O trapaceiro escrita por SraDornan


Capítulo 30
O Trapaceiro - 30 - Acerto de contas.


Notas iniciais do capítulo

Oooooooi meu amores, tudo bem com vocês?
Eu sei que vcs devem estar querendo me matar, por ter demorado TANTO pra postar, mas as coisas aconteceram mt rápido...
Estava ATOLADA estudando paras o ENEM, quando ele passou eu estava FINALMENTE livre pra escrever, mas o meu notebook resolveu me deixar pra trás e isso querendo ou não me atrasou DEMAIS... Sem mais delongas...

Vamos ao capítulo que está GIGANTESCO!

Gente, é o mesmo esquema de PROMISED, vou dividir ele em três partes... - Por ele ter ficado tão imenso -
Se você não quiser ele todo hj, pode parar em uma das partes e terminar depois... Enfim, é isso.

VAMOS AO ÚLTIMO CAPÍTULO .



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Part.1

 

Elena:

 

Ele é tão idiota, como ele tem a coragem de dirigir a palavra à mim? Ele me dispensou e vem me dizer que “deu”? Como ele pode ser tão ridículo a esse ponto?

Saí do hospital, mesmo que o meu desejo não fosse esse, estava na minha primeira semana de trabalho, é… Trabalho, minha mãe havia conseguido o tal empréstimo no banco, não me deu muitos detalhes de como conseguiu mas, conseguiu, eu estava trabalhando para ajudar ela com as despesas e com o banco, mesmo que o meu salário não fosse algo muito bom, era uma ajuda extra.

 

Eu não tinha tempo pra nada, era da escola pra casa e de casa pro trabalho, meus amigos não eram como antes, todos unidos, agora muitas coisas haviam mudado, era muito raro eu falar com algum deles, mas isso o que aconteceu, acabou unindo, de uma forma ou de outra, todos nós.

— Como foram as coisas, querida? -  Minha mãe perguntou assim que eu cheguei em casa.

 

— Bem ruins, a Bonnie perdeu o bebê e eu não sei se ela vai aguentar tudo isso. - Minha mãe torceu o lábio bem de leve e eu passei direto pela sala, sem nem ao menos me sentar.

 

Subi até o meu quarto e comecei a procurar uma roupa para ir até o trabalho, minha mãe subiu logo atrás de mim e ficou paralisada perto do batente da porta.

 

— Que foi? -  Perguntei um pouco confusa.

 

— Nada...-  Ela respondeu com um meio sorriso fraco nos lábios, alguma coisa estava errada, mas se bem conheço a minha mãe, ela jamais me falaria do que se trata. -

 

— Mãe… -  A repreendi. - Sem segredos, por favor! -  Falei e ela entrou para o meu quarto e se sentou na minha cama.

 

— Não é um segredo, querida… - Ela falou calmamente. -  Só quero que você pare de se fazer de durona, aqui você não precisa fingir. -  Eu a olhei assustada e depois puxei um riso.

 

— Mãe… -  Comecei.-  Eu não estou fingindo nada, estou bem! - Voltei a procurar uma roupa e optei por usar um vestido azul marinho de alças, jogo o mesmo em cima da cama e voltou a encarar a minha mãe, que me olha, ainda buscando por respostas. -  Gosta desse? -  Apontei para o vestido, afim de fazer com que ela parasse de pensar que eu não estou bem.

 

— Gosto… -  Ela respondeu. -  E você, gosta dele? -  Ela perguntou.

 

— Sim, é bem bonito, só não sei se é legal usar em uma lanchonete! -  Ela negou com a cabeça e voltou a falar.

 

— Não estou falando do vestido! - Bufei de leve, foi aí que eu percebi que não adiantava eu tentar fugir desse assunto, ela não estava disposta a deixar que ele fosse esquecido.

 

Caminhei até a cama e nela me joguei.

 

— Eu estou bem! -  Tentei passar o máximo de sinceridade, mas era quase impossível mentir pra minha mãe, ela é a pessoa que mais me conhece nesse mundo.

 

— Não se esqueça de que sou sua mãe. -  Revirei os olhos e então senti que ela se aproximou mais de mim e ajeitou minha cabeça, fazendo assim que a mesma ficasse em seu colo.

 

— Tá… -  Enfim, eu cedi.  -  Eu odeio ele! - Agora ela me fazia cafuné. -  Ele falou comigo no hospital, ele estava com a Katherine, acredita que ele teve a cara de pau de levá-la até lá? - Por mais que eu quisesse sentir muita raiva dele, eu não conseguia, a cada dia, a raiva diminuía e eu já não sabia mais o que fazer em relação a isso. -

 

— Isso te incomoda? -  Me sentei na cama e me virei para encará-la melhor.

 

— Claro que sim, ele foi o meu namorado, terminou comigo sem motivo nenhum e agora está com a garota que vivia dando em cima dele. -  Minha mãe deu uma risadinha fraca. -  Isso não tem graça! -  Afirmei um pouco incomodada.

 

— Realmente não, acha mesmo que eles estão juntos? Você perguntou isso a ele? -  Cocei a nuca e desconversei.

 

— Já estou um pouco atrasada!

 

— Elena! -  Foi a vez da minha mãe me advertir.

 

— Tá… Ele falou que ela era só uma amiga e blá, blá, blá… Mas ele só queria me beijar, por isso, não deixei que ele me usasse. -  Minha mãe ergueu uma das sobrancelhas e perguntou.

 

— E o que você fez? Não o assustou né? -  Dei um meio sorriso e desconversei.

 

— Agora é sério, estou atrasadíssima, o papo está ótimo, mas eu tenho que ir. -  Corri para o banheiro, antes que ela me fizesse mais perguntas.

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

Sinceramente? Eu não nasci pra ser garçonete, eu nem sou simpática, muito menos paciente, já é a terceira vez que eu volto com o pedido de uma cliente, e pra falar a verdade, ela está me deixando estressada.

 

— De novo? -  Mason me encarou incrédulo quando eu coloquei o prato com hambúrguer em cima do balcão.

— Pois é, dessa vez ela disse que o pão está queimado!  -  Falei, pra falar a verdade, acho que essa mulher estava querendo me ver brava, mas eu precisava me manter calma pra não perder o emprego, eu precisava ajudar a minha mãe, precisava mesmo!

 

— Vou refazer, mas pode deixar que da próxima vez eu levo! -  Suspirei aliviada e assenti, partindo em direção a outra mesa, comecei a anotar vários pedidos, a noite até que estava bem agitada, o movimento da lanchonete estava bom, tudo parecia normal e monótono, até que… O Damon apareceu, e com a Katherine.

