Brincando com o desconhecido escrita por Izabel Seliger


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Não vou mais me justificar porque nada do que eu falar serve como justificativa que possa explicar essa demora só peço desculpas, e quero agradecer a todos os comentários e a minha amiga e beta (a melhor que existe nesse mundo) Luna Lovegood que ficou no meu pé e betou mais esse capítulo.

Bjss e boa leitura!



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Pov Felicity

Nevava lá fora e o frio entrava pelas fissuras da parede velha que estava cheia de fendas devido o ferrugem que cobria o vagão do trem abandonado. Eu sentia meu corpo gelado, mas isso não me incomodava eu só queria ficar isolada e sozinha eu precisava colocar a cabeça no lugar, já fazia uma semana que Nyssa tinha morrido e Sara minha melhor amiga ainda estava em coma. Vê-la assim me machucava e me trazia lembranças de quando perdi meu pai e vi minha mãe morrendo aos poucos em uma cama de hospital. E ainda ver Oliver  sempre ao lado de Laurel só piorava as coisas.

Escutei um barulho de passos vindo de fora do vagão,  estranhei já que ninguém sabia onde eu estava. Eu havia saindo cedo de casa para espairecer  um pouco e quando percebi estava aqui no meu antigo esconderijo. Eu não vinha mais aqui há anos, achei esse lugar quando era criança e ele se tornou meu refúgio, meu porto seguro quando estava triste e queria pensar um pouco, eu costumava vir para cá, nem mesmo Tommy ou Sara conheciam esse lugar. Levantei do sofá velho na esperança de espiar quem se aproximava, foi quando a porta se abriu num rompante e por ela entrou um ar ainda  mais gelado do que o que estava entrado pelas fendas das paredes, fechei o olhos devido ao frio que parecia congelar meus ossos quando tornei a abri-los achei que estava tendo uma miragem ou o frio estava me fazendo ter alucinações.

— Droga, acho que o frio está me fazendo ter alucinações. — soltei assim que vi Oliver, cruzei os braços em frente ao corpo para tentar espantar o frio que entrou pela porta junto com ele.

— Bom saber que eu ainda causo esse efeito em você! — falou com um sorriso de canto terminado de entrar e fechado a porta atrás de si.

Levei a mão até a boca quando percebi que tinha falando em voz alta.

— Eu e minha boca grande. — murmurei mal humorada, me joguei no sofá novamente abraçando as minhas próprias pernas na tentativa de espantar o frio congelante que se espalhara pelo local — O que você está fazendo aqui? — perguntei com rispidez.

Oliver não respondeu de imediato abriu um pequeno sorriso, veio em minha direção e sentou-se ao meu lado.

— Parece que alguém está de mau humor hoje. — revirei os olhos com sua provocação. — Todo mundo atrás de você. — falou serio. — Você esta sumida há horas. — completou sério.

 — Que exagero — murmurei.

 — Não, não é exagero você desapareceu por mais de dezoito horas, Felicity você não deu notícias suas a ninguém e Tommy está surtando, ele já te procurou por todos lugar e tenho certeza que sua amiga a morena bonitinha de Central City vai te matar quando te encontrar, ela consegue ser mais assustadora que a Sara quando esta brava — falou divertido.

—Ohhh, eu acho que perdi a noção das horas. — falei sem graça. — Me desculpe. — pedi, estremeci quando um vento um pouco mais forte entrou pela fresta.

Oliver cerrou a mandíbula, e levou sua mão até minha bochecha estremeci com contato de sua mão quente com minha pele gelada.

— Não acredito que você saiu assim com esse tempo. — falou em um tom de reprovação. — Você quer ficar doente?  Pelo seu histórico você vai pegar no mínimo um belo de um resfriado. — me repreendeu levantando-se e tirando seu casaco e estendendo para mim.

— Não quero seu casaco, na verdade não quero nada de você. — falei, recusando seu casaco e me levantando e indo  em direção a saída.

Assim que passei pelo Oliver senti um aperto forte, mas antes mesmo que eu pudesse processar o que estava acontecendo senti um puxão forte e  de repente meu corpo se chocava com do Oliver. Estávamos frente a frente agora,  ergui meu rosto para vê-lo e exigir que me soltasse, mas assim que fitei seu rosto percebi que sua expressão que antes era irritada agora tinha ficado séria e o seu olhar tinha um brilho que não conseguia decifrar.

