As Máscaras de Sakura escrita por Siryen Blue


Capítulo 18
Primeira Fase: Sasori


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! LEIAM ESSAS NOTAS!

OIIIII!!! Caaaara... Eu tenho uma coisa pra contar pra vcs!! Uma coisa chata que aconteceu e quase me fez desistir de continuar com a fic...

Eu já tinha a primeira fase toda escrita, mas um problema ocorreu e eu perdi TUDO q tinha escrito. Levei na assistência e não conseguiram recuperar. E, bom... Eu fui descuidada e não tinha feito cópia em canto nenhum. Perdi a primeira fase de AMDS... Outras fics q eu já tinha escrito e planejava lançar em breve... Anotações... Tanta, tanta coisa... Foi um prejuízo enorme.

Eu pensei em desistir. Fiquei arrasada.

Mas então... Eu li os comentários de vcs e as recomendações. Acreditem, isso me deu MUITA força.

Enfim... Consegui rescrever esse capítulo a tempo.

Ajudou muito o fato de eu ter recebido TRÊS RECOMENDAÇÕES LINDAAAAASSS!!! Obrigada por toda a força e apoio que vcs me dão. É o que está me movendo a continuar, mesmo eu estando mt chateada com tudo que perdi.

Bella21: Que recomendação LINDA!! É isso aí! O verdadeiro amor começa com o amor próprio! Fico contente q tenha captado tudo q tento passar com a fic, e q tenha feito um convite mt melhor do q eu faria! OBRIGADA!

Micaia Sama: O QUE TE DIZER? To emocionada aqui! Eu tbm sinto como se houvesse alguma Sakura por aí no mundo! Na vdd, eu sei que tem! Vc captou perfeitamente cada detalhe da história! OBRIGADA!

Lady Slytherin: Rafa! ~fazendo a íntima~ Vc é musicista? Que demais! Não tenha medo de mostrar seus talentos! Estou bobamente feliz com seus elogios e com a recomendação MARAVILHOSA! OBRIGADA!

Quem aqui fez o ENEM? Torci por todos vcs, viu? Agora vamos dar uma relaxada lendo o capítulo novinho de AMDS?

Capítulo dedicado às três DIVAS que recomendaram a fic e a todas vcs que me deram o apoio que eu precisei pra rescrever o capítulo.

Ficou enorme! Desculpem por isso!

Enjoy!



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[Dança]

https://www.youtube.com/watch?v=efK_Nzc6wQU

Cadillac, Cadillac, pop that trunk

Let's take a shot, Alley oop that dunk

Tired of working that nine to five

Oh, baby, let me come and change your life

Eu e Gaara dançávamos em uma perfeita sincronia.

Nossos movimentos acompanhavam a melodia dançante da música.

Hot damn it, your booty like two planets

Go ahead, and go ham sandwich

Woah, I can't stand it

'Cause you know what to do with that big fat butt

"Vai, Sakura!" Gaara gritou, divertindo-se.

Wiggle, wiggle, wiggle

Wiggle, wiggle, wiggle

Wiggle, wiggle, wiggle

Wiggle wiggle wiggle

Shake it, shake it girl

E então, dancei dando tudo de mim à música, sem, no entanto, deixar de combinar meus movimentos aos de Gaara.

"Chega!" O ruivo parou de dançar.

"Cansou, Demo?" Provoquei, dando pausa na música. "Esperava mais de você."

"Já fui humilhado demais por hoje." Falou, divertido. Ele tomou um gole de água e depois jogou a garrafa pra mim. "Quem te viu e quem te vê..."

Sorri, arrogantemente. "Eu sou um arraso! Sei disso."

"Convencida! Isso sim!" Rebateu. Suspirei, cansada, deitando-me no chão. "O que foi?" Perguntou, sentando ao meu lado.

"Só estou pensando..." Eu disse. "Amanhã é o dia da viagem."

"Vocês já conseguiram o dinheiro das outras duas passagens?"

"Sim." Respondi. "Eu e Ino compramos as nossas ontem. Ganhei um bom salário do meu chefinho." Pisquei para o ruivo.

"Eu sou um arraso!" Gaara imitou minha frase.
Rimos.

"Mas sabe... O Sasori passou para a fase de Nova York... Eu meio que estou preocupada com isso." Comentei.

"Sasori, o cara da gangue?" Perguntou.

"Sim."