 

Merda, eu teria que fazer a “boa moça” pros dois, eu não servia pra esse emprego de jeito nenhum, engoli em seco, uma hora eu teria que atender eles, então é melhor enfrentar tudo isso agora mesmo, tomada por uma coragem que não sei de onde saiu, rumei em direção a mesa dos dois, Damon pareceu surpreso ao me ver alí, com o bloquinho nas mãos eu perguntei.

 

— Boa noite, gostariam de fazer o pedido? - Revesei o meu olhar entre um e outro.

 

Percebi que Katherine buscou o olhar de Damon, mas ele estava ocupado demais me encarando, suspirei calmamente e dei um meio sorriso pra mostrar total desprezo ao casal.

 

— Hm…  - Katherine engoliu em seco e olhou o cardápio por uma última vez. - 2  Hambúrguer’s com fritas, um suco de laranja e uma coca-cola. -  Nossa, como estava íntima, até sabia o que ele queria!

 

— Mais alguma coisa? -  Fiz questão de dar mais uma olhadinha pro Damon, ele não disse nada, mas ainda sim, continuava me secando.

 

— Não, obrigado! -  Katherine respondeu, então eu olhei pra ela, ela tinha um sorriso nos lábios, não sabia dizer se era falso, alguma coisa estava diferente, o Damon estava fazendo um bem danado a ela.

 

Devolvi um sorriso e então virei as minhas costas e caminhei até a cozinha, onde deixei o pedido de ambos, rumando até uma outra mesa, onde uma senhora tinha sentado, ela disse que estava esperando a sua filha, por isso não iria pedir por agora, então eu apenas voltei e fiquei sentada na recepção, junto à Dora, uma mulher de 40 e poucos anos.

 

— Menina, aquele rapaz dos olhos azuis não para de te olhar! - Ela falou, eu dei uma risada meio que sem graça e dei uma breve olhada pro Damon, suspirei e foquei.

 

ELE ME USOU.

 

— Eu sei, é o meu ex! -  Ela me olhou espantada e eu dei de ombros.

 

— Ex? -  Ela perguntou. -  Como foi que você deixou ele escapar? - Mordi o lábio inferior e respondi.

 

— Bem, eu não deixei ele escapar, na verdade… Ele me deu um fora e agora acha que pode ser o meu amiguinho! -  Revirei os olhos e ela puxou riso.

 

— Vocês jovens… -  Negou com a cabeça e começou a digitar no computador a sua frente. - Kevin deve estar chegando aí, já pode ir trocar de roupa.

 

Meu turno tinha acabado e Kevin era o garçom que iria me substituir.

 

— Tudo bem! -  Dei um meio sorriso e peguei a minha bolsa, levando-a até o banheiro, afim de me trocar, quando cheguei lá, assim eu fiz, quando saí da cabine vi que não estava sozinha. -  Katherine? -  Falei, ela me esperava, estava séria.

 

— Oi… -  Ela engoliu em seco. -  Sei que não tenho muita intimidade com você, sei que já fiz e falei muitas coisas que não devia, mas… Estou aqui pra te dizer que o Damon gosta muito de você e eu acho que você deve dar uma outra chance pra ele… -  Franzi o cenho e cocei a nuca.

 

— Ele me usou, acho que já está bem claro! -  Pus a minha bolsa no ombro e estufei o peito.

 

— Algo está errado, Elena, ele ama você!  -  Ela suspirou e logo depois passou a mão pelo cabelo. -  Conversa com ele, tenho certeza que ele vai te explicar as coisas.  -  Eu não vou dar ouvidos a essa cobra, deve estar armando alguma coisa…

 

— Você perdeu o seu tempo em vir aqui falar comigo, porquê eu não dou a mínima pro que ele sente por mim, ele me magoou e eu não vou deixar que ele faça isso de novo! -  Ela até que ia dizer alguma coisa, mas eu fui mais rápida, virei as costas e saí do banheiro, quem ela pensa que é, a minha conselheira amorosa?

 

Eu amo o Damon, e mesmo não estando feliz longe dele, não posso me dar ao luxo de ser passada para trás novamente.

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

Damon:

 

— Você não devia ter se intrometido! - Declarei irritado quando Katherine finalmente me contou que foi atrás da Elena pra falar o que não devia.

 

— Eu só queria ajudar! -  Ela encolheu os ombros e eu neguei com a cabeça e parei o carro em frente a casa dela.

 

— Muito ajuda quem não atrapalha! -  Ela revirou os olhos e passou a mão pelo cabelo.

 

— Você tá mal, Damon… Será que dá pra tomar uma atitude e ir atrás dela, eu sei que a sua mãe fez alguma coisa pra você, eu sei que tem dedo dela nessa história! -  Respirei fundo e olhei pra frente, afim de não encarar a Katherine. -  A Elena sabe o que quer, isso assusta a sua mãe, ela não quer perder você, Damon! -  Ouvi ela suspirar e logo depois a porta se abrir. -  Me desculpe e fique bem! -  E então fechou a porta, fiquei alguns minutos pensando no que ela tinha dito, só então tomei coragem e voltei até a minha casa.

 

— Damon? -  Minha mãe me chamou assim que eu entrei..

 

— Oi? -  Dei um meio sorriso quando a vi.

 

— Foi você que pediu que a Katherine fizesse aquilo no jantar, não foi?  -  Eu não tenho mais nada a perder, o que me resta é falar a verdade.

 

— Sim -  Suspirei. -  Ela vem sendo uma ótima amiga, e vai continuar sendo só uma amiga! -  Ela assentiu. -  Ela já caiu na real, agora só falta a senhora! -  Declarei e ela engoliu em seco. -  Vou pro meu quarto! -  Avisei. -  Boa noite! - Eu sabia que nada do que eu fosse dizer, mudaria o pensamento dela sobre mim e a Elena, eu só podia esperar que ela entendesse que é com a Elena que eu quero ficar e é ela a real culpada de eu estar ali, sem ela comigo.

 

♥ ♥ ♥ ♥

 

A espera só aumentava mais, já havia se passado um mês e nada da minha mãe aceitar o fato de que o que ela quer pra mim, não é o melhor. Entre eu e a Elena nada tinha mudado, tudo continuava na mesma, ela fingia que eu não existia e eu ficava no meu canto, sem poder me aproximar.

 

Os meus amigos voltaram a ser o que eram - ou eu voltei -... Era bom estar com eles novamente, Kai e a Bonnie estavam tentando recomeçar, depois da perda que tiveram, as coisas tinham mudado bastante entre os dois. O Klaus e a Care era o casal mais bem estruturado do momento, estava feliz por eles.

 

— Ei...- Katherine se juntou a nós na hora do intervalo, me deu um beijo na bochecha e se sentou ao lado do Stefan, eles meio que estavam em um rolo.

 

— Chegou quem não faltava! -  Bonnie falou enquanto se levantava. Revirei os olhos e antes que eu pudesse dizer alguma coisa a garota virou as costas e saiu.

