O Acordo Perfeito escrita por Mila Karenina


Capítulo 20
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Heey meus amores! Então, cheguei faz pouco tempo. (Fui em uma festa com meu boy) Mas sabem como sou né? Já escrevi esse capítulo aushausha na verdade escrevi enquanto não estava em casa e já corri para postar! Responderei os comentários meus amores! Peço perdão pela demora para responder, mas quis correr para postar!
Beijocas meus amores



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Eu estava sentindo um calor estranho naquele momento. Os olhos de Matt não saíam dos meus e aquilo estava me incomodando. Ele no entanto, não pareceu se incomodar como eu me incomodei. Eu sabia que não deveria ficar sozinha em um jardim com Matt. Isso não acabaria bem de qualquer forma. O idiota vestia uma linda camisa branca que deixava seus músculos expostos e uma calça jeans escura que era apertada demais. Ele estava lindo e eu não podia negar.

— Por que fez aquilo? — perguntei me referindo ao balde de água que ele jogou em Mike.

Matt me olhou e sorriu em seguida. Estava óbvio que havia feito de propósito, mas não fazia muito sentido. Talvez ele tenha feito para me afrontar de alguma forma, ele sempre adorou implicar comigo e me tirar do sério. Pensar que era isso seria mais fácil que aceitar a verdade que estava diante de meus olhos.

— Já disse que pensei ser o Charles — ele respondeu fitando o chão.

— Sei muito bem que esse Charles não existe — falei e ele me olhou seriamente.

— O Mike é um babaca — ele afirmou ainda não respondendo minha pergunta.

— Não respondeu a minha pergunta

— Eu fiz isso porque achei que deveria fazer ora! Achei que talvez ele não cantasse tão bem e você estivesse incomodada! — ele respondeu aparentemente irritado.

Se eu não conhecesse Matt o suficiente, diria que ele está com ciúmes de mim. No entanto isso não era possível. Não para Matt Hamilton. Não para o garoto que me abandonou na casa da árvore e deixou que me humilhassem. Não para o garoto que dormiu com quase todas as garotas da escola. Não para o capitão do time de vôlei sem coração.

— Está com ciúmes — afirmei claramente o provocando.

Ele riu e se aproximou de mim. Dei alguns passos para trás, não queria que acabássemos fazendo coisas erradas ali mesmo. Eu conhecia o poder que ele exercia sobre mim e também conhecia o poder que exercia sobre ele.

— É, eu estou — ele admitiu e eu pus a mão na boca. Não estava chocada com a revelação, mas ainda assim surpresa.

Matt Hamilton estava com ciúmes de mim. A minha vida cada dia mais parece irreal. Primeiro o meu príncipe faz uma serenata de amor para mim, depois meu inimigo/amante diz que tem ciúmes de mim. Tudo muito normal não? Sendo uma Clarckson-Guire esse tipo de coisa é normal. A minha mãe casou com o pai da melhor amiga, o que já é completamente louco. Então a minha irmã fofinha cai de amores pelo Jeremy que é totalmente o seu oposto. Ah e tem o Cory que costumava namorar a nossa priminha turca que o deu um pé na bunda. Família abençoada não?

— Por que? — perguntei.

— Eu gosto de você — ele afirmou com um meio sorriso no rosto. Corei.

Ele estava brincando comigo, mas eu não me deixaria levar pela sua lábia. A última vez que me deixei levar, acordei sem meu hímen. E foi pensando nesse assunto que eu desviei o foco da conversa. Sentimentos não eram coisas legais de se conversar. Muito menos com alguém que decerto não sabia nada sobre o assunto.

— Não entendo o porque essa coisa toda comigo! Eu devo ser muito boa de cama, pelo que sei não costuma ficar atrás das meninas que transam com você — falei decidida e ele caiu na gargalhada.

— E por acaso nós transamos? Só se a sua vagina causa amnésia! — ele zombou e eu senti as minhas bochechas cada vez mais vermelhas. Então não transamos?

— Não seja idiota, sabe muito bem que transamos — insisti e ele se aproximou de mim.

