O Acordo Perfeito escrita por Mila Karenina


Capítulo 40
Nós não escolhemos o amor, o amor nos escolhe.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Sim, eu estou triste e não há nada que vá me deixar feliz. A fic está terminando, ou melhor, esse é o último capítulo e eu estou desolada!
Não tenho muito o que falar, apenas sentir :(



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A vida é uma eterna provação. Vendo Matt dormindo ao meu lado mil e um pensamentos vieram à minha mente. Bons e maus pensamentos. Bons e maus momentos que passamos juntos, mas se alguém me perguntasse se eu me arrependi de algum deles com certeza ouviria um "Não" da minha boca. Ele era maravilhoso até dormindo e uma pontada no meu coração me lembrou da maldita decisão que eu tinha tomar. Eu deveria falar tudo pra ele. Sobre ser modelo, sobre as ligações que ele vinha recebendo, sobre ele ir pra Rússia e sobre nós. Matt dormindo parecia um anjo e só o sentimento de ficar longe dele, de repente me machucou. Eu seria incapaz. Ele poderia fazer qualquer coisa e eu ainda o amaria. Eu nunca acreditei em almas gêmeas e com certeza ele não era a minha alma gêmea, não éramos parecidos em nada. Mas se tinha alguém no mundo que conseguia me fazer sorrir em poucos segundos, ah! Esse sim era Matt. O garoto besta que roubou meu bolo em meu quarto aniversário e que me fez pular em cima dele por isso. O garoto que me deu o primeiro beijo de verdade e talvez o mais estranho de toda a minha vida. O garoto que me levou para a minha primeira festa de verdade e claro! O primeiro homem da minha vida. Ele tinha sido o meu primeiro em muitas coisas e eu queria que ele continuasse sendo. Sempre critiquei a baboseira romântica, mas ela cada dia parecia fazer mais sentido.

Meu namorado abriu os olhos azuis de repente e eu sorri. Ele pareceu notar que havia algo de errado comigo, pois se sentou e me olhou com pesar.

— O que foi? — ele perguntou e eu segurei suas mãos.

— Nós precisamos conversar.

Eu disse e de fato precisávamos. Namorando com Matt eu consegui mudar muito. Mudanças boas aconteceram, mas mudanças ruins também. Eu perdi a minha insegurança e me tornei uma pessoa mais corajosa. Entretanto eu ás vezes conseguia ser arrogante também e era o que eu tinha me tornado nos últimos dias. Arrogante e egoísta. Eu tinha até cogitado simplesmente seguir uma carreira sem ele ao meu lado. Eu além de ter sido egoísta ao pensar uma coisa dessas, fui completamente tola. Eu mal conseguia passar um dia sem ele, como conseguiria passar uma vida?

— Eu preciso que você me explique sobre essas ligações misteriosas — pedi e ele pareceu profundamente confuso.

— Não sei do que está falando.

Eu suspirei.

— Claro que sabe! — protestei. — Não quero mentiras no nosso relacionamento.

Matt simplesmente revirou os olhos. Eu sabia que ele me diria a verdade, mas me irritava o fato de ele pelo menos ter escondido algo de mim. Como se eu pudesse falar algo, eu estava escondendo muitas coisas dele. Eu estava mesmo sendo uma vadia hipócrita.

— Isso é sobre a minha viagem para a Rússia — ele afirmou enquanto olhava para as suas mãos. Ele parecia nervoso. — Eu já disse que não quero ir, mas têm uma pessoa que continua insistindo.

— Você tem certeza de que não quer mesmo ir? — eu perguntei desconfiada e ele me lançou um de seus olhares de pura implicância.

— Não gosto das russas, elas são sei lá... Loiras demais.

Respirei fundo e lancei um dos meus olhares que meteria medo até em mim.

— Estou falando sério. Isso é o seu futuro e com isso não se brinca — eu disse vacilante. Eu nunca aceitaria que ele fosse para a Rússia, mas eu podia fingir que sim.

— Eu não quero mesmo ir para a Rússia. Seria uma ótima oportunidade e com certeza se fosse há alguns meses atrás, eu aceitaria sem dúvidas, mas há coisas mais importantes que ser uma estrela no vôlei.