"O que ele pode fazer, Sakura? Seus amigos terão toda a segurança em Nova York."

"Eu sei... Mas..." Balancei a cabeça. "Eu tive um pressentimento tão ruim quando o Shikamaru disse que ele tinha sido aprovado. Na boa... Eu nem sabia que ele tinha algum talento que não fosse maltratar os outros."

"Relaxa, Maluquinha. Pressentimentos são apenas pressentimentos."

"Espero que você esteja certo." Disse. "Acho melhor você me deixar em casa. Está tarde."

"Ok. Vamos lá." Falou, levantando-se.
Gaara estendeu a mão para me ajudar. Aceitei de bom grado.

O dia havia passado muito rápido. Na verdade, sempre era assim quando eu estava com Gaara. O tempo, de alguma forma, voava.

Meus amigos, claro, não sabiam que eu gastava meu tempo com o ruivo. Eles achavam que eu trabalhava de garçonete em um restaurante no centro da cidade.

Todo dia eu ia para a esquina da casa do pai de Neji às 13 horas, encontrava-me com Gaara e vínhamos para o estúdio de dança, onde ficávamos até 20 horas. E então, ele me deixava em casa, logo depois.

Gaara me pagava um bom salário por semana. Ele queria dar mais, só que eu achava que ele já estava fazendo muito mais que o necessário.

Às vezes eu até me sentia culpada pelo fato de meus amigos estarem todos realmente trabalhando, enquanto eu me divertia com Gaara. Por isso quem cuidava da limpeza e organização do estúdio de dança era eu. Não que eu tivesse que fazer muito, mas pelo menos era alguma coisa.

A dança era meu novo hobbie favorito no mundo inteiro. E eu levava jeito! Pegava as coreografias bem rápido e, segundo Gaara, eu tinha meus movimentos próprios e característicos.

Como consequência de todo esse gasto energético, eu estava consideravelmente mais magra.

Sentia-me bem. Estava de bem com o meu corpo. Nunca pensei que emagrecer fosse me deixar mais confiante.

Mas deixou.

*

*

*

"Demorou, Sakura." Ino disse, assim que cheguei na casa que dividíamos.

Percebi que já estavam todos em casa.

"Pois é... Último dia de trabalho... Sabe como é." Inventei uma desculpa.

"Uhum." Ino assentiu, sem dar importância.

"Amanhã é o grande dia da viagem!" Pulei, animada.

"Só você para ter pique depois de um dia intenso de trabalho." Ino resmungou.

Culpa. Eu me sentia tão culpada.

Devia ter arrumado um emprego de verdade. Mas não podia quebrar minha promessa a Gaara.

Merda!

A quem eu queria enganar?

Preferia mil vezes estar com ele do que servindo mesas em algum restaurante.

"Arrumem suas malas." Sasuke-kun disse, visivelmente cansado. "Amanhã a gente sai bem cedo."

Meus amigos fizeram o que Sasuke-kun disse, em movimentos lentos.

Eles sabiam o que era trabalhar de verdade. Eu não.

Eu podia passar o dia dançando, mas não chegava nem perto de ficar tão cansada como eles.

Ino, Tenten, Shikamaru e Naruto trabalhavam de vendedores. Hinata era garçonete e Sasuke-kun e Neji trabalhavam em obras, carregando peso.

Eles pareciam tão exaustos.

Suspirei.

Pouco tempo depois, todos já estavam de banho tomado e malas arrumadas. Reunimo-nos em um círculo para jantar.

"Rámen!" Naruto bateu palmas. "Minha comida preferida."

"Agora conta uma novidade." Shikamaru zombou.

Coloquei uma pequena porção.

"A Sakura está querendo voar gente!" Ino falou, rindo. "Olha essa magreza!" A loira passou a mão na minha barriga e eu ri. "Gente! Está chapada!"

"Cadê? Deixa eu ver!" Tenten pulou em cima de mim, tentando levantar minha blusa.

"Sai!" Empurrei-a, rindo.

"Olha! Barriga lisinha." Tenten disse, começando a fazer cócegas em mim.

Gargalhei.

"Para, sua louca!" Tentei falar, em meio à crise de risos.

Finalmente ela parou com as cócegas, voltando sua atenção à comida. "Só estou checando os efeitos dieta-mais-trabalho. Funcionam viu? Está arrasando no corpo, amiga."

