Lilian olhou para a mãe. Ela estava sentada ao lado de Harry e segurava a mão dele. Lilian não sabia o que fazer. Ela tinha medo de falar com ela e Hermione ficar com raiva.

– Hermione? – ela chamou baixinho.

– Oi? – ela olhou para a filha.

– Papai me contou o ponto dele da história, mas eu queria saber o seu.

Hermione olhou para ela e começou a contar a história dela. Ela contou de um jeito que achou certo para uma menina da idade de Lilian. Ela contou tudo e esperou a reação da filha.

– Por que ficou com medo?

– Ron estava louco. Ele sempre teve ciúmes do seu pai e quando me deitei com Harry e quando ele me pediu para me deitar com ele, me neguei. Ele pirou. Não podia deixar que nada acontecesse com você.

Lilian se levantou da cadeira que ela estava sentada e abraçou a mãe.

– Não podemos voltar no tempo e viver tudo o que poderíamos te vivido. Mas podemos construir uma boa relação.

– Eu te amo, filha.

A primeira coisa que Harry sentiu quando recobrou a consciência, foi dor. Uma dor muito forte por sinal. A segunda coisa, foi uma mão na sua. Com um pouco de esforço ele abriu os olhos e viu uma coisa que achou que nunca iria ver. Ele esticou a mão e pegou seu óculos e finalmente pode ver, Lilian e Hermione estavam sentadas na cadeira ao lado da cama, ambas dormindo. Lily estava no colo da mãe que a abraçava protetoramente e com a mão por cima da do pai. Harry se mexeu tentando se sentar, mas sentiu uma dor dez vezes mais forte do que antes. Ele deixou um gemido de dor escapar e quando olhou para o lado, viu dois olhos verdes o encarando.

– Papai. – Lily disse apertando a mão dele.

– Oi, anjo. – ele tentou sorrir. – O que faz aqui?

– Me mandaram uma carta e o Hagrid me trousse. A mamãe chegou logo depois e ai ficamos aqui esperando você acorda. – ela desceu do colo da mãe e se sentou ao lado do pai. – O curandeiro disse que o senhor quebrou o lado esquerdo do corpo e que terá que ficar um tempo longe do trabalho, mas está bem. Disse também que o dano no seu braço foi mais sério do que na perna e que você vai ter que tomar mais cuidado com ele.

– Acho que não foi assim tão ruim. – Harry sorriu.

– Não foi assim tão ruim? Você quase me enfartou. Estou aqui desde que soube disso ontem e nada do mocinho acorda. Por falar nisso, quem mandou sair voando em uma missão? Quantas vezes terei que falar que isso é perigoso, que pode morrer? Quando vai aprender? Será que tem como se importa um pouco mais com sua vida?

– Lilian, foi uma emergência. Tinha uma garotinha que precisava de ajuda. Não podia deixar nada acontecer com ela.

– Mas e eu? O que seria de mim se o senhor tivesse morrido? Não pense em mim? Apenas nas crianças em perigo. Ou nos adultos, ou nos idoso. Até mesmo pensa mais nos animais do que em mim.

– Filha, sabe que isso não é verdade. Sempre penso em você. Na frente de tudo. Até mesmo do que de mim. Te amo mais do que minha própria vida.

– Pai, assim não dá para mim fazer meu drama. – ela disse séria. – Eu fiquei com medo de te perde.

Harry sorriu quando a filha o abraçou delicadamente. Lilian ainda tinha o cheiro de bebê que ele passou a amar desde que ganhou a filha. Ainda usava o mesmo perfume de quando criança.

– Lilian? – Hermione chamou ainda meio dormindo. – Onde você está?

– Aqui. – ela disse se afastando do pai. – Papai acordou, eu vou chamar o medi-bruxo.

Lilian pulou da cama e correu para a porta. Parando nela e mandado um beijo para o pai antes de sair. Hermione esperou a porta se fechar para se senta ao lado de Harry.

– Como você está se sentindo? – ela perguntou passando a mão no cabelo dele delicadamente.

– Como se tivesse acabado de lutar contra um dragão.

– Posso imaginar. Lembra o que aconteceu?

– Sim. Estava tirando uma menina da zona de risco e quando a coloquei em segurança vi um dos prisioneiros que fugiu correndo. Quando fui atrás dele, outro me acertou.

– Lilian ficou tão preocupada. E eu também.

– Estou bem. – ele sorriu para ela. – Você sabe que já tive ferimentos piores que esses. – ele pegou a mão dela com a boa. – Sabe quanto tempo terei que ficar aqui?

– Não. Estávamos esperando você acorda para saber como está.

– Vejo que decidiu se juntar ao mundo dos vivo. – o medi-bruxo disse entrando no quarto. – Como está se sentindo.

– Como se tivesse metade do meu corpo quebrado.

