The Boy of Mysterious Eyes escrita por Clariie


Capítulo 16
Capítulo 15. – Quando tudo ficará bem?!


Notas iniciais do capítulo

E CÁ ESTOU EU MEUS CHUCHUS DE SORVETE! ♥ (estranho eu sei, relevem) KSKSKS QUEM CUMPRIU A PROMESSA? EU MESMA AAAAAH CHUPEM HATERS! (ooopa, haters? eu tenho? acho que não cheguei a esse nível ainda KSKSK, mas deixem eu me iludir, obrigada).
Obrigada meus amores pelos cometários maravilhosos e inspiradores:
— ems
— beafofinha
— Gabriela Veras
— Juliana Lorena
— Melissa Freitas
Amo muito vocês e mais uma vez obrigada pelos reviews ♥ AGORA DOIS MINUTINHOS DE SILÊNCIO PARA A FANFIC QUE COMPLETOU ONTEM (21/07) UM ANO! AAAAAAH QUE EMOÇÃO. OBRIGADA POR TUDO, MENINAS. VOCÊS SÃO MUITO ESPECIAIS, NÃO IMAGINAM O QUANTO E NADA DISSO TERIA SENTIDO SEM VOCÊS! ♥
Agora, vai!
BOA LEITURA E ENJOY!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633442/chapter/16

Desde que Trish terminou seus deveres como castigo na biblioteca, ela descobriu que ajudar lá além de lhe tirar algumas aulas, também lhe dava pontos extras em algumas matérias. Então, digamos que ela esteja trabalhando lá durante as últimas aulas. E como faço de costume, fui até a biblioteca para me despedir dela e desta vez, lembra-la da pesquisa que tínhamos que fazer para a próxima semana.

A vi assim que passei pelas portas pesadas da enorme biblioteca do Marino.

— Oi, pavio curto – cumprimentei-a enquanto me aproximava da morena que lia uma revista de fofoca no balcão principal que só levantou os olhos e rolou-os com a provocação. – Donna deixou você sozinha aqui? Inacreditável.

Ela tirou os pés de uma das prateleiras, levantou de sua cadeira acolchoada e fechou a revista debruçando-se sobre o balcão, seu rosto a milímetros do meu.

— Não me venha com conversas furadas, Ally – cerrou os olhos e pendeu a cabeça para um lado, fitando-me de outro ângulo – Eu topei com Austin hoje mais cedo e ele estava bastante irritado, parecia bem chateado mesmo, e convenhamos que você não está nos seus melhores dias também. O que houve, Ally?

Passei e repassei suas palavras novamente em minha cabeça, analisando seu semblante compreensivo que esperava calmamente por minha resposta.

— Eu pedi um tempinho.

Seus olhos pularam das órbitas com minha confissão. Ela bufou, respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, acalmando-se.

— Por favor, não grita – pedi.

Ela estreitou os olhos ameaçando-me silenciosamente, mas logo voltou com seu olhar terno e confuso.

— Não entendo – disse, medindo suas palavras –, mesmo depois dele ter pedido para você não fazer isso, Ally. Você realmente pediu um tempo?

— Nem mesmo eu entendo, Trish – sorri sem entusiasmo – Só estou confusa demais para deixar que algo aconteça entre mim e o Austin. No momento, tudo o que eu preciso é de um tempo. Quando resolvemos vir para Miami, pensei que as coisas seriam mais fáceis, minha vida se tornaria mais fácil, mas não, muito pelo contrário, depois que me mudei pra cá os obstáculos se tornaram maiores, talvez seja porque mamãe faleceu e eu agora sou a “mulher da casa”. No momento que Penny partiu, as responsabilidades bateram na minha porta. Talvez tenha sido mais fácil para Hayden porque ele já era um homem quando ela partiu, ele já tinha o seu apartamento, um carro, trabalho... já era dono do seu próprio nariz, mas eu... sem chances. E sem contar no pirralho, que tenho que cuida-lo como um filho – respirei fundo fazendo uma pausa, desta vez não quero chorar.

  “E particularmente, eu estou me dando muito mal nesse ‘cargo’. Estou brigado com ele há semanas, ele não fala mais do que o necessário comigo. E o Austin, bom, depois dele ter sido tão carinhoso e atencioso comigo naquela noite, e ter dito que gosta de mim mesmo que de uma forma indireta, meus sentimentos por ele se toraram mais nítidos do que nunca. E, Trish, eu não quero ter mais um problema, não quero me atordoar mais do já estou.”

Ela me ouvia atentamente, sem expressão.