— Por que você sempre tem que ser tão teimosa? — perguntou enquanto fazia um carinho em meu braço onde sua mão segurava.

— Quando você vai parar com essa mania de me segurar pelo braço. — não saiu com a ironia que queria.

Oliver não respondeu, só me encarava fiquei nervosa e mudei meu foco de seus olhos para sua boca me arrependi de imediato quando vi o Oliver umedecer os lábios com a ponta da língua prendi o ar, Oliver percebeu para onde eu estava olhando e levou sua outra mão livre até meu rosto e foi se aproximando, ao invés de me afastar eu apenas fechei meus olhos automaticamente ao senti seu perfume inebriante e sua respiração quente e acelerada próxima da minha bochecha, Oliver roçou seus lábios nos meus levemente, senti meu coração acelerar com a expectativa, porém nada aconteceu. Ele se afastou um pouco e murmurou um "merda", abri os olhos para ver o que tinha acontecido foi quando percebi que ele tinha soltado meu braço e segurava o celular que estava tocando.

— Alô, — atendeu irritado, ficou em silêncio por um instante e logo volto a falar. — Sim eu a encontrei. — respondeu serio, ficou mais alguns segundo em silêncio. —Ela está bem já estamos indo quando chegarmos você fala com ela. — respondeu mau humorado desligando o celular logo em seguida. — Porque a gente sempre é atrapalhando por um telefone? — falou voltando a ficar bem humorado.

Não respondi, tirei com delicadeza sua mão do meu rosto me afastei e peguei sua jaqueta que estava no sofá.

— Obrigada. — agradeci.

— Felicity, — chamou, me virei para ver o que ele  queria — Espera um pouco, vamos conversar. — pediu.

Eu ia negar mais algo em seu olhar me fez  mudar de ideia.

— Tudo bem. — falei voltando a sentar no sofá, Oliver me seguiu e sentou  novamente ao meu lado em seu olhar tinha um brilho de esperança.

— Você se lembra da primeira vez que me trouxe aqui? — ele encarava as paredes. — A gente estava namorando foi logo depois da primeira vez que fizemos amor. — senti minhas bochechas queimarem com o seu comentário. — Você falou que aqui era seu refúgio até me conhecer, mas que não precisava mais desse lugar porque a partir do dia que me conheceu eu passei a ser seu porto seguro, o seu refúgio. — falou nostálgico, Oliver parou de encarar as paredes e se virou para mim. — Me perdoe por ter te tirado isso de você e por quebrar seu coração. — pediu com olhar cheio de lágrimas.

Eu não conseguia formular uma resposta naquele momento, o que Oliver me pedia era muito. Eu o havia amado como jamais pensei que seria capaz de amar alguém na minha vida, eu havia lhe dado meu coração e tudo o que Oliver me deu em retorno foram noites chorando por causa dele e um coração partido.

— Eu te amo. — Oliver sussurrou ao meu ouvido.

— Eu também te amo. — respondi sem pensar muito, apesar de toda a dor que ele me causou eu ainda o amava.

Oliver abriu um sorriso esperançoso e novamente voltou a se aproximar do meu rosto, senti sua mão em meu queixo, mais antes que ele fizesse algum movimento novamente fomos interrompidos pelo toque de seu celular. Oliver bufou irritado e olhou o visor do celular, fez uma ligeira careta ao ver o nome, rejeitou a chamada e guardou o celular novamente no bolso.

— Quem era? —perguntei curiosa.

—Ninguém importante, — respondeu. —Esquece. — pediu, quando viu que ia protestar.

— Oliver. — pronunciei seu nome, cruzei os braços como quem espera por uma resposta.

—Droga, é a Laurel— respondeu e seu celular voltou toca logo em seguida. Aquele único nome teve o poder de me deixar irritada novamente, eu quase havia permitido que ele me beijasse depois de tudo, eu estava cedendo.

— É melhor você atender. — falei num tom neutro me levantando e saindo do vagão deixando Oliver sozinho.

Depois de alguns minutos ele saiu atrás de mim, eu estava esperando encostado em outra locomotiva abandonada.

— Vamos quero ir para casa. — pedi assim que ele se aproximou.

— Felicity, eu ... — começou a falar mais o interrompi erguendo a mão.

— Eu não quero mais conversar com você, só quero ir embora. — exigi,  me afastando do vagão em que estava encostada e indo em direção a saída do terreno abandonado.

