The Boy of Mysterious Eyes escrita por Clariie


Capítulo 12
Capítulo 11. – Bipolaridade


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores. VOLTEEEEI!
Senti saudades de vocês, todas vocês.
— Lizzy
— Juliana Lorena
— TayGeek
— Pamy Lee Lynch
— MelS2perpetuo
— sunshine
— divademi22
— Cycyr5
— SaahMaryLynch
— Ally Faria
— The Secret
— Isah Larano (MARIDA ♥)
— um certo alguem
Obrigada, meninas! Muito obrigada mesmo, foi tipo, recorde de reviews. Aaaah, recorde de reviews! Amo muito vocês, no sério.
Capítulo dedicado à linda-barra-lacradora da minha marida, Isah Larano. Agradeçam à ela também, o capítulo só saiu hoje porque ela quase morreu me pedindo já que eu ainda não terminei de arrumar os erros nos capítulos anteriores. KKKK, ela é louca, linda e minha e só pra avisar gente, ela tem uma fanfic louca, linda, como ela, que eu amo e super recomendo (AND IF I LOVE YOU?, passa lá depois.).
Sem mais delongas, porque eu já delonguei por três meses.
Boa leitura e ENJOY!



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Naquele dia, passei o último horário sentada no chão do pátio sob um jovem carvalho na companhia de meu par de fones de ouvido e um livro de poesias a qual eu havia ganhado de Lester na última vez em nós nos vimos pessoalmente, no enterro de mamãe.

O livro de poesias foi um dos poucos presentes de Lester que chegou a me marcar tanto, e olha que Lester era uma das pessoas que mais me presenteava nessa vida, mas aquele livro de couro pequeno e singelo significou tanto, como se ele, magicamente, tivesse o poder de tapar o enorme buraco que me consumia naquele momento simplesmente com suas palavras, as belas palavras de poetas memoráveis à desconhecidos.

Assim como Penny, sempre admirei poesias e poemas, a arte de escrever. E como amante da escrita, mamãe formou-se pela universidade de Cambridge como jornalista e escritora. Muitas vezes, quando pequenina, eu me sentava ao lado de Penny e ouvia silenciosamente ela ler em voz alta os mais belíssimos poemas com intenção de buscar inspiração para escrever seus contos ou peças nobilíssimas.

Era reconfortante e, ao mesmo tempo, doloroso relembrar das velhas memórias vividas com tanto encanto.

Realmente a vida é cruel. Tinha lá seus momentos dóceis, porém do que vale se no final seu coração sempre terá uma cicatriz profunda e dolorosa que nunca poderá se curar com meros band-aids, palavras vazias e muito menos com lembranças – que só a abriam mais ainda, tornando, de certa forma, cada vez pior a situação...

A vida é um ciclo: Felicidade, tristeza, felicidade, tristeza... e assim sucessivamente, até a morte bater em sua porta convidando você a lhe fazer companhia. Desde pequena aprendi que nunca podemos nos glorificar por algo ganho com tanta intensidade, pois assim, sempre terá um que virá para acabar com sua felicidade e ela não será mais do que momentânea.

Tão monótona. Cansativa!

Despertei do meu mundinho particular com uma voz, assustando-me.

— Como está pensativa, Allyzinha... – disse, o timbre suave e calmo de Dez.

O ruivo se sentou ao meu lado e esticou o pescoço na tentativa de bisbilhotar os poemas que haviam impressos nas folhas do pequeno livro.

— O que você tá lendo, doce de coco? – ele mantinha seu sorriso brincalhão rotineiro estampado em seu lábios finos.

Tal apelido me causou leves risos. E naquele momento percebi que, desde que estive em Miami, Dez foi uma das poucas pessoas que me fazia sorrir a todo segundo, independentemente da situação. Era ele que me animava com seu jeito meigo e engraçado, e o mais impressionante era que ele sabia o momento correto de entrar em cena.

Era uma bom amigo, talvez o melhor.

— Doce de coco, Dez? – passei a olha-lo com um sorriso de canto e estreitando levemente os olhos.

— Sim – ele revirou os olhos como se fosse óbvio –, você é amável, legal, estranhamente carinhosa; você é doce. E o coco é porque vocês dois tem uma coisa em comum: a cor! – Dez abriu um de seus maiores sorrisos cínicos e engraçados.

