The Boy of Mysterious Eyes escrita por Clariie


Capítulo 15
Capítulo 14. – Só precisamos de agulha e linha


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, meus amores eternos! ♥
Senti saudades e mais uma vez desculpa pela demora (isso já tá se tornando cansativo, não?!), eu ultimamente estou com uns bloqueios para TBoy por conta de tudo que envolva Austin & Ally. O seriado acabou e hoje eu já não assisto com antes, escola, responsabilidades e uma enorme bipolaridade psicológica por conta de um amigo que acho que tô começando a gostar. Por Deus, é tanta coisa, meninas, que... só Deus na causa mesmo.
Agora, queria agradecer do fundo do meu coração à todas vocês! Pelos novos leitores, por tudo! Cês são demais!
Obrigada à:
— Juliana Lorena
— Lari
— divademi22
— Cycyr5
— Isah Larano
— taynarakarla (por todos os reviews nos capítulos anteriores. Obrigadinha, flor!)
— SweetDisaster
Amo vocês!
E sem mais delongas... mas um capítulo fresquinho!
Boa Leitura e ENJOY!



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TRÊS SEMANAS DEPOIS

Hmm, eu também ouvi falar sobre esse show – comentei sem muito interesse no que Gavin dizia.

Anotava no caderno algumas palavras que a professora de Literatura insistia em escrever na lousa, deixando como uma pesquisa para a próxima aula. Mas na verdade, eu só as escrevia como distração, estava me limitando a olhar para o lado, sabia que havia um par de olhos furiosos e questionadores me fitando.

— Sr. Moon, eu ainda estou aqui na frente, você poderia prestar atenção na aula ou ao menos parar de batucar sua carteira, por favor?! – Lilian pediu calmamente. Toda a sala virou para o garoto sentado na mesa perto da parede, na mesma fila horizontal que Gavin e eu.

Permaneci na minha, olhando fixamente para a professora, não iria olhar para ele. Ele estava sendo infantil e eu tinha que continuar com meu papel de inocente.

Ele parou de batucar a lapiseira no tampo da mesa e ouvi ele arrastar a cadeira, sentando-se corretamente.

— Agradecida, sr. Moon.

Depois a professora voltou a explicar sobre alguns livros e peças relacionadas à Grande Guerra e sobre a tal pesquisa que ela queria e que iria valer uma nota, disse-nos que poderia ser em dupla ou individual, isso ficava a critério do aluno.

Pelo canto do olho vi Gavin virar-se para mim.

— Formaria dupla comigo, Ally?

— Desculpa, Gavin, acho que vou fazer sozinha dessa vez – dispensei-o gentilmente. – Fica pra próxima?

Ele deu de ombros e sorriu, compreensivo como sempre.

— Fica pra próxima então. – ele assentiu.

E o sinal tocou indicando o término da aula.

— Qual sua aula agora? – perguntou Gavin já com a mochila nas costas, esperando-me guardar meus livros.

Hmm— pensei – cálculo, se não me engano.

Ele fez beicinho.

— Biologia.

Peguei minha mochila e dei leves tapinhas em sua bochecha.

— Fica pra próxima. – brinquei, fazendo-o rolar os olhos.

Quando me virei para o lado não pude evitar fitar Austin levantando-se de sua cadeira, ao se virar para sair da sala nossos olhares se toparam. Ele arqueou as sobrancelhas pra mim e virou a aba do boné que usava para a frente, segurou-a e a puxou para baixo rapidamente, em uma saudação. Então ele nos deu as costas e saiu porta afora.

Eu parecia em transe, quando Gavin me despertou.

— O que está rolando entre vocês? – Gavin questionou, pegando-me de surpresa com tal pergunta.

Até ele havia notado?

