Então, diga! escrita por byamm


Capítulo 3
Tarde de Sábado




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Depois do ocorrido com Steve na sala de treinamentos. Nat tomou para si a ideia de que tinha que tomar mais cuidado. Mas não podia negar para si mesma que tinha gostado daquele momento. Ficar assim, tão perto do homem que gostava e ainda receber aqueles toques e tudo mais. Isso só fazia lembrar o quanto ela queria ele. Não era mais um sentimento bobo, agora ela tinha total certeza de que gostava realmente dele. Mas ainda assim, não achava que servia para ele. Ele era demais para que ela pudesse entender. Eram completamente diferentes um do outro. E ela sentia que tudo que tocasse, iria estragar.
Depois que chegou de manhã, ela tomou um banho e se deitou em sua cama. Acabou pegando no sono e acordando bem depois da hora do almoço.
Decidiu descer. Era bom que assim, ela poderia comer sozinha.
Saiu de seu quarto e pegou o elevador indo em direção ao andar de baixo onde ficava o grande salão, a cozinha e a sala de jantar.
Quando a porta do elevador abriu no salã, ela achou que tudo tinha virado um circo.
Tinha pessoas decorando aqui e ali, algumas arrumando comidas e bebidas.. até no open bar estavam mexendo. Nat caminhou um pouco confusa, tentando descobrir da onde tinha saído todo aquele pessoal. A sua sorte, foi que encontrou um rosto amigo.
Hill conversava com uma mulher que segurava duas garrafas de champanhe nas mãos.
Nat se aproximou das duas.
–... não se esqueça do gelo - Hill orientou a moça que concordou com a cabeça. Quando Hill notou a presença de Nat, despensou a moça - É só isso, obriagado.
– O que está havendo aqui? - Nat perguntou quando a moça se afastou.
– Tony, vai dar uma festa hoje.. - Hill respondeu - Ele não contou?
– Acho que não, pelo menos, não pra mim - Nat respondeu.
– Eu diria que isso é estranho mas estamos falando do Tony - Hill brincou. Nat sorriu concordando.
– Essa bagunça se estendeu até a cozinha ou está tudo tranquilo? - ela perguntou.
– Desculpe Nat, mas hoje a Torre é dos operários - Hill respondeu.
– Tudo bem, eu já estava afim de almoçar fora mesmo - Nat sussurrou - Vai ficar pra festa?
– Alguém precisa né.. - Hill respondeu.
– Te vejo mais tarde então.
Hill sorriu e Nat voltou para o elevador.
Clicou no botão para ir para a garagem. Pelo visto, era um bom momento para sair.
*
Steve estava com um ipod no bolso e os fones no último volume. Em sua mão, uma chave inglesa. Ele estava deitado debaixo da sua moto, concertava algo que parecia estar o incomodando.
Usava uma camiseta verde que estava mais para preta, já que estava toda suja de óleo e graxa.
Em seus pensamentos, aquele momento com Nat ocupava todo lugar.
Ficou imaginando milhões de coisas que poderia ter feito mas ao invés disso, Nat usou a vantagem que tinha lara vencer. E que vantagem! Ele sorria toda vez que lembrava disso. E agora, tinha certeza de que era isso que ele queria.
– Problemas? - uma voz familiar fez ele levantar a cabeça mas não foi uma boa ideia já que ele estava debaixo da moto. Acabou batendo a cabeça fazendo com que a ruiva caisse na gargalhada.
Steve saiu debaixo da.moto com a mão na testa e um sorriso no rosto.
– Não muitos - ele respondeu - vai sair?
– Bem, você já viu o que esta acontecendo lá em cima? - ela perguntou. Steve concordou com a cabeça - Um almoço não vai rolar aqui.
– É tem razão. - ele concordou.
E então, um silêncio tomou conta do lugar. Steve permaneceu olhando para ela, já Nat, evitava contato visual.
– Bom, acho melhor eu ir - ela disse por fim.
– Natasha.. acho que a gente devia conversar - “Droga!” Nat pensou consigo mesma.
– Sobre? - ela perguntou se fazendo de idiota.
– Nós? Sobre o que houve na sala de treinamentos hoje.. - ele respondeu.
– Eu venci, você perdeu e me deve uma, sem volta e sem..
– Não estou falando disso - ele interrompeu - Estou falando do nosso momento..
– Olha Steve..
– Vai negar que não aconteceu nada? Vai mesmo, olhar dentro dos meus olhos e negar que você não queria aquilo? - ela permaneceu calada - Por quê tem se afastado de mim? Nada tem sido como antes e eu nem sei o por quê. Tudo que eu queria era, não sei, ficar perto de você. Antes, antes eu achava que você também queria mas hoje.. não parece mais que é assim. Só tenta explicar, eu preciso realmente entender. Foi algo que eu fiz, algo que eu disse? - Natasha não falava nada. Só respirava calmamente enquanto observava ele - É, acho que não vou obter essa resposta - ele realmente parecia chateado - Bem, desculpe se a interpretei mal. Não foi minha intenção pertuba-lá. Pode deixar, que isso não vai mais acontecer.
E então, ele se virou de costas para ela. Nat caminhou em direção a ele. Não achava justo fazer aquilo, mas também não pode se conter.
Quando ele se virou, subitamente ela colou seus lábios nos dele. As mãos dele deslizaram e pararam na cintura da ruiva, puxando-a para mais perto.
Ela jogou suas mão no pescoço do loiro, querendo mais aproximação.
Logo, o beijo se tornou mais rápido, mas quente. Steve pediu passagem para uma coisa mais intíma mas ao invés de conceder, Natasha se afastou.
Ele a encarou, novamente, confuso.
– Por quê continua fazendo isso? - o tom de voz dele assusto ela.
– Desculpa.. mas não posso fazer isso - ela falou se afastando.
– O que eu fiz?
– Sabe que não fez nada. Eu que não posso fazer isso.
– Por quê?
– Não mereço algo assim.. - podia-se notar a angustia em sua voz.
– Claro que merece - ele se aproximou - Você é incrível.
– Não terá uma vida ao meu lado - falou decidida.
– Se esse é o preço, eu aceito - ele também falou decidido.
– Não sabe aonde está se metendo, não sou a pessoa certa pra você.
– Não concordo. Mas isso não importa. Eu gosto de você e quero ficar com você - ela falou e se aproximou mais - Diz, diz que não quer a mesma coisa e eu nunca mais toco no assunto. Nós voltamos aos joguinhos e você pode voltar a fingir.. Apenas diga - ele a encarou. O azul dos olhos dele mergulhavam no verde dos dela.
Ela não respondeu, simplesmente abriu o portão da garagem, entrou no seu carro e saiu a toda. Deixando Steve e suas dúvida ali, paralisados.
– Acho que isso é um “sim” - ele disse a si mesmo.


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