O caminho até meu apartamento ocorreu em um silêncio mortal, Oliver assumiu sua carranca típica de quando não consegue o que quer e eu gastei meu tempo entre olhar a neve que caía lá fora e a olhar o painel do carro. Assim que chegamos ao meu prédio não esperei Oliver sair do carro fui imediatamente em direção ao elevador.

Virei-me com tudo assim que cheguei ao elevador,  Oliver parou muito perto por pouco não se chocou contra mim, ele estranhou minha atitude e arqueou a sobrancelha.

— Não preciso que você me escolte até meu apartamento não vou fugi. — reclamei. — E além do mais Laurel deve está te esperando. — tentei provocar, mas meu tom saiu mais amargo do que eu gostaria.

— Você esta com ciúmes? — perguntou com um sorriso idiota nos lábios.

— Não. — respondi irritada entrado no elevador, e para minha infelicidade Oliver veio atrás com um sorriso irritante nos lábios. — Agora você já pode ir —  o enxotei  assim que cheguei a porta do meu apartamento.

— Você ainda pode fugir assim que eu lhe der as costas. — me provocou.

Não perdi meu tempo respondendo a sua provocação só dei de ombros, tratei de procurar a chave, porém antes mesmo que eu achasse a minha a porta foi aberta por uma Caity furiosa.

— Felicity Smoak, como você se atreve a sumir por horas sem dar notícias? — falou apontando o dedo  em riste para mim. Me senti como uma criança de cinco anos de idade sendo repreendida pela mãe.

— Me desculpe — pedi sem graça, ela me deu um abraço apertado. — Agora eu posso entrar? Eu ainda estou com frio e o idiota do Oliver está sem o seu casaco.

— Ah... Oi, Oliver eu não tinha te visto. — falou sem graça. — Entrem Tommy acabou de fazer um chocolate quente. Suspeito que seja só isso que ele sabe fazer. — sussurrou a última parte enquanto dava passagem para que entrássemos no apartamento, eu entrei e fiquei na porta esperando que Oliver entrasse também.

— Vai ficar ai parado ou vai entrar? — provoquei quando vi que Oliver não se mexeu. — Que foi Oliver? — perguntei voltando me aproximar dele.

— É melhor eu ir. — falou sério, fitando por cima do meu ombro. — Não quero atrapalhar. — virou-se apertando o botão para chamar o elevador toquei em seus braços com delicadeza fazendo com que me encarasse.

— Ollie, — me xinguei mentalmente por ter falado seu apelido, mas de certa forma isso valeu a pena porque fez surgir um pequeno sorriso em seu rosto, uma pena  que não chegou a durar nem um segundo e logo ele voltou a ficar sério. — Oliver, por favor. — pedi, eu não entendia o que estava acontecendo com. Uma hora ele parecia que queria se aproximar e logo em seguida se afastava. — Me fale o que está acontecendo? — tentei novamente.

Oliver não me respondeu, apenas balançou a cabeça me lançando um olhar triste e soltou minha mão dos seus braços, entrou no elevador.  Pisquei meus olhos rapidamente segurando uma lágrima que teimava em cair,  as suas atitudes me confundiam ele era delicado e suave  em um momento  e de repente erguia uma barreira entre nós com seu comportamento hostil.

— Oliver, — chamei uma última vez antes que a porta se fechasse, Oliver arqueou uma de suas sobrancelhas esperando que eu continuasse. — Sua jaqueta. — falei, enquanto brigava com zíper para tirá-la.

— Pode ficar com ela. — disse tirando a mão da porta deixando a mesma se fechar.

E então ele se foi.

Fiquei alguns segundos encarando atônita a porta do elevador sem entender o que tinha acontecido. Porque era tão complicado?

— Ei você não vai entrar, — escutei a voz do meu amigo me perguntar. — Loirinha, o que foi? Cadê o Oliver.— questionou se aproximando.

— Vou sim, o Oliver já foi.

— Por que Oliver já foi?  O que aconteceu entre vocês dois?  — Perguntou parecendo um pouco desconfiado.

— Não sei. — respondi honestamente, eu não sabia o que tinha acontecido entre nós. Tommy parecendo se compadecer da minha confusão me puxou para um abraço apertado e confortador, daqueles que somente Tommy era capaz de oferecer.

— Você sabe que eu estou aqui para o que você precisar, não sabe? — Disse beijando meus cabelos.

