The Boy of Mysterious Eyes escrita por Clariie


Capítulo 7
Capítulo 6. – Just Dance E Nosso novo começo


Notas iniciais do capítulo

Hey, Potinhos de Nutella
How are you? ( É assim? Não sou muito boa no inglês =P )
Ai meu santo Patch, Me desculpem, girls ... Eu demorei DEMAIS. D+ Msm !
As minhas desculpas esfarrapadas são: A escola tá um inferno de tanto Dever e Trabalho e Prova e Projeto...
E esse capítulo foi o mais difícil pra mim escrever e eu ainda não gostei muito do resultado. (Meninas, minha opinião não conta, Ok?!)
E... EU GANHEI DUAS RECOMENDAÇÕES. DUAS! Ain Tomam essa Bitches, Ashuashua. ... Meu Deus que perfeições, Bella e Pamy – Amo Vocês, Meninas! Obrigadão Msm. Ain Meu Core, Vocês querem me matar eh?!
E Obrigada a quem comentou, amei TODOS os comentários:
— NicoleLynch
— yamina
— Sleeping Beauty
— Maddox Lynch ( Bem-vinda, Flor )
Agradecida pelo apoio de vocês, Amo Todas' s2.s2
O Cap. ficou bem grandinho, espero que compense a espera...
ENJOY !



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– Me passa o café, por favor, Colle. - pedi, ainda sonolenta.

Pela primeira vez em minha vida eu estava acordada às 11hr00min com uma cara de defunto, morta de sono. Minha noite de sono foi um completo desastre! Eu fui dormir meia noite e acordei às 5hr da manhã por conta de um maldito pesadelo que eu não consigo lembrar absolutamente nada.

– Você tá louca, Ally? – perguntou Hayden, incrédulo.

Todos nós – Hayden, Colle e eu – estávamos na cozinha. Hayden preparava o almoço na bancada da pia e Colle fazia uma salada de folhas verde, enquanto eu me entupia – deitada sobre o balcão que divide a cozinha e a sala – com o café puro e extremamente amargo que o Hayden preparou mais cedo.

Colle gargalhou escandalosamente.

– Eu preciso ficar acordada – supliquei com os olhos fechados –, eu prometo que essa é a última. Só um pouquinho, Hayden.

– Nem um pouquinho, Allyson. – falou sério. Ele parou de fazer sei lá oque que estava fazendo e veio até mim, com um sorriso. Ele me ergueu pela cintura, fazendo-me sentar no balcão. – Quer ficar acordada, toma um banho. Bem gelado.

– Você é louco, garoto?! – berrei, sem conseguir sustentar direito meu corpo sentado. – Eu não tomei café agorinha?

– Tava quente? – perguntou com ambas as mãos no quadril.

– Tava ruim. – respondi rindo.

Colle sorriu, concordando.

– Tava “ruim” e tu ingeriu quatro xícaras. – Hayden rebateu na defensiva. – Sem contar que você ainda queria mais.

– Corrigindo, ainda quero!

Hayden revirou os olhos e me retirou do balcão, colocando-me de pé no chão.

– Vá banhar, sua fedorenta-preguiçosa-viciada-em-cafeína. – provocou-me com um sorriso sacana. Ergui o dedo do meio, em resposta.

Subi os degraus da escada, cambaleando. Maldito seja esse sono. Adentrei meu quarto iluminado pelos feixes de raios solares que penetravam a fina cortina da janela, e me joguei no colchão extremamente fofo.

O celular vibrou sobre o colchão, avisando a recém-chegada de uma nova mensagem. Com os olhos ainda fechados, apalpei debaixo de um dos travesseiro tirando-o o celular logo em seguida. Liguei-o e – com os olhos semicerrados – constatei-me do novo sms na tela de bloqueio. Cliquei sobre as pequenas letrinhas, abrindo a mensagem por completo.

De: (número desconhecido)

– Ei, Cê tá em casa?

Eu acho. Não consegui ler direito.

– Quem é?

Perguntei.

Esperei alguns minutinhos e nada da resposta. Então larguei o celular e fechei meus olhos na tentativa de voltar a dormir, mas justo na hora que eu ia caindo no sono o celular começou a tocar, acabando com minhas esperanças de voltar a cochilar.

– Alôôô!!! – gritei com o telefone ao ouvido.

Ally? – e eu já conhecia aquele timbre nova-iorquino.

Loira?

– Sim, é a loira. – pude ouvir a risada abafada de Rydel do outro lado da ligação.

– Como você conseguiu meu número, Rydel? – perguntei curiosa, mas digamos que eu já possa ter uma ideia de quem seja o individuo.

– Hayden. – confirmou minhas suspeitas. – Ele me passou ontem a noite, algum problema?

– Não, Rydel. Claro que não. – respondi rapidamente. – E esse é o seu?

Ela riu outra vez, porém eu não entendi o motivo.

– Não. – negou. – É do Austin.

Agora sim eu entendi o riso.

Austin?! O loiro insuportável e debochado? – perguntei retoricamente, fazendo Rydel rir mais alto.

Esse mesmo.

Quando a loira cessou suas risadas, perguntou-me:

– Então... Você tá em casa agora?

