O Acordo Perfeito escrita por Mila Karenina


Capítulo 25
O quarto e o momento


Notas iniciais do capítulo

Nome sugestivo né? Pois é mesmo sugestivo! Acho que irão amar mesmo esse capítulo auhsausa leiam as notas finais...



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O nervosismo tomou conta de mim. Eu precisava falar sobre aquilo com a minha mãe e com meu pai, mas não na presença de Cory. Ele era tão infantil que diria que estou pirando e meus pais acabariam por acreditar nele e não em mim e isso não era o que eu queria. No momento a única coisa que eu conseguia pensar era em como eu não queria ver aquele par de olhos gélidos novamente e eu rezava internamente para que isso não acontecesse de forma alguma.

Olhei por um último momento para Cory que agora conversava com mamãe e em seguida me olhou com raiva nos olhos. Eu queria estrangulá-lo e em seguida socá-lo inúmeras vezes por ser um babaca e cair nos encantos de uma água de salsicha qualquer, mas sabia de sua pouca capacidade mental com as mulheres, por isso me conti. Vanessa com toda certeza o faria feliz e quem disse que ele possui olhos para ela? Claro que não! Assim como eu, ele só consegue se sentir atraído por pessoas que não prestam. A Savanah era uma namorada perfeita, mas era um tanto chata e ela me tirava do sério ás vezes com suas perguntas seguidas e assuntos desnecessários.

Saí da cozinha rumo ao meu quarto e quando cheguei ao meu cantinho agradeci internamente por ainda estar respirando depois do dia de hoje. Eu havia quase beijado Mike, beijado Matt de forma desesperada, contado sobre meus sentimentos e ainda de quebra, visto a mãe de Maria. Um belo dia não? Eu ainda teria que me decidir em menos de uma semana sobre Mike e ainda teria que tirar a tal Breeze da cabeça de meu irmão que já parecia obcecado e acredite, quando Cory gosta de algo isso vira a sua perdição e se essa perdição tem o dedo de Diana no meio, as coisas pioram.

Tomei um banho refrescante e vesti um vestido branco que era de minha mãe e que ela disse ter conhecido meu pai usando ele. Era uma história engraçada e minha mãe acabou por cair em cima do meu pai e acabou por encantá-lo naquele momento. O vestido ficava extremamente curto em mim por eu ser quase vinte centímetros maior que ela, mas não ficava nada vulgar e isso já me agradava um pouco porque acabei passando dos limites ao usar aquele tipo de roupa. Não por achar inadequado ou algo assim, mas por saber que aquela não era eu, e mudar por alguém é ser uma babaca.

"O problema de alguns erros é que eles beijam bem". Essa frase conseguia definir bem a minha fase atual. Eu gostava de Matt e gostava muito, mas sabia que ele era e seria sempre o meu maior erro e um erro muito gostoso para ignorar. O meu humor estava tóxico. A irritação havia me tomado de um jeito que eu achava terrivelmente difícil de passar e a cada segundo aquela dor maligna de cabeça aumentava. Eu senti que não aguentaria mais e me sentei no chão encostando a cabeça na parede.

— Que inferno! — gritei e segundos depois alguém bateu em minha porta.

Não me movi e continuei parada no mesmo lugar, mas a porta estava destrancada e logo Cory apareceu no quarto com os cabelos molhados e sem camisa. Respirei fundo e saí pela porta o ignorando. Eu sabia exatamente como curar a minha irritação e não hesitaria em acabar com ela de uma vez por todas.

Desci as escadas que pareceram milhares em minha frente e senti novamente o cheiro de comida vindo da cozinha. Minha mãe cozinhava divinamente bem, porém eu não estava com fome naquele instante. Não com esse tipo de fome.

Passei correndo pela porta e atravessei o jardim com a mesma velocidade chegando bem na frente da casa de Matt. A casa era grande e com muitos detalhes e era arrumada apenas pela sua mãe, a senhora Hamilton. E foi ela quem atendeu a porta depois de seguidas batidas minhas.

A mulher alta e de longas madeixas castanhas apareceu na porta. Seu corpo era atlético e seus seios firmes, ela possuía os mesmos olhos azuis de Matt e a mesma expressão. Ela vestia uma calça jeans apertada e uma blusa regata branca que valorizavam ainda mais os seus seios. Seus cabelos estavam soltos no momento e ela tinha uma tesoura de jardineiro em sua mão esquerda assim que abriu a porta. Ela me lembrava tanto Matt que aquilo me assustava.

