O Acordo Perfeito escrita por Mila Karenina


Capítulo 33
Operação Big Hero


Notas iniciais do capítulo

Por que o nome do capítulo é esse? Eu não sei hahaha! Então, aqui estou depois de 12 dias chatos. Escrevi o capítulo com a maior facilidade do mundo. Tinha tempos que não conseguia isso! Eu gostaria de agradecer aos que ainda estão comigo mesmo eu não postando mais com tanta frequência e também aos que comentam, já que o número de comentários só cai :(
Eu escutei muito Justin Bieber, Hayley Kiyoko, FIFTH HARMONY, Natalie La Rose, SHAWN MENDES e outros. (até Tati Zaqui entrou na dança)
É isso, espero que curtam >



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É verdade universal que as pessoas mudam na presença de outras pessoas e vendo Dereck ali, daquela forma só comprovou esse fato. O loiro parecia completamente confuso com tudo o que eu havia dito e estava sendo divertido torturá-lo com aquelas informações. Homens são tão imbecis ás vezes que chego a pensar se na verdade não passam de seres irracionais que pensam que são superiores. Eu balançava as pernas sem parar enquanto olhava fixamente para Dereck, eu estava o hipnotizando e tinha consciência disso. Eu não tinha culpa se era divertido.

— E a Angela? Como ela está? Continua uma perdedora? — ele perguntou e eu soltei uma gargalhada pensando em Angela.

Angela costumava ser tímida quando nova e também costumava vestir rosa todos os dias, mas as coisas mudaram e agora ela é uma das mais populares e também, uma das mais bem vestidas. O jogo virou amiguinhos e o Dereck não estava lá para ver.

— A Angela é maravilhosa. Tão maravilhosa que faria você querer morrer por ter a humilhado aquelas vezes — respondi animada e ele pareceu ainda mais surpreso.

— Vocês ainda são amigas, não é? — ele questionou e até eu me confundi com a pergunta.

Éramos amigas?

Angela tinha me ajudado e eu devia muito à ela, mas ela também havia feito com que Vanessa sentisse raiva de mim e isso era uma grande falta da parte dela. Angela já havia sido minha amiga um dia, minha melhor amiga, mas nós crescemos e ela se transformou em uma Regina George, enquanto eu continuei sendo uma perdedora. A típica histórinha da popularidade em escolas americanas, nada de novo. Eu sinceramente não saberia definir o que tínhamos e nem sentia vontade de fazer isso pra ser sincera. Não morreria por ela, mas não deixaria que a matassem. Era um meio termo, eu estava em cima do muro.

— Não exatamente. Eu prefiro dizer que eu sou de esquerda e ela de direita — respondi pensando na baixinha.

— Como assim? Ela é comunista e você capitalista? — Dereck perguntou e eu tive que segurar o riso. Por que tão burro? Eu não saberia responder.

— Não, na verdade eu sou comunista e ela capitalista.

— Sério? Sempre pensei que fosse capitalista porque sempre gostou de... — ele começou a falar e eu não aguentei. Caí na gargalhada.

— Você continua um babaca, me assusta ter passado da quarta série — afirmei e ganhei seu olhar de reprovação.

Dereck me olhou e eu pude reparar em sua pequena cicatriz no queixo. Ele sempre a tivera e eu considerava aquilo parte dele. Seus olhos pequenos me observavam atentamente e eu sorri ironicamente pra ele e foi assim sorrindo, que eu lembrei de Matt. Ele devia estar preocupado comigo da mesma forma que meus pais e eu prefiria que ele não soubesse da maior parte das coisas que aconteceram ali. Vamos combinar que ele não é muito calmo e paciente.

Caminhei em direção a Dereck que continuou parado.

— Você não acha que está na hora de avisar aos outros que pegaram a garota errada? Mas pode ser que prefiram esperar pelo meu pai — exclamei e ele continuou sem expressão. — Olha, ele não costuma ser muito legal com pessoas que SEQUESTRAM sua filha.

