Falling in Love escrita por Luna Lovegood


Capítulo 20
The heart wants what it wants


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores! Eu gostaria de agradecer novamente pelos comentários e favoritos na história! =D Vocês são sempre os melhores! Eu vou responder todos os comentários, é que as vezes são tantos que eu acabo me enrolando! Eu sei que tenho demorado um pouco para postar os capítulos, mas são muitas histórias para atualizar e pouco tempo para escrever, espero que compreendam!

Postei uma one, quem quiser dê uma olhadinha: https://fanfiction.com.br/historia/687651/Something_New/

Desculpem-me pelo capítulo ter ficado tão grande, eu deveria ter dividido, mas sou complexada e odeio a ideia de ter uma fanfic que ultrapasse os 25 capítulos.

Espero que gostem! Falo com vocês nas notas finais!



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I know I'm acting a bit crazy

Strung out, a little bit hazy

Hand over heart, I'm praying

That I'm gonna make it out alive

The bed's getting cold and you're not here

The future that we hold is so unclear

But I'm not alive until you call

And I'll bet the odd's against it all

Save your advice, 'cause I won't hear

You might be right, but I don't care

There's a million reasons why I should give you up

But the heart wants what it wants

The heart wants what it wants

(The heart wants what it wants - Selena Gomez)

 

Oliver Queen

Eu estava preocupado com Felicity. Tinham sido muitas reviravoltas naquele dia, desde o meu pai indo embora tão rápido e inesperado quanto havia reaparecido em nossas vidas, à minha mãe e minha irmã pedindo por um pouco de espaço para assimilarem tudo. Foram muitas emoções para mim, imagine para Felicity, que se viu puxada para toda essa confusão? Ainda mais considerando que ela já devia estar emocionalmente bagunçada devido aos hormônios da gravidez, ao pai sequestrado e a nossa recente e ainda frágil reconciliação. Nós estávamos organizando nossas vidas, nós havíamos conseguido encontrar um ponto de tranquilidade, algo para se agarrar e fortalecer o nosso amor. Nós estávamos começando a nos adaptar e então todo o nosso mundo explodia, tudo era bagunçado e modificado mais uma vez, porém algo permanecia intocado em meio ao caos, algo se mantinha intacto e ainda mais forte, meu amor por ela.

O nosso amor era o nosso ponto de equilíbrio, era o que nos impedia de desistir, de sucumbir ao caos. Era o que mantinha nossas mentes sãs.  Eu queria transformar nosso pequeno ponto em uma constante. Tudo o que eu queria para ela e o bebê é que eles tivessem paz. Eu devia isso a ela, depois de tudo o que fiz, depois de tudo o que eu trouxe para as nossas vidas.

Eu fui ao banheiro e  enchi a banheira, coloquei aqueles sais de banho que ela gostava (e eu odiava), mas tudo bem por mim, a minha prioridade era que ela relaxasse, que ela ficasse bem. Quando voltei para o quarto para chamá-la vi que Felicity estava deitada de costas olhando para o teto, seu olhar  estava sério e perdido em pensamentos, aproximei-me devagar, cauteloso, não queria incomodá-la, mas ao mesmo tempo minha mente estava cogitando se talvez ela estivesse pensando melhor e reconsiderando a nós dois.

Talvez ela tivesse percebido que não queria mais a confusão que eu trazia para a vida dela.

— Hey amor. — falei me deitando ao seu lado da mesma forma que ela, sem tocá-la esperando apenas que ela tomasse a iniciativa e me dissesse o que estava errado. — Tudo vai ficar bem. — prometi ao vê-la apenas suspirar — Eu vou me assegurar disso, vou resolver tudo. — completei num tom calmo, porém convicto, não queria que ela tivesse qualquer dúvida de que eu faria tudo por ela, eu iria até o fim do mundo para dar à ela o que ela deseja e consertar tudo.

Seu silêncio me machucava, eu odiava não saber o que se passava em sua mente. Mas ainda assim eu esperei.

— Eu sei que vai. — ela disse momentos depois com um pequeno sorriso virando-se de lado, sua mão direita veio até meu rosto o tocando suavemente, como se eu fosse puxado por seu toque quente virei-me de frente para ela. Finalmente eu pude respirar tranquilo, a sua fé em mim aqueceu meu coração e teve o poder de minar meus pensamentos negativos. Depois de tudo, eu a tinha de volta, eu tinha recuperado a sua confiança, o seu amor e isso era muito mais do que eu merecia.