 

— Desculpa por isso! -  Kai falou se levantando e indo atrás da namorada.

 

— Você foi muito má, tem que dar um tempo pras garotas! - Stefan falou e Kath deu uma risadinha.

 

— É, eu sei…- Ela declarou e começou a me encarar, dei um gole no meu suco e franzi o cenho antes de perguntar.

 

— Que foi?  -  Ela fez uma carinha de cínica e então me respondeu.

 

— Vi a Elena conversando com um cara no corredor! -  Disse na maior tranquilidade, arregalei os olhos e engoli em seco.

 

— Como é que é? -  Ela deu de ombros.

 

— Ainda dá tempo de impedir um possível relacionamento! - Stefan prendeu o riso atrás da Kath e eu bufei, ela estava fazendo aquilo de propósito.

 

— Não, ela tem que seguir em frente, e eu também! - Kath revirou os olhos e torceu os lábios. -  Droga, perdi o meu apetite, e a culpa é de vocês! -  Declarei me levantando, vi que a Kath abriu um sorriso e o Stefan a acompanhou, é… Tava óbvio que eu ia atrás dela!

 

Não me importei, apenas saí… Fui até o corredor e observei-o atentamente buscando pela Elena, até que a encontrei ao lado de um babaca, ela ria e ele também, ele levou sua mão até o rosto de Elena, e ali acariciou com o indicador, bem lentamente… Ah, não!

Não consegui me conter, apenas caminhei em direção aos dois…

 

— Ei, é proibido namorar aqui na escola! - Elena me encarou furiosa e o garoto meio que ficou sem entender.

 

— Desde quando você segue essa regra? -  Ela perguntou e eu dei de ombros.

 

— Se não se separarem agora, terei que avisar a direção! - Fiz bico e ela entreabriu a boca.

 

— Vale a pena correr o risco! -  Ela me lançou uma piscadela e então deu um selinho no pateta. Engoli em seco e a raiva subiu pela minha cabeça.

 

— Eu te avisei! -  Foi a única coisa que eu disse, antes de virar as costas e ir atrás da diretora,  e dizer o que aqueles dois tinham feito, quando eu estava prestes a falar com ela, eu finalmente caí na real, eles ficariam juntos por mais tempo e de um jeito ou de outro, se beijariam cada vez mais.

 

— Diga o que quer, não tenho o dia todo! -  Declarou ela, entediada, tinha que pensar em algo…

 

— Será que a senhora pode me liberar um pouco mais cedo hoje? - Ela franziu o cenho.

 

— Algum motivo em especial? -  Ela apoiou os cotovelos em cima de sua mesa e me encarou curiosa.

 

— Não estou me sentindo bem… - Engoli em seco e passei a mão lentamente pelo pescoço.

 

— Posso ligar pra sua mãe… - Eu a interrompi.

 

— Não vejo necessidade, posso ir sozinho! - Disse um pouco empolgado demais, logo ela estranhou. - Mas se a senhora se sente melhor ligando pra avisar… - Completei, voltando a fingir estar doente.

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

Part.2

 

Eu consegui finalmente sair da escola, não esbarrei com a Elena e nem com aquele idiota que beijou ela, pra falar a verdade, nem sei quem ele é, fui pra casa e evitei a minha mãe, ela estava grudenta demais, queria saber se eu estava bem, se precisava de alguma coisa… É, eu precisava, mas isso ela tirou de mim, vai entender!

 

Assisti alguns filmes até anoitecer, foi aí que o Stefan me ligou.

 

— Fala ae…  -  Falei.

 

— E ae...-  Ele pigarreou. - Quer que eu passe aí pra te buscar? -  Franzi o cenho.

 

— Ham? - Do que ele estava falando?

 

— A festa da Bonnie! -  Droga, sabia que estava me esquecendo de algo.

 

— Merda… Esqueci completamente! - Ele riu.

 

— Deu pra perceber, passo aí em meia-hora. - Cocei a nuca e me levantei rapidamente.

 

— Valeu! -  A festa seria do preto e branco, no caso, as pessoas só podiam ir de preto ou branco… Ou os dois, jamais outra cor!

 

Tomei o meu banho, vesti uma calça jeans e uma blusa preta, calcei um tênis da mesma cor e quando finalmente terminei, Stefan estava buzinando em frente a minha casa.

 

Avisei a minha mãe para onde ia, não porquê eu quis, mas porque ela estava na sala e pediu satisfação, pra não complicar, apenas respondi sem discutir.

 

[...]

 

A festa estava ótima, mas ficou melhor ainda quando eu vi a Elena naquele vestidinho curto e bem apertadinho, porém, a minha felicidade só durou uns 3 segundos antes de eu ver que ela estava acompanhada por aquele babaca da escola. Que merda!

 

— Quem é aquele? -  Perguntei ao Klaus, apontando para o cara ao lado da Elena.

 

— Willian Hall. - Deu de ombros, mas continuou a falar.  - Até ontem ele era o maior nerd da escola, mas de uma hora pra outra, resolveu virar um pegador!  - Dei uma olhada para eles, ele cumprimentava a Bonnie que sorria encantada.  - Bom… “O pegador” da Elena!  - Deu uma risadinha, mas fechou a cara quando eu o encarei bem sério.

— Nem vem Damon, foi você quem deu um fora na Elena!  -  Caroline se intrometeu, resolvi a ignorar, peguei o meu copo de cerveja e beberiquei a mesma, sem deixar de encarar o casalzinho mais ridículo da festa, vi que os dois se aproximavam e então me levantei, dei uma volta pela festa e resolvi que o melhor a se fazer, era deixar que ela seguisse em frente, mesmo que não fosse comigo. Quando voltei pro meu lugar, vi que eles não estavam mais lá, dei uma breve procurada pelo salão e então encontrei os dois na pista de dança, bem agarradinhos.

 

Que se foda! - Aquilo mexeu comigo de tal forma que eu não pensei no que viria a seguir, eu apenas fui pra pista e me aproximei de uma garota, não me lembrava do nome dela, mas ela fazia parte do clube das líderes de torcida.

 

— Damon?!  -  Ela me olhou de cima a baixo e então sorriu, sorri de volta e comecei a acompanhar na dança.

 

— Você está linda!  -  A elogiei, e não era mentira, vi que ela ficou um pouco envergonhada.

 

— Não tanto quanto você!  -  Sorri e olhei para o lado, Elena nos encarava enquanto dançava com o tal do Willian.  Me aproximei um pouco mais da garota a minha frente e passei a minha mão pela cintura da mesma, que começou a dançar junto a mim. Voltei a olhar pra Elena e a mesma estava se aproximando ainda mais do babaca, ele beijou a nuca dela e a mesma fechou os olhos por alguns segundos. Senti o meu sangue ferver, se ela queria guerra, era guerra que teria.