Em um movimento repentino Dereck me puxou para si e deixou nossos lábios muito próximos. Eu ainda não havia esboçado nenhuma reação além de olhá-lo completamente confusa com a ação. O loiro afastou uma mecha de meus cabelos e eu estremeci ao toque de suas mãos frias em minha pele quente. Eu estava sentindo uma enorme vontade de vomitar, mas deixei "rolar" pois queria e precisava tirar alguma diversão daquilo. Era incrível como eu não me sentia bem fazendo essas coisas com alguém que não fosse Matt. Eu poderia até beijar outra pessoa, mas eu nunca sentiria a mesma coisa que sinto ao beijar o meu querido jogador de vôlei.

— Esses seus olhos... São os mais doces que já vi — ele afirmou me olhando/babando. Segurei o riso e mordi os lábios.

— Obrigada.

— De nada! — exclamou animado. — Eu que agradeço por não ter se afastado de mim e tenha deixado eu te contemplar assim, tão de pertinho

É minha gente, parece que as coisas na minha vida cada dia parecem mais loucas. Eu estou apaixonada pelo meu pior inimigo e isso já seria irônico ao limite se o garoto que costumava me chamar de perdedora não estivesse dando em cima de mim nesse exato momento. Ser Melanie não é fácil.

— Fala sério Dédé! Por que me afastaria? Aaah lembrei! Porque você me humilhou inúmeras vezes, me xingou, cuspiu em mim e como eu poderia esquecer? Fez eu me sentir um lixo quando na verdade o verdadeiro lixo sempre foi você! Eu tenho nojo de você! —finalmente falei o que já estava engasgado há anos.

O garoto pareceu sem reação e eu continuei sorrindo e falando sem parar. Ele havia me machucado e agora eu estava me vingando um pouquinho.

— Eu não sou uma perdedora? Uma babaca? Uma sem graça? Por que agora gostaria da minha presença? Sinceramente, se um dia eu me aproximar de você eu só posso estar louca! Daí você nem me interna, você me mata de uma vez! — as palavras saiam involuntariamente.

— Calma Melzinha... — a voz de Henry ecoou pela sala.

O ruivo entrou com um sorriso de orelha à orelha e eu revirei os olhos. A imbecil da Katherine estava com ele e me olhava com a mesma cara de nojo de sempre. Mostrei o dedo do meio e sorri ironicamente. Dereck, que agora tinha o rosto fechado, se aproximou dos dois. O ruivo apoiou seus braços nos ombros do loiro e olhou pra mim novamente me estudando.

— Pelo que vejo se conhecem! — ele falou animado e caminhando pela sala.

— Muito bem por sinal — Dereck comentou e eu bufei.

— Menos do que você gostaria — retruquei e Henry caiu na gargalhada.

— Essa garota se acha! — Katherine exclamou e eu me aproximei dela.

Ela estava sem salto por isso quase alcançava sua altura. Ela era pouco maior que eu, mesmo assim me olhava de cima como se fosse 50 centímetros mais alta. Tipicamente imbecil.

— Menos do que deveria! — retruquei e ela revirou os olhos claros. — Aceita meu sucesso e aceite também sua inferioridade, amor.

Novamente o ruivo gargalhou e a loira fez um movimento com as mãos e saiu do cômodo parecendo estressada. Sorri porque estressá-la era o que queria.

— Por que está tão calado? O gato comeu sua língua? Ou foi a Mel? — Henry brincou e Dereck pareceu se irritar, eu apenas me diverti com a cena. Garotos são bobos ás vezes.

— Você tinha que prestar atenção nas merdas que faz! - Dereck abriu a boca. — Não percebeu ainda que pegou a filha do delegado da cidade? Vamos ser presos! Presos! Entendeu? E sabe o que vamos jogar? Xadrez na cadeia!