"Não estou de dieta." Falei, recuperando o ar.

Ok... Talvez eu estivesse um pouquinho. Mas é que eu estava gostando de emagrecer.

"Você come pouco todos os dias." Ino falou. "Acho legal você emagrecer, mas já está ótimo assim, Sakura. Emagrecer demais não fica bonito."

"Ino está certa. Você está bem assim, Sakura-chan!" Naruto concordou.

"Ok, ok..." Cedi, colocando mais ramén em meu prato. "Vamos comer antes que esfrie." Finalizei a conversa.

*

*

*

"Está ansioso?" Perguntei para Sasuke-kun.

Ele estava sentado nas escadas que levavam ao andar de baixo, sozinho, enquanto os outros já estavam dormindo.

Sasuke-kun tentou me enxergar no escuro.

Sentei-me ao seu lado.

"Sei lá..." Ele disse. "Estou um pouco nervoso."

"É normal, Sasuke-kun." Falei. "Amanhã a gente vai para um país estranho, rumo à uma nova etapa na sua vida. Tudo bem ficar nervoso."

Sasuke-kun assentiu. "Se nós ficarmos famosos, você irá ajudar a fazer os arranjos das nossas músicas, não é?"

"Se você ainda me quiser por perto, depois da fama..." Sorri. "Mas não acho que seja a minha vocação... Sabe... Produzir música."

"Fala sério, Sakura! Você é incrível!" Suas palavras atingiram meu coração, fazendo-o se acelerar.

"O-obrigada, Sasuke-kun." Disse, tímida.

"Qual o seu sonho?" Ele perguntou.

Pisquei, estática, por um momento. Lembrei-me de minha conversa com Kabuto e de como disse a ele que desejava ter um restaurante algum dia.

"Não sei..." Respondi. Não podia contar-lhe a verdade sobre meu sonho louco. "Talvez fazer gastronomia... Ter um restaurante..."

Vi a silhueta de Sasuke-kun se virar para mim. "Sério? Não imagino você como uma chefe de cozinha."

"Eu levo jeito, sabe!" Sorri.

"É... Você cozinha bem..." Ele parou por um segundo. "Mas é isso mesmo que você quer? Porque às vezes eu sinto como se você escondesse algo o tempo inteiro."

Engoli em seco, com dificuldade.

Que papo era esse?

"Eu não escondo nada, Sasuke-kun."

Ele ficou calado por alguns segundos.

"É estranho pra mim..." Ele disse. "De repente... É como se eu não te conhecesse. Você está... Diferente."

"Diferente...?" Balancei a cabeça. "Eu só perdi uns quilinhos."

"Não..." Olhou-me, profundamente. "É algo no seu jeito de se comportar... De falar... Até mesmo de andar." Ele fez uma pequena pausa. "Você está distante, mas tem um brilho diferente no olhar. Uma luz que eu nunca vi em você antes."

Encarei Sasuke-kun, sem saber o que dizer.

Eu não havia percebido nenhuma mudança significativa em mim. Não alguma que fosse visível.

Eu estava mais confiante. Disso tinha certeza.

Estava... Gostando um pouco mais de mim. Nunca pensei que isso fosse possível.

Mas... Meu comportamento estava diferente? Eu não me via agindo diferente...

"Sasuke-kun..." Comecei. "Acho que é apenas impressão sua."

Ele suspirou. "Nós somos amigos, Sakura. O que você esconde... E eu sei que você está escondendo alguma coisa... Sabe... Você pode me contar qualquer coisa."

Aquilo me irritou.

Nós podemos falar sobre qualquer coisa?

A começar pela súbita paixão entre Sasuke-kun e Ino?

Hipocrisia.

"Não é como se eu escondesse algo." Virei o rosto, tentando controlar minha irritação. "Mas todo mundo tem segredos."

"A Sakura que eu conheço nunca teve segredos comigo."

Oh! Como você não tem ideia do que fala!

Forcei um sorriso, voltando a olhá-lo. "Pois é. Nunca tive. Continuo não tendo."

"Essa conversa não vai nos levar a lugar algum." Sasuke-kun balançou a cabeça. "Vamos dormir." E então, ele se levantou e passou a mão, suavemente, no topo de minha cabeça. "Boa noite, Sakura."

Observei-o em seu caminho até o futon.