 

A garota com quem eu dançava, se virou e começou a roçar o seu corpo no meu, passei a mão pelas suas curvas, enquanto olhava para o outro casal. Elena fez o mesmo e ficou dançando a frente do idiota, pegou as mãos dele e fez com que ele fizesse o mesmo que eu, só então eu depositei um beijo bem lento na nuca da menina que eu nem sabia o nome, aí eu encarei a Elena, que não estava mais pra brincadeira… Ela voltou a encarar o garoto a sua frente e lhe beijou.

 

Parece que eu perdi essa guerra, ela já não é mais minha, sem me despedir, deixei a garota de lado e já estava prestes a sair da festa, quando a Bonnie me segurou.

 

— Dam... -  Eu neguei com a cabeça e dei um meio sorriso forçado, só pra tentar enganar ela, mas pelo visto, a tarefa não foi muito bem sucedida.

 

Narrador:

 

— Elena! - Caroline gritou pela garota que ainda beijava o Willian, a menina se separou bem lentamente com um sorriso escancarado no rosto e então olhou em direção ao local onde Damon devia estar, mas não se deparou com o mesmo. -  Você sabe que pode contar comigo pra tudo, mas dessa vez você foi longe demais! - Caroline estava brava demais para continuar ali, perto da amiga.

 

Elena ficou um pouco confusa e então se distanciou um pouco de Will, que tentou beijá-la novamente, só então a garota se deu conta do que tinha feito, ela o magoou e mesmo que ele tivesse feito o mesmo com ela, não era sua intenção fazer o mesmo com ele.

 

Acompanhem com: I look to you - Whitney Houston.

 

As I lay me down

Heaven hear me now

I'm lost without a cause

After giving it my all.

 

Ela olhou para os lados e tentou encontrá-lo, mas já era tarde…

Ela só queria que tudo aquilo, desde o término fosse apenas um pesadelo do qual ela logo acordaria, mas não era, era o mundo real, onde as pessoas machucam, magoam e são incapazes de amar ou perdoar.

Ela saiu dali, sem se despedir de ninguém, ela não estava bem o suficiente para isso, ela tentou ser forte, ela tentou esquecê-lo, mas não deu, sua raiva era só fachada, ela não queria nada, só queria o amor dele, mas por um acaso muito cruel, eles vieram a se separar.

 

Winter storms have come

And darkened my sun

After all that I've been through

Who on earth can I turn to?

Quando ela saiu do salão, viu que a chuva caia, forte e descontrolada.

Ela não teve outra opção a não ser enfrentá-la, saiu desgovernada, ela andaria até a casa dele, ela não estava preparada, mas precisava de uma resposta, precisava saber o “porquê”.

Enquanto andava, tentava não chorar e nem se desesperar, ela só queria se desculpar e fazer com que tudo voltasse a ser como antes, isso só dependia dele, ela estava impotente, só podia se desculpar e nada mais, mesmo que ela quisesse passar o resto da sua vida com ele, não podia obrigá-lo a querer o mesmo.

 

I look to you

I look to you

After all my strength is gone

In you I can be strong

 

Embaixo daquela chuva fria, ela se permitiu pela primeira vez, não esconder o que sentia, ela precisava de uma resposta, ele era o seu porto-seguro, mesmo que ela não quisesse, ele se tornou parte dela e desde quando se separaram ela está incompleta. Naquele momento, ela se permitiu lembrar de todos os momentos felizes que viveram e uma saudade imensa se apossou da mesma.

 

I look to you

I look to you

And when melodies are gone

In you I hear a song I look to you

 

“ Eu estava chegando atrasada como ele havia me pedido, não sei o que ele estava tramando, mas como ele é um idiota, pode-se dizer que coisa boa não é. Andei tranquilamente pelo pátio da escola, até ouvir a voz dele.

 

— Elena, me dê uma chance de te conquistar, você é tão linda como o céu e o mar. Posso não ser o cara que você sonhou, posso não ser o seu amor, mas se você me der uma chance nós vamos ter um belo de um romance!

 

Onde foi que eu me meti? Eu não era nem de longe vergonhosa, mas naquele momento… Eu senti vergonha por ele, todos estavam me encarando, esperando que eu desse um soco na cara dele, mas não, a única coisa que eu queria fazer realmente, era rir, rir muito! “

 

After I lose my breath

There's no more fighting left

Sinking to rise no more

Searching for that open door

“ Eles tinham acabado de voltar de seu primeiro encontro, Caroline estava mal, Elena tinha sido muito compreensiva com a garota, tinha lhe dado vários conselhos, isso fez com que Damon enxergasse um lado o qual a Elena tanto escondia.

 

— Porque você se esconde? –Franzi o cenho e de repente me dei conta de que ele foi a primeira pessoa que percebeu isso. – Porque você não deixa que as pessoas se aproximem de você? Do que você tem medo? – Engoli em seco e desviei o olhar.

 

— Damon... – Fiquei um pouco sem graça. – Eu não quero falar sobre isso... Por favor! – Ele tocou o seu dedo no meu queixo, levando para cima, fazendo com que eu voltasse a olhá-lo.

 

— Tá tudo bem... – Falou calmamente. “

 

Foi aí que ela começou a olhá-lo com outros olhos.

 

And every road that I've taken

Led to my regret

And I don't know if I'm gonna make it

Nothing to do but lift my head

“ – O Kai me disse uma coisa e acho que ele está certo! – Ele falou e eu o encarei.

— O que? – Perguntei um pouco curiosa

— Eu estou me apaixonando por você! – Eu meio que fiquei sem fala, pela cara que ele fez, parecia ter visto um fantasma… Ou seja, eu deveria estar muito pálida, não era de se esperar outra coisa, ele tinha me dado um baita susto.

Eu não sabia o que fazer, por isso deixei o tempo passar… Não podia fazer nada!

— Eu falei pra você não se apaixonar. – Eu finalmente quebrei o silêncio, lembro-me muito bem de ter avisado à ele.

— Eu provavelmente achei que seria fácil, não se apaixonar por você... Mas agora que te conheço pelo menos um pouco, sei que é bem difícil não se apaixonar. – Ele sabia o que falar… SEMPRE! E isso me assustava,eu gostava dele, mas não sabia se era o momento de dizer isso à ele. “

 

I look to you

I look to you

After all my strength is gone

In you I can be strong

I look to you

I look to you

And when melodies are gone

In you I hear a song

I look to you

 

Ela se permitiu sorrir, ele a surpreendeu em todos os sentidos, ele a completou e a amou, mas ela não consegue entender o porquê de ele a ter deixado.

