0:05 hs apartamento Jane Rizzoli

Jane estava deitada em sua cama de barriga pra cima com um sorriso idiota no rosto. Estava pensando em como sua vida virou de cabeça pra baixo em menos de um mês. Em um mês estava noiva de Casey Jones, sua ex paixão de escola, lembrava que no Ensino Médio chegou nessa escola super conceituada de Nova York através de uma bolsa escolar, Jane não conta pra ninguém, mas ganhou essa bolsa porque virou líder de torcida. A capitã do time era a que posteriormente viria a tornar-se sua amiga Regina Mills.

Durante os treinos Jane viu a primeira vez Casey Jones o Fullback do time de Futebol Americano, e melhor amigo de Scott Werner o quarterback e namorado de Regina, um relacionamento entre Jane e Casey nunca aconteceu, ele era seu amor platônico, o romance só aconteceu muitos anos depois, quando Jane já era uma detetive da Homicídios de Boston.

Faltavam apenas duas semanas para o casamento de Jane e Casey, eles iriam casar apenas no civil, Jane não suportava a ideia de estar vestida de branco numa igreja cercada por diversas pessoas, muitas delas que provavelmente nunca viu antes e que nunca mais voltaria a ver.

Mas Maura interrompeu tudo, virando o mundo da morena de cabeça pra baixo quando se declarou assumindo que gostava de Jane. A morena hesitou por um momento, mas decidiu desmanchar o noivado com Casey, apesar de ter um carinho enorme pelo homem sabia que se casasse com ele viveria infeliz, imaginando como seria sua vida se tivesse dado uma chance para ela e Drª Isles.

Jane é retirada de seus devaneios por batidas na porta do seu quarto.

– Entra.

– Ainda acordada?... Não tem que levantar cedo amanhã e ajudar Maura com a mudança? – Falou Frank com apenas a cabeça dentro do quarto de Jane.

Jane fez careta assumindo que tinha.

– Você poderia ajudar.

– Oh eu gostaria muito, mas não quero.

Jane riu.

– Eu trabalho amanhã, sou um policial comum, não folgo no sábado.

– Então vai dormir.

– Vou mesmo, Boa noite Jane.

– Boa Noite Frank.

– Ah, só uma coisa, a que horas vai chegar da festa na Regina amanhã?

Jane tacou uma almofada no irmão.

– Nem pense em trazer mulheres pra casa Francesco Rizzoli Jr.

– Veremos... – O irmão gritou já entrando no próprio quarto.

*****

Sábado de manhã, Casa Mills.

– Bom dia mana.

– Bom dia meu amor, acordada há essa hora?... Você nunca levanta antes das 10hs, Ruby.

– Sim, mas hoje fiz uma exceção enquanto vocês ajudam Maura com a mudança eu planejarei as atividades de hoje à noite.

– Ruby, olhe lá, Maura não quer uma festa, só uma pequena reunião com os amigos.

– Ahn, relaxa eu sei que ela é paradona que nem você. Eu também não posso exagerar amanhã tenho um ensaio.

– Em pleno domingo?

– Vida de modelo. – Respondeu Ruby beijando a bochecha da irmã mais velha e seguindo em direção à sala.

O Telefone toca, Regina levanta da cadeira e atende.

– Alô

– Regina?

– É ela. Quem está falando?

– Ahn... É... É Emma.

– Emma?... Aconteceu alguma coisa?

– Não, na verdade sim. Só liguei pra avisar que não vou poder ir à sua festa hoje.

– A festa é da Maura... Mas por quê? – A voz de Regina era desanimada, se Emma estivesse lá notaria a cara de desapontamento da morena.

– Com a correria do casos eu esqueci que minha prima chegaria hoje, ai não poderei ir, preciso ficar em casa fazendo companhia pra ela.

– Traga ela com você...

– Hum, não acho que ela vá se sentir confortável, afinal, não conhece ninguém aqui.

– É uma ótima oportunidade para fazer amigos.

– Você está certa... Tentarei convencer ela. Mas não prometo nada.

– Tudo bem, mas espero... Estaremos esperando sua presença.

– Obrigada, até mais.

– Até mais.

Regina desligou o telefone desapontada, não sabia por que mas esperava pela presença da loira na festa.

*****

Naquele mesmo dia, mais tarde.

– Ah até que fim você chegou. – Regina falou ao observar Ruby entrando com várias sacolas em casa.

– Sim... Mauraaaa – Ruby abraça Maura ao perceber que a mulher já estava na casa, e coloca as sacolas em cima da mesa. – Eu estava comprando os suprimentos para a nossa pequena reunião.

Regina vai até a mesa e abre as sacolas

– Mas, Ruby aqui só tem bebida. – Constata Regina.

– E precisa de mais alguma coisa?

– Aqui tem bebida pra uma festa pra 30 pessoas. – Fala Jane ao olhas as sacolas.

– Janee. – Ruby se vira e a abraça.