— Mel! Quanto tempo que não te vejo! Pensei que não iria visitar a titia, quer dizer, a sogrinha! — ela exclamou me dando tapinhas no ombro.

Corei no mesmo instante, mas sorri mostrando os dentes.

— Oi senhora Hamilton, como você está? — perguntei educada e simpática e ela sorriu mostrando seu sorriso perfeito e como poderia ser tão linda a ponto de me fazer perder o ar e ainda assim não ser lésbica.

— Eu estou ótima, mas sinceramente acho que não se importa muito... — ela respondeu e eu novamente corei. Ela sempre foi direta e sincera como eu. — O Matt está no quarto dele, pode subir.

A minha sogra acabou de falar e piscou um de seus olhos azuis. Eu segui suas orientações e subi as escadas de sua casa que não eram tão exageradas quanto as da minha, então logo eu já estava no segundo andar.

O quarto de Matt era o primeiro do longo corredor e eu não me dei ao trabalho de bater na porta do quarto dele. O que fiz foi simples, abri a porta e torci para que ele não estivesse pelado ou estava torcendo para que estivesse? Boa questão.

A porta foi se abrindo lentamente e eu quase tive um treco ao encontrá-lo apenas com uma bermuda de dormir caindo e mostrando boa parte de sua cueca cinza. Ele tinha seu cordão com o crucifixo em seu peito e os cabelos bagunçados, seus olhos pareciam sonolentos e quando ele me viu pareceu bem assustado. Sorri e mostrei a língua e ele me devolveu o sorriso, mas um incrivelmente malicioso. Dei alguns passos em sua direção, porém parei e cruzei os braços. Ele pareceu confuso e eu continuei sorrindo maliciosa. Eu o queria para mim e não hesitaria em fazê-lo querer ser meu tanto quanto eu queria ser sua.

— Por que não vem logo para cá? Eu sei que é isso o que quer — Matt falou em um tom mais baixo que costumava falar.

— Se você me quer, venha aqui e me pegue — o provoquei e ele me respeitou.

Matt apareceu na minha frente em um pulo e em seguida me ergueu do chão, me levando em seus braços até a sua cama que ficava há pouco mais de um metro dali. Seus dedos em minha pele me causaram inúmeras sensações e eu comecei a pensar no que ele poderia me causar com mais que simples toques. Seus olhos não saíam dos meus e eu senti muita vontade de beijá-lo e jogá-lo naquela cama. Eu queria o sentir dentro de mim, eu queria saber do que ele era capaz.

Agora eu estava deitada em sua cama e ele logo se deitou ao meu lado, mas não fez nada, o que me espantou demais. Eu só conseguia pensar se eu tinha deixado de ser sexy por algum momento ou se ele não me queria mais, mas aqueles pensamentos eram tão fúteis que eu preferi os afastar da minha mente. O moreno ainda me olhava nos olhos quando ele começou a alisar meu rosto com as costas de suas grandes mãos. Sorri ao toque e fechei os olhos por alguns segundos para receber o carinho. Ele me transmitia paz e isso era irônico porque ele também conseguia me tirar do sério com a mesma facilidade. Talvez ele fosse mesmo o que eu precisava, mas o talvez nunca é um sim, um talvez é só um talvez e eu precisava de certezas para me entregar totalmente à aquela loucura.

Matt agora afastava mechas de meu cabelo que insistiam em cair em minha rosto e eu acabei por agradecer internamente por aquilo. Ele encostou seus lábios levemente em minhas bochechas e me abraçou por trás, estilo conchinha. Seus dedos ainda estavam em meus cabelos e eu agora me sentia completa. Me virei e sorri ainda maliciosa.

— Quando eu não acabo com os momentos fofos você acaba! — ele sussurrou em meu ouvido.

Em seguida Matt mordeu os lábios e finalmente me deu o que eu tanto queria. Um beijo.