Quando ela se deu conta, já estava bem próxima a casa dele, estava chegando a hora da verdade, ela precisava se libertar, ela precisava de uma resposta, pois, do jeito que estava, não podia ficar ou ele ficava com ela, ou ele a deixava para sempre.

Ela tocou a campainha e esperou até que alguém a atendesse, ela não imaginava que esse alguém seria ele, no mínimo, ela esperava a empregada.

Ele a encarou um pouco surpreso e então engoliu em seco.

 

— Você está ensopada! -  Foi a primeira coisa que ele disse ao vê-la, ela deu um meio sorriso forçado e então respirou fundo.

 

— Eu vim me desculpar! -  Ela falou com toda a calma possível, ele assentiu e franziu o cenho no segundo seguinte.

 

— Entre, vai pegar um resfriado! - Ela deu de ombros.

 

— Eu não estou preocupada com isso! - Declarou ela. -  Você sabe o porquê de eu estar aqui, sabe que temos que conversar e acabar com isso. -  Exclamou ela, mais firme do que devia.

 

— Não tem o que conversar… Você beijou outro cara, a festa estava chata e eu resolvi vir pra casa! -  Ela forçou uma risada e então continuou.

 

— Para, você não precisa fingir -  Pediu olhando nos olhos dele, e deixando que tudo o que ela sentia viesse a tona, ela precisa dizer o quanto o amava. Ela sentiu que os seus olhos iriam lhe trair, encheram-se de lágrimas antes mesmo de ele falar alguma coisa.

 

My love is all broken (oh Lord)

My walls have come (coming down on me)

tumbling down on me (All the rain is falling)

The rain is falling

Defeat is calling (set me free)

I need you to set me free

Take me far away from the battle

I need you to shine on me

 

— Eu confiei em você! - Ela declarou em um sussurro.  - E olha o que você fez…  - Ela suspirou e viu que ele não a encarava, ele não podia, não gostava de vê-la chorando. - Olha pra mim, Damon!  -  Ela pediu, ele obedeceu.  -  Me diz o que aconteceu!  -  Ela pediu.  - Eu mereço uma explicação.

 

Ele engoliu em seco e sentiu um nó se formar em sua garganta.

 

— Nós começamos com uma aposta, Elena. Sinceramente? Você acha mesmo que eu sou uma pessoa confiável?  - Ela franziu o cenho.

 

— Não começa, Damon!  - Ela olhou para os lados e disse.  

 

— Não estou começando nada, Elena… Você é quem não quer enxergar!  -  Ele tentou ser o mais frio possível.

 

— Já que você não sente nada por mim, por que fez aquela cena na escola? Por que saiu da festa todo incomodado?  - Ela questionou, ele se viu sem saída… Ele precisava fazer com que ela o esquecesse de vez, precisava deixá-la de vez, o problema era realmente fazer isso.  -  Já que você não quer nada comigo, já que você só quis me usar, então me deixa em paz… Eu não aguento mais esses jogos, Damon!  -  Ela engoliu em seco.  -  Isso está me machucando.

 

— Então… Sem mais jogos!  -  Ele falou e então completou.  -  Eu só queria me divertir, só isso…  -  Elena fechou os olhos por alguns segundos e então abaixou a cabeça, afim de não perder a paciência, afinal, se ele não queria ela só podia aceitar.

 

I look to you

I look to you

After all my strength is gone

In you I can be strong

I look to you

I look to you

And when melodies are gone

In you I hear a song

I look to you

I look to you

I look to you

 

— Tudo bem, essa é uma decisão sua e eu só posso aceitar! -  Ela afirmou.  -  Mas não me julgue por não acreditar no que você me disse.  -  Ela voltou a olhá-lo, ele por um segundo pensou em jogar tudo pro ar, mas haviam muitas coisas em jogo, como a família da Elena.

Ele não disse nada, apenas deu de ombros, tentando ser o mais frio possível.

 

— Acredite no que quiser!  - Disse ele calmamente, mesmo que a sua vontade fosse abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem.

 

Ela engoliu em seco e percebeu que estava se passando por idiota, ela apenas se virou e saiu dali, ela não acreditava que o seu Damon, fosse capaz de enganá-la assim, mas pelo visto quem estava mesmo enganada, era ela!

 

♥ ♥ ♥ ♥

 

— Damon? -  Lily, entrou no quarto de Damon e viu a bagunça na qual o mesmo se encontrava.- Por que está se comportando como um vândalo? -  Ela perguntou um pouco assustada enquanto encarava um porta-retrato da família todo espatifado no chão.

 

Ele a olhou incrédulo e então se jogou na cama, cansado de tudo aquilo.

 

— Não me diga que se importa! -  Ele falou com desdém.

 

— Damon! -  A mulher repreendeu o filho enquanto se aproximava do mesmo. -  É claro que eu me importo! - Ele negou com a cabeça, enquanto se sentava na cama.

 

— Se importa tanto, que fez com que eu me separasse da Elena… -  Bufou ao se lembrar de tudo o que aquela mulher o fez passar, ele a amava muito, mas sinceramente? Ela estava se tornando uma estranha.

 

— O que você esperava, Damon? -  Lily aumentou o tom de voz. -  Ela é filha de um viciado em jogo, espera que seja melhor do que ele? -  Damon se espantou com que a mulher acabou de dizer.

 

— Mãe, isso não tem nada haver… -  Ele disse como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo. -  Ela é inteligente, esforçada e sabe o que quer… -  Lily se levantou da cama, já se cansando daquela conversa.

 

— Não vou mudar de ideia, é melhor você esquecer ela! - E saiu do quarto, deixando o Damon lá, sozinho e desesperado, ele podia jurar que sua mãe mudaria de ideia, mas pelo visto, aquilo não iria acontecer e ele estaria fadado a ficar sem a Elena.

 

A Lily não era o monstro que todos pintavam, ela só era mãe… Uma mãe super protetora que daria a sua vida pela do filho.Ela queria o melhor pra ele, e desde a primeira vez que viu a Elena, ela sabia que a garota tinha um grande potencial, ela sabia que ela seria a mulher que roubaria o seu filho e isso, ela jamais aceitaria.

 

A mulher saiu do quarto do garoto chateada por ter que fazer ele passar por tudo aquilo, ela estava cansada daquele papel de vilã.

 

Ela foi até o seu quarto e viu que Giuseppe estava por lá.

 

— Algum problema? -  Ele perguntou notando a cara de preocupação da esposa.

 

Ela só afirmou com a cabeça.

 

— O que aconteceu? -  Ele deixou o livro que lia de lado e começou a prestar atenção na esposa, que caminhou lentamente até uma poltrona.

 

— É o Damon! -  Ela declarou e Giuseppe deu um meio sorriso aliviado.