– Estou sim – confirmei. – Por quê?

– Passo aí em vinte minutos – disse simplesmente, sem responder à minha pergunta. –, avise Hayden e Colle. Estejam prontos. Até.

E desligou.

Como assim “Passo aí em vinte minutos”? Ela sabe nosso endereço? Ai me lembrei que Dez veio me deixar em casa ontem a noite. Também me lembrei de que Rydel havia “sumido” com Hayden na noite passada.

Aproveitei-me da lembrança e fui atrás dos detalhes. Com Hayden. Eufórica.

Desci até o andar de baixo correndo e encontrei com meu irmão no seu escritório.

– Iaí, menino pegador – pronunciei com malícia, dando um susto no moreno. –, como foi sua noite?

Hayden preenchia algumas lacunas que havia em uma pasta de oficio, em sua escrivaninha.

Meu irmão se permaneceu calado, de cabeça baixa. Ele certamente não queria falar do assunto ou estava me evitando, o que é pouco provável já que não aprontei nada de errado. Eu espero. Entrei em seu escritório – pequeno, mas aconchegante –, sentei-me em uma cadeira afrente de sua mesa e me curvei sobre a mesma tentando ver o que o moreno escrevia nos papéis.

– O que você tá fazendo, Hayden? – cochichei, sem entender as letras que estavam de cabeça pra baixo.

Shhh. – pediu, ignorando minha pergunta.

– Por que eu tenho que fazer Shhh? – cochichei novamente encarando seu rosto que se mantinha concentrado nos rabiscos da lapiseira.

– Eu preciso me concentrar. – disse ele, em sussurro. – Total silêncio, Ally!

– Por quê?

Shhh, Ally. – me repreendeu, em tom baixo.

Bufei entediada e atendi ao seu pedido. Passei exatos três minutos seguindo a ponta da lapiseira indo pra lá e pra cá no documento, e ainda não descobri sobre o que exatamente se tratava.

– Cansei. – gritei, levantando-me da cadeira já não suportando mais o silêncio que me incomodava tanto. – Você não quer falar sobre do se trata esse documento e também não quer me contar o lance que há entre você e a Rydel, então tá... Mas só pra avisar, a loira está vindo aqui em casa.

No momento em que eu anunciei o recado, Hayden tirou seus olhos da tão preciosa folha. É só mencionar na loira que ele já presta atenção!

– Rydel está vindo pra cá? – ele quis saber.

– Hum, hum. – concordei, e ele pulou da cadeira em milésimos de segundo. – É melhor você se arrumar.

– Mas o que ela vem fazer aqui? – perguntou confuso – E como ela sabe o nosso endereço?

– Pra falar a verdade, eu não sei o que ela vem fazer exatamente aqui. – respondi, dando de ombros. – E quanto ao endereço, ela deve ter perguntado a Dez – e conclui mais furiosa, dando ênfase a frase: –, pois foi ele que veio me deixar em casa ontem à noite, já que você havia saído sem me avisar!

Ele riu com meu pequeno surto, me deixando mais zangada do que antes. Virei-me em direção à porta e atravessei-a. Hayden me seguia, ainda, rindo.

– Ontem à noite nós saímos por conta que a mãe dela queria falar com ela, daí ela pediu uma carona pra mim – explicou ele, divertido, mas com culpa. Eu parei e virei-me de frente para terminar de ouvir sua explicação –, e depois nós aproveitamos o passeio para ela me apresentar melhor Miami, o que me ajudou muito, pois meu chefe pediu para fazer um relatório sobre alguns pontos turísticos de Miami para a revista online já que estamos no verão. E é isso que eu estava tentando fazer, porém você me interrompeu.

– Eu não lhe interrompi – articulei na defensiva. – a menção de Rydel que despertou seu interesse.

Ele corou com a revelação, o que me fez sorrir.

– Você sente alguma coisa pela Rydel, Hayden? – perguntei encantada, e meu irmão arregalou os olhos, assustado com a pergunta repentina que provavelmente o pegou de surpresa.

– Claro que não, Ally. – desconversou passando por mim, chegando à sala de estar.

Ri de sua reação à pergunta, quando a campainha da casa tocou e Hayden que estava do lado da porta a abriu. O moreno quase caiu quando viu a loira em pé na varanda, esperando ser convidada a entrar, mas Hayden continuava imóvel.

– Oi Rydel. – a cumprimentei com um aceno de longe. – Nós estávamos falando de você agorinha mesmo.

– Sério?! – disse a loira, sorrindo timidamente. –, sobre o quê, exatamente?

– Sobre a queda que Hayden tem por você! – declarei como se aquilo não fosse nada demais, fazendo os dois corarem na hora.

Hayden olhou para trás, pegou uma almofada do sofá ao seu lado e arremessou em minha direção. Eu agarrei a almofada antes mesmo de se chocar contra mim com tamanha força de Hayden, e gargalhei.

– Entra, Rydel. – convidou ele, constrangido, dando espaço para que a mesma passasse pela porta aberta.

Rydel também estava constrangida, seu rosto estava extremamente rosado – e com certeza não era o blush.