Senti uma pontada forte no peito. Ele conseguia ser tão maravilhoso que por vezes doía em mim. Mas eu precisava terminar essa conversa de uma forma adulta.

— Pode, por favor, me dizer quem está te ligando?

Ele sorriu de lado e finalmente abriu a boca depois de alguns minutos.

— Meu pai. É meu pai que anda me ligando. Satisfeita?

Por alguns segundos, eu fiquei sem piscar. Seu pai? Eu nunca tinha ouvido falar muito sobre o pai de Matt, mas pelo pouco que eu sabia, eles nem tinham contato. Como ele poderia estar ligando para Matt e querendo o levar para a Rússia? Aquilo foi como um tapa para mim. Eu realmente sabia muito menos do que eu pensava sobre Matt e isso me irritou de certa forma.

— Seu pai? Tem certeza? — perguntei e ele pareceu achar graça.

— Eu tenho um pai, Melzinha. Ele pode até não ser presente, mas ele existe e de vez em quando aparece — eu ainda estava com os olhos arregalados. — Minha mãe não pode nem sonhar com isso. Ela o odeia com toda a força que têm.

— Por quê?

— Meu pai é um criminoso.

*/*

Não lembro muito do que aconteceu em seguida, mas lembro de ter surtado por algum tempo. Matt me explicou que seu pai era um traficante e por isso ele quase nunca aparecia e também contou que ele não oferecia nenhum perigo para ele. Claro que eu duvidei. Ele me disse também que seu pai queria o levar para Rússia ainda nessa semana, mas ele recusou firmemente e manteve sua palavra de não ir. Sua mãe havia tido uma rápida relação com ele e ela resultou em Matt. Por alguns segundos eu me peguei tentando imaginar o pai de Matt. Eu simplesmente não conseguia imaginar, pois todos os traços de Matt vinham de sua mãe. Desde os olhos azuis à pele clara.

— Como ele é? — perguntei ainda absorta em minhas idéias malucas.

— Alto. Mais alto que eu — Matt explicou e eu levantei as sobrancelhas. Ele deveria ser um poste então. — Ele também é moreno. Bem moreno mesmo e ele também deve pesar uns cem quilos. Sem contar o seu bigode notável e o seu cabelo preto.

Eu estava chocada. Ele tinha descrito uma espécie de anão gigante, se é que esse conceito existe mesmo.

— Eu tenho algo pra te falar — comecei. — Eu recebi uma oferta de hã... Emprego.

Matt limpou a garganta.

— Eu não vou aceitar que você seja prostituta.

Lhe dei um belo tapa e ele caiu na gargalhada.

— Não é isso e você sabe — ele deu língua. — Me ofereceram um emprego de modelo.

Ele não pareceu chocado, mas também não pareceu satisfeito com a revelação.

— Você negou certo? — ele perguntou e eu não soube responder.

— Eu não neguei. Não exatamente, mas eu não vou ao estúdio amanhã e ele vai presumir que eu não estou interessada.

— Isso parece familiar.

— Foi o que disse quando perguntei se negou ir para a Rússia.

Ele sorriu e me puxou para si. Me abraçando com ternura.

— Tem uma coisa que eu tenho que te confessar — eu disse e ele me soltou. Parecia surpreso.

— Por favor, não diga que sua menstruação atrasou — ele falou e eu caí na gargalhada.

— Não vamos ter um bebê, se acalme.

— Então o que é?

— O azul dos seus olhos é a minha cor predileta — eu falei olhando em seus olhos e ele pareceu envergonhado. Eu nunca pensei que veria isso acontecer, mas aconteceu.

Suas bochechas agora estavam vermelhas e eu segurei o riso.

— Não esperava por isso, não é?

— Claro que não. Você está estranha ultimamente. Está envolvida com algo errado?

— Você é a única coisa errada que eu me envolvo — respondi confiante e ele riu de novo.

Nós voltamos a ficar abraçados e naquele instante eu descobri o que já estava na frente dos meus olhos. Não existiria vida sem Matt. A minha existência parecia resumida em amá-lo sem parar. E foi com essa certeza que eu adormeci em seus braços novamente.