Por fora, eu queria demonstrar que estava ofendida, porém a cara séria e angelical de Dez não me permitiu isso. Caí na risada e o ruivo continuava me encarando com seu sorriso e a feição divertida.

— Idiota – entre risos, disse – Agora levanta essa sua bunda daí e me ajuda.

Ele riu e se levantou todo desajeitado com a mochila nas costas, estendeu a mão à mim. Levantei-me do chão com sua ajuda e após recolher minha mochila do chão, arrumar a saia do vestido, caminhamos até a saída da escola já que havia batido o sinal indicando o encerramento das aulas.

— Austin está diferente, percebeu? – indagou sem direcionar seu olhar à mim.

Dez mantinha seus olhos adiantes no corredor e eu, silenciosamente, agradeci a isso. Pois tal pergunta provocou um arrepio profundo em minha espinha que pude sentir e ver os pelos de meu braço eriçarem-se. Rapidamente passei as mãos sobre meus braços, acariciando-os.

Aparentemente, se simplesmente mencionavam o nome de Austin Moon em uma mera frase sou capaz de arrepiar-me completamente, interessante. Devo ter mais controle de minhas emoções e reações, pensei.

E todos os pensamentos que rondavam minha mente esvaíram-se como um passe de mágica, para que somente o fato de que “Austin teria mudado completamente” fosse o foco de reflexão naquele momento, então pensei e cheguei à conclusão de que Dez não estava mais do que certo. Austin havia mudado completamente da noite para o dia.

—  É meio estranho, Dez – confessei ao ruivo calmamente, ainda pensando no assunto –, nesse pouco tempo em que o conheci ele tem agido de uma forma...

— Estranha?

Ele tentou completar, mas neguei. Aquela não chegava a ser a palavra correta a se usar.

Austin no aeroporto quando nos esbarramos foi aquele típico e completo bad boy adolescente que é arrogante e sedutor, que vai à festas todos os finais de semanas e fica com várias garotas em uma mesma noite, não me julguem, foi a imagem que ele passou ser, um cafajeste de primeira. E na noite do bar, quando ouvi pela primeira vez seu canto, ele já parecia estar mais másculo, mais adulto, sua arrogância extrapolou meus limites com seu sarcasmo e suas brincadeirinhas.

Provavelmente ele estivesse um pouco ébrio por conta das cervejas que ele havia tomado durante a noite, mas isso não muda o fato dele ter mudado, pois no dia seguinte, pela tarde na casa de Rydel, quando conversamos na escada ele já não era mais o Austin que eu havia conhecido. Por tudo, a ficha caiu por completo quando conversarmos, pois conversamos civilizadamente, como se cada um gostasse da companhia alheia, e foi por essa conversa que me intriguei com o fato dele ter mudado completamente tão rápido.

— Bipolar, talvez...

Olhei de relance para Dez e percebi que ele estava preocupado, pensando na hipótese, logo me senti mal por isso, não queria deixar ninguém triste, muito menos Dez, que me fazia tão bem. Por instinto, agarrei seu antebraço e encostei minha cabeça em seu ombro.

Sorri de lado quando lembrei-me da notícia de mais cedo.

— Ouvi dizer que uma garota jogou suco em você, ruivo – disse, mordendo os lábios para não deixar uma risada escapar. – É verdade?

— Infelizmente, sim – ele bufou, rolou os olhos e, incrivelmente, riu. – Acredita que eu tomei um banho no vestiário do ginásio, troquei de blusa e tudo, mas meu cabelo ainda está grudento, Allyzinha?

Estiquei minha mão na direção de seus fios rubros e tentei passar meus dedos entre eles. E não era mentira, ri, o cabelo do garoto estava grudento, o suco estava tão adoçado que chegou a deixar algumas madeixas duras por conta do açúcar.

— Acho que ele precisa de uma boa lavagem de shampoo, isso sim.

— Culpa da Patrícia, a garota de pavio curto – disse, rolando os olhos mais uma vez.

Sorri da cara do ruivo. Ele falava de Trish de uma forma tão engraçada que chegava a ser fofo.

— “A garota de pavio curto”? - indaguei. - Como assim, Dez?

Ele riu minimamente e passou as mãos sobre a calça quadriculada, como se estivesse limpando-as.

Ele sorriu torto para mim, e eu pude ver em seus olhos que havia um brilho divertido.

— Patrícia, digamos que, explode muito rápido, sabe? – ele olhou-me de relance e voltou sua atenção a porta do prédio, a qual estava totalmente aberta, permitindo a passagem dos vários alunos que saiam.

