Regina POV

Já é madrugada de sábado e estou deitada na minha cama, não consegui pregar os olhos... Fiquei envergonhada com a cena que protagonizei na frente de todo mundo. Resolvi cantar uma música, ia cantar qualquer uma, mas no ultimo momento pensei em Emma e resolvi abrir meu coração, e deu no que deu... Cantei Let Her Go.

Num impulso eu olhava para ela, enquanto cantava fiquei tentando decifrá-la, seu olhar era enigmático, ela se aproximou, mas sua expressão não mudava, apenas ficava olhando dentro dos meus olhos, talvez estivesse buscando uma constatação de que eu estava sendo sincera. Parei de cantar e resolvi sustentar meu olhar nela, ela não desviou nem por um segundo, depois percebi o que fiz, me senti tão envergonhada que tive vontade de chorar, não ia chorar na frente de todas... Levantei-me rápido desejei a todas uma boa noite e fui para meu quarto. Chorei... E agora estou aqui, sei que amanhã terei que me desculpar pela minha atitude.

Olho no relógio e já são 3 da manhã. Resolvo descer e tomar um copo d’água, penso que vai me ajudar a dormir. Desço, vou até a cozinha, abro a geladeira e encho um copo de água, quando me viro levo um susto, o copo quebra no chão.

– Emma. – Falo surpresa levando minha mão ao peito, tive um mini infarto com toda certeza.

– Oi – Ela sorri fracamente, seus olhos estão vermelhos. – Sabia que uma hora você ia descer. – Ela completa.

Fico surpresa com sua constatação. Terei que me desculpar mais cedo que imaginei, fico séria, respiro fundo e me aproximo dela.

– Olha... Eu queria me desculpar pela minha atitude, não foi minha intenção fazer... – Ela me cala levando a mão delicadamente a minha boca.

– Regina, me perdoa. – Fala olhando em meus olhos. – Me perdoa por esperar tanto tempo... Eu não quero mais fazer isso... – Fico aflita, o que ela quer dizer com isso?

– Eu não quero mais ser sua amiga, isso esta me matando devagar, eu... Eu quero estar com você. – Ela leva a mão ao peito. – Eu fiquei com medo de me envolver de novo e me machucar, mas me machuca mais ainda estar ao seu lado todos os dias e não poder te tocar... Desculpa-me por ser tão cabeça dura... Por favor, fica comigo!

Emma me surpreende mais uma vez, estou paralisada, eu tento lhe olhar nos olhos, mas nada vejo, está tudo embaçado meus olhos estão parecendo uma cachoeira, levo a mão ao rosto e esfrego os olhos para tentar ver alguma coisa novamente. Ela pega em minhas mãos e me olha tão profundamente que sinto que está olhando a minha alma.

– Eu amo você – Ela me confessa entre lágrimas.

Finalmente consigo sorrir de verdade, seguro em seu rosto e a beijo.

– Eu também amo você. – Falo finalmente... Ela me da um daqueles seus sorrisos mais lindos e infantis, aquele sorriso que me fez ficar perdidamente apaixonada por Emma Swan.

Emma POV

Depois de finalmente confessar o que sentia por Regina ela também confidenciou que me amava. Beijamos-nos e ficamos abraçadas no sofá sem nada falar, uma apreciando a presença da outra. Era quase 5 da manhã quando me despedi dela na porta do seu quarto, é engraçado como fizemos as coisas ao contrário.

Beijei seus lábios e tentei transmitir da melhor forma possível o quanto a amava. Abracei aquela mulher perfeita e inalei o máximo possível daquele seu maravilhoso perfume de maçã, fiquei lhe olhando nos olhos, queria dormir com ela, mas fiquei com vergonha de pedir, talvez seja melhor a gente não fazer tudo num impulso, foi por atitudes como essa que as coisas deram errado antes. Depois desse momento com ela fui para meu quarto.

Olho no relógio e são 5:15, ao sentar na minha cama ouço leves batidas na porta, levanto pra atender, era ela.

– Posso dormir com você? – Ela me pede com o rosto todo vermelho. Acho que a assustei com o tamanho do sorriso que abri, escancaro a porta dando passagem a ela e concordo com o pedido.

Estamos deitadas na minha cama, que é de solteiro, mas nunca me senti tão confortável assim na vida. Ela se vira e fica me olhando nos olhos, não resisto e a beijo. É incrível que com um simples beijo de Regina meu corpo sempre responde ardendo em chamas. O primeiro beijo foi suave e terno, agora é mais quente, sinto nossos corpos arderem em chamas, lentamente fomos tirando nossas peças de roupas, sinto-me no paraíso.

Estamos deitadas na cama, ela está por cima sentir o peso do corpo de Regina sob o meu só enlouquece mais ainda meus sentidos, ela levanta o corpo e fica sentada no meu abdômen e me mostra um daqueles sorrisos que me enlouquece, levanto o meu corpo ansiando por seus beijos, aliso suas coxas, gemo ao tatear sua pele tão suave e macia, cravo as unhas em sua bunda, nossa é tão perfeita que nem consigo controlar meu ímpeto.

Inverto as posições. E agora meu corpo está sob o seu, acaricio sua nuca com ternura. Ela me provoca mordendo e sugando meu lábio inferior. Minhas mãos que antes acariciavam sua nuca de forma terna agora puxam seus cabelos, é involuntário, sinto cada centímetro do meu corpo se arrepiar quando ela ofega em resposta ao meu toque mais atrevido.

