É começo do expediente no departamento de Suicídios quando as amigas Jane e Emma chegam juntas conversando. Emma e Jane são melhores amigas desde a pré-escola, compartilharam tudo, segredos, roupas e algumas vezes até o mesmo paquera.

- Ainda bem que resolvemos o caso 6321, eu sabia estava sentindo com todos meus sentidos Jane que ela era inocente, mesmo com todas as provas acusando ela.

- Caso 6321? ...Ah ta, a Madrasta, Emma fala logo é impossível lembrar de casos pelo número, só você mesmo.

- Sim, da madrasta.

- Pois é, quando isso acontece à primeira suspeita é a madrasta, muito me surpreende que o responsável pelo assassinato da criança tenha sido o próprio pai.

- Eii vocês parem de tricotar ai que estamos lotados de trabalho.

- Bom dia Korsak. Responde as duas em uníssono.

- O que temos pra hoje?. Emma pergunta tomando a ficha do amigo.

- Mais uma modelo encontrada morta, dessa vez os indícios não mostram suicídios, ainda não sei direito Maura e Killian precisam voltar do local do crime, isso foi o que ele me adiantou.

- Outra modelo? É a terceira só nessa semana. Responde Jane incrédula.

- Sim, e já aviso que a Tenente Mills está furiosa, ela com certeza vai nos apertar pra desvendarmos esse mistério o mais rápido possível.

Ao ouvir o sobrenome Mills Emma apenas revira os olhos impaciente e faz um bico gigantesco atitude que faz Jane fazer um esforço gigante pra não rir.

Emma Swan era detetive assim como Jane, e estava na corrida pelo cargo de tenente mas este foi dado a uma detetive de Nova York, Regina Mills, Emma ficou furiosa ainda mais depois que conheceu a mulher tremendamente arrogante e insolente e fazia questão de ter essas atitudes com Emma, ao observar percebia que a morena se dava muito bem com Jane e Maura.

- Parece que sua namoradinha vai apertar nosso pescoço Emma. Brincou Jane.

Jane adorava deixar Emma irritada, e nada atingia mais a loira que a fazer lembrar-se de Regina.

- Aii Jane, essa foi pesada, acho que prefiro quando chama aquela jararaca de minha best friend.

- Eu sei que prefere, mas como não parecia mais ligar, resolvi mudar os termos.

Regina Mills abre a porta do seu escritório com aquele ar superior e impecável de sempre, ao olhar Emma fazendo bico novamente Jane simplesmente não consegue segurar o riso.

- Posso saber o motivo dos risos Jane. Pergunta a morena com a sobrancelha levantada.

- Nada Regina, é que Emma dormiu de calça jeans essa noite.

A morena da um breve sorriso e Emma olha pra cara de Jane incrédula.

- Bom, meninas preciso que entrem no escritório.

- É agora... Jane sussurra pra Emma que entra na sala irritada.

Ao sentar-se Emma percebe que o semblante de Regina não é o usual, parece cansada, não possui toda aquela áurea de superioridade.

- Vou direto ao assunto, como sabem é a terceira modelo que encontramos morta apenas essa semana, como já conversamos antes com toda certeza não é um surto de jovens meninas cometendo suicídio, estamos falando de um possível Serial Killer. É muito importante que resolvamos esse caso de forma rápida, em apena um mês será anunciada a lista de jovens concorrentes a Miss América, pelo que observei todas as jovens são finalistas para concorrerem pelo estado de Massachussets todas estão aqui na capital, precisamos ser ágeis e cautelosas, estamos com toda certeza lidando com um psicopata.

- Sei que esse caso é importante Regina, mas você parece ter uma atenção especial. Pergunta Jane.

- Jovens moças aparentemente saudáveis se suicidando a um mês da competição de Miss América, como não daria?

Jane apenas levanta os ombros e insiste.

- Fala logo. O que houve?

Regina abaixa os olhos mexendo nas fichas, claramente desconfortável.

- É minha irmã caçula Ruby, ela está na listas das concorrentes para o estado e está aqui em Boston assim como as outras 15 modelos restantes e como essas meninas que apareceram, eu estou preocupada Jane, não posso exigir que vigiem ela porque não ocorreu nenhum atentado. Mas isso é um atentado claro as meninas dessa cidade.

- Pensei que sua irmã concorreria por Nova York, cidade de vocês. Perguntou Emma meio sem jeito.

- Sim, Emma, ela ia, mas ela mudou-se pra cá comigo e a regra implica que ela concorra pela cidade que reside.

- Entendi.

Emma ficou surpresa pela delicadeza da mulher com ela, nunca tinha lhe dirigido à palavra de modo suave, apenas com arrogância pra mostrar ser superior.

- Jane sei que não é seu trabalho, mas preciso que me ajude, sabe que Ruby te adora, se puder me ajudar a vigiá-la.

- Claro Regina, e fique tranquila nós iremos descobrir quem está por trás disso.

Após duas breves batidas a porta se abre e entra Maura. Jane dá um pulo ao observar à loira, mesmo como médica legista sempre se encontrava impecável, hoje usava um vestidinho creme Dior e um sapato nude salto 15. Jane ficava impressionada de como essa mulher usava saltos gigantes o dia inteiro sem reclamar.

- E ai temos a SUA namoradinha...Emma cochichou no ouvido de Jane como vingança. A morena apenas olhou para Emma com cara de poucos amigos.

- Bom dia meninas...Regina já trouxemos o corpo, irei fazer a analise agora, se me permite gostaria que me acompanhasse.

- Claro, desço em um minuto Maura. Disse sorrindo para a amiga.

- Bom acho que é hora de trabalhar. Cortou Emma.

- Vocês estão dispensadas.

- Sim capitão. Levantou Jane fazendo graça.

Emma ia saindo em direção a sua mesa quando percebeu que Jane não estava em seu encalço. Quando olhou pra trás viu a morena segurando nas mãos da tenente e dizendo algo fazendo a morena sorrir olhando pra baixo sem graça e fofa, em seguida elas se abraçam e saem juntas da sala, Regina indo em direção aos elevadores dizendo um sonoro “Obrigada” e Jane indo em direção a Emma. A loira não quis admitir mas ficou incomodada com a proximidade das duas, tentou trabalhar normal, mas ficou intrigada tinha que perguntar a amiga o que tanto ela falava pra Regina.