Matt agora estava na minha frente e nossa diferença de altura era assustadora. Eu nem batia em seu ombro e ele estava olhando para baixo com um olhar malicioso que eu logo captei. Sua boca estava entreaberta e seus olhos pareciam queimar com algum sentimento que eu não entendi no mesmo instante, mas depois identifiquei. Aquilo era desejo com certeza. Ele afastou meus cabelos de meu pescoço, os puxando para cima delicadamente, eu deixei que ele fizesse isso e não entendi o motivo. Agora com o pescoço desnudo, Matt abaixou a cabeça na altura dos meus ouvidos. Sua respiração era quente e o vento que ventava agora frio.

— Tenho certeza que não transamos — ele sussurrou em meu ouvido. — Se tivessemos feito isso... você imploraria para ficar comigo.

Me afastei e soltei uma alta gargalhada. Ele nem se mexeu, continuou me olhando com o mesmo fogo nos olhos. Eu sabia onde aquilo iria acabar, mas agora sabendo que meu hímen estava no lugar, tudo o que queria era mantê-lo ali por um bom tempo. Precisamente o guardar para alguém que me ame de verdade e não alguém que me abandone logo que achar uma bunda ou um par de seios maiores. Talvez esse alguém fosse Mike, mas tinha certeza de que ele nunca faria eu me sentir como Matt faz.

— Você se acha muito. Fala muito e nada faz — o provoquei e foi como despertar o instinto de um animal.

Matt me jogou na parede de minha própria casa e abriu minhas pernas, as envolvendo em seus quadris. Aquilo estava mais quente do que era necessário e eu sabia que não conseguiria resistir aos meus desejos se continuasse ali, no entanto sair parecia um pecado. Ele aproximou sua boca devagar da minha e quando nossos lábios se tocaram, uma série de coisas estranhas aconteceram dentro de mim. Seus dedos se afundaram em meus cabelos e os meus nos dele. Nossas línguas se entrelaçavam e pareciam coreografar uma dança repetidamente e sem parar. Éramos incansáveis. Suas mãos desceram para embaixo da minha blusa e ele deslizou suas mãos pela minha barriga. Não entendi o motivo, mas conduzi suas mãos até os meus seios e ele os apertou com força, soltei um gemido entre beijos. Aquilo tinha que parar.

— Temos que parar com isso. As pessoas podem nos olhar — parei o beijo e sussurrei em seu ouvido. Ele não escutou e suas mãos continuaram em meus seios.

— Você disse que eu não faço nada, estou fazendo agora — ele se defendeu. Seus olhos continuavam brilhando.

Ah aqueles olhos azuis! Pareciam sempre tão profundos e aquilo mexia comigo de uma forma descomunal. Eu conseguia sentir o quanto ele me desejava. Nossos sexos se tocavam por cima da roupa e cada vez que eu me lembrava disso, sentia mais necessidade de uni-los — Matt parecia pensar na ideia também. Suas mãos agora haviam descido para minhas coxas e em seguida para o meu bumbum. Ele apertou a minha bunda com a mesma força que havia usado nos meus seios. Minhas mãos desceram para sua barriga e eu logo arranquei sua blusa, seu peitoral era perfeito. Mordi os lábios e em seguida ele mesmo mordeu os meus, me deixando ainda mais louca. Eu sabia que precisava ser dele, tinha plena convicção de que isso era o que eu mais desejava. A minha vida naquele momento parecia se resumir a pertencer a Matt. Por um momento, por um dia ou pela eternidade. Desde que nós nos uníssemos para mim estava ok e para ele também parecia ok.

Minha blusa foi para o chão segundos depois. Meu sutiã não era nada sexy, na verdade era muito comum. Era rosa claro com alguns coraçãozinhos vermelhos. Matt sorriu quando o viu e eu suspirei. Não gostei que havíamos parado de nos beijar e logo colei nossos lábios novamente e abracei suas costas. Ele me empressava contra a parede e agora eu sentia nitidamente sua ereção. Como eu queria ser sua agora, como eu o queria dentro de mim naquele momento. Ele descolou nossos lábios e desceu sua boca até meus seios. Ele deu um chupão no meu seio esquerdo e repitiu o processo no direito — gemi novamente pela sensação que ele me causara. Meus dedos ainda estavam enfiados em seus cabelos e eu estava tão excitada naquele momento que comecei a cogitar a ideia de fazer sexo com ele ali mesmo, na frente de minha casa. Seria uma experiência e tanto. Porém Matt parou de me beijar e se afastou de repente.

— O que foi? — perguntei irritada pois queria continuar de onde paramos.

— Não vou dormir com você se não for minha namorada — ele falou decidido e eu revirei os olhos. Ele só podia estar brincando.