– Isso é bom. – ele disse pegando a farinha e apontando para ele fazendo vários feitiços. – Sua perna está quase curada. Vai senti dores por alguns dias e não poderá voar, nem correr por um tempo. Já o braço foi um pouco mais sério e demorar uns meses até está cem por sento novamente.

– Quando poderei sair daqui? – perguntou sério.

– Se correr tudo bem e estiver melhor. Hoje à tarde. – ele anotou alguma coisa na fecha de Harry. – Onde vai ficar?

– Na minha casa. – Harry e Hermione falaram juntos, fazendo Lily soltar uma risadinha pela cara se surpresa do pai.

– Como? Eu vou para minha casa.

Nem pensar, Harry. Lilian está na escola e você vai precisar de ajuda. E nem vem me falar que você tem um elfo domestico, por que o elfo não vai conseguir te dá banho. Então vai ficar na minha casa.

– Você vai dá banho no papai? – Lilian perguntou com os olhos arreglos, fazendo Hermione corar. – Não pode. Você é menina.

– Lilian. – Harry a reprendeu.

– O que? Você que disse isso para mim. Lilian Potter menino não pode dá banho em menina e menina não pode dá banho em menino.

Hermione riu e olhou para Harry que estava olhando para a filha como se tivesse visto ela pela primeira vez.

–Bom, nesse caso é diferente. Hermione e eu namoramos.

– Então quando eu tiver um namorado posso dá banho nele? – Lilian cruzou os braços e levantou a sobrancelha.

– Não. – ele respondeu vermelho.

– Então, a mamãe não pode dá banho no senhor. – ela disse sorrindo. – Direitos iguais, papai.

– Lilian Potter.

– O que?

– Assim que eu consegui pegar minha farinha vou deixa você de cabeça para baixo.

Lilian riu e subiu em cima da cama indo até o pai e o beijando na bochecha demoradamente.

– Eu sei, papai. Eu deixo ela te dá banho. Mas apenas por que está machucado. Ela dá vai poder te dá banho curado quando casarem.

Harry balançou a cabeça.

– Então está resolvido. O senhor vai para a casa da sua namorada e ela poderá te dá banho. - - medi-bruxo. – Nos vemos mais tarde. Tem um homem lá fora chamado Hagrid, falando que quer te ver.

– Pode deixar ele entra. – Hermione disse arrumando os travesseiros de Harry.

O doutor saiu do quarto e deixou os três sozinhos. Em pouco tempo Hagrid entrou no quarto meio sem graça. Ele foi até a cama.

– Harry. – o meio gigante falou parando ao lado dele. – Não acredito que estou com você depois de todo esse tempo.

– Oi, Hagrid. Eu até te abraçaria, mas não consigo me move direito. – Harry sorriu meio sem jeito. – Como estão as coisas?

– Bem. O que aconteceu com você? Onde estava todo esse tempo?

– Eu precisei de um tempo. Mas agora está tudo bem. – Harry olhou para Lilian e Hermione. – Estou aqui e é aqui que ficarei. Me conte como as coisas na escola.

Eles passaram a amanhã conversando. Por mais que Lilian quisesse ficar com o pai, ela precisava ir para a escola. Ela e Hagrid voltaram para a escola depois do almoço. Hermione passou o dia com Harry e no fim da tarde ele teve alta, com muitas recomendações. Hermione preparou o quarto dela e acomodou Harry. Depois foi fazer alguma coisa para eles comerem. Como estava com as férias atrasadas, ela ficaria em casa com Harry. Ela fazia o que podia para fazer com que ele se sentisse melhor, mas mesmo assim era complicado para ele. Nessa semana que tinha se passado desde que aconteceu o acidente, Harry já começou a andar pela casa. Lilian mandava cartas todos os dias querendo saber como o pai estava e ia passar o fim de semana na casa de Hermione. E como era sexta e ela chegaria seis horas, Hermione estava preparando tudo para receber a filha.

Harry estava no quarto quando escutou a campainha tocar. Ele olhou no relógio e viu que era seis horas. Então só podia ser a filha. Ele conseguiu se sentar com um pouco de dificuldade. Em pouco tempo Lilian estava dentro do quarto toda feliz. Ela subiu na cama e abraçou o pai.

– Oi, amor. – ele disse puxando ela para mais perto dele.

– Oi, pai. – ela beijou a bochecha dele.

– Oi, filha. – ele disse sorrindo. – Como foi sua semana.

– Ótima. Teddy veio comigo. – ela disse animada. – Ele está lá embaixo com as nossas malas.

– E a senhorita subiu correndo?

– Claro. – ela sorriu.

– Oi, padrinho. – Teddy disse entrando no quarto do lado da Hermione.

– Oi, Teddy.

– Bom, eu vou deixar vocês sozinhos. – Hermione disse saindo do quarto.

Hermione desceu as escadas e foi para a cozinha. Ela estava feliz. Sua filha estava em casa, assim como o amor da vida dela.