— Mas ainda há algo te incomodando. — falei lendo aquela pequena escuridão em seus belos olhos. — O que é amor? Você sabe que pode me dizer tudo, eu estou aqui por você.

— Eu estou com medo Oliver. — Sua voz saiu tremula — Os últimos dias foram incríveis, nós experimentamos um pouco de como a nossa vida deveria ser,  do que nos espera se continuarmos juntos. — fiquei mais atento quando ela usou a palavras “se” — E é tão perfeito. Eu senti que eu tinha uma família novamente, a nossa família.  — disse emocionada — Eu estou com medo de perder isso, de perder todo o futuro que eu já espero ansiosamente para começar a viver com você. — me permiti sorrir aliviado — Mas Isabel e Amanda, ainda estão ali fora apenas espreitando. Elas são pessoas más e sedentas por poder, dispostas a tudo pelo o que querem. Eu não sei se podemos ir contra isso e se formos, não tenho certeza de que sairemos inteiros disso. — confessou num fio de voz.

Eu entendia a preocupação dela, eu na verdade estava aterrorizado com a possibilidade de não conseguirmos, e se algo simplesmente desse errado? E se Amanda ou Isabel  resolvessem agir mais ativamente? Porque até o momento tinha sido um lento e cauteloso jogo de xadrez, nós estaríamos prontos para o xeque mate? Estaríamos dispostos a arriscar tudo?

Eu sei que eu não estava, havia algo precioso demais para mim. Algo pelo qual eu estava disposto a fazer de tudo, a aceitar tudo simplesmente para proteger. Olhei bem para os olhos de Felicity, aquele azul tão claro e sereno lembrava-me um céu claro de uma tarde de verão, me enchia de paz e tranquilidade, mas hoje o céu azul estava nublado por nuvens de preocupação.

— Eu vou proteger você, vocês dois. — coloquei minha mão suavemente em sua cintura e a puxei para mais perto de mim, seu corpo se acomodou junto ao meu com familiaridade seu rosto se escondeu na curva do meu pescoço, desejei que meu abraço fosse capaz de diminuir seu medo, e acabar com suas apreensões.

— Eu não tenho medo por mim, tenho medo por você. — murmurou as palavras contra a minha pele e depois ergueu os seus olhos sérios para mim. — Eu não quero perdê-lo, e eu sei que você quer ser o herói dessa história eu vejo isso nos seus olhos, essa vontade de consertar tudo porque de alguma forma a sua mente acredita que o perigo que estamos correndo é culpa sua. Mas não é Oliver, eu preciso que você entenda isso.  — A urgência de suas palavras, a forma como sua mão se agarrou fortemente em meu braço e seu olhar intenso me deixaram assustado por um momento. — Não quero pensar no nosso filho crescendo sem um pai. Eu já cresci assim e posso assegurar que sempre vai haver uma parte faltando em mim por causa disso.  Mas acima de tudo eu não quero ficar sem o homem que eu amo.

Seu pequeno discurso trouxe um sorriso aos meus lábios, tudo podia estar desabando sobre nós, mas enquanto eu a tivesse, enquanto tivéssemos um ao outro ficaríamos bem. O amor é assim, ele se basta. Ele é o pilar para tudo, não importa se todas as paredes estão desabando ao seu redor,  não importa se o nosso castelo é feito de frágeis cartas, o amor faria dessa construção algo forte e indestrutível. É esse sentimento que me mantinha firme e lutando, lutando por quem eu amo. Felicity estava errada, eu não faria nada disso por um sentimento de culpa, eu faria por amor. Amor a ela e a nossa família.

— Eu amo você também. — falei baixinho enquanto me aproximava ainda mais dela, nossas testas se encontrando, nossos olhares se perdendo um no outro  até que ambos se fecharam, sabendo o que viria a seguir. Meus lábios tocaram os de Felicity com ternura e carinho, um movimento tão leve e quente que era nada mais do que um carícia, mas ainda assim tão intenso que fez Felicity suspirar contra meus lábios e suas unhas se afundarem em meu ombro com força me puxado para si. Seu suspiro era mais do que uma simples reação ao meu toque sutil, seu suspiro era entrega pura e completa, marcava o fim da nossa espera a aceitação de que nos amávamos e que não importava o que viria a seguir, ou o obstáculo que se pusesse em nossa frente nada seria capaz de mudar o que sentíamos um pelo outro.