– Ruby, seremos apenas cinco. – Fala Maura sorrindo.

– Seremos 04... Ou 06. – Regina rebate.

Todas olham confusas para Regina esperando que ela continue.

– Emma me ligou, parece que uma prima chegaria hoje, talvez ela venha. Talvez não.

Jane ficou emburrada na mesma hora, sabia que Emma sempre inventava desculpas esfarrapadas pra não ir aos lugares.

– Bom gente, oficialmente todas as três moram aqui, preciso ir pra casa, me arrumar pra essa... essa. – Falou gesticulando não sabendo o que exatamente Ruby tinha planejado.

– POKER NIGHT. – Gritou Ruby animada. – Faremos uma Poker Night, e isso explica as bebidas, tem que ganhar a partida pra não beber. Quem perder, vai ter que beber.

Regina apenas riu balançando a cabeça negativamente. Sabia que sua irmã se esforçaria pra perder todas as partidas.

– Se não gostaram da ideia sempre tem o Strip Poker, particularmente é meu favorito. – Rebateu Ruby.

– NÃÃÃOOO. – As três mulheres gritaram em uníssono.

– Sabia que iam aderir minha ideia- Ruby saiu da cozinha se sentindo vitoriosa.

– Bom, até mais tarde gente. – Jane se despediu de Regina com um abraço e um beijo na bochecha. Quando chegou a Maura não sabia o que fazer, toda vez que ela tentava abraçar Maura a cabeça das duas ia para o mesmo lado. As duas ficaram alguns segundos nessa tentativa falha, até que Maura apenas sacudiu a mão de Jane. Jane sorriu e saiu sem graça.

– O que foi isso? – Regina perguntou depois que Jane saiu.

– Cala a boca. – Maura saiu irritada em direção a seu novo quarto deixando Regina rindo sozinha na cozinha.

*****

No mesmo dia 21hs.

Ruby e Maura estão arrumando a mesa de poker enquanto Regina está sentada na sala assinando algumas documentações, por mais que a morena fosse esforçada sempre sobrava papelada pra revisar no fim de semana. Ruby e Mau decidiram colocar seis cadeiras na esperança de Emma chegar com sua prima, assim teriam a chance de jogar outras coisas em duplas e não somente Poker.

– Regina... Larga esses papeis, revisa amanhã! – Falou Ruby dengosa.

– Se eu perder muitas partidas não vai ter como revisar papéis amanhã, de ressaca. - A morena rebateu rindo.

Ruby larga o que estava fazendo e vai até a irmã, decide perturbar Regina até que amorena largue o que esta fazendo e participe da festa.

– Mesa, baralho, bebidas e snacks... Parece que não falta nada. – Maura fala com a mão ao queixo tentando lembrar se ela e Ruby não esqueceram de nada.

A campainha toca.

– Eu atendoo – Grita Maura indo em direção a porta. A loira abre e é Jane.

– Jane... Boa N... – Jane não espera Maura responder, puxa a loira para lado de fora da casa, fecha a porta e beija Maura.

Jane solta Maura que ainda leva alguns segundos pra abrir o olhos.

– Uau... O que foi isso? – Pergunta a loira sorrindo.

– Eu que pergunto, o que foi que aconteceu mais cedo, você apertar a minha mão... Fiquei toda quadrada Mau.

– O que queria que eu fizesse, a gente ia passar o dia todo tentando se abraçar na frente da Regina. A minha vontade era te beijar, maaaas senhorita, ninguém sabe.

Jane só abriu a boca pra responder, mas nada saiu às vezes ela esquecia que ela e Maura decidiram manter segredo até terem certeza que não estavam cometendo nenhuma loucura.

– É, vem vamos entrar antes que elas percebam. – Maura falou puxando Jane pra sala.

A casa dos Mills era realmente muito grande no estilo Vitoriana com dois andares toda branca apenas com portas e janelas em cores carvalho enegrecido. Com o número incrível de oito quartos no andar de cima e em baixo cada cômodo muito bem definido, com cozinha, sala comum, sala de estar, copa, escritório e sala de jantar. Todos os quartos não utilizados ficavam trancados o tempo inteiro, a casa era um exagero tremendo para apenas duas pessoas.

Regina a comprou num impulso achava que casaria e teria muitos filhos, o suficiente para preencher todos os quartos.

– E então... Quando começa os jogos? – Perguntou Jane.

– Assim que Emma chegar – Respondeu Maura.

Regina levantou já cansada das implicâncias de Ruby guardou a papelada e foi em direção a todos na sala de jantar. As irmãs seguiram ao encontro de Jane e Maura.

– Então... vamos começar? – Perguntou Regina.

– Mas... E Emma? - Jane perguntou.

– Bom, ela poderia ao menos ligar pra avisar se está vindo ou não, dessa forma vamos passar a noite inteira esperando por...

A campainha toca, todas se olham e sorriem.