The Boy of Mysterious Eyes escrita por Clariie


Capítulo 11
Capítulo 10. – Seus olhos


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi ❤️
Desculpem a todas pela demora, e também peço desculpas àquelas pessoinhas que eu havia dito que iria postar antes (22/01), mas não pude por conta da minha internet que havia caído a tarde e só retornado pela manhã do outro dia por conta da chuva. E eu também não pude postar nesse dia porque minha irmã estava completando ano e uma amiga dela e eu resolvemos fazer uma “festa” surpresa que praticamente durou o dia todo. E domingo, ontem, eu não postei porque passei o dia na casa da minha avó. Desculpa, garotas!
Agradeço MUITO à:
— Sweet Clary
— Juliana Lorena
— um certo alguem (Bem-vindaa!)
— TayGeek
— Pamy Lee Lynch
— MelS2perpetuo (Bem-vindaa!)
— sunshine
— Tina Black Malfoy
— Josynha (Bem-vindaa!)
— Isah Larano
A MAIOR QUANTIDADE DE REVIEWS QUE EU RECEBI EM UM CAPÍTULO! OBRIGADA, MINHAS LINDONAS! LOVO VOCÊS!
E sem mais delongas, MAIS UM CAPÍTULO!

Boa leitura e ENJOY! Nos vemos lá embaixo.



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— Gavin é bonito, sim – confessei às garotas com receio, quem sabe se depois elas não iria ficar jogando suas brincadeirinhas na minha cara –, e pelo que ele mostrou-se ser, também é um cavalheiro, divertido, super legal e ainda por cima, inteligente.

— O pacote completo, então?! – Kira disse com um olhar malicioso.

— Não de fato... – sorri para a morena que parecia me desafiar com o olhar.

Estávamos no refeitório almoçando, reunidas em uma só mesa perto da parede. Rydel na cabeceira da mesa e Brooke sentada ao meu lado, mordiscando um aspargo de sua salada com mal vontade, e Kira, sentada à minha frente encostada na parede, fazia-me um interrogatório sobre o aluno à qual me salvou do tombo hoje mais cedo.

Com Kira dando trégua por dois minutos, aproveitei e comi algumas garfadas da minha salada de morango com rúcula.

Mas sabe, foi só dois minutos mesmo, pois a morena logo voltou a berrar.

— Meninas, é impressão minha, ou o pacote completo para Ally tem que ter no rótulo: surfista, cantor, sarado, gostoso, bad boy, dançarino, deus grego, talentoso...

Ela continuou a olhar pra mim como se quisesse me provocar, ou, simplesmente quisesse que eu admitisse algo.

— Nossa, Kira, você acabou de descrever Austin Moon! – Brooke empurrou meu ombro levemente e expôs seu melhor sorriso angelical falso.

Fuzilei as duas com o meu melhor olhar mortífero, causando risos somente em Rydel e Brooke, a morena à minha frente continuava a me fitar com um sorriso de lado desafiador. Seria bom ter um dardo tranquilizante nesses momentos, sabe... ou uma faca, só para ameaçar mesmo.

Eu certamente estava no meu limite “paciência”.

— O que é que você quer que eu faça, Kira? – cedi largando o garfo no tampo da mesa.

Ela sorriu triunfante. Com a coluna reta e os antebraços sobre a mesa, ela curvou-se para a frente e sussurrou:

— Que você tome uma iniciativa e vá falar com ele!

Olhei para o rosto da morena, observando cada detalhe de sua expressão, e me permiti pensar em Austin outra vez. Quando Kira disse pra mim “ir falar com ele”, ela se referia a ele, Austin. E tudo porque Rydel havia aberto o bocão dela e dito que Austin e eu não havíamos nos falado ainda desde a noite do jantar na casa de Evans. Então, Kira meio que me passou o maior sermão durante a segunda aula, cuja qual eu tive com ela. Disse que eu precisava falar com ele normalmente, porque às vezes os garotos daqui – e isso inclui Austin, como a mesma disse – pagam de idiotas quando saem com as garotas e depois não tomam a iniciativa de vir falar com nós. E se nós, garotas, caso não formos falar com eles, eles, os garotos, iriam achar simplesmente que tudo não passou de uma noite, me explicou detalhadamente.