***

Felicity Smoak

Eu me sentia um emaranhado confuso de pensamentos, preocupações e sentimentos. Mas quando a boca de Oliver encontrou seu caminho para a minha, ela trouxe a clareza que eu precisava para enxergar o que era realmente importante. Todas as minhas dúvidas desapareceram, quando eu estava em seus braços meus medos não encontravam lugar, tudo o que eu sentia era segurança.

Seus lábios eram macios e pressionavam delicadamente os meus, eu sabia que ele estava indo devagar porque não queria me pressionar, que ele queria que essa fosse uma decisão minha, ele queria que eu estivesse completamente certa dessa nossa reconciliação, que eu estivesse pronta para isso. E eu estava mais do que pronta, eu diria até mesmo um pouco desesperada.

 Cravei minhas unhas em seu braço exigindo mais, eu queria, eu precisava sentir a força do corpo dele sobre o meu, de que éramos um só novamente.  Meu toque urgente fez com que Oliver girasse o seu corpo sobre o meu ao mesmo tempo em que o beijo que antes era terno se transformava em algo muito mais urgente e faminto. Mas beijar Oliver era sempre muito mais do que lábios se provando e línguas buscando avidamente uma pela outra. A forma como o seu beijo me fazia sentir era única e especial, em seu beijo eu encontrava respostas para todas as minhas perguntas, eu encontrava a mim mesma, eu encontrava meu lar.

E a emoção maior era que eu sentia que era assim para ele também.

Seus lábios deixaram os meus por meros segundos me fazendo suspirar em protesto pela falta de seus lábios, mas assim que abri meus olhos eu encontrei os de Oliver, brilhantes e felizes, então ele sorriu para mim. Seu sorriso fez meu coração bater ainda mais rápido, me fez derreter porque eu conhecia bem aquele sorriso. E esse era raro, Oliver o guardava para os momentos mais felizes, no começo do nosso relacionamento ele costumava o conter, mas aos poucos ele não o segurava mais, e ele passou a sorrir assim para mim o tempo todo. Ele havia desaparecido nos últimos dias, em meio a tanta confusão.  Mas ali estava ele novamente, meu Oliver, meu sorriso.

— Eu amo tanto você. — ambas as suas mãos se puseram ao redor do meu rosto, e Oliver passou a me fitar de uma forma diferente, emocionado, porém ainda assim sério — Eu estava perdido, seu amor me resgatou, seu amor me transformou em alguém melhor, eu não sei se mereço essa segunda chance Felicity, mas eu a quero e eu prometo a você eu irei até o fim do mundo, eu farei qualquer coisa, para que você e nosso bebê sejam felizes.

— Você está refazendo os seus votos? — perguntei não contendo o sorriso que se alastrou por meu rosto ao escutar aquela declaração.

— Eu acho que estou. — confirmou.

— Então é a minha vez. — Quando nos casamos eu passei dias escrevendo meus votos e eles foram bonitos, lapidados com belas palavras, mas agora tudo o que eu pensava é que queria que fossem sinceros, que expressassem o que meu coração sentia — Eu amo você Oliver, cada pedacinho de quem você é, eu amo até mesmo o agente que apesar de cometer muitos erros aprendeu com eles. Eu amo o Oliver que é meu marido, amo seus carinhos, seus beijos e esse instinto protetor e estou pronta para amar o Oliver que tenho certeza, será o melhor pai do mundo.

Eu vi um brilho de emoção passar por seus olhos, antes que eles se fechassem, seu rosto descesse até o meu e seus lábios se apossassem dos meus mais uma vez, num beijo intenso e conhecido, mas dessa vez o beijo tinha gosto de promessa. Promessa de que não importava o que se colocasse no nosso caminho, o nosso amor sobreviveria.

Quanto mais profundo o beijo se tornava, mais aquela necessidade de tê-lo me dominava, mais meu coração batia descompassado dentro do peito. Nunca havia me sentido assim com outra pessoa, apenas Oliver me proporcionava o melhor dos dois mundos, havia desejo e paixão correndo por minhas veias, e havia amor e ternura em cada toque, em cada beijo.