Por um momento, apenas continuei sentada ali, perguntando-me em que parte Sasuke-kun havia começado a desconfiar dos segredos que eu não lhe mostrava.

*

*

*

Finalmente.

Nova York, aqui estamos!

"Nossa! Achei que aquele vôo nunca iria acabar!" Naruto resmungou, enquanto saíamos do estabelecimento de câmbio monetário do aeroporto.

Tivemos que trocar nossos ienes por dólares.

"Ninguém merece treze horas de vôo!" Ino concordou.

"O importante é que a gente chegou." Neji disse.

"Eu não sabia que esse lugar era tão frio." Naruto falou, vestindo um casaco.

"Bom... É inverno." Shikamaru deu de ombros.

E que inverno! Acho que teria que arranjar um mega cobertor e usá-lo em todos os lugares.

Suspirei, cansada.

Assim que pegamos nossas bagagens, dirigimo-nos à saída do aeroporto, onde a produção do Soul Talent esperava os participantes e seus acompanhantes em vans pretas.

Havia um considerável número de japoneses no lugar. Talvez uns quarenta. Eu só não sabia dizer quantos eram participantes e quantos eram acompanhantes.

Sabia, no entanto, que muitos outros se juntariam a esse número. Afinal, foram feitas audições no mundo inteiro.

"Nós devemos ser um dos últimos aviões a chegar." Ino cochichou em meu ouvido.

"Provavelmente." Respondi. "O Japão fica bem longe de Nova York."

Para meu desgosto, avistei Sasori aproximando-se do nosso grupo.

Ao meu lado, senti Ino se encolher e agarrar meu braço.

Claro. Depois do que ele tentara fazer a ela, ninguém podia culpá-la por ter medo. Mas tentei agir naturalmente, já que ela não sabia que eu tinha conhecimento do ocorrido.

"Mas que surpresa agradável!" Sasori falou, irônico. Eu quase podia ver o veneno saindo daquela boca de cobra dele.

"Vaza daqui, cara." Tenten deu um passo a frente, estufando o peito.

"Calma aí, gatinha." Ele deu um pequeno sorriso. Sorriso de cobra. "Só vim dizer oi."

"Já disse." Shikamaru praticamente rosnou. "Agora vaza."

"Ninguém educou vocês não?" Sasori cruzou os braços. "Não é assim que se cumprimenta velhos amigos."

"Amigo de cobras!" Falei, com raiva. "Você só é amigos de cobras!"

Sasori me olhou de cima a baixo. "Sakurinha! Olha pra você... Está magra!" O imbecil riu. "Isso é uma tentativa de competir com a Ino?"

"Vai se fuder!" Rosnei.

Sasori gargalhou. "Não precisa ficar tão chateada. Eu sempre te achei gatinha. Poderia até te dar uma chance, mas meu coração ainda é da Ino." O Akasuna piscou para minha amiga, que apertou meu braço mais forte.

A raiva que eu tinha dele, se possível aumentou. Soltei-me de Ino e dei um passo a frente, encarando-o de cabeça erguida e com ódio. "Um lixo como você não tem coração."

O brilho nos olhos de Sasori mudou. Ficou... Perigoso.

O Akasuna surpreendeu-me e agarrou meu rosto com força, se aproximando de mim. "O que disse, vadia?"

Sasuke-kun não demorou a puxar o braço de Sasori, libertando-me de sua pressão. "Não ouse tocá-la nunca mais." Sibilou, ameaçadoramente.

Ino veio ao meu amparo, enquanto eu segurava minha mandíbula dolorida.

Sasori riu zombeteiro. "Caso contrário, fará o quê?"

Sasuke-kun manteve a pose. "Hoje a sua gangue não está com você. Acho melhor tomar cuidado com o que faz e diz." O moreno disse, em tom ameaçador.

Sasori ficou sério, aproximando-se perigosamente de Sasuke-kun. Eu podia sentir as faíscas saindo de seus olhos. "Você se acha tão foda, não é?"

"Não sou eu que me cerco de bandidos, fazendo-os de guarda-costas e andando por aí como se fosse algum tipo de rei." O moreno respondeu.

Sasori apertou o maxilar. A próxima coisa que eu vi foi o empurrão que ele deu em Sasuke-kun, que chocou-se comigo e Ino, já que estávamos atrás dele.

Sasuke-kun só não caiu por que o amparamos.