Fiquei seriamente pensando na hipótese de ir falar com ele agora, o único problema era que Austin estava do outro lado do refeitório em uma mesa rodeada de garotos.

— Ally, dá pra você parar de me olhar dessa forma, você tá me assustando! – a voz da morena me despertou do transe.

As garotas sorriram quando perceberam que eu estava tão presa em meus pensamentos. Provavelmente, suspeitaram aonde minha mente vagava.

— Ally, por favor, não nos diga que você está apaixonada por ele! – Rydel cochichou com um sorriso malicioso debruçando-se sobre a mesa.

Kira e Brooke sorriram mais e eu simplesmente revirei os olhos dando pouca importância a questão. E antes que as três continuassem com suas perguntinhas sobre meu envolvimento com Austin ou me forçassem a responde-las, vi pelo canto do olho Trish saindo do refeitório com uma pilha de livros em seus antebraços.

Eu notavelmente fui salva de amigas curiosas.

— Trish! – gritei me erguendo do banco, não só ela como todos do refeitório olharam pra mim. – Espera aí, por favor.

Recolhi minha bandeja e a deixei sobre o balcão para ser recolhido, antes de ir correndo até Trish já na porta do refeitório.

— Oi – cumprimentou-me com um sorriso assim que eu me pus ao seu lado.

— Oi – respondi-a com um sorriso de orelha a orelha, pois além de eu estar muito contente por ela ter aparecido justo naquele momento, eu também estava feliz por revê-la. – Trish, você não imagina a tamanha saia justa que você acabou de me salvar.

Despejei entre risos, fazendo com que a morena ao meu lado rolasse os olhos, sorrindo.

— Imagino que Kira Starr e seus “encostos”, se é que me permite dizer – olhou-me de relance ao ver meu sorriso de pura diversão –, sejam bem difíceis de se aturar. – mesmo segurando sete livros enormes, Trish fez aspas com os dedos e comentou brincalhona, causando-me risos abafados.

— Digamos que elas são bem exigentes. Principalmente, Kira. – fiz questão de dar grande ênfase a palavra.

Trish e eu rimos enquanto caminhávamos por um dos corredores vazios da grandiosa Marino. Eu, particularmente conhecia Trish há tão pouco tempo que mal percebia, afinal agíamos como se fossemos grandes amigas desde a infância. Era realmente legal, admito. Nunca fui aquela garota de se ter uma amiga para se chamar de “melhor”, se é que me entendem, sabe, por que assim, eu tinha algumas amigas na Califórnia, principalmente Jeny que além de ser uma prima de sangue, também era uma grande amiga, mas não, ela não chegava a ser minha “BFF”, como as outras garotas costumam dizer.

Ah... e também tinha Eric. Garoto que morava na mesma rua que a nossa e que era como um membro da nossa família, principalmente por ter passado sua infância toda com a minha companhia e a de Hayden, que, esse sim o considerava como seu melhor amigo e irmão. Eric era um bom amigo assim como Jeny, cheguei até a namora-lo por 3 meses, mas eu não conseguia sentir algo há mais do que apreço e não se passava de uma simples “distração”, se não for ousado de minha parte dizer assim. No fundo, tudo não passava da amizade que tínhamos cativados um do outro durante os anos passados.

Mas em relação a Trish era diferente... acho que não sou capaz de explicar isso com palavras. Era como se ela me entendesse e eu pudesse contar tudo, simplesmente tudo, à ela. Eu confiava nela.

Quando dei por mim, a morena e eu estávamos subindo uma escada.

— Aonde estamos indo?

Antes de responder, Trish olhou-me de soslaio e sorriu, despejou os livros em meus braços e suspirou.

— Pelos deuses, Ally! como esses malditos livros são pesados – parada um degrau acima, esbravejou sacudindo os braços dramaticamente.

Eu estava com sete livros enormes e pesados sobre meus finos braços. Cheguei a pensar seriamente em ter escutado um de meus ossos trincarem quando a morena jogou todos eles em meus braços, e não isso não era exagero.

— E a culpa é minha? – retoricamente, indaguei.

Trish riu de minha expressão e retirou quatros livros aliviando boa parte da dor em meus antebraços, então voltamos a andar.

— Foi mal aí – ela sorriu minimamente –, a culpa mesmo é daquela bibliotecária gaga que me mandou deixar esses livros no depósito.

