Algumas semanas se passaram, eu e Elena ainda estávamos “ namorando “ e pra ser bem sincero, eu estava gostando, ela era bem diferente de todas as outras, ela é destemida, muito confusa, mas isso faz com que ela seja daquele jeito, do jeito Elena de ser, e eu estou adorando poder estar com ela, estou adorando poder conhece-la melhor.

– Droga, Damon, você se apaixonou! – Deduziu Kai.

– Tá louco? Eu só acho ela diferente... – Contei.

– Damon, vai por mim, eu acho ela diferente... Você pode até achar, mas... Cara, isso que você acabou de me falar, foi quase uma declaração de amor oculta, velho, sinto muito em te dizer, mas... Você foi pego pela paixão! – Ele deu um meio sorriso torto e eu neguei com a cabeça.

– EU. NÃO. ESTOU. APAIXONADO! – Falei em alto e bom som, pelo menos na casa do Kai eu podia fazer isso.

Depois que minha mãe conheceu a Elena, não me deixa mas em paz, quer me regular, enfim, quer ser uma mãe mas presente, mas sinceramente, preferia quando ela nem ligava pra mim... Deu pra ser a mãe chata que eu nunca quis ter, até as minhas mensagens ela quer ler, nunca tinha percebido, mas ela é muito chata e por mas incrível que pareça, prefiro ficar na escola do que em casa, porque não agüento mas!

...

– Damooon! – Estava no meu quarto, assistindo tevê quando minha ouço minha mãe me gritar feito louca.

– Que foi? – Grito de volta.

– Visita! – Me levantei de má vontade, não era nenhum dos meus amigos, não era a Elena... Quem poderia ser?

Fui até a sala, e lá estava a Katherine... Puta que merda!

– Damon... – Ela disse alegre, cocei a nuca um pouco sem graça.

O que ela está fazendo aqui?

– Oi... – A cumprimentei sem entusiasmo.

– Vim almoçar com você... – Que? O que essa garota tem na cabeça? Arg, o que eu preciso fazer pra ela sair do meu pé?. Eu estava pronto pra responder, por sorte o celular que estava no meu bolso tocou, peguei imediatamente. Tudo pra sair dali... Essa garota é pior que cola!

– Alô? – Na pressa nem vi quem me ligava.

– Tá fazendo o que? – Uma coisa que eu não disse, eu e Elena estamos bem mas íntimos do que antes... Nós já temos algumas intimidades.

– Tentando fugir da Katherine, você precisa me ajudar! – Falei baixo para que Katherine não ouvisse.

– O que ela está fazendo ai? – Perguntou um pouco brava.

– Minha mãe, pra variar! – Ela bufou.

– Ai, Damon... Sei lá, vem pra cá, to cuidando do meu irmão! – Disse ela entediada. –

– Qualquer coisa pra fugir dessas duas. – Brinquei, ela sorriu.

– Só estou tentando imaginar a cara de ambas quando você falar que não vai ficar pro almoço! – Ela suspirou. – Sinto que sua mãe vai me odiar, ainda mais... – Achei graça.

– Quem se importa? – Perguntei.

– Está aprendendo direitinho... – Estava mesmo.

...

– Ah, oi... – Ela sorriu ao me ver, parado na porta. – Entra! – Pediu ela e assim fiz.

– QUEM É? – Alguém gritou, uma criança, talvez. Ela revirou os olhos.

– Você vai conhecer o meu irmão... A convivência com ele é meio difícil... – Andou na minha frente e eu a segui, fomos até a sala, onde tinha um menino, mais ou menos de 8 anos, jogando vídeo-game, ele parou o jogo e olhou pra minha cara, bem sério.

– Você é o louco que namora a minha irmã? – Fez uma careta engraçada, eu iria rir, mas pela cara que Elena fez, se eu fizesse aquilo, ela arrancaria todos os meus cabelos.

– É... – Respondi enquanto coçava a nuca.

– Não dá atenção pra essa peste, estou te avisando! – Ela me empurrou até o sofá.

