Com Sua Permissão escrita por Mrs Fox


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá!
Essa one é a primeira bonus da minha outra fic, A Nova Uchiha. Se você caiu por aqui ao acaso, não se preocupe, pra entender a one você não precisa ter lido ANU, mas se quiser ler antes de pegar os spoliers daqui, aqui está o link:

https://fanfiction.com.br/historia/599464/A_Nova_Uchiha/

E pra vocês que já conhecem, eu fui legal e trouxe a one um dia antes, eeeeeeba! Acho que sexta estarei postando o hentai, que ainda não achei um bom título, é isso.

Desculpa pelos erros, beijos e boa leitura!



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Andei por entre as pessoas seguindo mapa já formado na minha mente. Tinha tomado a minha decisão no momento em que sai do hospital, logo assim que olhei pela janela a cabeleira rosa de Sakura sumindo pela porta e lembrei daquela pequena frase.

"Koishiteru Sasuke-kun."

Não era a primeira vez que ouvi aquilo, e duvidava que seria a última, mas diferentes das outras, nesta eu aceitava as palavras. Agora eu não mais banalizava seu sentimento, não ridicularizava seus motivos para tê-lo, porque igualmente a ela, agora eu reconhecia os meus próprios sentimentos, não era mais uma tolice, uma besteira de criança. Era algo grande, e profundo, que se refletia nos olhos de Sakura tornando impossível não notar intensidade em mim.

Talvez fosse cedo, se levar em conta que namorávamos à um mês, porém eram quase dez anos nesse conflito, não que eu tivesse dado importância nos primeiros anos, já que o ódio era a única coisa que me importava. Só que ela tinha se importado, ela tinha sofrido, e sozinha sustentou todo peso da esperança de uma relação. Era ela que me via indo embora, fazendo tudo movido pela raiva e angústia, cometendo erros que poderiam afetar a vida de milhares, e sempre ido embora. Seria a deixando na porta da vila, ou nos casos mais graves, deixando para trás partes de mim que eu considerava inúteis. Mais uma vez eu partiria, e ainda assim ela prometeu que me esperaria, desde que eu retornasse ela sempre me esperaria.

Em um caso normal, conversaria antes com ela antes de ir fazer as coisas do meu jeito, ou talvez manteria tudo do mesmo jeito, o que poderia a deixar extremamente irritada. Mesmo que eu não esperasse uma negativa, porque era claro que depois de tanto tempo ela não mudaria de ideia agora, conversar sobre isso com ela me deixaria muito mais nervoso. Bati duas vezes na porta, e logo pude escutar passos na madeira sendo seguidos por um alto “já vai”, logo a mulher de cabelos curtos, e olhos verdes e severos que lembrava os de Sakura abriu a porta enquanto limpava a mão em um pano de cozinha.

- Oh, Sasuke-san, - ela me olhou curiosa, inclinando a cabeça como se me estudasse. - Sakura não está em casa, ela foi dar um plantão no hospital.

- Eu sei. Vim para fala com Kizashi-sama.

- Como meu otto? - ela perguntou , mas não lhe respondi, já que aquila era uma reação obvia de sua surpresa - Ele saiu para comprar alguns temperos que lhe pedir, mas não deve demorar, entre.

Hesitei um pouco, mas ela logo abriu mais a porta me oferecendo passagem para entrar com um sorriso calmo no rosto. Logo me chamou para a cozinha, dizendo que esperasse por ele alí enquanto ela preparava o almoço, me sentei a mesa, observando em silêncio a mulher no preparo da refeição.

- Posso lhe oferecer alguma coisa? Um chá talvez?

- Não é necessário. - respondi observando o relógio no alto da parede.

- Sabe, você se parece muito com Mikoto. - no mesmo instante, tirei os meus olhos dos ponteiros para a mulher que cortava cenouras no balção da cozinha.

- Sim, estudamos juntas na academia até nos formamos. - estranhei, até onde eu sabia os Harunos nunca tinha sido um clãs de shinobis. - Não precisa me olhar com essa cara surpresa por eu ter sido ninja um dia rapaz.

- Não era a minha intenção.

Desvie minha atenção para o tampo da mesa, o que fez a mulher rir, e logo em seguida se sentar na minha frente, dessa vez enxugando as mãos no avental.

- Não se preocupe. - ela balança a mão no ar como se assim fosse afastar alguma coisa - Vejo que você não tem só o rosto parecido com o de Mikoto, a mania de desviar o rosto quando fica incomodado com algo também.

- Minha… - respirei fundo para tomar coragem em fazer a pergunta - Minha okaa-san também fazia isso?

