Até que a morte nos separe. escrita por Carmel Verona


Capítulo 23
Bons sonhos




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– Srta. Cresta? - Ouço alguém me chamando - Srta. Cresta, está me ouvindo?

Eu recupero minha consciência aos poucos , quando abro os olhos eles demoram para se acostumar com toda a luminosidade do lugar, tudo está claro demais. Quando meus olhos finalmente se acostumam com a luz eu vejo um homem jovem, de cabelos castanhos, vestido todo de branco e instintivamente me afasto dele num susto. Ele não parece uma aberração da Capital, parece um homem.... normal.

– Não precisa ter medo - os olhos dele estão preocupados, mas isso não alivia a minha tensão.

– O que aconteceu? - Pergunto ainda assustada

Ele saca uma lanterna do bolso e mira a luz em meus olhos. Isso me deixa ainda mais confusa.

– Olhe para a luz por um instante, por favor.

Eu o obedeço, ainda desconfiada.

– O que aconteceu? - Insisto em perguntar.

– Foi um acidente - Ele diz e coloca a lanterna de volta no bolso - As pessoas se agitaram ao fim da entrevista e a saída foi um tanto turbulenta. Estávamos a sua procura. Você caiu e bateu a cabeça, mas não foi nada grave.

Olho em volta e percebo que ainda estou no local das entrevistas. Vasculho minha memória, mas tudo o que eu consigo me lembrar é da menina do Distrito Doze vestida como um tordo.

– Meu nome é Nataniel - O homem diz e me traz de volta ao presente - Vou te levar até o seu andar, Srta. Cresta.

Ele me ajuda a ficar de pé e eu o sigo calada até o elevador. Fico tentando entender o que aconteceu. Nataniel parece curioso, pois eu o pego olhando para mim algumas vezes, como se eu fosse um animal selvagem ou qualquer coisa do tipo. Quando as portas do elevador finalmente se abrem no quarto andar vejo Finnick com seus olhos preocupados. Ele vem diretamente a mim e me envolve em seus braços. Eu fecho os olhos e sinto o seu cheiro, isso me deixa mais tranquila.

– Não há concussões. - O homem de branco diz e eu abro os meus olhos para olhar para ele, ainda nos braços de Finn- Está tudo bem, foi apenas um susto.

– Obrigado por trazê-la, Nate - A voz de Finnick parece aliviada.

Nataniel parece sem graça, faz uma pequena reverência e aperta um botão no elevador. Logo as portas se fecham.

– Mil perdões - Ouço Kallos dizer - Eu estava com você do meu lado e de repente..

– Está tudo bem agora - Finnick o interrompe com gentileza.

Eu posso sentir seus músculos tensos, sei que ele está nervoso, mas mesmo assim tentar ser simpático com o estilista. Ele me leva para o quarto e eu ouço a equipe de preparação murmurando algo e Kallos sendo extremamente dramático sobre me perder de vista, até que Finnick fecha a porta e o nosso quarto fica num silêncio absoluto. Eu me sento na cama e Finnick vem até mim. Ele toca meu rosto e seus dedos sobem até a minha testa e eu solto um leve gemido de dor.

– Só está um pouco roxo - Ele diz e volta a acariciar meu rosto.

Eu ainda estou confusa com tudo o que aconteceu, e Finnick parece perceber. Ele passa a mão pelos cabelos.

– Depois de Peeta dizer a todos que Katniss estava grávida, o público ficou agitado e um tumulto começou. Eu vi Kallos segurando você e te levando para longe dali, mas logo perdi vocês dois de vista. Pensei que tudo estivesse bem, até chegar aqui e ver que você não estava. - Ele olha diretamente nos meus olhos e segura as minhas mãos - Pedi para que Nataniel fosse atrás de você. Mags não me deixou sair daqui para não chamar atenção.

– Você conhece aquele homem de branco?

– Sim, conheço - Meu antigo mentor respira fundo - Annie, você vai voltar para casa assim que eu entrar naquela arena, não vai?

Seus olhos ficam muito sérios e suas mãos ficam frias. Eu sinto um peso em sua pergunta e fico um pouco assustada com o modo que ele diz isso.

– O que está acontecendo, Finn?

– Nada - Ele tenta mentir

– Finnick...

Alguma coisa está errada. Eu seu que está. De repente, tudo ficou pesado e estranho. Depois dessa entrevista, parece que há um peso no ar. Eu poderia dizer que é por causa dos Jogos, mas eu o conheço muito bem. Se estivesse tão nervoso por causa dos jogos, estaria nervoso desde o sorteio e passaria horas fazendo nós em cordas nas noites em claro. Mas, não. Ele dormiu muito bem, comeu muito bem e não precisou fazer sequer um nó. Não são os Jogos, é algo que ele está escondendo de mim.

– Apenas prometa, Annie.

– Eu prometo.

Eu me levanto e o abraço. Não quero que ele fique distante de mim. Não sei o que vai acontecer naquela arena e torço para que seja ele quem saia vivo de lá. Só de pensar nisso, meu coração encolhe e eu o puxo para mais perto. Sinto seu calor, seu cheiro, seu coração batendo forte. Eu levanto o meu rosto para poder beijá-lo. Passo meus braços por cima de seus ombros e o puxo ainda mais para mim. Aos poucos, sinto um fogo nascer dentro de mim e em segundos meu corpo inteiro parece estar em chamas. Ele me segura pela cintura, suas mãos estão firmes. Finn desce seus lábios para o meu queixo e depois para meu pescoço. Eu tombo minha cabeça para trás quando ele chupa a pele do meu pescoço e solto um leve gemido.

– Você confia em mim? - Ele sussurra muito próximo ao meu ouvido.

– Confio - Eu solto um gemido.

Agarro sua blusa e a puxo para que ele se livre dela. Logo depois, Finnick abre o zíper do meu vestido, que fica amarrotado no chão. Eu continuo beijando-o até levá-lo para a cama. Em questão se segundos, estamos os dois completamente nus. Suas mãos exploram meu corpo, que pega fogo por onde ele toca. Seus lábios beijam os meus e descem até o pescoço, então até a barriga. Seus dedos descem até a minha cintura e solto um gemido quando ele me penetra com os dedos. Finnick volta a me beijar e acariciar meu corpo.

– Eu preciso de você - Confesso a ele. - Eu amo você.

Ele parece entender, pois me penetra com seu membro duro logo em seguida e eu solto um gemido alto.

– Eu te amo, Annie.

Nossos corpos entram em sintonia. Ele me acaricia e me beija enquanto entra e sai de mim. Suas investidas começam a ficar mais fortes e mais rápidas e logo chegamos ao orgasmo juntos.

Ao terminar, Finnick me puxa para o seu colo e eu adormeço depressa.

– Eu vou voltar para você. - Ele diz num sussurro.

Mas eu mal consigo responder, pois eu já estou pegando no sono.


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Notas finais do capítulo

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