— Você é o melhor amigo que eu poderia ter. —  respondi enquanto Tommy suspirou resignado.

— Vamos entrar loirinha, está ficando frio aqui fora.

****

Já tinha se passado um mês desde minha ideia genial de desaparecer e como um castigo pelo meu mau comportamento peguei um resfriado que não ia embora nem mesmo com todos os medicamentos possíveis. Caity infelizmente já tinha voltado para Central City , aliás ela e Barry estavam finalmente namorando, ela pediu mil desculpas por ter que ir e também  por ter mudado os planos de  vir morar comigo,  apesar de Sara ainda estar no hospital em coma induzido  e minha vida estar uma completa bagunça eu fiquei contente por Cait, pelo menos a vida dela estava caminhando para um lugar feliz.

Eu passava a maior parte do meu dia no hospital por esse motivo quase não via Tommy, que por sua vez estava tendo que se desdobrar para  cuidar do seu serviço e do meu na Merlyn Global.

Eu ainda não entendia o que tinha acontecido com Oliver porque ele havia agido tão estranho comigo naquele dia em que ele me encontrou. Aliás, ele vinha agindo estranho  todo esse último mês, eu nunca tive chance de perguntar o que aconteceu já que ele estava me evitando com sucesso esse último mês, mesmo a gente revezando o horário para ficarmos com Sara eu não o via. Ele sempre saia um pouco antes de eu chegar ou esperava eu ir embora para entrar  e as poucas vezes que nos vimos ele estava com alguém ao seu lado e para o meu desprazer esse alguém era  sempre Laurel.

— Inferno. — resmunguei quando virei o corredor do quarto de Sara e vi Moira parada na porta com braços cruzados, tentei me virar e fugir mais não deu tempo ela me encarou com seu ar superior.

— Felicity. — chamou.

 Olhei para ela contra vontade, tudo o que eu mais queria era de fingi que não a vi e ir embora, mas  quando resolvi fazer isso já era tarde demais,  ela já estava vindo em minha direção.

— Sra Queen. — cumprimentei.

— Como você está querida? Fiquei tão feliz quando soube que você tinha voltado. — Falou com falsa ternura, segurei minha vontade de revirar os olhos me limitei a assentir concordando. — Eu queria falar com você, vamos tomar um café. — falou em um tom autoritário onde deixava claro que não tinha escolha.

— Eu adoraria tomar café com a senhora, mas já estou atrasada, então se for rápido pode falar aqui mesmo. — devolvi deixando claro que ela não tinha poder algum sobre mim.

— Então vamos direito ao ponto, eu sei que você anda atrás do meu filho então espero que você se afaste dele ou você não se lembra do que aconteceu alguns anos atrás. — falou em um tom áspero e não evitei um arquear de sobrancelhas— E agora que ele está noivo de Laurel não vou deixar você atrapalhar meus planos novamente.

Eu ia responder a altura,  quem ela pensa que é para fala assim comigo? Mas pela felicidade ou infelicidade fomos interrompidas por Dr. Palmer que saiu do quarto de Sara junto com Thea.

— Felicity, Sra Queen. — Ray, cumprimentou enquanto Thea veio e me deu um abraço afetuoso, consegui ver o olhar de reprovação que Moira lançou para a filha que fingiu que não viu. — Felicity tenho notícias maravilhosas. — Ray falou com um belo sorriso no rosto.

— Por favor, fale que é  o que eu estou pensando. —  não queria criar esperança esses últimos dias Sara vinha melhorando o inchaço no cérebro já quase não existia mais, mas Ray não dava muitas esperanças.

— É questão de horas para ela acordar.

Sorri com a notícia e me joguei nos braços de Ray.

— Obrigada, obrigada eu preciso avisar o Tommy. — falei me soltando dos seus braços. — Thea você pode ficar com Sara mais um pouco eu tenho que avisar o Tommy. — pedi.

— Lógico, Fel. — respondeu.

— Obrigada novamente Ray, Thea até mais Sra Queen. — me despedi.

Sai do hospital direto para empresa,  estava tão feliz e animada para dar a notícia que não percebi quando o táxi parou na frente da empresa, só me dei conta quando o motorista avisou que tinha chegado, agradeci e paguei o a corrida e fui direto para sala do Tommy.