- Oh sim, o tempo todo. As vezes nosso sensei a elogiava na frente da turma, mas ela não gostava desse tipo de coisa, nas raras vezes que reclamava, dizia que era desnecessário e que o sensei devia focar mais no desenvolvimento de toda turma, mas em geral o que ela fazia era desviar o rosto em outra direção qualquer. - ela sorria e apoiava uma mão no queixo enquanto falava, dando um ar pensativo na sua expressão semelhante ao de Sakura - Mas não era atoa todos esse elogios, ela era uma aluna muito dedicada, excelente no jutsus com shurikens, me ajudava diversas, não surpreendeu ninguém quando se tornou uma jounin.

Uma jounin, tantas vezes ela me ofereceu ajuda nos treinos, e todas elas recusei insistindo para que Itachi me ajudasse, e por infantilidade de minha parte acabei não conhecendo a shinobi incrível que ela deveria ser.

- Não sabia que os Harunos eram uma família ninjas. - comentei, para desviar de assunto.

- Família ninja? - e logo após repetir essas duas palavras, a okaa de Sakura começou a rir - Não, não, nossa família nunca teve ninjas, eu fui a primeira da família a querer ir para a academia, mas só cheguei a ser genin, a função não me agradava. Depois que conheci o otou-san de Sakura, me apaixonei e desistir da minha vida como ninja, o que foi ótimo, conheci diversos lugares nas nossas viagens, e tivemos Sakura, a maior prova de nosso amor. Além do orgulho que ela nos dá, uma jounin e médica ninja tão talentosa, e pupila da Godaime-sama, tão independente que ainda só mora conosco por insistência minha. O que faltou em mim de vontade para ser ninja, sobrou nela.

A mulher riu da própria piada, admirei o brilho que ela ganhou ao falar da filha, era estranho, mas interessante de se ver.

- Mebuki-chan, voltei!

Logo o homem de cabelos rosas entrou na cozinha animado colocando as sacolas no balcão indo falar com a okaa de Sakura, que já tinha voltado para frente do fogão, sem ao menos notar minha presença.

- Tive um pouco de trabalho para achar bons tomates…

Ele iria começar o parecia ser uma longa história sobre compra de alimentos, até que o cutucão da mulher o fez olhar para mesa. Num primeiro instante, ele permaneceu com a cabeça virada, piscando para mim como se assimilasse minha presença, entretanto, logo em seguida foi até mim com um enorme sorriso, dando um tapinha em minhas costas como cumprimento, e fazendo uma piada sobre sua desatenção. Obviamente a energia e vivacidade de Sakura vinha dele.

- Mas a que honra devo essa visita? Mebuki, já avisou ao rapaz que a Flor está no hospital? - ele virou o rosto para a mulher, sem me dar qualquer tempo de resposta.

- É claro, ele veio aqui para falar com você.

- Comigo? Oh, rapaz em que posso ajudá-lo? - ele remexia no armário até que puxou uma garrafa se saquê e se sentou, colocando uma dose em dois copos e estendendo um para mim. - Quer um pouco de saquê? - ele logo dirigiu o seu copo a boca enquanto olhava animado para mim.

- Kizashi-sama, com sua permissão, gostaria de me casar com Sakura.

No momento que as palavras saíram de minha boca, o saquê também saiu da dele, e uma colher caiu na cozinha. esperei paciente o espanto de ambos acabar, enquanto Mebuki balançava a boca e vinha em direção a mesa, Kizashi gesticulava com ambas mãos, sem se importar com o saquê que ia sendo derramado do copo, até que sua expressão se enfureceu, e ele se levantou batendo as mãos em punhos na mesa.

- Ora seu moleque, você faz minha filha sofrer por anos, fica mais tempo fora do que na vila, volta de repente, começa a namorar a minha filha sem autorização, ou você acha que não sei, e ainda tem a audácia de vir em minha casa pedir a mão dela em casamento?

Ele apontava o dedo para mim conforme falava, não esperei pela reação explosiva de alguém que sempre parecia sorrir para a vida, e olhando para o lado pude ver que Mebuki também estava espantada. Fiquei em silêncio sem ter o que dizer, era obvio que tudo aquilo era verdade, e seria burrice e perda de tempo da minha parte tentar contestar. Mas me surpreendi mais uma vez quando o homem sentou na cadeira rindo, e a mulher voltou para a cozinha o acompanhando, tentei conter minha indignação, odiava ser enganado por piadas.

- Ah meu rapaz, gomen, não resistir a brincadeira. - ele passa o dedo pelos olhos, como se secasse algumas lágrimas.

- Desta vez até eu me surpreendi, Sakura ficaria furiosa se lhe visse fazendo isso. - a mulher comentou mexendo nas sacolas.

