– Beatrice... porque fez isso? - Max parece muito decepcionado comigo, nunca havia visto ele desse jeito, estava perplexo.
– Max... Me desculpa, mas eu fiz o que qualquer outra pessoa faria no meu lugar.
– É Beatrice. Eu entendo, mas bater nela? Não precisava de tanto
– Na verdade precisava de mais - ele me olha assustado- Desculpa, é que ela me ofendeu de verdade, perdi a cabeça Max. Me perdoa- ele segura minhas mãos sutilmente
– Beatrice, tem alguma coisa que eu não esteja sabendo? Sabe que eu sou seu amigo, quase um pai pra você não é mesmo? Conta comigo.
– Max... a história é bem longa.
– Tenho tempo.
Contei a história pra ele que ouvia atentamente, ele estava atônito.
– Meu Deus...
– Olha Max, não quero te colocar contra ninguém, mas essa é a história.
– Beatrice; Fica tranquila... Vou tentar ao máximo parecer transparente nessa história, assim como você pediu. Mas tenta se controlar mocinha.
– Obrigada. Agora vou indo... - levanto e pego minha bolsa- Ah, aqui estão os papéis, já conferi e está tudo certinho.
– Ok. Até sexta já que amanhã é sua folga... e não se esqueça do coquetel no sábado!
– Pode deixar, impossível esquecer... Marlene não para de me ligar falando que a gente tem que ir procurar vestido... ave! - ele ri e eu saio da sala.
Meu celular toca
– Oi meu lovee!
– O que você quer Christina!?
– Grossaaaa! - ela ri- Quero sua filha emprestada Tris... Amanhã.
– A não Chris, amanhã é minha folga. Queria passar o dia coladinha nela.
– Af Tris. Você ia fazer o que? Ficar em casa com ela o tempo todo? Para tá. Amanha é aniversário da sobrinha do Will, festinha de criança... Ele pediu pra eu levar a Rafa, já que eu vou com ele... sua filha precisa sair também, se divertir com outras crianças sem ser na escola...
– Hmmmm. Minha filha vai ficar de vela?

–Cala aboca Tris!- ela ri- é claro que não

– Calada aqui!
– E você também tem que ver seu vestido para o sábado.
– Verdade.
– Então quer dizer que eu venci?
– Pra variar né Christina! - ficamos rindo - Vai pegar ela lá em casa que horas?
– Depois da escola.
– Uai.
– É, vou passar o dia todinho com ela, aliás, vou comprar a roupa da festa, sapato e tudo mais, nem se preocupa... Tris você não tem um dia só seu a tanto tempo, aproveita amiga... Você precisa de um tempo só pra você também.
– Ai Christina... não sei o que fazer contigo!
– Me agradeça! Rsrs
– Bobalda!
Ligo o carro e vou para casa. Chego e dou de cara com a foto da minha filha com o Eric e comigo... essa foto...
Conto pra Rafa os programas dela para amanhã e a bichinha nem consegue dormir, tive que me deitar com ela pra ver se pegava no sono mas ela não parava de conversar; mereço essa Christina, me faz passar por cada coisa.
☆☆☆
Arrumei minha princesa e deixei ela na escola, me despedi com um longo abraço pois sabia que só veria ela de noite.
Voltei pra casa e tomei um café da manhã caprichado. Estava esperando a louca da Marlene, íamos ver os vestidos pro tal coquetel.
– Aff Tris. Preto? Preto é muito básico!
– Eu não estou com a intenção de chamar atenção!
– Pois devia. Olha esse corpo querida, abuse mais!
– Vou experimentar o Preto sim e se não ficar legal vou procurar outro. Okay Marlene?
– Chataaa! - dou língua pra ela e entro no provador. Tiro minha roupa e fico apenas de calcinha, coloco o vestido preto, ele é longo, tem uma fenda e é um pouco aberto nas costas e também mostra um pouco as laterais, na cintura. Marlene estava errada, o preto não está nada básico. Saio do provador e a moça que estava nos atendendo fica de queixo caído
– Uau! Srt. Marlene corre aqui! - Marlene chega cheia de vestidos na mão
– Senhor! Eu tinha pegado esses aqui mas vi que nem vai precisar... É esse mesmo moça!
– Adorei o pretinho nada básico- me olho no espelho e dou um sorrisinho.
Compramos nossos vestidos e depois fomos almoçar; Marlene me deixou em casa e depois foi trabalhar.
– Essa casa fica tão sem vida sem minha filha. Ai que saudade...
– Pois é querida... aproveita esse solzinho e vai dar uma caminhadinha, esfriar a cabeça...
– Boa ideia Estella -dou um beijo nela e subo para meu quarto.
Coloco uma roupa de caminhada e prendo meu cabelo em um coque despojado, coloco meu óculos Preto e pego uma garrafinha de água na cozinha.
Vou caminhando até o parque, pego o iPod no bolso, coloco meus fones e deixo as músicas no aleatório.
Me sinto tão leve, minha corrida sutil não me cansa, acho até que vou fazer isso pelo menos uma vez por semana... Estou viajando por vários mundos a cada música que passa. Paro para tomar uma água e continuo meu caminho, mas sem correr, dessa vez apenas andando.
Estou distraída caminhando quando sinto uma forte pressão sobre minha barriga, uma força me empurra para trás mas consigo não cair no chão, quando vejo um labrador branco está com as duas patas apoiadas em mim, faço carinho nele
– Ei garoto, que susto... está perdido? Deixa eu ver se tem coleira- vejo a coleira vermelha em seu pescoço - Vamos ver qual é o seu nome... não tem nome - digo sorrindo e lembrando do Max, cachorro do meu ex. A Rafa iria adorar ter um cachorro, acho que vou comprar um pra ela...
– Max! - Um cara grita o cachorro e vem se aproximando correndo sem blusa. Ele para de correr e me encara, fica parado me olhando. Meu coque se desfaz em um simples movimento que faço para ficar de frente para ele, a sua altura, tiro o óculos do rosto e penduro na blusa. O encaro.