Sorri vendo toda a cena que Trish fazia. Essa sim era uma garota dramática!

— Oras, e você está trabalhando na biblioteca?

— Detenção – explicou-me revirando os olhos.

— Uau... – sorri. – e por que você tá de detenção?

A morena ao meu lado sorriu, provavelmente relembrando o motivo.

— Joguei suco na cara de um garoto na frente do diretor. – disse normalmente.

Não me contive e gargalhei. Como assim ela já havia arranjado confusão no primeiro dia de aula? Incrível!

— Por quê? – questionei entre risos.

— O garoto é um asno ambulante!

Ela estava indignada, reação que me causou mais risadas.

— E quem é o tal “asno ambulante”, Trish?

— Dezmond, melhor amigo de Austin Moon – respondeu-me com desdém ao pronunciar tais nomes. –, conhece?

Ela virou seu rosto em minha direção esperando por uma resposta à sua pergunta.

Gargalhei quando percebi que Dezmond provavelmente seria o nome verdadeiro de Dez, mas risos que foram cessados assim que questionou-me ao fim. Eu poderia dizer-lhe a verdade, que sim, eu os conheço. Mas mesmo conhecendo os dois não queria revelar isso a Trish, não agora, não queria mais pessoas fazendo perguntas à mim sobre qualquer outra pessoa.

Como eu disse, minha paciência estava no limite por hoje, e olha que ainda é meio-dia.

— Os conheço apenas de vista – menti. –, Rydel me apresentou os dois, mas foi algo rápido.

Trish pareceu acreditar em minha resposta, pois deixou de lado.

E depois de subir as escadas ao encalço de Trish e chegar ao terceiro piso, caminhamos até um dos corredores mais afastados do andar.

— Onde fica esse depósito, Trish? – quebrei o silêncio enquanto vasculhava o corredor cheio de portas com os olhos.

— Donna disse que é na última porta à direita. – falou indo em direção a tal porta. Eu apenas a seguia com três livros sobre os braços.

Assim que chegamos em frente a porta, Trish a destrancou e abriu-a revelando uma saleta lotada de estantes de aço e madeira. Haviam dezenas de caixas espalhadas pelo chão e empilhadas uma na outra formando uma torre desajeitada até o teto, pra mim aquilo poderia cair a qualquer momento e se caso estivessem cheias de livros e arquivos tornando-as extremamente pesadas, seria trágico o acidente. Também tinha armários e algumas escrivaninhas de madeira, quase não havia espaço vago naquele cômodo.

Ouvi Trish suspirar ao meu lado, cansada.

— E pensar que eu quase tive que organizar toda essa bagunça.

Ela entrou na sala e foi logo procurando nas etiquetas das prateleiras por alguma especifica. Eu adentrei a sala e me pus do lado oposto ao dela.

— Aonde eu coloco esses livros, Trish?

— Na contracapa de cada livro há a categoria correta. – explicou-me sem olhar para trás. Assenti.

Enquanto eu me espremia entre duas prateleiras procurando a prateleira de “não-ficção” e “neoclassicismo”, senti meu celular no bolso da jaqueta vibrar.

Retirei o aparelho do bolso e vi uma mensagem de Austin no visor.

“Aonde você tá?” dizia a curta mensagem.

De certa forma, achei aquilo estranho, mas engraçado. Então não foi apenas uma noite para você, Austin Moon?

E de uma forma desajeitada, eu digitei e enviei as poucas palavras sorrindo de orelha a orelha:

“Terceiro piso, último corredor, última porta”

Não obtive resposta do loiro de imediato, então guardei o celular no bolso da jaqueta e continuei o processo de busca pelas diversas prateleiras das diversas estantes. Quando em menos de dois minutos, ouvi um assobio corredor afora.

Deduzi ser Austin.

— Trish? – chamei pela morena e não recebi resposta. Me esquivei entre as estantes e vi a morena no fundo da sala abaixada no chão guardando os livros em uma prateleira, ela agora estava usando seus fones de ouvido e cantarolava uma canção aos sussurros.

Não quis chama-la outra vez e quando me virei novamente, Austin Moon estava parado do outro lado da saleta ao lado da porta.