- Mas como a Flor não está aqui, não me contive. - ele riu mais um pouco, mas ao perceber o meu silêncio sufocou o o riso. - Escute meu rapaz, se Sakura quer se casar com você, eu não sou ninguém para impedir. Ela já é uma adulta, e a muito tempo toma suas próprias decisões, confio no que ensinei a minha filha, se ela acha que será feliz contigo, eu só posso abençoar a união.

- Sei o quanto minha filha chorou por você, - a voz feminina chamou minha atenção - e sabemos que você fez coisas ilegais, também sei o que aconteceu com sua família, e que não conheço os motivos por trás dos seus erros. Porém sei que você ajudou na guerra, que se arrependeu, voltou para essa vila quase morto para salvar minha filha, e que desde que você começaram a namorar Sakura nunca sorriu tanto. Não iremos julgá-lo, mas em troca, faça nossa Flor feliz.

Assenti para o pedido da mulher, alí era dois pais preocupados, mas que estavam dando a mim uma chance, desde que eu fizesse sua filha feliz. Um ANBU apareceu na janela da cozinha no mesmo instante, assustando o casal a minha frente.

- Uchiha Sasuke, o Hokage pede sua presença imediata para discutir sobre a missão.

Me levantei da mesa, e como ensinado por meu pai, curvei a cabeça em sinal de respeito, olhei da forma mais sincera nos olhos de ambos antes de dizer.

- Sua filha será feliz.

~#~

- Kakashi. - falei entrando na sala.

- Você já está pronto para partir. - ele indagou olhando para minha bolsa de viagem e a katana presa as costas. - Vai querer que eu cuide dessa caixa?

- Não. - alí estavam alguns itens de valor para mim, mas não seria ele a cuidá-los, estendi o pergaminho e sua direção e ele o pegou. - Isso é um documento dando autorização para Sakura ter acesso ao tesouro do clã.

Kakashi levatou o rosto assutado para mim, desistindo de abrir o lacre do pergaminho, depois de alguns segundos piscando os olhos, ele logo deu um grande sorriso debaixo da máscara.

- Espero ser convidado para o casamento dos pombinhos.

- Tsc. - me virei indo para a porta. - Estou indpo.

- Tenha cuidado, não vá deixar a Sakura viúva antes de se casar.

Ignorei a piada, ele estava claramente de ótimo humor.

~#~

Pela segunda vez no dia bati naquela mesma porta.

- Oh Sasuke-san, o que te traz de volta? - a mulher me olhava confusa da porta.

- Poderia pedir para Sakura ficar com isso até eu voltar de missão. - estendi a caixa para mulher que meu se jeito a segurou. - Arigatou.

Alguns segundos depois eu já estava fora de Konoha.

~#~

Sakura, Kakashi teve algum problema com a Aliança por minha causa?

Sasuke.”

“ Hai Sasuke,

O Raikage foi o mais difícil de aceitar que você representasse Konoha diante da Aliança Shinobi mesmo com a sua readimição como ninja integrante da vila. Mas Naruto estava com Kakashi-sensei e conseguiu com que ele aceitasse você, apesar que ele deixou claro durante um período irá vigiar suas ações até ter certeza que é confiável.

E muito obrigada Sasuke-kun por mandar uma carta quase três semanas depois de sair em missão. Ah sim, não pense que não fiquei com raiva por você ter pedido minha mão em casamento pros meus pais antes de falar comigo, não que a resposta teria sido diferente de um sim, porém você deve ter consciência que eu também tenho vontades, e poderia muito bem não querer me casar agora. Saiba que a sua sorte é que minha felicidade foi imensamente maior do que a minha raiva.

Comprei a casa no bairro que você sugeriu na carta, (aliás a caixa está muito bem guardada e arigatou pelo colar) ela é grande e confortável, além de ter um belo quintal cercado de árvores.

E para avisá-lo, minha okaa-san já foi ao templo marcar uma data para a cerimônia, sei que você está em missão e não pode controlar sua data de chegada, mas ela marcou a data sem me contar, gomenasai, por isso tente chegar no início da primavera.

Sasuke-kun, as cerimônias de casamento dos Uchihas são como? Tradicionais ou com menos formalidades? Você se lembra de alguma que tenho ido?

Sua Sakura.”

“Tradicional.

Sasuke.”

- “Tradicional.”. - Sakura leu a única palavra dentro da folha, enquanto estava deitada na cama, tentando fugir da loucura de tecidos que ainda tinha que escolher - Sempre muito explicativo, Sasuke-kun.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, pequeno e simples. Espero que tenham gostado, e fiquem no aguardo do tão aguardado hentai. kkkkk

Beijão!



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