– Se você atura ela, pode ter certeza que sobrevive a mim! – Dessa vez eu tive que rir, ele era a cópia fiel de Elena, sem dúvidas!

...

– De novo, não! – Jeremy reclamou, após perder mais uma partida de futebol no vídeo-game.

– Aprenda com o mestre! – Me gabei e ele revirou os olhos.

– Agora entendo o porque a Elena não para de falar em você... – Ela falava de mim? – Em como você é um chato! – Ele deu de ombros.

– Bem que ela me falou que você é um menino chorão! – Ele fechou a cara.

– Venham, venham... A comida está na mesa! – Elena avisou...

...

– Damon? – Atendi o telefone.

– Oi mãe... – Elena que estava ao meu lado deu um meio sorriso sem graça, mas não parou de mexer no celular.

– Vem logo pra casa, filho... A Katherine ainda te espera! – Bufei, porque ela ainda ta perdendo o tempo dela?

– Tá mãe... Já vou! – Desliguei. Não estava nem um pouco empolgado em terminar a minha noite ouvindo as ladainhas da Katherine.

– Que foi? – Elena perguntou desviando seu olhar do celular e olhando diretamente pra mim.

– Katherine ainda está lá em casa e minha mãe quer que eu vá embora! – Fiz uma careta e Elena franziu o cenho.

– Essa garota não se toca? – Bufou. – Tenho que dar um jeito nela! – Fingiu pensar e eu ri. –

– Você podia ir comigo... – Ela arregalou os olhos.

– Você mora longe, eu demoraria um século pra chegar aqui de novo! – Torceu os lábios.

– Você podia dormir lá... – Ela franziu o cenho e me deu um tapa no ombro.

– Não sou dessas, ta? – Gargalhei.

– Dormir mesmo, nada mais... – A acalmei. – Qual é Elena, somos namorados! – Zombei e ela revirou os olhos.

– Minha mãe nunca deixaria. – Falou.

– Não deixaria o que? – A mãe de Elena que estava passando pela sala ouviu ela falando.

– Ela dormir na minha casa. – Respondi. A mãe de Elena se espantou. – Só dormir, em quartos diferentes, amanhã vai ter uma festa lá em casa, vai começar bem cedo e eu queria que a Elena fosse... – Expliquei, Miranda cerrou os olhos, me encarou e depois encarou Elena.

– Tá... – Sorriu.

– Sério? – Elena se levantou, parecia estar assustada.

– Sim, mas só tenho uma coisa a declarar, nada de sexo! – Elena tapou o rosto com as mãos e eu encerrei o contato visual com Miranda. – Minha filha ainda é virgem, então eu vou saber se você fez ou não fiz alguma coisa com ela! – Que? Olhei para Elena que estava mais vermelha que um pimentão.

– MÃE?! – Repreendeu a mãe e saiu da sala, suponho que subiu para o quarto.

A mãe de Elena sentou ao meu lado.

– Acho que você não sabia disso... – Ela deu um meio sorriso.

– Não mesmo!

– Eu quero que ela tenha certeza de que está pronta, se rolar, tudo bem, eu vou entender, porque é uma coisa super natural, mas por favor, usem camisinha, eu já tive essa conversa com ela, e agora estou tendo com você, por favor, espero que eu esteja sendo bem clara, porque se ela aparecer grávida aqui, eu mato vocês dois quando o bebê nascer! – Assenti.

– Tu. Tudo bem! – Gaguejei.

...

– Eu não acredito que você é virgem! – Disse assim que entramos no carro, Elena revirou os olhos e me olhou irritada.

– Sou sim, porque? Algum problema com meninas de 17 anos virgens? – Neguei com a cabeça.

– Muito pelo contrário... – Ela desviou o olhar.

Porque eu fui tão idiota e perdi tanto tempo implicando com ela?

– O Kai me disse uma coisa e acho que ele está certo! – Ela voltou a me encarar.

– O que? – Perguntou curiosa.

– Eu estou me apaixonando por você! – Ela ficou pálida e meu coração congelou por alguns segundos... PORQUE EU FUI FALAR ISSO?