Movi minhas mãos por dentro da blusa de Oliver, subindo por suas costas largas, ansiosa por nos livrar das barreiras de roupas. Oliver percebendo as minhas intenções ergueu o troco sentou-se sobre a cama e retirou a blusa, perdi dois segundos contemplando o seu torso perfeitamente esculpido, segundos esses que Oliver usou como vantagem, me puxando e me colocando em seu colo tão rapidamente que mal percebi o movimento.

Agora estávamos assim, minhas pernas ao redor de seu corpo, suas mãos firmes em meus quadris me mantinham intimamente perto. Corri minhas mãos novamente por seu tronco, apreciando o peitoral firme e descendo por seu abdome definido, até encontrar o cós de sua calça desabotoando-a e descendo o zíper. Oliver emitiu um pequeno rosnado contra minha boca e puxou levemente meu lábio inferior com os dentes quando passei a acariciá-lo ainda por cima da cueca.

Oliver não perdeu mais tempo, suas mãos que antes moviam por sob a minha camiseta com certo carinho e apreciação agora moviam-se mais urgentes, e num único movimento me livraram da peça de roupa. Seus dedos habilidosos desataram meu sutiã, meus seios se viram livres o contato da minha pele despida pressionada contra a de Oliver era puro calor, calor esse que espalhava por cada terminação nervosa e me deixava ainda mais ansiosa por ele.

Resmunguei contrariada quando os lábios macios de Oliver deixaram os meus, apenas para logo em seguida gemer em satisfação quando a sua boca encontrou meu seio direito. Seus lábios lambiam, sugavam e mordiam com luxúria, enquanto sua mão se preocupava em acariciar o esquerdo, me torturando quando seus dedos brincavam com o bico do seio fazendo-o enrijecer. Eu me desfiz sob suas carícias em meus seios que agora pareciam muito mais sensíveis, talvez fosse por causa da gravidez ou simplesmente porque era Oliver quem me tocava, eu só sei que eu estava muito perto do meu limite.

Oliver talvez estivesse perto do dele também, porque num único movimento inclinou o seu corpo para frente me deixando novamente embaixo dele. Seus lábios voltaram rapidamente aos meus, apenas para tocá-los sensualmente com a língua, mordendo-o de leve e deixando um gostinho de quero mais quando ele voltou a se afastar. Soltei um suspiro involuntário quando seu corpo deixou o meu, e por um momento eu pude sentir o frio que fazia longe de seus braços. Mas para meu alívio Oliver não estava indo a lugar algum, apenas havia se afastado para livrar-me do restante de minhas roupas.

Mais uma vez ali estava eu, nua em seus braços enquanto ele ainda vestia a sua calça. Onde estava a justiça nisso?

— Porque eu sempre acabo despida primeiro? —reclamei com a respiração entrecortada, Oliver estava sobre mim novamente, seu corpo se movia sobre o meu, nossas regiões intimas pressionadas uma contra outra gerando uma alucinante fricção, apenas o tecido da calça jeans impedia de o sentir como eu queria.

— Não vou reclamar disso. — falou com um sorriso sacana.

— Ah, mas eu vou. — falei descendo minhas mãos por sua costas chegando até sua bunda e me concentrando em tentar despi-lo.

— Tenha calma amor. — ele pediu com um sussurro ao meu ouvido, eu mal tive tempo de assimilar suas palavras, pois logo em seguida seus lábios molhados mordiscavam a parte sensível da minha orelha, descendo com uma trilha de beijos e mordidas por toda a extensão do meu pescoço. Como ele se atrevia a pedir calma, quando ele era o responsável por me enlouquecer de tal forma?

— Eu não consigo controlar o meu corpo, ele sente sua falta, ele precisa de você.  — justifiquei a minha urgência, não controlando um gemido quando Oliver chupou com certa pressão a carne de um dos meus seios, aquilo deixaria uma marca e tanto.

— Você vai ter o que quer, eu só quero que seja memorável. — Um sorriso torto apareceu em seu rosto quando ele disse essas palavras, e quando percebi Oliver descia suas carícias ainda mais para baixo até afundar a cabeça no meio de minhas pernas.

Eu não consegui me conter quando senti sua respiração quente ali. Oliver queria me torturar, por isso começou devagar com leves beijos, tocando-me com seus dedos. Minhas mãos imediatamente se afundaram em seus cabelos quando ele passou a se concentrar em sugar meu ponto mais sensível, seus dedos estavam dentro mim, meu corpo inteiro se regozijava com aquela sensação, porém quando eu estava prestes a atingir o prazer Oliver parou, se afastou e retirou sua calça e cueca liberando sua potente ereção. Pensei que Oliver voltaria a cobrir meu corpo com o seu, mas não, ele apenas deitou de costas sobre a cama.