Seus lábios tomaram posse dos meus e nossas mãos se entrelaçaram de forma única e especial. Ele agora estava no meio das minhas pernas e eu já havia me acendido toda por dentro. Matt me beijava com muita intensidade e nossas línguas já pareciam ter aprendido a coreografia, já que se entendiam muito bem. Suas mãos desceram para baixo de meu vestido curto e ele alisou as minhas pernas com as pontas de seus dedos que estavam frios, aquilo me excitou bastante. Suas mãos subiram mais um pouco e ele apertou meu bumbum de forma que soltei um leve gemido entre nossos beijos intermináveis. Suas mãos agora estavam em minha pequena calcinha branca. Ele tinha os dedos em suas laterais e brincava as enrolando enquanto me beijava. Ele desceu lentamente sua cabeça pelo meu corpo até chegar em meus seios que ainda eram protegidos pelo meu vestido que estava no lugar.

Matt nos mudou de posição e agora eu estava por cima dele. Mais precisamente sentada nele. Senti-lo embaixo de mim foi algo novo e puramente sexy. Eu mexi meus quadris lentamente de um lado para o outro antes de finalmente abaixar e novamente unir meus lábios aos de Matt. Ele afundou seus dedos em meus quadris e os mexeu, me fazendo rebolar lentamente me causando sensações nunca antes sentidas. Eu ansiava por um toque ainda mais íntimo, ansiava tanto que tomei a liberdade de arrancar meu próprio vestido que caiu pelo chão escuro de seu quarto. Agora eu usava apenas calcinha e sutiã. Meu sutiã de hoje era vermelho e rendado, muito mais sexy do que qualquer outra coisa que eu tivesse usado. Minha calcinha era bem pequena o que deixava o tamanho do meu bumbum em evidência, evidência que Matt adorava.

Nossos beijos pareciam não bastar mais e a cada movimento que eu fazia, eu sentia mais vontade de acabar logo com aquilo. Eu estava tão excitada no momento que eu parecia cega. Matt ainda tinha suas mãos em meu bumbum quando eu desuni nossos lábios e desci meu corpo um pouco mais. Beijei o pescoço de Matt que ainda tinha seu perfume e desci até a sua barriga perfeita. Chupei a pele de sua barriga e eu ouvi quando ele suspirou com o ato. Eu queria enlouquê-lo e usaria de todas as armas para isso.

— Você quer me matar Mel? — ele perguntou levantando minha cabeça para ele.

— Quero — respondi em um sussurro que foi propositalmente sexy.

Continuei com os chupões e então desci um pouco mais. Agora eu estava de frente para a sua bermuda preta que marcava sua ereção. Beijei a última parte de sua barriga que estava à mostra e abaixei sua bermuda, o deixando apenas de cueca. Ele enfiou os dedos pelos meus cabelos. Tinha a boca entreaberta e parecia mais excitado que eu naquele momento. O que eu apreciei demais. Eu estava no controle.

— Você não vai fazer isso Mel... — ele sussurrou e eu passei a língua pelos lábios sugestiva.

Mas quando eu ia finalmente me libertar do que impedia a minha felicidade plena, barulhos na porta me assustaram e eu acabei por parar no meio do caminho. Xinguei a pessoa que estava do outro lado da porta mentalmente seguidas vezes antes de Matt finalmente escutar.

— Droga! — Matt falou claramente irritado e decepcionado e se levantou vestindo sua bermuda e abrindo seu armário rapidamente e tirando de lá uma blusa amarela que vestiu com agilidade.

Ele pegou meu vestido do chão e me entregou ainda com um sorriso nos lábios. Um sorriso que prometia continuar com o que começamos em uma outra ocasião. Deveria ser proibido ser tão sexy e charmoso e ainda sim inteligente e lindo. Era uma combinação muito perigosa.

As batidas na porta continuaram e ele parecia ainda mais irritado com cada uma delas. Meu Deus! Eu estava com tanta raiva da pessoa que sentia vontade de esbofetá-la com toda força do mundo.

— Vai acabar o mundo se você esperar um pouco caralho!? — ele gritou irritado e a pessoa parou de bater na porta.

— Por que está demorando tanto bro? — a voz falou e naquele momento eu quis sumir.

Mike estava do outro lado da porta e me veria no quarto de Matt. Eu estava em apuros e não conseguia pensar em nada para me tirar daquela situação.


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Notas finais do capítulo

Agradecendo imensamente à linda da Gabrielly que recomendou a história! Você não tem ideia do quanto me deixou feliz!
É só isso gente, qualquer dúvida podem perguntar que eu respondo :D
Beijocas meus amores