– Rydel! – Colle gritou do topo da escada, de braços abertos, como se fosse um amigo super íntimo. Ora, mas eles não se conhecem ainda! Rydel sorriu, achando estranho o comportamento de meu irmão caçula. Ele desceu correndo os degraus e correu até a loira, mas quando passou ao meu lado piscou um olho. – É um prazer conhecer você, agora permita-me me apresentar, sou Colle, irmão de Hayden, meio-irmão de Ally e seu cunhado.

Não suportei e gargalhei, tentando inutilmente abafar os risos com a almofada que eu segurava. Hayden corou tanto que eu pensei que o mesmo havia se pintado de vermelho. Chorei de rir!

– Colle! Ally! – Hayden nos repreendeu sem jeito. – Ai meu Deus, eu vou matar vocês dois.

– Calma Hayden, eles só estão zuando. – disse Rydel, acariciando o braço de Hayden e mordendo o lábio inferior tentando reprimir uma risada.

E até mesmo ela achou engraçado.

– É calma, Hayden. – imitei Rydel com uma voz melosa, fazendo os dois revirarem os olhos.

– Cala a boca, Ally. – a loira ordenou, deixando um sorriso escapar. E eu ri.

Ultimamente, Só o que eu faço é rir.

– Vem loira. – chamei-a com um gesto. Rydel me seguiu pela escada, e logo acima entrou em meu quarto junto à mim.

– O que foi aquilo? – perguntou horrorizada e divertida, quando fechou a porta do quarto.

– Não faço a menor ideia. – menti, entrando no closet. Rydel se jogou na minha cama, ainda bagunçada.

– E então... – ela disse fitando o teto. – Porque você não está pronta?

– Porque eu acabei esquecendo. – respondi calmamente. Rydel estava deitada em minha cama e eu estava procurando por uma roupa nos armários, mas eu ainda podia a ver por conta da porta aberta. – desculpa.

Rydel olhou para mim e revirou os olhos, levantou-se da cama, caminhou até mim e disse:

– Pode ir banhar que eu escolho um look para você, Ally.

– Valeu - agadeci desconfiada -, e por favor, nada vulgar.

Ela riu.

Fui ao quarto procurar por meu celular nos lençóis para ver a hora, e me assustei com a ideia que eu havia dormido mais de duas horas, pois já eram 14hr06min. Isso explica o fato de minha indisposição ter passado. Voltei ao banheiro e me despi rapidinho, entrei box-banheira e liguei a ducha.

Deixei a água despertar cada célula de meu corpo, relaxando-o. Desliguei a ducha e me sequei com meu roupão, penteei meus cabelos, fiz alguns cachos com o babyliss e saí do banheiro. Rydel digitava algo em seu celular, sentada no pequeno sofá que há no closet e ao seu lado havia um look montado – uma blusa branca estampada; uma claças jeans moletom e um vans preto.

– Eu separei essas peças, espero que goste – disse ela quando percebeu minha presença, levantou-se do sofá e caminhou até a porta, pronta para fecha-la. –, mas se não gostar vai ter que usar do mesmo jeito – continuou, sendo “malvada” –, aliás, adorei o cabelo.

Ela fechou a porta rindo maleficamente, me fazendo sorrir.

Vesti-me com as peças escolhidas pela loira e saí do cômodo.

– Espera – falei, chamando a atenção de Rydel que estava jogada na cama cutucando seu celular. –, pra onde a gente vai mesmo?

Você vai à minha casa.

– Como assim eu, Hayden e Colle não vão mais?

– Pois é – confirmou, dando de ombros. –, Hayden disse que precisa terminar um relatório e Colle “meu cunhado” disse que prefere ficar em casa ao invés de passar a tarde rodeado de jovens como nós. O que você acha que ele quis dizer com “como nós”?

Sorri.

– Ah ele acha que todos os jovens da atualidade são fúteis e que só sabem falar sobre sexo, ingerir bebidas alcoólicas, e burlar as leis de trânsito. Apesar dele gosta bastante de ultrapassar o limite de velocidade. – esclareci, também dando de ombros. Voltei ao closet para pegar uma jaqueta com um moletom. – Liga não.

– Ãn... Ele acha isso de mim?! – a loira pareceu estar magoada.

– Loira, ele acha isso de todos os jovens.

– Sem exceção? – perguntou horrorizada.

– Sem exceção. – confirmei sorrindo.

Pus a jaqueta sobre o casaco e saí do quarto puxando Rydel pelo pulso. Descemos as escadas aos pulos e encontramos Colle assistindo na sala.

– Ei, você mocinho – Rydel desvencilhou o pulso da minha mão indo falar com Colle, ela parecia ainda estar magoada. –, que história é essa de que você acha que todos os jovens são iguais? Fúteis, beberrões, e sei lá como se chamam os que ultrapassam o limite de velocidade?

Sorri. Aparentemente, Colle irá levar uma bronca de uma loira jovem magoada. Deixei os dois “conversando” e fui até o escritório de Hayden avisar que eu já iria sair.

– Já estou indo. – proferi com a cabeça dentro do cômodo.

– Você é louca, sua louca? – gritou ele encarando-me, zangado.