Eu não seria modelo e não estava me importando muito com o meu futuro. Tudo se resumia a Matt. Se ele estivesse comigo, eu estaria bem.

*/*

O resto da semana passou rápido e logo o dia da nossa formatura chegou. Eu não comentei sobre o meu “suposto” emprego de modelo com ninguém além de Matt e também não vi mais Vanessa depois disso. Ela simplesmente não respondia minhas mensagens e não atendia minhas ligações, decidi deixá-la ter seu tempo. Cory cada dia se mostrava mais carinhoso comigo e eu comecei a estranhar aquele comportamento, mas me calei. Matt finalmente contou para a sua mãe que seu pai estava entrando em contato e ela pirou, é claro. Por sorte eu estava lá e a acalmei. Eu amava a minha sogra e cada dia era mais grata por ela ter colocado o meu namorado no mundo.

Matt conseguia fingir muito bem, mas estava óbvio que quanto mais o dia da formatura se aproximava, mais nervoso ele ficava. Eu tinha que admitir que ele era a pessoa mais linda do mundo em um terno (e sem ele também), mas eu não admitiria isso na sua frente. Eu comprei um simples vestido para a minha formatura, não era nem um pouco extravagante e se resumia em um vestido rodado azul claro, da cor dos olhos de Matt pra ser mais precisa. Por mais que ele fosse simples, eu me sentia linda com ele no corpo e minha mãe concordou.

A senhora Guire vestia um longo vestido verde-escuro e tinha os cabelos curtos presos em um penteado. Eu ousaria dizer que ela estava mais arrumada que eu. O meu cabelo estava apenas alisado e caía longo pelas minhas costas, eu estava enjoada dele e tinha certeza de que o cortaria logo que terminasse a festa. Maria também chegou e estava muito linda com a sua enorme barriga de grávida e o seu vestido rosa bebê. Eu juraria que ela não tem mais de vinte e cinco anos se não a conhecesse. Jeremy vestia uma blusa social cinza que não caía bem nele e uma calça preta. Ele parecia mais adulto de alguma forma e ele também tinha trago o seu filho. Eu já tinha ouvido falar muitas vezes dele e de como ele foi criado na Rússia com a sua mãe que fugiu com outro, mas nunca tinha o visto na minha frente. Ele tinha o cabelo em um tom de loiro alaranjado e tinha olhos verdes, mas não como os meus, os dele eram mais claros e menos intensos. Parecia como a água de algum riacho muito bem cuidado e sem nenhuma poluição. Ele era da altura de Jeremy e eu tinha que admitir que ele era bonito. Não chegava nem aos pés de Matt, mas ainda sim era bonito.

— Oi feiosa! — Jeremy disse e me abraçou.

— Oi velhote! Caraca! Hoje você conseguiu parecer ainda mais velho do que realmente é.

— Esse aqui é o meu primogênito, ele se chama Dimitri — ele falou apresentando-me ao garoto que apertou minha mão.


Eu suspirei e olhei para o garoto que parecia esperar que eu dissesse algo.

— Eu sou Melanie, prazer.

Ele limpou a garganta.

— Prazer em te conhecer e obrigado por ter aceitado um completo estranho em sua festa de formatura — ele falou com um sotaque carregado que entregou que ele era russo.

— Sem problemas — eu ri. — A festa fica melhor com mais convidados.

Eu falei e saí do meu quarto. Maria me seguiu e me abraçou também.

— Você parece ótima, irmãzinha — ela comentou e eu dei um amplo sorriso.

— Você também.

— É. Eu estou mesmo muito feliz. Presumo que o motivo de toda a sua felicidade seja o fofinho dos olhos azuis, não é?

Eu corei e ela deu uma gargalhada.

— Sim, mas digamos que agora ele é mais gostoso do que fofo.

Ela deu um sorriso malicioso.

— Imagino. Mal posso esperar para vê-lo novamente — ela comentou e foi para o banheiro.