Ela me provoca novamente mordiscando e chupando meu lábio inferior e começo a me arrepiar novamente ao sentir suas unhas me arranhando as costas por enquanto de forma suave. Como um reflexo me coloco entre suas pernas, ela geme ao sentir o contato dos nossos sexos já encharcados. Ela abre os olhos e eles estão tão negros de desejo que só essa visão me faz chegar próximo ao ápice. – Você tem certeza? – Pergunto a ela com uma voz rouca e ofegante. Parece uma pergunta estúpida, mas mesmo com Regina ali na minha frente toda entregue a cada segundo que passa eu temo perde-la novamente. Ela apenas sorri e assente com a cabeça.

Volto a beija-la enquanto roço nossos sexos de forma suave e sensual, invado seu pescoço e ela prende as pernas atrás de mim e aperta buscando por mais contato, sua respiração começa a ficar alterada. – Ah Emma, eu... Eu te... – Ela tenta falar algo quando seu corpo começa a ter pequenos espasmos de prazer. Sua tentativa de declaração me atiça ainda mais e aumento a fricção em resposta. Ela crava as unhas na lateral do meu corpo e começa a ditar a velocidade do movimento, estamos suadas, ela morde o lóbulo da minha orelha me arrancando gemidos enquanto falo bobagens em seu ouvido.

Já estamos nesse movimento há algum tempo, Regina geme e crava as unhas nas costas, sinto-a arquear as costas enquanto grita meu nome, ela está chegando ao ápice, isso me excita de uma forma surreal sinto que estou chegando lá também, me sinto perdendo o controle dos meus sentidos. Uso minhas ultimas forças e aumento a velocidade, e a beijo novamente abafando seus gemidos enquanto nos entregamos a um violento orgasmo.

Estou deitada em cima dela tentando recuperar minha respiração e meus sentidos, sinto minhas pernas moles. Ela me puxa para mais um beijo, e depois deito em seu peito, ela me abraça de forma terna e protetora, sinto tanta felicidade que julgo estar sonhando... Sinto o sono me dominando.

*****

Acordo e percebo que estou deitada de conchinha com Regina, olho no relógio e já são 11hs, beijo seu pescoço e ela se encolhe preguiçosa me fazendo sorrir. Lembro-me de hoje mais cedo e não consigo deixar de ficar emocionada, com certeza guardarei essa data pra sempre. 01 de Julho de 2015, a primeira vez que fiz amor com Regina Mills.

Beijo seu pescoço novamente e ela não quer acordar. – Ta bom sua preguiçosa, eu pego alguma coisa pra você comer. – Falo em seu ouvido, ela penas sorri levemente sem abrir os olhos, beijo seu rosto novamente e sigo para ao banheiro.

Após um breve banho desço em direção à cozinha, estou pensando em que fazer para o café da manhã/almoço da minha morena, quando chego à cozinha as outras mulheres estão me encarando, todas sorrindo, mas nenhum sorriso é acalentador, todos são maliciosos.

– O que? - Tento controlar meu rubor e finjo inocência enquanto abro a geladeira pegando leite.

Ruby se aproxima com o olhar inquisidor, depois abre um sorriso malicioso e fala:

– Você não a esperou né, não esperou ela se aproximar de você.

Fico vermelha e lhe dou um sorriso em resposta.

Eu esperei sim, a madrugada toda, num lugar estratégico, mas esperei sim um movimento de Regina, penso eu.

– Eu não sei do que vocês estão falando. – Já me entreguei, devo estar parecendo um pimentão nesse momento.

– Olha não estou reclamando, mas é um tanto incomum ser acordada às 7 da manhã com gritos e gemidos de Ah Emma, Ah Emma – Jane imita Regina de uma forma ridiculamente engraçada.

A encaro séria, por mais que tenha sido engraçado não quero Jane fazendo graça com minha morena.

– Olha, você viu isso amor? – Jane aponta para mim olhando para Maura. – Viu como ela defende a namoradinha dela? ...

Maura nada fala, apenas esconde o sorriso.

– Acho que vocês deviam crescer – Falo fechando a geladeira.

– Oh... Olha só quem fala – Belle implica.

Sorrio, não têm como ganhar essa guerra, é uma covardia todas elas contra mim. Desisto de pegar o leite, mostro a língua para todas e volto pro quarto.

Deito na cama e Regina ainda está ressonando, lhe dou um selinho, dois, três até que ela acorda. Sorri e esfrega os olhos, preguiçosa.

Depois olha ao redor e percebe que não fiz o que prometi.

– Não me trouxe nada. – Fala manhosa. Sorrio e a beijo suavemente.

– Me desculpa amor, fui atacada na cozinha, as meninas não me deixavam em paz, tive que sair correndo.

Ela me olha sorrindo, mas não responde.

– O que? – Pergunto preocupada.

– Eu gosto que me chame de amor. – Ela fala finalmente. Tenho uma vontade louca de apertar essa mulher. Tem como ser mais linda?... Mas me controlo.

– Eu gosto de te chamar de amor. – Lhe falo sorrindo. Faço menção de levantar, mas ela me puxa e me abraça como um urso.

– Não... Fica aqui, só mais um pouquinho. – Diz me abraçando e deitando no meu peito, fico lhe fazendo cafuné, quando percebo ela dormiu de novo. Fico sorrindo boba ao constatar como ela está preguiçosa hoje, continuo lhe fazendo carinho até que também pego no sono.