— Quer ditar o ritmo? — ofereceu e eu sorri, não perdi meu tempo,  subi sobre  Oliver e guiei sua ereção em meu centro, nós dois gememos quando ele me preencheu por inteiro, era uma sensação tão boa, íntima e conhecida. Eu não tinha notado o quanto eu sentia a falta de Oliver até esse momento. — Eu queria ter você por cima desde o dia em que você abusou de mim por causa daquele sonho erótico. Falando nisso, quando vai me contar sobre o que exatamente aconteceu nesse sonho? — Ele estava me provocando.

— Eu acho que terei que mostrar. — respondi, e comecei meus movimentos de subida e descida bem lentamente, quase o tirando totalmente e depois descendo até o ter enterrado completamente dentro de mim.  Uma das mãos de Oliver subiu por minha barriga até se fixar sobre um de meus seios brincando com o bico entre seus dedos.

— Amor... Você vai manter esse ritmo?  — Oliver tentara controlar o tom desesperado de sua voz, mas eu sabia que ele, assim como eu já estava em seu limite.

— Foi você quem me disse para dar o ritmo. — falei com falsa inocência me inclinando sobre ele e deixando uma pequena mordida em seu ombro. Eu estava pronta para aumentar o ritmo, mas Oliver foi mais rápido, suas mãos se prenderam ao redor de minha cintura e ele me girou me colocando embaixo dele, seus lábios tomaram os meus com a mesma intensidade com a qual ele passou a se movimentar dentro de mim.

As estocadas passaram a ser mais rápidas e cada vez mais intensas e profundas, nos beijávamos, nos tocávamos, tomávamos tudo um do outro na ânsia de suprir o prazer que nossos corpos buscavam tão avidamente. Bastaram mais alguns movimentos e logo meu corpo estremeceu sentindo a onda de prazer se alastrar, Oliver gemeu ao sentir minha intimidade  se contraindo, se apertando ao redor dele e logo em seguida encontrou seu prazer também.

Oliver saiu de dentro de mim,  deitando de costas e puxando-me para seus braços. Deixei minha cabeça se acomodar na curva de seu pescoço  e fechei meus olhos aproveitando aquela sensação de estar nos braços de que eu amo, de ouvir seu coração batendo acelerado pelo o que tínhamos acabado de compartilhar, e ainda assim ele batia em uníssono com o meu.

— Isso foi... — comecei a dizer.

— Bom? Maravilhoso? — ele sugeriu com a voz leve e bem humorada, seus dedos brincavam distraidamente com o meu cabelo.

— Memorável. — eu disse erguendo meu rosto para fitá-lo, Oliver exibia um sorriso completo, um daqueles raros que eu tanto amava e que ele guardava apenas para mim.

***

Oliver Queen

Eu queria poder manter Felicity sempre em meus braços, porque quando eu a tinha assim aconchegada em mim, eu me sentia esperançoso de que tudo ficaria bem no final. Ela tinha esse dom, sua simples presença me deixava mais leve e feliz.

— Hey onde você pensa que vai? — perguntei assim que percebi sua intenção de deixar a cama, a puxei pela cintura e fazendo seu corpo cair suavemente sobre o meu.

— Eu vou a cozinha, estou morrendo de fome e se me lembro bem, sua mãe deixou um pudim na geladeira. — falou plantando um beijo suave em meus lábios e fugindo antes que eu pudesse prendê-la em meus braços e beijá-la da forma que eu gostaria. A observei pegar a minha camisa que estava jogada ao chão e vesti-la, deixando o quarto logo em seguida. Esperei alguns minutos levantei da cama me vesti também indo até a cozinha para checar se ela precisava de algo. A imagem de Felicity trouxe um sorriso bobo ao meu rosto. Ela estava sentada sobre o balcão da cozinha com a travessa de pudim sobre seu colo, ela já havia comido boa parte da sobremesa.

— Você pretende comer tudo isso sozinha? — perguntei pegando-a de surpresa.

— Preciso lembrar que você acabou com todas as minhas energias e, além disso, eu estou comendo por dois? — revidou, levando um pedaço generoso a boca. Dei passos até ela, parando a sua frente e Felicity protestou  quando eu tirei o prato de pudim de suas mãos.