— Por que? Com as outras você transa sem nem admitir! Por que comigo não!? — falei irritada, o queria dentro de mim naquele momento.

— Porque você não é uma vadia qualquer, eu gosto de você e não tocarei em você enquanto não admitir que sente o mesmo — ele falou pegando a blusa do chão e a vestindo. Em seguida começou a caminhar para sua casa.

— Matt! Volte aqui! — gritei e ele parou com os braços cruzados.

— Vá para casa Melanie. Leia a cartinha do Foreman! — ele afirmou risonho. — Ele pode até mexer com o seu coração, mas o único que mexe com seus desejos sou eu e você sabe disso.

Matt entrou pela porta e a fechou em seguida. Consegui escutá-lo subindo as escadas e depois o vi ligando a luz de seu quarto. Eu ainda estava perplexa, havia levado um fora e isso não era nada interessante. Sabia que o que Matt havia dito era verdade, mas não queria entrar mais ainda em seu jogo. A única machucada seria eu mesma e como a Taylor Swift diz, band-aids não curam tiros. Vesti a minha própria blusa e entrei em seguida. Graças aos céus ninguém da casa havia escutado a serenata de Mike.

Já em meu quarto, deitei em minha cama e caí no sono. Finalmente estava conseguindo dormir direito. Eu tinha muitas preocupações, mas elas ficariam para o outro dia. Agora eu só teria que deitar e reviver os momentos que vivi com Matt minutos atrás.

Acordei com batidas em minha porta. Levantei ainda sonolenta e fui até ela. A abri lentamente e levei o maior susto de minha vida quando vi a pessoa que ali estava. Cabelos castanhos escuros caindo em cascatas pelas suas costas, olhos castanhos com um pouco de lápis, um moletom lilás e uma calça jeans levemente larga. Vanessa estava na porta do meu quarto e o melhor, ela não parecia ter vontade de me matar. Já era um começo.

A morena adentrou meu quarto lentamente. Eu continuei parada, estava perplexa. Talvez agora eu finalmente descubra o motivo para o seu ódio mortal por mim e talvez agora possamos voltar a ser amigas. Eu senti bastante a falta dela. Ninguém poderia supri-la, nem mesmo Angela.

— Bom dia Mel — ela me cumprimentou e eu despertei de meu transe.

— Bom dia Vanessa — respondi e sentei em minha cama desarrumada. Ela sorriu e se juntou a mim.

— Eu vim aqui porque quero conversar com você sobre algumas coisas — ela falou.

— Pode falar, ou melhor... espera eu tomar um banho porque estou nojenta! — respondi animada e me levantei da cama, a deixando ali sozinha.

Entrei no banheiro e escovei meus dentes rapidamente. Em seguida liguei o chuveiro e me despi, ainda nua me olhei no espelho e as marcas dos chupões de Matt ainda estavam em meus seios. Fechei os olhos lembrando da sensação. Tomei um rápido banho com água fria e me enrolei na toalha, meus cabelos pingavam água. Voltei para o quarto e lá estava Vanessa, balançando as pernas.

Vanessa parecia bem naquela manhã. Ela não parecia estar chateada ou nada assim. Parecia estar em uma perfeita harmonia. Talvez algo a tenha acontecido. Me sentei ao seu lado ainda de toalha e ela novamente sorriu para mim. Eu estava muito feliz por ela estar ali comigo.

Me olhei no espelho por mais um momento, e vi que meus olhos hoje não estavam sem brilho, pelo contrário, pareciam brilhar muito. Eu tinha plena consciência de que aquele brilho era culpa de Matt e sabia que tinha que tomar uma decisão sobre os meus sentimentos por ele. Também tinha Mike e sua carta que eu ainda não tinha lido e ainda pensava se leria. Ele era fofo, mas Matt era perfeito e contra perfeição não há argumento algum.

Voltei meus olhos para Vanessa. Era agora que eu descobriria o motivo de seu ódio por mim. Era agora que eu devia dizer o que sentia por ela. A falta que havia sentido dela e tudo isso. Eu tinha que ser sincera, totalmente sincera.

— Podemos conversar agora? — ela perguntou e eu assenti.


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Notas finais do capítulo

Meus anjos... Assim como nos outros capítulos... Podem responder uma pergunta?
O enredo está corrido? Ou devagar demais?
A pesquisa deu que o Matt é o preferido!