 

— Estava começando a me preocupar, pensei que não fosse mudar de ideia sobre a menina...- Lily o interrompeu.

 

— E não mudei! -  Giuseppe franziu o cenho e tentou por um segundo, entender o que se passava na cabeça de sua esposa.

 

— Querida… Não acha que está indo longe demais? -  Lily não respondeu, apenas ouviu. - Você acha mesmo que o que está fazendo é certo com os dois? - Claro que não! - pensava ela. — E se a minha mãe tivesse tomado essa decisão? E se fossemos nós dois? - Ela engoliu em seco.

 

— Não somos nós! - Tentou desconversar

 

— Mas é o nosso filho e nós como pais dele, devemos apoiá-lo nas suas escolhas… Não importa se ela é pobre, não importa de onde ela vem ou o que faz, se é isso o que ele quer, ele tem que seguir o seu próprio caminho, não podemos prendê-lo, isso não seria justo! -  Ela passou a mão pelo cabelo, bagunçando-o.

 

— Mas…

 

— Não tem “mas” Lily, você sabe que isso é o certo a se fazer, acabe com isso, vai ser o melhor pra ele! - Quando terminou de falar, pegou o seu livro e voltou a lê-lo com atenção, podia não estar sempre presente ou ser um pai maravilhoso, mas ele queria a felicidade do seu filho acima de tudo.

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

No outro dia pela manhã, a família Salvatore estava na mesa tomando o seu café da manhã, ou melhor… Lily e Giuseppe tomavam o café.

 

— Querido, não vai comer? - Lily perguntou ao Damon, que apenas negou com a cabeça.

 

Giuseppe olhou pra esposa e logo ela percebeu que era a hora de dizer a ele que era pra ele fazer o que bem entendesse.

 

— Filho eu… -  Damon se levantou da mesa e saiu sem nem ao menos se despedir, ele estava com raiva e sinceramente? Não estava no seu melhor dia.

 

Lily voltou a olhar para o marido e ele deu de ombros.

 

— Parte pro plano B.  -  Deu um meio sorriso.

 

— Que seria? -  Franziu o cenho por não fazer a mínima ideia de qual seria o segundo plano..

 

— Falar com a Elena! - Oooh, aquilo seria interessante!

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

A mulher não queria fazer aquilo, mas sabia que era para a felicidade do Damon, ela não aguentava mais ser tida como vilã.

 

Ela estava em frente a casa da Elena, esperando que a coragem lhe visitasse, já não tinha nada a perder, seu único medo agora, era que a Elena não perdoasse o seu filho.

 

Ela saiu de dentro do carro e foi até a porta de entrada da casa dos Gilbert, bateu algumas vezes na porta, até que a sra. Gilbert finalmente lhe atendeu.

 

— Ah, bom dia! - Lily desejou. -

 

— Bom dia! - Miranda deu um meio sorriso enquanto secava suas mãos com um pano de prato.

 

— Eu sou Lily Salvatore! - O sorriso que Miranda carregava, desapareceu. - Será que eu poderia conversar com a Elena? - Perguntou com um pouco de receio, Miranda não gostava nada daquela mulher, mesmo que não a conhecesse, pelo o que a filha lhe disse na noite anterior, ela não era uma boa pessoa.

 

— Já não basta o seu filho ter feito tudo aquilo com ela? Agora a senhora também? - Miranda ergueu as sobrancelhas.

 

— Não tenho intenção de fazer mal algum à ela… Por favor, o que eu tenho a dizer é muito importante! - Miranda a olhou um pouco desconfiada, mas ainda sentia que sua filha precisava esclarecer algumas coisas, talvez Lily pudesse lhe ajudar com isso.

 

— Tudo bem, pode entrar… Vou chamá-la! - Ela deixou que a mulher entrasse e então fechou a porta. - Fique a vontade! - então subiu as escadas, rumando até o quarto da filha.

 

Lily caminhou até a estante da sala e viu algumas fotos, mas uma lhe chamou a atenção… Damon estava junto da Elena sentado no sofá daquela mesma sala, ambos se olhavam e sorriam, uma foto espontânea que fora tirada por alguém que estava com eles. Fazia tanto tempo desde que fez o seu filho sorrir verdadeiramente para ela… E ali, naquela foto, ela pode perceber o quanto a Elena o faz feliz.

A mulher ouviu passos se aproximando e então se sentou no sofá, se preparando para o que viria a seguir.

 

Elena apareceu na sala, sua mãe deixou as duas a sós, indo pra cozinha.

 

— O que quer comigo? -  Ela perguntou sem muita cerimônia.

 

— Quero te dizer algumas coisas, mas preciso que entenda o meu lado. -  Elena se sentou ao lado da mulher.

 

A menina sabia que alguma coisa estava errada, ela imaginou que o Damon a contaria, mas ele não fez isso… A Lily era a sua única esperança, algo lhe dizia que ela estava ali para esclarecer as suas dúvidas.

 

— Eu quero dizer que sinto muito… -  Lily começou.-  Desde o começo do namoro de vocês, eu fui contra, nunca apoiei, você pode até achar que era por causa da Katherine, mas não! -  Elena franziu o cenho. -  No momento em que eu te vi, eu senti que você era a pessoa que roubaria o meu filho de mim… -  Lily engoliu em seco.-  Sabe?! Eu tô longe de ser uma boa mãe, mas… Eu quero o melhor pro meu filho, sempre! -  Elena não estava entendendo onde a mais velha estava querendo chegar.

O Damon terminou com você porque eu o chantagiei. -  Elena se assustou, por isso não disse nada, apenas tentava assimilar  o que a mulher tinha lhe dito. -  Eu ouvi uma conversa entre vocês dois e… - Elena ergueu as sobrancelhas e umedeceu os lábios com a língua, antes de atrapalhar mulher.

 

— Como você pôde fazer isso? Ele é o seu filho! - engoliu em seco e se segurou para não falar coisas que não devia. Lily não deu muita importância pra garota, apenas voltou a falar.

 

— O Damon não teve culpa de nada, ele só queria te proteger e eu à ele… - mais uma vez fora interrompida.

 

— Você queria proteger a si mesma, não à ele. - bufou.

 

— Se ponha no meu lugar, Elena… - Lily pediu calmamente. - O Damon é o meu único filho, o pai dele mal para em casa, ele passa mais tempo com você do que comigo, e isso é só o começo… Daqui a um tempo, quando se casarem, eu não iria vê-lo com a mesma frequência, não tenho contato com você e suponho que você não aceitaria morar conosco…- Elena deu um sorriso forçado e falou.