— Eu sei, — falei com um sorriso, me acomodando entre suas pernas e colocando ambas as mãos em seu ventre ainda liso, eu estava ansioso para a barriga dela começasse a crescer — Mas isso significa que precisa comer coisas saudáveis, nosso pequeno precisa crescer forte.

— Vai me fazer comer brócolis? — perguntou fazendo um adorável biquinho.

— Vou sim. — afirmei dando um suave beijo em seus lábios doces — Na verdade, que tal se saíssemos para almoçar? São quatro da tarde, podemos tentar achar um bom restaurante aberto.

— Hum... Parece uma boa ideia! Mas eu irei tomar um banho antes. — respondeu pulando da bancada e saindo da cozinha, não sem antes me lançar um olhar por cima do ombro dando-me uma pequena piscadela. Demorei alguns segundos para identificar o significado daquilo. Ela estava me chamando para o banho, certo? Então porque eu ainda estava parado na cozinha? Parei de pensar e simplesmente fui até ela. Diferente do que eu esperava, não encontrei Felicity no banheiro. Ela estava sentada a cama com uma expressão indecifrável, mas que eu sabia não significava nada de bom.

— Amor? Qual o problema? — questionei me aproximando e ela apenas ergueu o pequeno pen drive em sua mão, suspirei resignado, por mais que eu quisesse permanecer em nossa pequena bolha onde fingíamos que nada ruim estava acontecendo a realidade nos chamava. — Talvez meu pai esteja certo, e devêssemos apenas jogar isso no meio da rua e esperar que Isabel  e Amanda se matem. — falei na tentativa de fazer humor.

— Oliver! Seu pai está certo. — falou com uma estranha animação.

— O quê? — exclamei confuso, ela não podia estar falando sério!

— Como eu não vi isso antes? — repreendeu a si mesma se levantou abruptamente da cama indo até o notebook da ARGUS que estava sobre o criado mudo. — Estava na minha cara o tempo todo.

— Felicity? — chamei esperando que ela explicasse sobre o que ela estava falando.

— Eu estou rastreando o sinal do celular da Isabel, na esperança de que ela nos mostre o local onde está mantendo o meu pai. — começou falando tão rapidamente que era um pouco difícil de acompanhar — Mas o tempo todo o sinal dela a mostrava no prédio da empresa, nunca em outro lugar e eu cheguei a conclusão errônea de que ela havia colocado um bloqueador de sinal. Mas aí J, quero dizer Robert me disse que a viu falando várias vezes no celular, o que significa que...

— Ela esta mantendo o seu pai na empresa. — conclui.

— Exato.

— Mas onde na empresa ela mantem ele?

— Espere um pouco... — disse digitando rapidamente no notebook, ela parecia tão compenetrada naquilo — Eu só preciso mapear o sinal do telefone dela de acordo com a altura, fazer uma triangulação e então eu saberei precisar os locais exatos da empresa em que ela passou mais tempo... Eliminando é claro, os setores comuns, como sala da presidência, sala de reuniões e... Pronto, achei! — exclamou animada — Ela está mantendo ele no sexto andar, essa deveria ser a divisão de pesquisas científicas, mas foi fechada há dois anos.

— Tem certeza disso? — questionei. Felicity me lançou um olhar ultrajado, como se a minha dúvida a ofendesse.

— Tenho sim. — afirmou — É perfeito na verdade, nenhum funcionário entra lá sem autorização, os elevadores sequer param nesse andar.

— Eu vou falar com John, vamos montar uma equipe, pensar em um plano de extração. Nós vamos trazer o seu pai de volta amor. — garanti, dando um pequeno beijo em sua testa.

Peguei meu celular e liguei para John, expliquei a situação, discutimos um pouco sobre como faríamos toda a coisa. John  disse que conseguiria todas as armas e equipamentos que precisaríamos, decidimos que o melhor horário para entrar na empresa seria durante a madrugada, quando o número de funcionários é reduzido e a escuridão nos ajudaria a entrar mais facilmente. Ele ficou de organizar tudo e retornaria a ligação quando estivesse tudo pronto.

Eu precisaria agradecer muito a ele. John não precisava me ajudar com nada disso, isso não era seu problema, porém ele não era apenas um bom amigo, ele era um parceiro fiel, quase como um irmão para mim. Eu sabia que poderia contar com ele para o que quer que fosse.