– Se você diz. – dei de ombro e saí caminhando pelo corredor indo à sala.

Hayden me seguiu até a sala onde encontramos Rydel e Colle abraçados.

– O que tá acontecendo aqui? – o mais velho perguntou, confuso. Os dois se separam e Rydel sorriu.

– Rydel estava me explicando que nem todos os jovens são iguais. – disse Colle, levantando do sofá. –, mas eu continuo com minha leal opinião.

– Colle! – a loira repreendeu-o.

– Brincadeirinha! – Colle gritou com as mãos pra cima, rendido.

Puxei Rydel pelo braço, até a porta.

– Vamos, loira.

– Tchau, garotos. – acenou ela, animada. Ela desceu os três degraus da varanda, e eu esperei pra fechar a porta.

– Tchau, cunhada. – Colle se despediu, provocando Hayden que estava um pouco mais afastado.

– Como você sabia? – cochichei para ele que estava perto da porta.

– Eu te ouvi conversando com Hayden no escritório mais cedo. – cochichou, me fazendo rir.

– Seu xereta. – comentei divertida.

– Tenho meus defeitos. – falou simplesmente, e juntos fechamos a porta.

Desci os degraus da varanda, correndo. Rydel já me esperava dentro de seu carro – uma BMW conversível branca –, estacionado na entrada da garagem. Abri a porta do carona e sentei-me no banco.

– Pronta? – perguntou, ajustado os óculos escuros.

– Pronta.

Rydel deu ré e seguiu pelas ruas principais da cidade à 80km/hr. Depois diz ser uma exceção entre os jovens.

O casarão da família de Rydel era do outro lado da cidade, comparado ao meu endereço. A residência se localizava em um condomínio fechado próximo a Palm Beach. Uma casa grande, e bem luxuosa. Em sua fachada havia uma cerca alta branca de ferro e uma grama recém-aparada com um jardim de pequenos conjuntos de flores exóticas, o caminho a qual Rydel seguiu era de cascalho.

Após Rydel estacionar o carro na porta na garagem que estava aberta, junto a outros, ela entrou em sua casa pela porta lateral, e eu simplesmente a seguia calada.

– Seja bem-vinda a minha humilde residência, Ally. – berrou a loira de braços abertos, quando entramos pela porta na lateral do casarão onde deu à enorme cozinha.

Humilde?! – esbravejei surpresa. – Isso é um insulto às pessoas de classe média. Essa mansão deixa a do presidente no chinelo!

A loira riu por conta de minha comparação. Exagerei um pouquinho, admito, mas se a casa do Obama vence dessa casa aqui é por poucos detalhes.

Somente na espaçosa cozinha, haviam cinco empregados correndo de um lado pra o outro.

– Boa tarde, meus amores. – desejou uma loura esbelta de cabelos lisos e curtos, ao entrar na cozinha. Ela caminhou graciosamente em nossa direção com um sorriso gentil estampado no rosto. – Quem é a jovem encantadora, Rydel?

– Oi, mãe – cumprimentou-a animada. –, essa é a Ally, uma amiga.

– Olá, Ally – a mãe de Rydel estendeu a mão em minha direção, alegremente. –, sou Clary, mãe da Rydel, e é um prazer conhece-la.

– O prazer é totalmente meu, Senhora... – apertei sua mão.

– Lynch – completou, puxando-me para um abraço. –, mas por favor me chame de Clary ou tia, como preferir, querida. Porque senhora é pra gente velha, e eu ainda não quero ser considerada uma velha.

Ri de seu argumento e retribui o abraço, com animo.

– O pessoal já chegou, mãe? – perguntou Rydel, me puxando para fora da cozinha.

– Já, eles estão lá na sala. E vá logo antes que Dez destrua a sala por causa daquele videogame. – avisou-nos precavida. – Tchau, Ally.

– Tchau, Clary. – acenei antes de passarmos pela porta da cozinha.

Rydel soltou meu antebraço quando chegamos à sala de estar, que era mais luxuosa do que a cozinha – dois sofás brancos enormes postos um de frente ao outro, uma televisão LED de não sei quantas polegadas sobre um rack de madeira polida comprido, um carpete marrom claro, uma mesinha de centro também de madeira polida, três estantes com livros embutidas nas paredes e janelas que iam do chão ao teto, com cortinas brancas. Era majestosa.

Como Clary nos avisou, Dez dançava em frente à TV com um celular na mão tentando imitar os movimentos dos bonecos de Just Dance. Ele estava de costa para nós e as outras pessoas do “grupo” estavam sentadas – uns deitados – nos sofás, mexendo em seus celulares.

– Allyzinha! – Riker gritou quando percebeu nossa presença na porta, logo outras pessoas olharam.

– E eu! – a loira ao meu lado comunicou, magoada.

– É você também. – disse Riker vindo em minha direção. Ele me levantou do chão com o abraço apertado.

Ele me apertou tanto que fiquei sufocada.

– Riker – chamei-o com dificuldade em respirar. – você está esmagando meus pulmões.

Ele não me soltou.

– Larga a garota, Riker – gritou Rydel, empurrando-o. –, você vai mata-la.