 

— Eu nem sei se vou estar viva amanhã e você já está pensando no nosso casamento? - Revirou os olhos. - Eu não sou esse monstro que você pinta, ele ama você, você é a mãe dele e eu jamais o roubaria de você! - Lily assentiu. - Mas… Você o chantageou com o que? - Lily já estava mal antes, agora então… parece que sua ficha só caiu naquele momento, a que ponto ela chegou, ver o filho sofrer por um benefício próprio… Ela estava fazendo o papel de mãe muito mal!

 

 

Part.3

 

 

A mulher engoliu em seco  e começou a falar…

 

— Você contou ao Damon que o seu pai era viciado em jogos, eu ouvi e decidi que era melhor manter você longe dele, por milhares de motivos… Mas enfim, eu falei que pagaria a dívida da sua família, mas ele tinha que se manter longe de você. - Elena só conseguia pensar… Um milhão de coisas se passava pela sua cabeça, mas nenhuma conseguia entender o porquê de tudo aquilo. - Sei que você não deve estar entendendo nada, mas… Quando você for mãe, vai entender, eu garanto! - Lily acrescentou. - Sei que não estou no direito de te pedir nada, mas… Por favor, você faz o meu filho muito bem e a culpa disso tudo não foi dele, é toda minha, se você tiver que odiar alguém, que seja à mim!

 

— Eu sei que falei e fiz muitas coisas erradas pra senhora, mas eu jamais a odiaria, você pois no mundo uma pessoa maravilhosa e que mesmo sabendo que iria sofrer estando longe de mim, preferiu pôr a minha família em primeiro lugar, só pra me bem...- Lily deu um sorriso contente por estar resolvendo as coisas e aquilo lhe fez um bem danado., agora ela estava livre e o seu filho também.

 

— Você não sabe o quanto eu estou feliz. - os olhos de Lily marejaram e a mesma tratou de respirar fundo para não chorar.

 

— Também estou, principalmente por saber que tudo isso acabou. - Elena sorriu e estendeu a mão, para que a mais velha pegasse quando assim fez, ela apertou e continuou a sorrir, meiga.

 

A Elena não era nem de longe, meiga… Mas naquele dia, ela resolveu que era o melhor a se fazer, afinal… Ela só queria ter o seu namorado de volta.

 

— E onde está o Damon ? -  Lily torceu os lábios, antes que pudesse dizer.

 

— Ele foi pra escola, não consegui falar com ele antes… Estava muito zangado! - Elena assentiu.

 

— Eu preciso vê-lo! - Ela só queria beijá-lo e agradecê-lo por tudo, por ele ser só quem ele é… Mesmo que seja muito precipitado em tomar decisões.

 

— O mínimo que eu posso fazer é levar você até ele! - Elena sorriu e se levantou rapidamente, empolgada.

 

— Vou me trocar, não posso chegar na escola de pijama, provavelmente, impediriam a minha entrada! - Lily assentiu e sentiu logo depois em seu coração um enorme alívio, agora estava começando a enxergar uma Elena que ela não imaginava… Ela no mínimo pensou que a garota fosse lhe xingar e lhe botar para fora de sua casa, mas foi exatamente o contrário, a menina a ouviu sem pestanejar… E até a perdoou, agora ela entendia o seu filho… agora ela entendia o porquê de ele sempre pedir para que a mulher desse uma chance para a menina, e na primeira chance que ela deu, não fora decepcionada, isso era um grande passo!

 

Depois de uns 10 minutos, Lily viu Elena descer as escadas correndo, então ela tratou de se levantar e ir até a porta… Não demorou muito até ambas rumarem até o colégio, Elena se comunicava com Bonnie e Caroline por mensagens, as duas dariam um jeito de tirar o professor de educação física do campo de futebol onde Damon e os outros meninos estavam.

 

As meninas tramavam uma cena, na qual Bonnie fingiria que estava passando mal e é claro que a Care, botaria a maior pilha para que o professor a levasse até a enfermaria, assim o caminho ficaria livre para a Elena, sem nenhuma complicação!

 

Elena desceu do carro e deixou Lily para trás, ela não se importou, claro… Sabia que a menina estava morrendo de saudade de seu filho e pela primeira vez na vida, sentiu que estava fazendo a coisa certa.

 

Elena mandou uma mensagem para as meninas avisando que já tinha chegado e que era pra elas colocarem seu plano em prática, ambas as garotas estavam na arquibancada assistindo ao jogo, as duas haviam arrumado uma desculpa para sair da sala de aula, para ajudar a Elena.

 

— Está na hora, por favor, se concentre! - Pediu Caroline, ao ver que Bonnie prendia o riso.

— Desculpe, mas estou nervosa! - Caroline sacudiu as mãos em sinal de nervosismo e respirou fundo logo depois. - Tudo bem, lá vamos nós! - Levou o ar aos pulmões e fechou os olhos lentamente, deixou que o seu corpo “desfalecer” sobre o banco da arquibancada, e aí a Care entrou em cena, mexeu em seu corpo como se fosse uma espécie de “treinamento”, mas Bonnie estava mesmo focada, não se mexeu e nem sorriu, Caroline estava suando excessivamente, tinha medo de que o professor não acreditasse, mas ela precisava ajudar a amiga, caso Elena ganhasse mais uma suspensão, seria expulsa da escola e aquilo seria muito ruim e pior ainda, seria por culpa dela.

 

A menina deixou esses pensamentos de lado e se levantou do banco em que estava sentada, gritando bem alto pelo professor.

 

— Sr. Chermont? - Ele nem sequer ouviu, por isso a garota gritou novamente, desta vez muito mais alto.  -  Sr. Chermont??  - O homem robusto, alto e de cabelos castanhos, procurou pela voz que o chamava e viu que Caroline chacoalhava os braços, a fim de chamar a sua atenção, então finalmente o fez. O homem parou o que fazia e foi até a menina, daí pra frente foi um corre-corre danado, o professor pegou a Bonnie no colo e a levou até a enfermaria, enquanto isso, Caroline enviava uma mensagem a Elena, que já estava a espera.

 

Damon estava desatento, nem ao menos percebeu o que acontecia e muito menos que, o seu time estava com um jogador à menos agora, Kai saiu às pressas ao saber que se tratava de Bonnie.

 

Elena entrou no campo às pressas e buscou Damon com o olhar, até o encontrá-lo, quando assim fez, começou a apressar ainda mais o passo em direção ao rapaz.

 

— Cara, acho melhor você correr. - Stefan avisou ao amigo, que nem havia percebido o que estava acontecendo.

 

— O que? - Perguntou assustado. -  Porque?  - Encarou o Stefan sem muita emoção.

 

— Olha lá. - Pediu o Stef. Damon levantou o seu olhar para o campo a sua frente e viu que Elena se aproximava, ele engoliu em seco e sentiu o seu corpo inteiro gelar, ela vai me matar! — Pensava ele, antes de dar um passo para trás.