— Hmm, e o que você fez pra ela explodir e derramar suco em você, tenho certeza que essa garota não fez isso sem mais nem menos?

— Foi antes de começar a primeira aula, havia apenas ela na sala e mais alguns alunos, ela estava em uma mesa sozinha revezando entre escrever em um livro e tomar seu suco - disse. -, daí como ela tava com vários livros espalhados sobre a mesa e parecia muito agitada com a bagunça, eu pensei em ajuda-la... Só que ela jogou o suco na minha cara.

Olhei para a cara do ruivo observando sua feição séria, ilegível. Não, aquilo não poderia ser verdade, a história não deve ser exatamente assim. Mas mesmo assim ri ao imaginar a cena.

Continuamos caminhando, algumas pessoas esbarraram em nossos ombros, mas nada demais. Logo, enquanto descíamos os poucos degraus, avistei Trish sentada em um dos bancos da praça mexendo em seu celular, provavelmente esperando por mim. Dez pareceu não perceber quando acenei de leve para a morena que estreitou os olhos pra mim, notavelmente por ver-me de braços dados com Dez.

— Então... – pronunciou-se – Hayden vem pegar você ou você vai com algum de nós?

Ele meneou a cabeça em direção ao estacionamento referindo-se ao “nós”, estava, Rydel dentro de seu conversível pelo que parece, prendendo o cabelo e adjunto, Austin sentado sobre o capô do Pajero lendo uma folha de caderno aparte.

— Hoje não, Dez – disse. – Vou a um lugar com uma pessoa antes de ir pra casa.

— Ok, então – disse, sorrindo gentilmente.

— Obrigada mesmo assim, ruivo – retribuindo ao seu sorriso. Beijei-lhe a bochecha, ato que o deixou acanhado. – Tchau.

Após nos despedirmos, caminhei até Trish que me fitava com os olhos arregalados e os lábios mantidos em uma linha fina. Parcialmente, sem nenhuma expressão a se ler, mas em seus olhos, mesmo a conhecendo por pouco tempo, eu sabia que durante o caminho até a tal cafeteria da sua tia Sally, Trish não deixaria passar nem um segundo sequer sem perguntar algo a mim. Disso eu poderia ter certeza.

 

 

 

— Como assim, tia Sally?

O timbre de Trish mostrou que a mesma estava decepcionada e ao mesmo tempo chateada, pois, pelo que parece, a tia deu a vaga que eu iria ocupar para outra garota que havia feito a tal entrevista mais cedo, e agora Trish estava zangada consigo mesma por ter me “decepcionado”, se me permitem usar suas próprias palavras, por ter me dado esperanças à toa.

Mas a verdade era que Trish não havia me decepcionado ou me dado esperanças à toa, muito pelo contrário, ela foi gentil de sua parte por ter me dado a esperança e a fé de seguir em frente, logo que depois que Penny faleceu eu não senti mais vontade de fazer nada. E quanto ao fato de Sally ter dado o emprego a garota, eu não me chateei também, porque aquele era o trabalho dela, oras, não poderia perder a chance de contratar uma garota que havia aparecido antes, só por minha causa, eu não acharia justo.

Se não deu certo, era porque não era pra dar certo.

— Desculpa, querida, mas a garota chegou aqui mais cedo e disse que estava precisando muito de um emprego, então eu não poderia deixar de contratar a moça por causa de sua amiga – Sally explicava calmamente, cautelosa com as escolhas de suas palavras. Ela olhou pra mim, e sorriu carinhosamente. – Eu sinto muito, Ally. Mas eu não poderia arriscar e perder a candidata, vai que você, por motivos pessoais ou sei lá, desistisse do emprego? Como eu ficaria? E aliás eu não poderia dizer simplesmente não para garota, afinal ela tinha todas as qualidades que eu procuro em uma funcionária...

Trish passou fervorosamente as mãos entre os cabelos escuros e “explodiu”.

— Claro que poderia, tia Sally – berrou – “Não”! Só três letrinhas, tão simples, tia. Eu recebo um não todo dia, como você não poderia dizer essas três letrinhas?

— Trish! – a repreendi, segurei em seu antebraço e a puxei para se sentar novamente no banco. – Tá tudo bem, Sally. Não precisa se desculpar, você não fez mais do que certo. Se ela chegou primeiro, claro que é ela quem deve ficar com emprego.