Ele endireitou-se, cheio de fúria, partindo, em seguida, para cima de Sasori, socando-o e fazendo-o cair no chão.

As pessoas ao nosso redor se agitaram.

Sasori levantou, com ira palpável e revidou o soco em Sasuke-kun.

Os dois, então, atracaram-se, trocando chutes e murros.

"Parem!" Eu e Ino gritamos, juntas.

Neji, Shikamaru e Naruto se aproximaram tentando parar a briga.

Mas não era isso que a platéia que assistia à briga queria. Os incentivos vinham de todos os lados. Estavam gostando do espetáculo.

Sasuke-kun derrubou Sasori e ficou por cima, socando-o sem pena.

Finalmente, Neji conseguiu agarrá-lo por trás, puxando-o para longe de Sasori.

O Akasuna ainda tentou avançar no Uchiha novamente, mas foi segurado por Naruto e Shikamaru.

"Soltem-me!" Gritou, furioso, debatendo-se. Seu rosto estava bem machucado, com a boca cortada e o nariz sangrando. "Eu vou acabar com a raça desse filho da puta!"

"PAREM IMEDIATAMENTE COM ISSO!" Um homem de meia idade e expressão ranzinza gritou, em inglês, tão alto que sua voz se sobressaiu sobre todas as outras, chamando a atenção até de Sasori, que parou de tentar se soltar. "Isso é totalmente inadmissível em um concurso como Soul Talent! O que são essas pessoas? Animais?"

"Calma, George!" Uma garota jovem, loira, usando um penteado exótico de quatro coques e com olhos verde-escuro, falou, em inglês, mesmo que seus traços fossem japoneses. Ela me parecia familiar. Como se eu já tivesse a visto em algum lugar.

"Calma porra nenhuma, Temari!" O tal George continuou. Que estranho... Até mesmo o nome dela me soou familiar. "Eu quero esses moleques fora do concurso!"

A surpresa foi geral. Shikamaru e Naruto soltaram Sasori, em choque.

"Não..." Sussurrei, com meu coração se apertando.

"Não precisamos ser tão radicais, George!" A loira disse, tentado acalmá-lo.

"Claro que precisamos! Eles quebraram a regra número um do concurso: sem violência."

"Mas, George... Ainda não está valendo. Eles ainda não conhecem as regras." Defendeu. E antes que ele falasse mais alguma coisa, ela continuou, virando-se para todos e falando em japonês."Bom... Meu nome é Temari e eu sou uma das tradutoras japonês-inglês do concurso. Vocês podem vir falar comigo sobre qualquer assunto relacionado ao concurso. Agora...Vamos esquecer isso aqui e ir para o hotel. Lá vocês saberão das regras e de como procederá a primeira fase." Ela bateu palmas. "Vamos! Entrem nas vans."

O homem ao seu lado bufou, irritado.

As pessoas começaram a se dividir nos automóveis.

Eu e Ino, tecnicamente, não éramos acompanhantes de ninguém ali, no entanto, não fomos barradas de entrar na van. Na verdade... Passamos despercebidas.

Sasori, felizmente, entrou em uma van diferente da nossa.

Ele e Sasuke-kun já tinham se agredido várias vezes. Mas eu odiava cada um delas.

Sentei ao seu lado, na van. Ele tentava limpar o sangue do nariz com seu casaco.

"Deixa que eu te ajudo." Falei.

Sasuke-kun apenas se virou para mim. Era sempre assim. Toda vez que ele se metia em brigas, era eu quem ajudava a cuidar de seus machucados.

Peguei uma toalha pequena que sempre carregava na bolsa e segurei em seu queixo, com cuidado, limpando o sangue em seu nariz.

"Dói?" Perguntei.

"Hn." Deu de ombros.

Esse era o sim que Sasuke-kun dava, quando sua vontade era dizer não.

Molhei a toalha no com o que restava na garrafa de água, e voltei a limpá-lo, tirando as marcas de sangue.

O supercílio dele estava um pouco cortado.

Quando passei a toalha no ferimento, senti Sasuke-kun tremer, mas não emitiu nenhum som.

"Se doer muito, pode dizer." Tentei ser mais delicada com minha tarefa.

Após alguns segundos de silêncio, ele perguntou, de repente: "Sabia que seus olhos têm pontinhos em vários tons de verde?"

"Hum?" Olhei em seus olhos.