— Do que está falando? — Henry perguntou confuso.

— Isso mesmo! O pai dessa garota mete medo até no Chuck Norris! Você não gostaria de conhecer o senhor Guire, te garanto! — Dereck respondeu e eu vi a cor do rosto de Henry sumir.

— Isso é sério, Melzinha? — ele perguntou gaguejando e eu assenti:

— Eu tava esperando vocês descobrirem sozinhos!

— Esse Matt é um maldito! Como ele pode namorar a filha do delegado da cidade!? — o ruivo gritou irado e eu me limitei a dar um sorriso de lado.

— Vamos combinar que não sou tão feia assim né! — me defendi.

— Podemos... Sei lá! Negociar? — Dereck sugeriu.

— Vamos fazer o seguinte, amorzinho — comecei e os dois prestaram atenção em minhas palavras.

Eu não tinha muitas ideias de vingança, mas conhecia alguém podre o suficiente para armar as piores coisas do mundo e esse alguém era Matt.

— Quero que chamem o Matt e resolvam com ele — afirmei e ambos arregalaram os olhos.

Henry revirou os olhos e Dereck continuou em silêncio.

— Você só pode estar brincando! — a diva purpurinada exclamou.

— Eu estou sendo boazinha, pense no meu pai e verá que estou sendo muito razoável.

— Aquele FDP nasceu com a bunda virada pra lua! — Dereck comentou e eu revirei os olhos lentamente e exageradamente.

— Já podem por favor me tirarem daqui!? — perguntei caminhando em direção à porta.

Nenhum dos garotos esboçou reação, então abri a porta e simplesmente caminhei para a sala de estar. Logo dois brutamontes vieram em minha direção. O Ricky Martin e um outro garoto de cabelos castanhos. Ambos bloquearam minha passagem e eu suspirei.

— Deixem a rainha passar — disse e eles se entreolharam.

— Deram maconha pra ela? — O Ricky Martin perguntou.

— Deixem a putinha passar! Seja lá o que ela falou para os dois lá dentro, funcionou. Com certeza abriu as pernas para os dois, ah! Esqueci que noventa por cento de vocês não gosta — Katherine falou e os garotos sairam de perto de mim.

Eu senti meu sangue ferver. Eu estava com raiva e sentia vontade de esfregar a cara da loira no chão. Por isso em um movimento rápido dei um tapa na cara da loira que ficou vermelha no mesmo instante. No reflexo ela revidou e eu caí no chão. A maldita havia arrancado sangue de mim com aquele tapa e eu senti a necessidade se arrancar toda a sua pele. Corri em direção à ela, porém fui pega por Dereck que me segurou firmemente. Passei a mão nos lábios e quando olhei meus dedos me assustei. Sangue. A loira me olhava satisfeita e logo Henry também se juntou à festa.

— Que isso meninas! Como podem brigar desse jeito? — ele falou divertido.

— Tire essa garota daqui! — gritei e Katherine foi empurrada para longe.

— O que aconteceu entre vocês? Tu roubou o Matt dela né safadinha? — Henry questionou e eu senti vontade de socá-lo também, entretanto me segurei e fingi estar calma.

— Me soltem! - pedi e fui atentida. — Já falaram com o Matt?

— Já sim e ele pareceu muito nervoso no telefone — Henry falou e eu estranhei o fato de ele ter o número dele, mas pensando bem todo mundo tem o número de todo mundo nessa história.

— Sabe... O Matt merecia uns bons tapas, além de tudo ele levou nosso mascote! — o Ricky Martin falou.

— Ele deveria nos devolver! — Dereck completou e eu continuei em silêncio.