Olhei para o rosto do louro com poste de modelo e cowboy do Texas, e pensei em várias respostas a qual poderia lhe dar, mas nenhuma poderia mostrar em meras palavras o que ocorria entre Austin e eu, principalmente durante esses últimos dias. O fato era que, após eu me abrir para Austin, contando todos os meus sentimentos relacionados a minha conturbada adolescência me deixava espantada, pois, antes de Austin, nem mesmo à Hayden cheguei a confessar o que eu sentira (mesmo eu acreditando que ele saiba de tudo, afinal, como o mesmo diz, ele me decifra em um olhar, o que de fato não é blefe.). E quanto percebi o todo, que eu havia colocado pra fora tudo que me perturbava, notei que talvez eu houvesse me precipitado, na verdade estou insegura de mim mesma, como consegui abrir meu coração à um garoto que conheci a menos de um mês? UM MÊS! Aquilo era demais pra mim.

Percebi que quando estou com Austin pouco importa o resto, sei que ele quer o bem pra mim. Eu sinto! Como você pode sentir isso, Allyson?! Claramente, eu não saberia responder àquela pergunta, e também não conseguiria responder a pergunta nada simples de Gavin.

No momento, quando conversei com Austin, não tive medo que ele me julgasse, eu sabia que ele era incapaz disso – sendo que ele, por partes, também havia sofrido assim como eu, ele sendo por conta das mortes dos pais. –, nem ao menos reprimi minhas palavras, na hora, elas apenas fluíam, dizia-as sem pensar em seus pesos. Esse foi o meu erro, meu único erro naquela noite.

Na companhia de Austin não senti nada mais que alívio; alívio em poder quebrar todos os espinhos que estavam direcionados ao meu coração, encurralando. Reprimindo meus sentimentos por algo mais, eu não poderia sentir mais nada por outra pessoa, meu coração estava cheio demais com os sofrimentos passados. Era uma verdadeira muralha. Eu mesma estava me machucando. Contanto, o que eu não havia percebido era que as palavras que eu dissera eram fortes demais, muito pesadas para alguém que, por dentro, estava exausta de segurar tanta barra, e quando vi, no dia seguinte, mesmo com o sentimento de alívio eu me sentia suja, eu havia estragado as poucas lembranças boas de mamãe, pois mesmo eu sabendo que havia nascido no momento e com o cara errado (se é que pode se dizer assim), ela me amou. Com o tempo ela aprendeu a me amar como uma filha, e aquilo havia me afetado muito.

Agora, eu estou mais confusa do que nunca, e estando ao lado do loiro notei que ainda ficava mais confusa, quando referindo-se ao coração. Com o tempo, vou tentando assimilar meus sentimentos relacionados à ele, pois sou ciente de que o que eu sinto por ele não é somente amizade e agradecimento. Foi difícil reconhecer, e de vez em quando eu ainda me recuso a admitir a mim mesma que sinto algo há mais por Austin Moon. Porém, antes de tudo, eu preciso organizar a mim mesma primeiro – não só meu coração feito de trapos como também minha cabeça teimosa.

Como mamãe citava, amor próprio só faz bem. Além de eu saber que, antes de amar outra pessoa, deve amar a si mesmo primeiro, afinal, como amaria a outro se nem sabes o que é o amor?

— Queria que fosse um grande “nada demais” – sussurrei –, mas receio que não seja tão simples assim.

Ele estava estático, talvez não acreditando em minha resposta comprometedora por mais estranha que fosse, apenas me observava sem demonstrar muitas expressões. Com um sorriso de canto sem ânimo, despedi-me de Gavin sem lhe dar chances de dizer algo (se é que ele falaria algo). Saí da sala em silêncio e fui ao meu armário, troquei os livros e depois segui para a sala do Sr. Adam, professor de cálculo.

Garotos são sinônimos de problemas, pensei cansada. Confusão em pele e osso.


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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo está pequeno, mas essa foi a única divisão que consegui fazer. Desculpas! E pra compensar o tamanho, próximo que já está pronto sairá de hoje pra sexta (22), irá depender de vocês.
Comentem o que acharam, por favor. Preciso saber a opinião de vocês para que eu possa melhorar o que está ruim ou simplesmente me motivar a não desistir da fic.
Amo vocês e até daqui a sexta ♥