Estranhei a falta de Helena em sua mesa, mas assim que olhei para sala da presidência, Tommy estava lá sentado parecendo compenetrado em uma pilha de documentos. Entrei em um rompante em sua sala, Tommy se assustou com minha entrada abrupta e derrubou os papéis que segurava.

— Fel, o que aconteceu? — questionou se levantando e vindo em minha direção. 
Não respondi corri em sua direção me jogando em seus braços,  Tommy de imediato retribuiu meu abraço. — Ei o que aconteceu? Sara está bem?

— Tommy, — falei entre soluços,  não conseguia para de chorar.

— Loirinha, você está me assustado! — exclamou se afastando apenas o suficiente para poder olhar em meu rosto, sem em nenhum momento se soltar do abraço. — O que aconteceu? — perguntou, levando a mão até meu rosto fazendo um carinho suave.

— Tommy,  Sara acordou. — expliquei, enquanto Tommy secava as minhas lágrimas que insistia em cair.

— Não posso acreditar que isso é verdade — falou abrindo um belo sorriso, como era bom ver novamente o sorriso que eu tanto amava, concordei com a cabeça enquanto Tommy me puxava para um novo abraço senti sua respiração acelerar em meus cabelos — Mas como? Quando? —questionou, quando me virei para responder sua perguntar percebi que seu rosto estava muito próximo quando ia me afasta Tommy levou sua mão até meu rosto novamente impedido que eu me afastasse, mantendo-me presa em seu olhar e aos poucos começou a se aproximar.

— Tommy? — chamei seu nome, um pouco assustada com sua proximidade repentina, as coisas estavam indo rápido, eu não sabia o que pensar.

— Felicity... — respondeu, encostando sua testa na minha. — Me desculpe, é que quando estou com você não quero estar com mais ninguém quando estamos assim tão próximos tudo ao meu redor não tem mais importância e a única coisa que eu quero é te tocar e sentir o gosto dos seus lábios. — falou, roçando seus lábios nos meus, eu paralisei não sabia o que fazer. — Peça que eu pare. — pediu em um sussurro contra meus lábios.

Não consegui formular uma resposta, Tommy me fitava seus com seus belos olhos azuis com medo de ser recusado.

— Peça. — exigiu, fazendo um carinho em minha bochecha, Tommy roçou novamente seus lábios nos meus e quando percebi já era tarde para pedir que ele parasse, sua boca já estava sobre a minha exigente, sua língua tocava meus lábios suavemente e então antes que eu pudesse fazer algo nós estávamos nos beijando.

Fomos interrompidos por barulhos de saltos altos e quando me afastei o suficiente para ver quem tinha entrado na sala já não havia mais ninguém.

— Você viu quem era? — questionei, mas Tommy negou, seus olhos ainda presos em meu rosto sua expressão era de puro deslumbramento.

— Felicity precisamos conversar. — falou mais serio dessa vez e aparentado certo nervosismo.

— Sim, mais primeiro quero ver Sara. — sorri, depositando um beijo em sua bochecha e adiando por hora essa conversa, eu não sei se estava pronta. Eu não queria quebrar o coração do meu melhor amigo.

Assim que chegamos no hospital, encontramos a família Lance e Oliver conversando com Ray, agradeci mentalmente  por Moira não estar mais lá.

 — Vocês já a viram? — Tommy questionou assim que chegamos.

— Eu estava explicando, que ela está um pouco confusa, ainda não sabe o que aconteceu com sua amiga, é melhor esperar ela melhorar mais um pouco antes de dar a notícia. — Ray explicou.

— Já podemos vê-la. — perguntei ansiosa.

— Podem sim, ela estava perguntando por vocês. — falou olhando para mim e Tommy.

Oliver desde que chegamos não parava de nós encarar, sua expressão era rabugenta e seu olhar assassino. Só quando fui andar me toquei que ainda estava segurando a mão de Tommy, senti meu rosto queimar soltei a mão do meu amigo, andei até a porta  do quarto de Sara e assim que passei por Oliver ele sussurrou para mim "O que foi isso?" Antes mesmo que eu pudesse pensar em responder vi surgir um sorriso no  rosto de Laurel que se apressou em dizer.

— Eles ainda não te contaram Ollie? — Oliver voltou seu olhar para ela confuso —  Eles estão juntos agora. — Respondeu satisfeita. Eu gostaria de desmentir suas palavras, mas antes que pudesse fazer algo Tommy fechou a porta atrás de nós e a última coisa que vi foi o olhar furioso de Oliver em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

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