Só aí ele me soltou, me colocando delicadamente no chão. Curvei-me, colocando ambas as mãos nos joelhos inspirando o ar fortemente para que eles voltassem aos meus pulmões.

– Riker! – bati em seu peito, rindo, depois que minha respiração voltou ao normal.

– Desculpa, Allyzinha.

Allyzinha é sua avó. – falei e todos riram.

Me recompus e me sentei em um dos grandes sofás, ao lado de Kira. A morena olhou pra mim, e sussurrou divertida apontando para os meus seios.

– Quase que ele estoura seus airbags.

Ri, meneando a cabeça em negação.

– E então, o que vocês estão fazendo? – Rydel perguntou sentada sobre a mesa de centro.

– Ãn não sei se você percebeu – interferiu Dez, sem parar de se sacudir. –, mas eu estou dançando.

– Não, Dez, imagina. – proferiu a loira, sarcástica. – Você tá ai sacudindo esse traseiro pra lá pra cá, e eu nem percebi.

Todos que estavam presentes na sala riram com a lerdeza de Dez, e o mesmo ficou emburrado.

– Então qual o plano pra hoje? – Brooke quis saber.

– Hmm, e se nós fossemos a praia?! – propôs Rocky. – Afinal a praia fica no seu quintal, Rydel, literalmente.

Rydel parou para pensar na hipótese de ir à praia, e outras pessoas concordaram com a ideia.

– Ótima ideia. - interveio Carrie, animada.

– Pois é. – concordou Riker, dando razão.

– Tá o maior calor lá fora. – argumentou Brooke.

– E tipo, hoje é domingo. Nosso último domingo de férias.

– Como assim último domingo de férias? – perguntei, fazendo todos da sala pararem de falar e olharem para mim. – O que foi, gente?! Eu sou nova na cidade, não tenho culpa de não saber.

– É porque na Marino High School, onde estudamos, esse ano vai só tem três semanas de férias de verão ao invés dos três meses, já que vamos terminar o segundo semestre mais cedo, por conta de algumas viagens escolares que irão acontecer. – Dez me explicou, calmamente.

– Ah tá. – agora entendi.

– Ally, onde você se matriculou? – perguntou Rydel.

– Não me matriculei.

– Então porque você não se matricula na Marino? – Dez pulou de alegria com a ideia.

– Talvez – os enchi de esperança, sorrindo. –, mas primeiro tenho que falar com Hayden?

– Ele por acaso é seu pai? – perguntou Rocky, insultando-o indiretamente.

– Não, Rocky – falei ao moreno –, mas ele cuida de mim como se fosse.

Rocky se calou, provavelmente envergonhado de tal pergunta.

O clima na sala havia se tornado tenso, deixando todos quietos e constrangidos, e eu me senti culpada, por ter causado essa tensão entre meus novos amigos. Mas o que eu falei de errado, gente?!

– Ally, eu te amo! – Ryland gritou, a meio de todo silêncio, surpreendendo a todos.

Olhei para o ruivo-moreno, pasma, o que fez com que o mesmo gargalhasse escandalosamente, levando todos a rirem.

– Você é um idiota, Ry. – berrou Kira, rindo.

– Eu não sou idiota, Starr. – respondeu na defensiva. – Eu só estou perdidamente apaixonado pela garota que resistiu as “cantadas” do Rocky. Isso nunca acontece!

Rocky orgulhoso de si puxou a gola da camiseta polo roxa para cima, fazendo todos rirem e revirarem os olhos em sincronia.

– Como você se acha, Rocky. – comentou Brooke, provocando-o.

– E você adora. – rebateu, com malicia.

A morena se manteve calada, apenas fuzilando-o com os olhos castanhos.

– Okay pessoal – interrompeu Rydel batendo palmas –, o que vocês preparam para hoje?

– Just Dance! – gritou Dez, animado. – Vamos jogar Just dance Now!

Todos riram da euforia do ruivo, concordando com a ideia, deixando de lado a hipótese de irmos à praia.

– Ok – Rydel pediu que todos se acalmassem com um gesto. – Vamos fazer assim: Garotas vs. Garotos. O que vocês acham?

Os meninos concordaram na hora, já as meninas – com exceção da loira – e eu ainda ponderávamos sobre a ideia.

E algumas meninas voltaram com a ideia de irmos à praia.

– Ah, Rydel, porque nós não vamos pra praia – propôs Carrie, na tentativa de se safar.

– É, Rydel – Brooke tentou. –, já que a praia é praticamente no seu quintal, como o Rocky disse.

lembrou.

– Ah, meninas – berrou a loira, batendo seus braços contra o próprio corpo. –, façam-me o favor. Isso tudo é medinho de perder?!

– Meu caso não é “medinho” – disse eu, inocentemente. –, é não saber dançar mesmo.

Rydel arregalou os olhos e gritou escadalosamente, com o indicador voltado em minha direção:

– Que mentira, Dawson!

– É verdade, loira! – rebati, temendo gaguejar, o que demonstrava que eu estava blefando.

A tremedeira no maxilar e a gagueira me entregam.