— E a única saída de se livrar do “problema” foi pedindo um tempo?! – ela se exaltou, não acreditando no que disse – Desta forma você só está tardando as coisas, Ally. E pelo que você me contou, ele não estava pressionando você, como você disse, ele até se contentaria em ser somente seu amigo.

Se você não quiser que nos envolvamos, Ally, eu vou entender, OK? Só quero que você não peça pra me afastar de você ou coisa assim, quero que me deixe ser seu amigo [...]”. Sorri com a lembrança repentina de Austin na pequena lanchonete aquela noite.

— Lembra quando você me disse que esse tempo todinho você só estava se machucando?

— E você me chamou de masoquista? – cruzei meus braços.

Ela gargalhou alto com a menção da brincadeira que ela havia tirado dias atrás, revirei os olhos e deixei escapar um pequeno sorriso.

— Sim, esse dia aí mesmo – ela pausou dando alguns segundos para cessar suas risadas histéricas, respirou fundo e do nada ficou séria. – Pois bem, agora me responde com toda sinceridade, Ally. Você gosta dele?

— Uhum.

— Então!

— Mas esse é o problema, Trish!

Ela bufou irritada.

— Eu realmente não te entendo, Ally.

Sorri minimamente, meneando a cabeça.

— É exatamente por isso; ultimamente, nem eu mesma estou me entendendo.

Trish sorriu com carinho e mesmo com o balcão entre nós, ela me abraçou.

— Só não se machuque, Ally, não quero uma amiga manteiga derretida, OK?

Ri de sua expressão, assentindo. Depois daquilo encerramos o assunto e continuamos apenas falando sobre coisas aleatórias, como o tal Show que todos estavam falando há semanas e também sobre o nosso trabalho.

Quase que meia hora depois, Donna resolveu dar as caras, agradeceu à Trish por ter cuidado da biblioteca enquanto ela havia ido resolver alguns assuntos pendentes na coordenação e a dispensou. Juntas, Trish e eu saímos e notamos que todos os alunos já haviam ido embora assim como o ônibus que começamos a pegar semana passada. Resolvi então ligar para Hayden, que a essa hora já havia chegado do trabalho, para vir nos buscar.

E assim ele fez. Deixamos Trish no prédio do apartamento da tia e passamos em um fast food antes de chegarmos em casa.

Subi as escadas que pareciam ter mais degraus do que eu lembrava e entrei no meu quarto jogando-me na cama. Um cochilo não cairia mal, era até muito tentador, mas eu não podia, tinha várias atividades e pesquisas escolares que eu ainda precisava fazer. Relutantemente, levantei da cama e fui para o banheiro, despi-me e entrei na banheira resolvendo tomar um banho mais relaxante. Eu estou exausta tanto psicologicamente quanto fisicamente. E depois de ter cantarolado quase todas as canções latinas para evitar pensar em um certo loiro, acabei sendo vencida pelo cansaço.

Despertei – parcialmente – por conta de várias batidas consecutivas na porta, ainda atordoada, virei-me de lado na tentativa de voltar a dormir, mas meu pé escorregou no fundo da banheira e eu acabei me afogando por alguns segundos na água rasa. No momento da agonia, escutava uma gritaria do outro lado da porta, mas não conseguia assimilar as palavras corretamente. Enquanto tossia água e puxava com dificuldade o ar de volta para os meus pulmões, ouvi Hayden gritar que iria entrar no banheiro.

Ele abriu a porta e se desesperou quando me viu, pegou minha toalha sobre a pia, entregando-me nervoso. Com ele de costas, tremendo de frio, tentei levantar da água que por sorte ainda havia uma camada fina de espuma que havia coberto meu corpo nu, mas não consegui apoiar o meu direito por completo, portanto me ajoelhei na banheira para enrolar meu corpo na toalha que molhou metade pra baixo. Havia alguma coisa errada, então me levantei usando a perna esquerda como apoio e escorando-me no azulejo da parede, quando tentei colocar calmamente a sola do outro pé no fundo da banheira, ele latejou. Uma dor aguda insuportável que me fez gritar.

Com meu grito de dor, Hayden virou-se novamente pra mim, correndo ao meu encontro assim que notou que eu chorava desesperadamente. Ele se apavorou quando levantei meu pé direito acima da espuma, manchando-a por sangue. Hayden mexeu na espuma sob meu pé, afastando-a e na água era rosada por conta do sangue que havia jorrado.

Hayden, mesmo nervoso e eufórico, pegou-me em seu colo e me colocou deitada no pequeno sofá do closet, com o pé ensanguentado sobre o braço do móvel.

— Colle! – gritava enquanto corria de volta para o meu banheiro – Rydel!