Caminhei em direção à porta que dava acesso ao jardim e dessa vez ninguém veio bloquear minha passagem. Eu ainda sentia vontade de matar Katherine. Ele havia me feito sentir pena dela e agora se encontrava envolvida em meu sequestro. Uma verdadeira babaca. O jardim era enorme e cheio de árvores altas. Um balanço deixava o lugar menos macabro. Um portão de madeira separava a casa da calçada e tudo parecia antigo. Eu não sabia de quem era aquela casa, mas tinha a impressão de que não era de nenhuma daquelas pessoas.

Rosevild não era tão longe daquele lugar, então Matt não demoraria chegar. Eu tinha que admitir que estava sentindo sua falta e estava me achando uma perfeita imbecil por sentir saudade de uma pessoa com menos de um dia longe. Sentei no balanço e fechei os olhos por alguns segundos imaginando algumas coisas. Por algum motivo acabei pensando em Cory e Breeze. Eu devia pedir desculpas a Cory e voltar a falar com ele. Naquele momento eu senti que estava errada. Logo pensei também em Angela e Vanessa. Decidi que ignoraria Angela até quando eu pudesse e tentaria fazer Vanessa esquecer meu irmão, já que ele parecia encantado com a ruiva que ficasse com ela. E os meus pais? Como conseguiria explicar meu sumiço sem dizer a verdade? Seria difícil e a primeira coisa que meu pai pensaria é que fugi com Matt. Eu não poderia falar em hipótese alguma que fui sequestrada ou ele prenderia os envolvidos e não haveria jogo algum e não era isso que eu queria. Pra mim era uma questão de honra ver o maldito jogo e que os meninos ganhassem essa coisa. Que Mike e Matt jogassem como nunca jogaram. Que eles errassem todos os saques. Que fossem humilhados. Essas eram minhas maiores vontades.

Eu estava perdida em meio de tantos pensamentos que até esqueci de onde me encontrava. Ouvi passos vindo em minha direção e logo deduzi que seria Henry ou algum de seus capangas. Eu estava de costas, então saber quem estava vindo era impossível caso eu não me virasse. E foi o que fiz. Antes de olhar para o dito cujo notei que havia duas motos paradas na frente de uma árvore e notei também que a porta da casa havia sido arrombada. Como eu não havia escutado o barulho? Caminhei em direção à porta e fui parada por nada mais nada menos que Mike. Ele era o dito cujo.

Meu coração agora batia muito rápido e eu me sentia gelada por dentro. Se Mike estava ali, muito provavelmente havia vindo com Matt. A ideia do meu "quase" namorado dentro daquela casa sozinho com aquelas pessoas terríveis me embrulhou o estômago. Tentei empurrar Mike que vestia uma blusa do exército e calçava botinas, porém não obtive sucesso. Eu precisa entrar lá também.

— Pelo amor de Deus deixa eu passar! — gritei para Mike que abriu um sorriso.

— Não, vamos dar uma voltinha enquanto o Matt resolve com os caras — Mike sugeriu e eu senti vontade de cuspir em seu rosto.

Como podia ser tão indelicado? Ele era tão burro que não percebia que essa era a oportunidade perfeita de machucarem o Matt para que ele não jogasse? Não aguentei mais e fiz um jogo baixo. Chutei sua parte íntima e corri para dentro da casa.

A cena que encontrei não me assustou tanto quanto eu imaginava. Matt conversava com Henry educadamente. Eles ainda não haviam me visto. Tudo corria bem até que o Ricky Martin apareceu com um sorriso malicioso nos lábios. Eu senti que ele iria fazer algo e gritei:

— Cuidado Matt! — falei a tempo de Matt sair da frente de um soco.

Ele veio sorrindo até mim e eu continuei sem entender nada.

— Como pôde entrar nessa casa assim sozinho? — perguntei nervosa.

— Acredite, está tudo sob controle — meu pai falou aparecendo de surpresa na porta da casa.


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Notas finais do capítulo

Perdoe qualquer erro de Português e não deixe de comentar por favor.
Se algum de vocês quiser fazer uma capa nova, eu agradeço