– Ah é?! Porque não foi isso que Hayden me contou. – com os braços cruzados ao peito e um sorriso provocador, comentou. – Pois pelo que eu entendi com as próprias palavras ditas pelo seu irmão, você teve aulas de canto e dança quando morava na Califórnia, e se eu não estou enganada você teve até de balé, durante 3 anos. TRÊS ANOS, Ally, e você ainda vêm com estorinha de que não sabe dançar? Me poupe, Allyson!

Enrubesci com tal “descoberta” da loira – que mantinha um sorriso de lado, divertido. – e fiquei mais vermelha ainda por saber que Hayden havia contado tanto sobre mim. Aliás, o quê mais ele contou?

– Caraca vêi. – Riker gritou, surpreendido. – Allyzinha, você é perfeita!

– Você canta também? – quis saber o ruivo que pausou o jogo à espera da resposta.

– O quê?! Claro que não, Dez. – outra mentira para a lista.

Rydel riu baixinho e respondeu-o calmamente:

Claro que sim, Dez. – olhou para mim, ainda com o sorriso e completou: – Ela está mentindo outra vez.

– O quê tanto que o Hayden te disse? – me entreguei, rindo.

A loira deu de ombros e caminhou até a televisão, a qual havia um notebook conectado. Ela agachou-se na frente do PC e pressionou algumas teclas reiniciando o jogo.

– Vocês são molengas, garotas. – berrou Riker, levantando-se. – Vou mostrar como se dança. Solta, Rydel!

Dez jogou o celular que estava sincronizado com a televisão, Rydel soltou o play de “G.D.F.R” e Riker começou a dança conforme os personagens.

It's going down for real
It's going down for real
It's going down for real

No refrão da canção Ryland, Rocky e Dez se juntaram a Riker e começaram a dançar em total sincronia. Todos juntos. E enquanto os garotos sacudiam seus traseiros admiravelmente, as meninas – Rydel, Kira, Carrie, Brooke – e eu sentamos sobre a mesinha de centro, aplaudindo e soltando gritinhos eufóricos.

– Uhuuu – gritávamos animadas.

Quando “Ry” puxou Kira, e Rocky, Brooke, para dançar junto com eles, Carrie e Rydel se levantaram e começaram a dançar ali mesmo seguindo a coreografia pela televisão.

– Vai ficar só olhando, Ally? – perguntou Carrie, divertida.

Ri de sua pergunta e cedi. Subi na mesinha de centro e esperei alguns segundos por uma passagem na música à qual eu pudesse seguir com os passos (É como quando você está pulando corda e tem que entrar enquanto ela gira. Primeiro você tem que esperar!).

Rydel e Carrie que estavam a minha frente, no chão, pararam de dançar assim que me viram e ficaram me admirando, boquiabertas. E logo, aos poucos, todos que dançavam pararam para ver a minha coreografia – que fugia da deles. Na verdade, eu havia aprendido aquela coreografia há um ano, quando eu morava em Los Angeles, minha professora de canto e dança havia ensinado a mim e aos outros alunos da academia e até hoje todos os passos ainda estavam perfeitamente lembrados por mim.

I know what you came here to see

If you're a freak, then ya coming home with me

And I know what you came here to do

Now bust it open let me see you get loose

O timbre grave do Flo Rida soava por toda a sala, me contagiando cada vez mais. Não pude deixar de ri quando vi as expressões surpresas de meus amigos. Percebi que os olhares da Rydel e do Dez passavam sobre o meu ombro, em direção a porta, e eles mantinha um sorriso mínimo de “não acredito”.

It's going down for real

No último passo eu me virei e quem eu menos esperava ver, eu vi.

Austin estava parado com as mãos em cada bolso do jeans escuro, um sorriso extremamente sexy de lado – sua marca – estava grudado em seus lábios finos e com toda certeza convidativos, um boné de beisebol... Espera O QUÊ? Convidativos? Ai meu Deus, de onde diabos eu tirei isso?!

O sorriso do loiro se aumentou mais ainda me deixando completamente confusa – será que ele pode lê meus pensamentos? Não claro que, não, mais provável que eu esteja com uma cara estranha. Sorri com meus pensamentos nada a ver, e o loiro a poucos metros de distância também sorriu.

Será que ele acha que eu sorri por causa dele?

– Austin querido, já podemos ir? – e atrás dele Piper se mantinha de cara fechada.

– Claro, Piper. – respondeu ainda de costas para a garota, me fitando com um sorriso no rosto, a pouca distância. Ele se virou e passou pela loira carrancuda ao dizer: – Espera só dois segundinhos ai, já volto.

Pude ouvir o barulho de suas botas contra o piso de porcelanato por conta da curta correria até a escadaria. Com sua partida até o segundo piso, o clima na sala se tornou outra vez tenso por conta da presença de Piper. Admito nunca fui com a cara dela, ela parece ser daquelas de nariz empinado, e sinceramente, se Austin e Piper estiverem “juntos” eu iria achar ótimo, porque pelo que parece os dois se merecem. Mesquinhos, narizes empinados, o fato de se acharem superior aos demais era impressionantemente irritante.

– Você tá gata, Piper. – Rocky elogiou-a. – Pra onde você vai?

– Vou à casa da Cassidy. - respondeu, sem olha-lo.