— Oi – acenou uma única vez e pôs novamente sua mão no bolso do jeans que usava. Seu sorriso de lado permanecia moldados perfeitamente em seus lábios e por um mero segundo eu lembrei-me da segunda vez que o vi.

Naquele bar, após o show, Rydel levou-me para conhecer os garotos e foi assim que eu vi Austin: as mãos presas nos bolsos do jeans surrado e seu sorriso de lado. Era engraçado por um lado lembrar do loiro naquela noite, e por outro lado estranho, ele estava tão arrogante, insuportável para ser direta. E agora, tão... dócil. Era bastante estranho, afinal, por que ele mudaria dessa forma da noite para o dia?

Por várias vezes eu mesma me flagrei fazendo tal pergunta, ela sempre martelava quando eu estava de mente aberta, mas eu nunca pude encontrar uma resposta, poderia imaginar várias, mas nunca a que realmente seria.

Talvez eu só devesse questiona-lo e esperar por sua resposta, mas eu, nitidamente, não tinha coragem para isso.

— Oi – acenei de volta –, o que faz aqui?

— Vim ver você, saber como está... – ele pendeu a cabeça para um lado e olhou-me de cima à baixo e se deteve em meus olhos. – E então, como você está?

Revirei os olhos e sorri para o loiro à poucos metros de distância.

— Estou bem, obrigada por perguntar – virei-me de costas para o loiro voltando a procurar as categorias dos livros nas etiquetas das prateleiras das estantes, e olhei por cima do ombro para ver sua expressão ao ouvir –, mas não me venha com essa, loiro.

Antes de me virar para as prateleiras novamente, joguei uma piscadela e em seguida ouvi seu riso abafado. Havia encontrado a prateleira de livros do gênero neoclassicismo, então guardei um dos livros, e quanto ao outro de não-ficção encontrei sua prateleira, o problema era que ela era a mais alta da estante.

Fiquei na ponta dos pés e estiquei meus membros, na falha tentativa de encaixa-lo entre os outros livros. E quando eu já ia colocar o pé na primeira prateleira para ficar mais alta, senti o corpo rígido de Austin atrás de mim. Ele pegou o livro delicadamente da minha mão e esticou apenas o braço, guardando o livro em seu devido lugar.

Eu podia ouvir sua respiração acima de minha cabeça quando me virei de frente para ele, mantive-me de cabeça baixa quando agradeci, não seria capaz de olhar em seus olhos tão desconhecidos por mim.

— Obrigada – repassei a palavra dita em minha cabeça como um disco ralado, e me xinguei mentalmente quando notei que minha voz saíra trêmula, mesmo que minimamente.

— Eu quis me prevenir caso você resolvesse tropeçar perto de outro cara por aí. – ele respondera a minha pergunta anterior, o que me fez sorrir.

Austin observava minha face cautelosamente com seu sorriso de lado. Seus olhos pararam nos meus quando levantei minha cabeça por completo.

Estávamos conectados.

Peguei-me novamente observando cada mísero detalhe de sua íris. Dizem que o olho é o único lado da alma que se pode ver, sendo assim, eu estava perdidamente decidida a descobrir os segredos da alma de Austin Moon através de seus olhos.

Seus olhos hipnotizavam-me a ir atrás dos mistérios que eles escondiam.

— Seus olhos são tão lindos... – declarei inerte.

Com receio, toquei-lhe a face com a ponta de meus dedos e acariciei sob seu globo ocular. Austin fechou os olhos em deleite a sensação e sorriu ao abri-los novamente.

Você é linda, Ally – seu timbre baixo e grave despertou a parte de meu cérebro a qual havia se calado e quando percebi, Austin havia avançado em direção a minha boca.

Seus lábios tombaram nos meus, como uma onda é quebrada pelos rochedos.

Ele me beijou calorosamente, com ternura e carinho. Nossos lábios pareciam dançar uma música clássica; lentamente.

Suas mãos repousaram em minha cintura sob a jaqueta e por instinto, levei minhas mãos ao seu pescoço, enlaçando-o.

Meus dedos brincavam com seus fios platinados.

Era uma sensação indescritível, como se eu estivesse exposta ao frio e de repente surgisse uma chama dentro de mim me aquecendo. Talvez fosse apenas o calor corporal por estarmos tão próximos, talvez não... só era... Eu não queria saber o que era, só queria aproveitar o momento. Momento que foi quebrado quando um grito agudo soou na sala.