— Obrigada, Ally, pela sua compreensão – a mulher rechonchuda de vinte e poucos anos, sorriu abertamente enquanto segurava minhas mãos entre as suas sobre a mesa. Sally olhou para a sobrinha ao meu lado que mantinha uma cara séria e a fuzilava com os olhos, e provocou: – Diferente de outras por aí que só querem as coisas do jeitinho delas, que não conseguem entender os outros, não é mesmo, Trish?

A morena permaneceu com a cara tediosa e rolou os olhos para cima.

— Poupe-me de seus papinhos fúteis, tia Sally – Trish gesticulou com as mãos, rolou os olhos outra vez e estalou a língua no céu da boca. – Você ainda tem aquela lista de empregos da semana passada?

Sally batucou um dedo em seu queixo, como se aquilo lhe ajudasse a lembrar sobre a tal lista que Trish questionara.

— Se não me engano, ela está no meu escritório lá no apartamento, querida.

— Tudo bem – Trish assentiu. – Ally você me passa seu telefone que à noite quando tia Sally chegar em casa eu te mando a lista, OK?

Eu já ia assentir, quando Sally interrompeu levantando-se da mesa de supetão.

— Espera, querida, acho que tenho uma cópia aqui – a mulher saiu em direção ao balcão da cafeteria e debruçou-se sobre o mesmo, vasculhando com as próprias mãos as prováveis prateleiras que haviam ali, quando... – Achei!

Sally correu até a mesa em que estávamos, às pressas e com um sorriso de orelha a orelha entregou a folha à Trish.

— Valeu, tia – a morena agradeceu e entregou a folha pra mim – Já que você, infelizmente, não conseguiu a vaga aqui, Ally, pode ficar com essa lista de empregos que Tia Sally fez semana passada.

Analisei a folha entre meus dedos e por um momento pensei em devolvê-lo, se não havia dado certo dessa vez, creio que seja porque eu não deva trabalhar mesmo. Mas, por outro lado, quem vai saber me responder isso se eu não tentar?! Mamãe sempre me aconselhou a não desistir nas primeiras tentativas, e eu também não tinha nada a perder se tentasse. Então... talvez mais tarde, quando estiver disposta e com cabeça pra mais uma tentativa de entrevista, eu possa pensar na hipótese de alguma delas. Aliás, a lista era enorme... havia até mesmo estágios, o que, particularmente, era um máximo.

— Obrigada, Trish – agradeci de bom grado a morena ao meu lado –, e à senhora também, Sally. Mas agora eu preciso ir, suponho que Hayden já esteja preocupado, prestes a chamar a polícia e o corpo de bombeiros.

Rimos ao som da gargalhada extravagante de Sally.

— Nossa, seu namorado se preocupa mesmo com você, hein... – comentou Sally, secando o canto do olho.

— Não! – protestei calmamente – Hayden não é meu namorado, Sally – soltei uma leve risada. – muito pelo contrário, Hayden é meu irmão. Meio-irmão para ser exata.

A mulher a minha frente arregalou os olhos, surpresa, estreitando-os logo e não reprimiu um sorriso malicioso. Não pude deixar de sentir uma leve queimação em minhas bochechas, não acredito que possa estar rubra por isso! Querido cérebro, Hayden é meu irmão, entenda por favor e não confunda-me por tal questão ou hipótese.

Trish que estava ao meu lado, certamente percebeu que eu ficara desconfortável com a expressão da tia, então tratou de se adiantar, tirar-me daquela situação.

— Então, tia... aposto que a Ally já tem que ir pra casa e eu, bom... também preciso ir. – a morena me empurrou do banco e junto caminhamos até a porta da cafeteria.

Mas, antes que eu me pronunciasse com um simples tchau ou um aceno de despedida, Sally se ergueu da mesa.

— Eu posso levar vocês. – proferiu aos gritos.

Como antes estávamos sentadas à uma mesa de distância da porta de entrada, aonde Trish e eu estávamos no momento, foram poucos os clientes da cafeteria que olharam para Sally por conta de seu grito, mas ela nem se importou com os olhares.

— Eu moro a uns 20 minutos daqui, Sally. E a cafeteria tá cheia, não quero atrapalhar você no trabalho.

— E com quem vocês vão? – questionou mais uma vez, mas agora com um beicinho.

Sorri para a mulher de cabelos louros encaracolados e dei de ombros.