Espera, o quê? Rydel?

Hayden voltou com duas toalhas de rosto nas mãos. Colle e a loira apareceram na porta do meu closet ofegantes e confusos. Suas expressões curiosas mudaram instantaneamente para espanto e desespero assim que viram o real motivo pelo escândalo de Hayden.

— Céus! – Rydel tapou a boca, pasma.

Colle ficou pálido e seu peito rapidamente se reprimiu recusando-se a puxar o fôlego para seus pulmões, ele saiu correndo em desespero a procura da sua bombinha de asma.

— Rydel – meu irmão engoliu em seco ao chama-la.

Ele estava de joelhos afrente do meu pé machucado, e pelo jeito do seu semblante tive medo de que fosse algo mais sério do que imaginei. Ela ficou ao seu lado ajudando-o com as toalhas que ele colocara sob meu calcanhar para evitar que sujasse ainda mais o sofá. Eu só conseguia chorar, gritar e gemer de dor, eu já não sentia meu pé provavelmente pela perda de sangue e por eu ter ficado mais de uma hora dentro de uma banheira. Boa parte do meu corpo estava enrugado, principalmente as minhas mãos e meus pés. E como se não pudesse piorar, minha perna estava com câimbra.

— Hayden, por favor, me ajuda – choraminguei entre soluços.

Ele pedia para que eu me acalmasse que ele iria resolver aquilo logo, mas eu não conseguia. Comecei a tremer de frio.

— Hayden, nós precisamos levar ela para o hospital antes que infeccione e se torne mais grave – interrompi Rydel com um grito quanto o vento da janela bateu em cima do rasgo. – Agora, Hayden!

— OK, eu vou pegar as coisas dela – ele se levantou e saiu, parando no batente da porta. – Enquanto isso você pode ajudar ela a se vestir, por favor?

— Tudo bem, Hayden – ela o enxotou para fora do closet e virou-se pra mim – Onde estão, Ally?

— As calcinhas estão na segunda gaveta da cômoda – respirei fundo, reprimindo um gemido – acredito que um vestido seja a melhor opção.

Ela pegou as peças e me ajudou a sentar, eu vesti a calcinha sob a toalha e com uma ajudinha dela terminei de arrumar o leve vestido após desenrolar a toalha ensopada do meu corpo. Ela me entregou um elástico e secou meus cabelos com a toalha para que eu pudesse prendê-los. No mesmo instante, Hayden questionou do lado de fora se eu já estava pronta. Com a confirmação de Rydel, ele entrou no closet e me levou em seu colo até seu carro que já estava estacionado na frente da casa, sentou-me em seu colo de forma que minha perna direita ficasse estirada sobre o banco de trás. Rydel depois de fechar a casa, veio com Colle para o carro. Ela no banco do motorista e o caçula ao seu lado, como passageiro.

Eu ainda chorava, mas minhas lágrimas agora eram mais silenciosas.

— Hayden – funguei soluçando, chamando sua atenção pra mim –, eu estou sujando seu carro.

— Não se preocupa, gatinha – senti uma lágrima cair de cima, repousando delicadamente em minha bochecha –, vai ficar tudo bem.

Assenti e encostei minha cabeça na curva de seu pescoço. Durante todo o restante do caminho, reprimi meu choro, cessei meu gemidos, mesmo quando a dor parecia ser insuportável. Só desejo que Hayden tenha razão, que tudo fique bem.

A última coisa que me lembro foi o imenso peso das minha pálpebras quando Hayden entrou no hospital, pedindo por socorro desesperadamente. Então me colocaram em uma maca, levando-me pelo corredor...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

IMPORTANTE!
Me desculpem pelo capítulo sem auslly ou sem a explicação de como ela pediu "um tempo" pra ele, mas era necessário, afinal, a vida da Ally não gira entorno só do relacionamento deles (se é que posso chamar assim HEHEH). MAS também não estou dizendo que não vai haver a explicação ou que vai demorar (fiquei até empolgada agora com a ideia do capítulo de explicação AAAH) Prometo que não vai demorar, mas ainda tem alguns capítulos depois desse, então só peço que tenham calma e para compensar ele vai ser TOTALMENTE auslly.
Tudo bem?
AMO MUITO VOCÊS E OBRIGADA PELA COMPREENSÃO (àqueles que compreendem, espero que todos)!
E se gostaram do capítulo ou tem alguma crítica construtiva, pronunciem-se, por favor. REVIEWS E RECOMENDAÇÕES ESTÃO AO SEU DISPOR HAHAH
Até mais e estou com saudades das minhas leitoras, cadê vocês? :'/