Cory veio até mim pomposo em seu terno. Ele estava bonito e seu cabelo estava jogado para trás e estiloso. Seus olhos verdes brilhavam e ele me abraçou fortemente. Eu olhei-o completamente confusa.

— Ah Mel! Eu tenho sido um babaca com você. Eu gostaria de pedir desculpas por todas as babaquices que eu te disse e te fiz pensar sobre mim. Você estava certa sobre a Breeze e também estava certa em muitas outras coisas. Eu te amo e quero que saiba disso e que pode contar comigo para o que der e vier, ok? — ele falou e eu sorri.

— Ok. Eu também amo você e fico feliz que pareça feliz agora. Falando nisso, quem você vai levar para o baile?

— Não posso falar — ele falou com um meio sorriso e eu logo imaginei que poderia ser Vanessa.

— Então não vou te contar com quem eu vou.

Ele revirou os olhos.

— Eu sei que você vai com o Mattinho — ele falou com voz de bebê pra me provocar.

— Acho que está meio óbvio — refleti e passei os braços pelos seus ombros.

Descemos as escadas assim e eu logo dei de cara com o meu pai. Não era novidade nenhuma vê-lo de terno e gravata, ele podia até estar indo para a minha formatura, mas parecia estar simplesmente vestido para ir trabalhar. Quando ele viu que eu e Cory estávamos abraçados, sorriu.

— Meus filhos se formando! Que emoção — ele disse com firmeza.

Nos últimos dias ele estava sorrindo mais, mesmo assim ele continuava com a sua postura rígida e continuava controlando nossas vidas. Eu já tinha me acostumado com isso e só de ele não falar nada sobre eu dormir na casa de Matt todos os dias, eu já ficava feliz.

Me encontrei com Matt na frente da minha casa e ele estava lindo como sempre. Quando ele reparou o meu vestido, ele respirou fundo e sorriu. Com certeza ele havia reconhecido a cor.

— Minha cor predileta — comentei selando nossos lábios.

— A cor dos meus olhos — ele disse piscando os olhos azuis.

— É uma cor linda. Só perde para os meus. Verde esmeralda é uma cor incrível. Eu deveria agradecer à minha vó pelos seus genes.

— Sabe o que eu andei pensando? — ele falou e eu neguei. — Nossos filhos serão tão lindos que acho que será uma ofensa grande para o resto do mundo que eles caminhem pela rua.

Eu ri. A idéia de ter filhos não costumava passar pela minha cabeça, por mais que eu adorasse tentar fazê-los, eu nunca tinha parado para pensar em como serão nossos filhos. E eu torcia internamente para que eles tivessem os olhos de Matt. Com certeza eles seriam morenos, já que nós dois somos. Mas como tenho genes loiros na família, não seria uma surpresa termos filhos loiros. O que eu certamente não gostaria de ver, já que Matt com certeza se lembraria de Mike.

— Eu concordo. Eu tenho que admitir que você até que é bonitinho — respondi e ele bagunçou meu cabelo.

— Eu sou lindo e você tem consciência disso.

Tentei em vão, arrumar o meu cabelo. Ele sorriu e eu suspirei. Minha família entrou no carro do meu pai, que cabia sete pessoas, e eu continuei parada. Eu iria com Matt e pela primeira vez na vida, iria andar de moto. Prendi o meu alisado cabelo em um coque e coloquei o capacete. Matt fez o mesmo e acelerou mais do que era necessário de propósito. Apertei minhas mãos contra ele e suspirei quando finalmente chegamos. Adrenalina demais não é uma coisa muito boa.

O estacionamento da escola estava lotado de carros e motos e pessoas muito bem arrumadas entravam e saíam o tempo todo. Saímos da moto e caminhamos de mãos dadas para o centro de tudo. Os agradecimentos e orações não demoraram muito e logo conseguimos nos sentar com nossos familiares. Conseguimos colocar a mesa da família de Matt junto com a minha e eu logo reconheci o priminho de Matt, o que se achava ótimo com as mulheres. Quando ele me viu, ele pareceu assustado e eu ri.

— Você é a namorada dele? — o garoto perguntou e eu assenti.