– Aquela loira que vive se arrastando atrás do Austin na escola? – perguntou descaradamente.

– Ela não vive se arrastando atrás do Austin, Rocky! – corrigiu rapidamente.

– A não, claro que não – Rydel comentou ofensiva –, porque este já é o seu trabalho, não é mesmo, Fofa?!

Piper pareceu explodir internamente com os nossos risinhos, e já não aguentando mais gritou pelo loiro:

– Austin querido, vou te esperar no meu carro. – e saiu pela porta pisando duro.

– Me desculpa, Carrie – começou Brooke com um certo ódio no tom –, mas eu tenho uma vontade absurdamente grande de fatiar a cara daquela lambisgoia loira da sua irmã com minhas próprias unhas que vocês não tem noção.

Lambisgoia. – aparentemente está foi a única palavra que surpreendeu Dez, fazendo-o rir de maneira descontrolada.

– Isso não me ofende, não, Brooke – explicou Carrie –, muito pelo contrário, eu até concordo com você. Piper é minha irmã, mas isso não tira seu posto de lambisgoia.

E Dez gargalhou mais.

– Amor, que é isso?! – disse Dez, ao cessar suas risadas. – Que agressiva você.

Dezinho, eu não sou agressiva. – se defendeu com um timbre doce como açúcar.

Mas o que diabos mesmo está acontecendo aqui?! Tanto melodrama que chega a assustar, cruzes.

– Espera aí. – interrompi a discursão que havia começado entre Kira e Brooke, trazendo a atenção de todos à mim. – Amor, Dezinho; Vocês por acaso são namorados?

– Somos sim. – respondeu Dez todo abobalhado, e o “casalzinho” esfregaram os narizes um no outro, simultaneamente, da esquerda para a direita.

Nós que assistíamos aquilo de má vontade, berramos um grande e reforçado “Ecaa!” em coro, todos enojados com aquela cena.

– Ai meu Deus, vocês dois danificaram minhas preciosas pupilas com tanto mel envolvido. – dramática, Rydel gritava enquanto passava ferozmente as costas da mão nos olhos.

– Rydel, eu vou vomitar no sofá tudo bem?! – Kira zoou.

Aquilo foi a gota d’água, todos caíram na gargalhada, contorcendo-se com o antebraço sobre a barriga.

Dez e Carrie, reviram os olhos para cima.

– Cara, isso é pura inveja de vocês. – comentou Dez, rindo.

E isso só fez a gente rir mais. Ri tanto que senti meu estômago revirar e de repente veio uma vontade monstra de fazer xixi. Afinal, porque as pessoas sempre sentem vontade de fazer o número 1 quando ri muito, mas muito mesmo?

– Loira, onde fica o banheiro? – pedi com as pernas cruzadas tentando evitar que eu urinasse ali mesmo. – Rápido.

E as risadas aumentaram, com o fato de eu está apertada a ponto de ficar daquele jeito – inquieta, com as mãos entre as pernas cruzadas.

– Primeira porta à esquerda ao subir a escada. – informou entre risos agudos.

Mal terminou de dizer a frase, eu já havia saído correndo as pressas pelo corredor. Subia as escadas de dois em dois com os olhos fixos nos degraus quando esbarrei em algo, me impulsionando para trás na hora.

Ai meu Deus, pensava. Vou morrer, e é agora!

E de repente a queda foi interrompida – como num passe de mágica: Bibbidi-Bobbidi-Boo! – por um par de mãos grandes e firmes envoltos à minha cintura, que logo me puxou para si. Meu corpo se chocou com outro de porte muito maior e muito mais musculoso. Abracei-o por impulso com medo que eu pudesse escapar de seus braços, e ele – quem quer que seja - simplesmente deixou.

Quando finalmente abri meus olhos, a primeira coisa que eu vi foi o tecido fino preto da camiseta de gola V que o loiro vestia, e quando eu inclinei minha cabeça me perdi em seus olhos castanhos-esverdeado que estavam fixos em mim – era como se transmitisse certa proteção, eram penetrantes, parecia que queria olhar dentro de mim.

– Obriga-ada. – gaguejei nervosa pela proximidade que Austin estava. Apenas milímetros nos separavam.

O loiro riu exibindo seus dentes perfeitos, provocando-me um arrepio na espinha.

– Você deveria olhar para frente. – aconselhou com a voz rouca e serena. Sorri de lado, certamente encantada.

– Não me diga o que fazer, loiro – pedi revirando os olhos para cima, sorrindo.

– Estou tentando ser cavalheiro com você, morena – chamou-me piscando um olho. –, mas você não facilita.

– Não tenho culpa. – disse eu, provocando-o. – não sou das que deixa fácil.

O loiro riu, e baixou os lábios até minha orelha.

– Sempre é bom ter desafios. – cochichou, e eu estremeci.

– Boa sorte. – desejei rindo de lado.

Me desvencilhei de seus braços, ficando dois degraus abaixo que ele. E eu simplesmente não conseguia tirar aquele sorriso bobo que insistia em permanecer estampado na minha cara.

– Acho que nós começamos com o pé esquerdo, Allyson. – disse ele, envergonhado. Revirei os olhos, e ele perguntou esperançoso: - Então o que acha de nós começarmos do começo?