— Posso ligar para Hayden, tenho certeza que ele já chegou do trabalho.

— E eu posso ir a pé mesmo, tia. Afinal, seu apartamento é somente a quatro quarteirões daqui, passando pelo calçadão da praia.

E mesmo com nossas justificativas Sally gesticulou como se aquilo não fosse preciso e enquanto desatava o nó do avental que usava, avisou-nos:

— Que nada, garotas, posso muito bem levar vocês, aqui no café tem minhas funcionárias e também será um prazer. Sabe, quero andar mais pela cidade, sair mais desse lado, a tempos que eu não ando com o teto do Jazz baixado e na companhia de duas garotas super lindas e legais. Então vamos lá, vamos fazer que nem naqueles videoclipes clichês e cafonas de verão que gravam em Los Angeles.

Trish e eu sorrimos, alegres, enquanto Sally tirava um par de óculos escuros do bolso de sua jardineira e um lenço preso ao cós da veste.

Prendeu parte do cabelo louro com um lenço colorido, pôs o par de óculos de sol no rosto e saiu a nossa frente até o estacionamento do outro lado da rua a procura de um Cadillac rosa bebê a qual ela deu o nome de Jazz.

Batidas repetitivas estalavam em minha porta. Revirei os olhos por instinto e gritei:

— Entra!

— Boa tarde, meu amor! – Hayden adentrou meu quarto com os braços abertos e um sorriso largo. Veio até mim, na cama, e depositou um beijo em minha testa. – Como estou muito feliz, vou fingir que você não gritou comigo com toda aquela ignorância. Então... primeiro você: Como foi seu dia, coração?

Revirei os olhos outra vez e apoiei-me na cama com os cotovelos.

— Em primeiro lugar, já se passaram das 6 horas da tarde então... Boa noite, Hayden. Segundo, sua lista de apelidos “fofos” só aumenta a cada dia, não é?! – contando nos dedos, falava. – E sobre meu dia, hmm, foi aceitável. E quanto ao emprego, se esse for o objetivo dessa sua perguntinha fajuta a resposta é que não, eu não consegui a vaga, então já avisando, não precisa você ficar triste por minha causa, porque aliás eu nem estou tão na deprê assim por conta desse emprego, então... não tem motivos e espaço para a tristeza, OK? OK. Agora me responda o porquê de você está todo alegrinho aí.

Hayden se deitou na cama ao meu lado e com um sorriso no rosto, disse.

— Você é incrível, maninha. – seu sorriso por um segundo tornou-se angelical e terno.

Eu correspondi ao seu sorriso e deitei minha cabeça sobre seu peito, e por alguns minutos permanecemos calados, absorvendo quietos nossos pensamentos.

— Eu fui promovido. – Hayden contou-me depois de vários minutos em silêncio. – Você agora está diante do diretor chefe da revista Seu Acervo online.

Ergui minha cabeça de seu peito e busquei em seus olhos algo que pudesse revelar que aquilo fosse uma brincadeira. Mas não era. Hayden não brincaria com algo do tipo.

Abracei seu pescoço de imediato, quase o sufocando.

— Não acredito! – separei nosso abraço para que eu pudesse olhar sua face por inteiro. – Meus parabéns, diretor chefe da revista Seu Acervo online. – ele riu. – Era a promoção que você queria, Hayden.

— Pois é, e eu consegui.

— E eu estou muito orgulhosa de você. – apertei suas bochechas, provocando-o.

Depois de rirmos, repousei novamente minha cabeça em seu peito. Peguei as folhas a quais eu lia antes mesmo de Hayden chegar no quarto e voltei a estudá-las, e nelas estava incluída a lista de lojas que estavam empregando que Sally e Trish me deram.

Loja de roupas, quiosques no shopping e alguns no píer da praia, três restaurantes perto da praia, salões de beleza, biblioteca e livrarias espalhadas pela cidade, mas a que mais me chamou atenção foi uma escola de artes no Shopping à beira da praia. Quem sabe se eu não consiga uma vaga lá, um estágio seria ótimo ou até mesmo uma vaga como aluna. Pois em pleno último ano letivo, ainda me encontro indecisa sobre qual profissão seguir.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Comentem por favor, preciso saber se ainda estão aí.
Qualquer erro me desculpem e me avisem, OK?
COMENTEM, FAVORITEM, ACOMPANHEM E RECOMENDEM se merecer!
Amo vocês e até logo!
Beijos.



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