— Isso parece um pouco perigoso. — Felicity comentou assim que desliguei o celular — Vocês não conhecem o tipo de defesa que ela tem naquele lugar, pode ser tudo uma grande armadilha. E, além disso, você nem gosta do meu pai. —  franzi o cenho com a sua última frase.

— Felicity. Qual é o problema? Até parece que você não quer que nós resgatemos o seu pai.

— Talvez eu não queira, eu não sei. — A encarei confuso, sua voz estava um pouco desestabilizada — Talvez devêssemos apenas fazer a troca que Isabel  ofereceu! Ela libertou o seu pai, como prova de que poderíamos confiar nela.  Seria mais simples e fácil, ninguém se machucaria. — sugeriu.

— Amor, você não está fazendo sentido. — falei me aproximando.

— Só estou preocupada que você se machuque ou que algo pior aconteça. Eu não quero pensar no que seria da minha vida sem você... Eu... — Seu tom era urgente e preocupado.

— Então não pense. — falei a puxando para meus braços, aninhando seu corpo pequeno ao meu na tentativa de acalmá-la  — Vai ficar tudo bem. — garanti beijando o topo da sua cabeça a senti soltar um longo suspiro e relaxar um pouco, só a soltei quando escutei meu celular tocar.

— Sinto muito. Deve ser o John, eu preciso atender. — falei com um pequeno sorriso de desculpas. Afastei-me dela e atendi a ligação, vi que Felicity deixou o quarto logo em seguida, deduzi que talvez quisesse me dar um pouco de privacidade, por mais que eu amasse tê-la perto de mim eu preferi assim, não queria assustá-la com as coisas que John e eu teríamos que fazer para resgatar o pai dela.

Eu sei que Felicity não entendia o porquê de eu fazer isso. Por anos eu acreditei que James Smoak era um assassino a sangue frio, eu mesmo o teria matado se tivesse tido a oportunidade. Eu não o conhecia, eu não precisava me arriscar por ele, eu não o devia nada. Porém ainda assim eu queria salvá-lo, não por ele, mas por Felicity. Ela havia me dito que crescer sem um pai a fez sentir como se um pedaço dela sempre estivesse faltando, e eu queria que ela se sentisse completa outra vez.

Família era importante. Eu entendia isso agora que estávamos começando a nossa.

Assim que terminei a conversa com John, fui atrás de Felicity. Precisava dizer que ele e eu havíamos decidido fazer isso ainda essa noite durante a madrugada. Mas não encontrei Felicity, eu a procurei por toda a casa e ela não estava em lugar algum. Percebi que não achava o pendrive também.

Meu coração falhou uma batida diante da constatação óbvia.

Felicity tinha ido fazer a troca com Isabel.

***

Eu estava desesperado.

Não sabia o que fazer, onde ela estava? Teria ido até a empresa de Isabel? Ou elas combinaram de se encontrar em algum lugar? Em qualquer uma das alternativas ela estava desprotegida e eu tinha certeza que não acabaria bem. Eu tentei ligar para ela, porém o celular só dava ocupado. Isso não poderia ser bom!

Deixei o medo de perdê-la me dominar, eu me sentia tão impotente. Como Felicity podia ter sido tão irresponsável? Se sujeitar a tal perigo, ela não pensou no nosso bebê?

Eu estava até mesmo cogitando a ideia de ligar para Amanda, imploraria por ajuda, ofereceria o que ela quisesse em troca de ter Felicity a salvo.  Eu já estava fazendo a ligação quando escutei um clique e imediatamente me coloquei de pé. A maçaneta girou e então a porta se abriu e vi aliviado que Felicity entrara por ela. Senti que um peso enorme tinha sido tirado do meu peito, ela parecia bem, viva e sem nenhum machucado aparente.

Eu não fui delicado, eu apenas cruzei o espaço que nos separava com passos largos e decididos, a envolvi em meus braços, mantendo-a presa em meu abraço firme. Eu apenas precisava sentir o corpo dela contra o meu, precisava sentir seu coração batendo e que a tinha segura em meus braços.

— Nunca. Mais. — exigi num tom sério, mas repleto de medo — Nunca mais me assuste desse jeito. Eu pensei que a havia perdido, que você tinha ido embora... Tem ideia do quão preocupado eu fiquei Felicity? — a repreendi.

