Jacob estava na faculdade quando conheceu Tânia May Denalli, era a mulher mais linda que já tinha visto, o cabelo sedoso era macio e deslizava entre seus dedos, a boca  carnuda era sempre de um vermelho intenso, uma boca que sussurrava as palavras certas na hora certa.

Ficara encantado desde o primeiro momento quando Leah Clearwater os havia apresentado.

Leah ou Lee como todos a chamavam, na época namorava seu amigo Embry  Call e dividia um apartamento com May e outras duas amigas. Não podia se dizer que eram amigas; como a própria Lee dizia apenas conviviam.

O envolvimento entre ele e Tânia May evoluiu rápido. Ela era adorável,  tudo o que um homem podia desejar: bonita, inteligente, chamava atenção onde chegasse, dava prazer a qualquer homem ostentá-la ao seu lado. Bom e a cama também era ... boa. May era orfã, seus pais tinham morrido quando ela ainda era uma menina e sua tia acabara de criá-la.

Depois de dois meses de namoro a levara a conhecer seus pais, Tânia mostrou-se encantadora e as visitas a casa dos Black eram constantes, muitas dessas vezes ia sozinha. Naquele tempo Emmett seu irmão tinha terminado administração e já dava os primeiros passos na sucessão de seu pai Billy. Talvez tivesse sido a aura de poder que seu irmão sempre exalou  que  seduziu  May, mas o fato é que pouco tempo depois trocara de irmão. 

No inicio havia se sentido realmente mal com isso; até conhecer Isabella, May continuava sendo a única mulher que lhe importava.

Todas as vezes que os via juntos seu coração doía, pouco a pouco começou a se afastar de sua família; seu contato era mantido  apenas por sua irmão Rachel. Rachel além de irmão também sempre foi sua melhor amiga; não tinha segredos com ela.

Terminou a faculdade de resolveu viajar precisava fazer especializações, cursos, qualquer coisa que aliviasse sua cabeça. E foi justamente em uma viagem ao Canadá que reencontrara May. Estava mais linda do que nunca, viajava com uma amiga, dizia que Emmett não se importava estava muito ocupado com os negócios.

A paixão foi maior que qualquer sentimento de recriminação que se abrigasse dentro dele; e foi justamente quando May engravidou.

Não soube de imediato da gravidez de sua cunhada e muito menos que o filho poderia ser seu, mas o fato é que quando voltara para se estabelecer na cidade e trabalhar, May o procurara dizendo que o amava e que tinha se arrependido de tê-lo trocado por Emmett. Descrevia seu irmão como um homem que não se importava com a esposa, a única coisa que ainda o mantinha junto dela era sua filha Nessie e diante de um Jacob boquiaberto lhe confessara que a menina era sua filha e que se Emmett descobrisse seria o fim: temia por Nessie a menina era muito apegada a Emmett.

Jacob sentiu seu mundo desabar, uma filha, uma filha que nunca poderia chamar de sua. May nunca permitiu que ele se aproximasse demais da menina; Alegava que seu marido poderia desconfiar de algo e até se tornar violento.

Achava as descrições de Emmett feitas por May um pouco exageradas, mas na realidade nunca conviveu muito com seu irmão.  Não arriscaria.

As investidas de May foram constantes e ele acabou cedendo, tornaram-se amantes, se encontravam varias vezes. Mas ele não queria isso, pressionara May que queria que se separasse, só que ela não pensava assim estava mais preocupada com a sociedade; no que pensariam dela e definitivamente não queria ser desprezada por ninguém.

Foi então que a própria May sugeriu que Jacob encontrasse uma moça e casasse. Se ele fosse casado, ninguém pensaria que poderia haver algo entre eles e ela era esperta o bastante para encontrar um jeito de poderem se ver e disso ele não duvidara.

Mas o que Tania May não esperava era o que estava acontecendo neste momento: Jacob Black estava perdidamente apaixonado pela linda mulher deitada e enroscada em suas pernas.

Sim estava apaixonado por Bella.

Sua lua-de-mel chegara ao fim, viajariam no dia seguinte, mas durante estes sete dias em que ficaram juntos ele se encantara. Bella era maravilhosa, doce, carinhosa, inteligente e quente.

Antes de adormecer tinham feito amor loucamente, os gritos e gemidos de prazer da mulher ao seu lado ainda ecoavam em seus ouvidos. Como era bom estar com Bella, tocá-la, beijá-la, possuí-la. Tudo era muito intenso e ele tinha certeza não conseguiria viver sem ela. Sentiria falta do seu cheiro, da forma como se aconchegava em seu peito de sua voz suave enquanto fazia carinhos em sua nuca.

Bella seria sua mulher de verdade, a faria feliz e seria feliz com ela. May agora seria passado. Só precisava descobrir uma forma de controlar a situação, não queria magoar Bella, não permitiria que nada atrapalhasse, mas o seu maior medo era que ela descobrisse.  Apertou-a mais próximo ao seu corpo e observou contente como ela suspirava satisfeita.