Austin e eu nos separamos rapidamente, pouco ofegantes. Eu, rapidamente o coloquei atrás de meu corpo como se fosse capaz de esconde-lo.

— Gente, desculpa, desculpa – Trish estava nos encarando com os olhos arregalados surpresos e as mãos sobre a boca, tentando segurar o riso.

Olhei-a com os olhos arregalados pedindo socorro em silêncio. Um olhar significativo e pronto, ela havia entendido o recado.

— Hmm... Ally, nós temos que ir – ela se embolou nas próprias palavras. – Austin, quando você sair fecha a porta e entrega as chaves para a Donna, a bibliotecária gaga, por favor! Obrigada.

Trish agarrou meu antebraço e me puxou até a porta, ela ainda tentava segurar o riso.

— Até mais. – acenei sem jeito e saí puxando Trish porta afora.

Corremos corredor e escadarias rindo da situação até chegarmos ao primeiro piso, aonde alguns dos alunos já estavam espalhados.

Trish, a meu pedido, guiou-me até o banheiro feminino.

Então entramos no banheiro que estava vazio, com exceção de uma garota que estava chorando prantos na última cabine, Trish pareceu nem notar o barulho de choro, pois gargalhou escandalosamente enquanto eu apenas enrubescia ao pé da pia, de frente ao espelho eu podia afirmar meu tom de tomate.

— Ally! Menina, você me disse que só conhecia ele de vista. – ela arregalou os olhos dramaticamente e se pôs ao meu lado na pia. – Eu bem que desconfiei daquela sua resposta esfarrapada... Sua mentirosa!

Ela estapeou meu ombro e caiu na gargalhada novamente.

— Trish, por favor! – pedi baixando minha cabeça, pois eu não suportaria que a morena me visse tão rubra, seria mais constrangedor ainda.

Percebi que a garota que antes chorava dentro da cabine, se mantinha calada. Estranhei, será que ela desmaiou?

— Pelos Deuses, vocês estavam no maior amasso! – e gargalhou mais ainda.

— Trish! – olhei para a garota de frente e a repreendi.

Ela mordeu o lábio inferior com brutalidade, querendo cessar a crise de risos e suspirou pesadamente repetindo baixinho para si mesma “controle-se”.

— Ok, ok, parei. – ela disse fitando-me.

— Obrigada. – agradeci e virei-me para o espelho.

Observando meu reflexo no espelho me peguei pensando em Austin e nosso – não mais quase— beijo. Sacudi a cabeça tentando afastar esses pensamentos que sempre me levavam ao loiro de minha cabeça e baixei-a à torneira. Enchi a mão com água e lavei meu rosto. Não me preocupei com a maquiagem, pois sabia que os produtos eram a prova d’água, a única coisa mesmo que já não havia em meu rosto era o gloss que, por conta de certo loiro, saiu.

Quando levantei a cabeça e enxuguei meu rosto delicadamente com uma toalha de papel, a voz do diretor soou pelos alto-falantes da escola.

— Peço à todos os alunos que compareçam ao pátio, pois gostaria de dar as boas-vindas – dizia a voz eletrônica – e fazer um comunicado. Obrigado.

— Nossa... você e Austin Moon. – Trish ainda me encarava boquiaberta – Quem poderia acreditar?!

Ri da garota e a puxei pelo braço, saindo do banheiro para ir ao pátio.

— Um aviso, só tome cuidado com a cobra da Piper, por que digamos que ela tenha uma paixonite doentia não correspondida por Austin e com a ajuda de seu primo Bradley e a comparsa sanguessuga da Cassidy ela além de ouvir de tudo, consegue qualquer coisa.

Uma faisca momentânea cintilou dentro de mim ao pensar em Piper e eu no mesmo prédio. Algo me dizia que isso não iria dar certo. Mas logo a garota sumiu de meus pensamentos.

Pensamentos que somente Austin Moon ocupava.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam do capítulo? Particularmente, eu amei-o!
Por favor, comentem, garotas. Nem que seja uma mera linha ou palavra. Seus reviews me deixam super-mega feliz!
Vocês viram a nova capa? gostaram, eu espero que sim. Por mais simples que pareça, me deu um trabalhão! ashuash
AMO VOCÊS!
Beijos ❤