—  Me desculpe. — ela disse encostando a cabeça contra o meu peito. — Eu fui tola, apenas pensei que se entregasse o pen drive a Isabel  ela libertaria o meu pai e então você e John, não precisariam agir como superagentes secretos e se sujeitarem a tantos riscos para salvá-lo. — Eu devia estar bravo com ela, mas Felicity era tão adorável que eu não consegui evitar o pequeno sorriso que se insinuava em meu rosto.

— Amor...  — Eu ia dizer que tudo ficaria bem, que aquela missão parecia até mesmo muito mais fácil do que muitas outras em que já estive, mas Felicity me interrompeu.

— Não Oliver, eu já disse eu não quero correr o risco de perder você. — falou seriamente,  eu entendia o ponto dela, do seu jeito próprio ela queria o mesmo que eu, proteger a nossa família.

— Você nunca vai me perder. — afirmei olhando em seus olhos.

— Você não pode me garantir isso! — rebateu se  afastando dos meus braços e só então eu percebi o quanto ela estava transtornada. Não devia ser bom para o bebê se ela se alterasse tanto assim. Todo esse clima tenso, essa preocupação e medo, eu precisava tirar isso dela.

— E então? Você entregou o pendrive a Isabel  e ela liberou o seu pai?  — perguntei num tom gentil, sentando ao sofá e fazendo Felicity se sentar ao meu lado.

— Na verdade não.  — ela falou tomando uma respiração profunda. — Eu sequer cheguei até ela, eu estava no meio do caminho quando Thea me ligou.

— Thea? — perguntei confuso. — Ela deveria estar num avião para New York.

— Ela disse que convenceu a mãe a permanecer na cidade por mais uns dias, elas estão ficando num hotel, ela disse que passaria aqui amanhã e que nos obrigaria a sair para fazer compras para o bebê. — falou com um pequeno sorriso — Foi nesse momento que eu vi que estava sendo tola em tentar salvar o meu pai sozinha. Nós somos uma família, devemos decidir as coisas juntos, até mesmo sobre como salvar o meu pai.  — explicou. — Então se você vai sair em uma missão para isso, eu quero participar, quero ter certeza de que você vai ficar bem.

— Você está certa amor. — disse a acomodando novamente em meus braços e beijando o topo de sua cabeça. Eu deveria contar que John e eu já havíamos decidido que faríamos isso ainda essa noite, mas naquele momento eu só queria que Felicity ficasse calma. Eu sei que ela queria ajudar, garantir ao seu modo que eu ficaria bem, mas eu não poderia permitir isso. Eu a queria o mais longe da confusão, eu sabia que mantê-la no escuro não era a melhor ideia e que Felicity ficaria furiosa quando soubesse que eu omiti isso dela, mas eu não conseguiria completar a missão se minha mente estivesse preocupada com ela.

Por isso, contrariando todas as promessas que fiz à ela e a mim mesmo, mais uma vez eu menti.

***

Felicity Smoak

Acordei sentindo frio. Rolei pela cama a procura do corpo quente de Oliver, mas não o encontrei. Chamei por ele, mas não obtive resposta e imediatamente fiquei tensa. Levantei-me da cama, acendi a luz do quarto e não havia nem sinal de Oliver ali. Procurei pelo restante do apartamento e encontrei apenas o mesmo vazio e silêncio, lembrei-me de quando ele costumava desaparecer durante a noite no começo do nosso casamento, ele saía por causa das missões de Amanda, mas Oliver já não trabalhava mais para ela, então onde ele estava?

Respirei aliviada ao notar o barulho de chave na porta, eu estava pronta para repreendê-lo por sair no meio da noite sem me avisar. Mas segurei a repressão e definitivamente todo o alívio momentâneo desapareceu quando eu percebi que a pessoa que entrava pela porta não era Oliver.

— Olá querida, sentiu minha falta? — Imediatamente o ambiente se tornou ainda mais gélido, aquele estranho arrepio de medo subiu pela minha espinha quando encarei aquele sorriso polido e a arma apontada diretamente para mim.

— Oi Amanda.

 


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Notas finais do capítulo

Amanda the bitch is back! Quem sentiu falta dela?

Então leitores... de acordo com o meu roteiro o próximo capítulo seria o último (sem contar é claro com o epílogo), porém há muitos acontecimentos nesse capítulo e eu não quero correr com as coisas, ou escrever capítulos grandes demais que podem acabar ficando cansativos de se ler, então é bem provável que eu divida a parte final em dois capítulos, tudo bem para vocês?