Eu estava com o braço apoiado em Matt e ele tirou rapidamente e me olhou confuso.

— Vocês se conhecem? — Matt perguntou confuso e eu sorri.

— Mas é claro que sim. Ele estava me cantando no shopping e eu até cogitei ficar com ele, ele é irresistível, mas eu percebi que não poderia fazer isso. Você ficaria muito arrasado e não era isso o que eu queria — eu disse piscando um olho para o garoto.

— Eu não sabia que ela era a sua garota — o garoto se defendeu e Matt
riu.

— Não vou deixar a minha namorada perto de você. Vamos Mel! — Matt falou em tom brincalhão e me levou para a pista de dança.

A festa estava apenas começando e um DJ animava tudo. Algumas músicas POP tocavam sem parar e várias pessoas dançavam. Matt passou as mãos pela minha cintura e colou nossos corpos.

— Eu não sei dançar — adiantei e ele riu de lado.

— Eu sei que você não sabe.

— Quer me fazer passar uma vergonha dessas? — perguntei e ele novamente sorriu.

— Não. Eu quero apenas te ensinar, gatinha.

— Não me chame de gatinha.

— Ok, gatinha.

Pisei em seu pé de propósito e ele soltou um grito abafado.

— Por que fez isso? Só porque te chamei de gatinha?

— Não. Apenas é uma resposta para aquela maldita foto que você colou no meu armário.

Eu ri, lembrando da cena. Eu havia ficado irada no dia, mas agora nem me incomodava. Nós nos odiávamos na época, ou melhor, fingíamos que nos odiávamos. Eu sabia perfeitamente que nunca havia o odiado de fato, apenas não suportava sua presença. O que é totalmente diferente.

— Você ainda se lembra disso? — ele perguntou.

— Como se eu pudesse esquecer.

E foi aí que eu finalmente consegui reconhecer alguém. Rapidamente eu vi Mike e bem, Vanessa estava com ele. Eu achei que eles provavelmente fossem um dos casais mais improváveis, mas quando os vi se beijando, lembrei de quando Mike perguntou para Vanessa quem seria o garoto capaz de deixá-la louca.

— Olha isso — cutuquei Matt e ele olhou sem disfarçar. — Eu nunca imaginaria.

— Nem eu — ele respondeu parecendo irritado.

— O que foi?

— Porque é que você tinha que olhar pra ele? — ele respondeu ciumento.

Mais uma crise de ciúmes. Ótimo. Suspirei e revirei os olhos. Matt me olhou e me abraçou.

— Me desculpe. Eu tento não sentir ciúmes, mas é mais forte que eu.

— Tudo bem — respondi e então vi outra cena que merecia minha atenção.

Cory conversava animadamente com Angela e então eu percebi. Ela era a garota que ele disse que traria ao baile. Eu fiquei um pouco decepcionada, mas não disse nada. Se ele estava feliz, então ok. Matt percebeu para onde eu olhava.

— Não se meta. Se tem uma coisa que eu aprendi é que a gente não escolhe o amor, o amor nos escolhe — ele falou e eu arregalei os olhos.

— Você filosofando? Que bicho te mordeu?

— O amor — ele respondeu e eu o beijei.

Eu não tinha certeza sobre nada. Nem sabia sobre o amanhã, mas sabia que o amava e por hora, isso já bastava. Mesmo que ele tivesse quebrado o meu coração algumas vezes, me feito passar muitas vergonha e muitas outras coisas, ele era o meu amor. Um amor adolescente pode sim durar para a vida toda, principalmente se esse amor existe desde a sua infância.

Eu encontrei o meu e você? Você esteve comigo esse tempo todo e ouviu toda a minha história, mas você achou o amor da sua vida? Se não, então não perca tempo. Vá procurá-lo! Talvez ele seja chato e irritante como o Matt, mas se eu consegui, acredite em mim, você consegue.


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Notas finais do capítulo

Sim, está doendo. Mas eu gostaria de agradecer a todos vocês que estiveram comigo nessa trajetória que foi OAP, eu sei que palavras não expressariam a forma que eu gosto de vocês! Cada um tem um lugar especial no meu coração