– É né, porque não tem como começarmos do final. – cortei o clima super fofo (como sempre, eu tenho que estragar tudo.).

O loiro revirou os olhos e eu percebi que pela primeira vez nós estávamos tendo um diálogo sem insultos e brincadeirinhas de mau gosto. Percebi que ele estava sendo legal.

Ri de meus pensamentos e sussurrei:

– Desculpa. – pedi timidamente.

– Porque você tá pedindo desculpas, garota, eu nem te conheço. – fingiu, fazendo-me rir. Ele esticou a mão em minha direção e continuou: – Oi, prazer. Moon, Austin Moon.

– Tá dando uma de 007, loiro? – falei e ele apenas revirou os olhos em resposta, e insistiu com a mão erguida. Cedi, e subi três degraus – Oi, Austin Moon. Sou Ally, por favor não me chame de Allyson, é Ally. E o prazer é todo meu.

Ele sorriu e segurou minha mão firmemente. Seu sorriso era tão cativante que eu não resisti, e ri.

– Hmm... – pensou rapidamente. - Já que somos amigos, Ally, você não gostaria de ir a um jantar comigo?

– Tão rápido assim, Moon?! – questionei surpresa com um sorriso de canto.

Ele riu e passou a mão pela nuca, envergonhado. - É que esse jantar é muito importante para mim – tentou. –, e eu não tenho companhia. E cá entre nós, a ocasião vai ser muito tediosa, então eu preciso de alguém pra encher-o-saco.

– E você quer me convencer a ir com você assim? – disse eu, com falso horror e um sorriso divertido. – Aliás... Porque você não chama a Piper, ela não é sua namorada?!

Austin pareceu confuso, mas logo riu, deixando eu confusa.

– Do que você tá rindo, idiota?! – perguntei zangada, cruzando os braços.

– Do seu ciúme. – disse simplesmente, rindo.

– Do meu ciúme? – perguntei incrédula. – Loiro, cê tá se iludindo!

– Morena, você que fica imaginando coisas – se defendeu, sorrindo –, porque eu não tenho nada com a Piper, ela só é um amiga.

– Não é assim que ela pensa. – cochichei disfarçadamente (coçando a asa do nariz e olhando para baixo.).

– Cara, como você é ciumenta – berrou divertido. –, e é porque não temos nada!

– Ah então agora não temos nada? - perguntei com falsa incredulidade.

– Claro que temos. A nossa recém-amizade. – respondeu rapidamente. E depois de alguns segundos, com um sorriso malicioso, continuou: – Ou você quer que tenhamos algo a mais?

– Claro que não, seu atrevido. – empurrei de leve seu peitoral. E ele riu.

– Não custava perguntar! – deu de ombros. Ele bateu as mãos rapidamente e desconversou: – Afinal, você aceita ou não ir a esse jantar comigo?

– Você vai se comportar? – perguntei desconfiada.

Ele riu alto e bateu palmas novamente, assustando-me.

– Claro. – respondeu como se fosse óbvio. – Te pego às oito?

No que será que eu tô me metendo?!, pensei. Que eu não me arrependa depois.

– Quinta avenida depois dos arranha-céus do centro. – informei meu endereço. Ele concordou e se virou já pronto para partir.

– Afinal, só para deixar claro: o jantar vai ser formal. – gritou já nos primeiros degraus da escada. Então ele correu até a porta da frente, saiu e por fim eu só ouvi o ronco grave do carro que só podia ser um clássico.

Suspirei e voltei a subi os últimos degraus da escadaria. Quando cheguei ao topo me perguntei:

– O que foi mesmo que eu vim fazer aqui?

Dei de ombros e retornei a escada, descendo ela aos pulos. Quando cheguei na sala, todos já estavam dançando novamente e eu para não atrapalhar, só entrei na brincadeira.

Não sabia o que iria acontecer à noite, não sabia sobre do que se tratava o tal jantar, muito menos o fato de Austin ter-me convidado ao invés de Rydel, Brooke, Kira ou até outra garota que possa ter mais intimidade com ele. Afinal só o que fazíamos era discutir!

E a pergunta que mais vagava por minha cabeça era o porquê dele ter sido tão legal e gentil, e do nada ter resolvido "começar do começo" comigo. Mas Porquê?

Então o essencial é esperar... E vê no que isso tudo vai dar.


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Notas finais do capítulo

– O que acharam da Coreografia da Ally ( by Mega Jam )? Suas opiniões sobre o "começo" de Austin e Ally?
— O que vocês acham de me oferecerem ideias? Eu estou de braços abertos para as ideias de vocês... Seria um máximo, Meninas. Me enviem suas ideias por PV ou se preferirem mandem no comentário mesmo (As ideias são tipo: O que pode acontecer lá no jantar, depois do jantar... Essas coisas).
E então, Potinhos, gostaram? não gostaram?
Elogios e Críticas são sempre bem-vindas.
Comentem, Favoritem, Acompanhem, e Recomendem se merecer!

Amoo Vocês e Até daqui alguns dias (Rezem para que o Maldito Bloqueio não volte. É um Inferno!).
Beijos!