 

Não tinha mais pra onde fugir, ele teria que ficar ali e aceitar o que ela tinha pra dizer...Mas se ele bem a conhece, não teria conversa nenhuma, só tapas!

 

Ele se surpreendeu quando a garota pulou em seu colo e beijou-o, um beijo cheio de saudade. Damon não entendia o que estava acontecendo, mas queria aproveitar ao máximo aquele momento, ele sentia tanta falta dela, do seu cheiro, do seu jeito e até das confusões que ela arrumava. Quando ele estava com ela, sem dúvidas, era uma pessoa melhor.

 

Os meninos ao redor, encaravam ambos um pouco confusos, eles não sabiam o que estava acontecendo, todos achavam que eles e tinham terminado, e de fato tinham… Agora eles estavam com tantas dúvidas quanto o Damon.

 

O ar de ambos começava a faltar, Elena deu 1, 2, 3, beijinhos, antes de pousar a sua cabeça entre o ombro e pescoço do amado. Ele não se moveu, apenas deixou que ela o fizesse, ele não era capaz de se afastar nem mais um segundo. O seu coração pulava apressadamente, sua respiração estava ofegante, mas mesmo com tudo isso, ele se sentia tranquilo, quando estava ao lado dela.

 

Depois de uns três minutos abraçados, a menina voltou a encarar o ex, ela sorriu tranquilizadora e disse.

 

— Você é um bobo! - Ele não entendeu, mas viu que era hora de estragar tudo aquilo.

 

— E você é uma louca! - Fingir estar irritado com o que acabara de fazer, mas ficou claro pra todos ali, que era tudo uma farsa.

 

— Eu já sei de tudo, sua mãe me procurou e me contou tudo! -  Ele ergueu as sobrancelhas e sentiu o seu coração bater ainda mais rápido. - Você é um bobo Damon, por que não me contou? -  Ele estava estático, não sabia o que fazer, só se sentia feliz por saber que tudo aquilo tinha acabado e ele finalmente poderia ficar com Elena.

 

— O que? - Ele perguntou como que num sussurro, ela sorriu e voltou a abraçá-lo.

 

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo… - Ela repetia bem baixinho, próximo ao ouvido dele. - Nunca mais se distancie de mim!

 

— Olha só, parece que Elena Gilbert tem um coração. - Um garoto da turma do Damon falou, a menina fingiu que não ouviu, estava zen demais para arrumar uma confusão.

 

— E mesmo que um dia isso acabe...- Disse ela se referindo ao amor dos dois.- Eu quero ter você por perto, pra sempre! - Ele negou com a cabeça e complementou.

 

— Não vai acabar! - Disse ele bem baixinho,  e então se aproximou da garota a sua frente e lhe beijou, e naquele momento eles perceberam que seria para sempre.

 

♥ ♥ ♥ ♥ ♥

 

3 ANOS DEPOIS…

 

— Vamos Elena! - Caroline deu um grito de dentro do carro, no qual esperava pela amiga.

 

Elena olhou para a loira e ergueu a mão, pedindo silenciosamente que a mesma a esperasse, depois voltou a olhar para o homem à sua frente.

 

— Se comporte! - Ele pediu, levando sua mão até o cabelo de Elena, colocando uma mexa do mesmo atrás de sua orelha.

 

— Digo o mesmo à você… Se eu ficar sabendo que...- Ele sorriu e deu um beijo casto em seus lábios, não deixando que ela começasse com o seu discurso de… “Se eu ficar sabendo que alguma mulher esteve na sua despedida de solteiro, eu mato você e os seus amigos! ”.— Isso é golpe baixo! - Ela exclamou, se dando por vencida logo depois que deram um fim ao beijo.

 

— Anda logo, Elenaaaaaaa! - Foi a vez de Bonnie chamar a atenção da amiga, elas tinham alugado uma limousine pra passar a noite toda com elas, estavam loucas para aprontar todas na última noite de solteira da amiga, mesmo que esse não fosse os planos de Elena.

 

— Tenho que ir, nos vemos no casamento! - Damon assentiu e então a mulher a sua frente lhe deu um selinho e foi em direção ao carro onde as amigas lhe esperavam.

 

— O que acontece na despedida de solteira, fica na despedida de solteiraaa… - Assim que Elena entrou dentro da limousine, Pamella, uma amiga da faculdade falou.

 

— Vocês não prestam! -  Elena comentou enquanto caia na risada e encarava cada uma das meninas que estavam ali presentes: Care, Bonnie, Katherine, Pamella, Dayanna, Ana, Jasmine, Andrea, Marlenne e Louise.

 

— Nem um pouco! -  Bonnie completou levantando sua taça de champanhe.

 

Elena estava tão feliz e realizada, sempre viu as coisas pelos piores lados, mas agora ela enxergava o lado maravilhoso da vida, mesmo que não fosse perfeita. Ela agradecia todos os dias por ter todas aquelas pessoas em sua vida.

 

Muita coisa mudou desde o colegial, depois de tudo o que aconteceu com eles, ambos decidiram que não haveria mais segredos entre eles, e sinceramente? Aquilo funcionava, funcionava e muito. Foram morar juntos quando começaram na faculdade. Elena e Lily agora se conheciam melhor e respeitavam uma à outra. Elena aprendeu a controlar as suas atitudes e quando ela finalmente conseguiu, fora pedida em casamento, afinal, eles são felizes e nada mais justo do que se casarem, e assim iria acontecer.

 

Seus amigos eram os mesmos, muitas coisas mudaram pra eles também. Bonnie já não era mais a namorada do Kai, Care e Klaus ainda namoravam - Isso mesmo, nem noivos… Só namorados - Caroline estava começando a achar que ele estava a enrolando. Katherine e Elena não eram melhores amigas, mas a situação de ambas tinha melhorado bastante… Ela e o Stefan estavam juntos e pareciam estar muito felizes com isso.!

 

Nada melhor do que ter as pessoas que ama ao seu lado, Elena muita das vezes pensou que nunca seria feliz, mas graças àquela maldita aposta, ela conheceu o homem da sua vida e hoje se sentia a mulher mais completa e feliz do mundo.

 

♥ ♥ ♥

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É isso...
Só quero agradecer a cada um de vocês por terem tido essa paciência em esperar por cada capítulo - eu sei que é super chato -, peço muitas desculpas a cada um de vocês por esse tempão que eu fiz vocês esperarem, mas espero que essa história tenha alcançado as expectativas de cada um de vocês...
E aqui eu me despeço dessa fic...

XOXO.





Acompanhem minha outra fanfic:

Thief of hearts:

https://fanfiction.com.br/historia/717046/Thief_of_hearts/



MOMENTO DIVULGAÇÃO:

Our Target
https://fanfiction.com.br/historia/708479/Our_Target/

The Royals
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Ambas da autora: Lady Gray