Perdi o ar ao notar seu rosto tão perto do meu.

Meu coração bateu como louco.

Eu não havia percebido a nossa proximidade até aquele instante.

"A vida é tão injusta." Ele disse, olhando-me profundamente. "Queria tanto ter olhos verdes iguais aos seus..."

Provavelmente Sasuke-kun percebeu que minhas mãos, em seu rosto, estremeceram.

Ele sorriu de lado. "Obrigado, Sakura."

E então, afastou-se de mim, virando-se para olhar pela janela da van.

Minhas mãos caíram pesadas em meu colo.

Passei o resto do caminho tentando fazê-las parar de tremer. Tentando acalmar o ritmo frenético em meu coração.

Uchiha Sasuke, definitivamente, não sabia o efeito que tinha sobre mim.

*

*

*

Ok... Isso era um problema.

"O que nós vamos fazer, Sakura?" Ino sussurrou em meu ouvido.

Eu não fazia ideia.

O plano era que eu e Ino pagássemos nossas próprias despesas de hospedagem com o dinheiro que todos nós tínhamos juntado trabalhando. Plano esse, que se provara impossível.

O hotel para qual fomos trazidos era do tipo cinco estrelas. Tão luxuoso e enorme que me fez prender a respiração.

"Vamos ter que procurar outro lugar pra ficar." Constatei.

"Eu acho que todo o dinheiro que temos não paga nem duas noites aqui." Shikamaru falou, preocupado.

"Não paga nem sequer uma." Neji corrigiu.

A tal Temari chamou a atenção de todos no lobby do hotel. "Vocês precisam fazer o check in." Ela disse, em japonês. "Descansem um pouco e reúnam-se na sala de eventos daqui a duas horas. Apenas os participantes devem ir. Os acompanhantes devem permanecer fora do salão."

Ino se virou para mim. "E agora?" Perguntou.
Olhei para meus amigos. Eles estavam perdidos, sem saber o que fazer.

"Vão fazer o check in." Eu disse. "Fiquem com nossas malas. Eu e Ino iremos procurar um lugar para ficar."

"Mas, Sakura..." Tenten começou.

"Não tem outro jeito." Interrompi-a. "Vão. Nós vamos procurar um local barato."

Ino assentiu. "Sim. Vamos, Sakura." Puxou-me antes que alguém falasse mais alguma coisa.

Deixamos nossas malas com eles e saímos do hotel.

Eu só esperava que achássemos um lugar perto, o mais rápido possível.

*

*

*

POV: Akasuna no Sasori

Por pouco aquele viado Uchiha não tinha quebrado meu nariz.

Desgraçado!

Nos últimos tempos eu havia notado os olhares dele para Ino.

Filho da puta. Se ele pensava que iria roubá-la de mim, estava muito enganado.

Ela é minha. De mais ninguém.

Minha.

O Uchiha que ficasse com a cachorrinha de cabelos rosa dele.

Credo! Oh menininha estúpida.

Sério... Ela era tão boba e irritante que eu quase — quase — tinha pena dela.

Até que era bonita... Mas sua personalidade imbecil estragava tudo.

Sakura era exatamente como uma cachorrinha. Bastava o Uchiha aparecer para ela abanar o rabo. Se ele a pedisse para comer merda, ela obedeceria sorrindo.

Submissa, infantil e tola. Não tinha absolutamente nada de bom naquela garota. Apesar de eu ter ficado surpreso com o fogo que vi em seus olhos quando ela me enfrentou.

Mas ainda assim, ela era completamente diferente de Ino.

A minha loirinha era exuberante. Não só na beleza... Em tudo.

Ino tinha a personalidade explosiva, usando-a como arma cada vez que alguém ofendia suas amigas. Nunca abaixava a cabeça para ninguém. Nunca aceitava ser rebaixada.

Isso sem contar que ela é gostosa pra caralho.

Cara... Eu a teria em minha cama. Eu a comeria até enjoar.

Não importava o que eu tivesse que fazer para conseguí-la.

Mas no momento, eu só precisava acabar com a raça daquele Uchiha metido.

Droga! Se ao menos eu tivesse trazido algum dos caras comigo...

Mas já foi difícil o suficiente sair fugido de Konoha, falsificando a assinatura de minha mãe. Trazer alguém só iria complicar tudo.

Suspirei.

Já estava quase na hora da reunião no salão de eventos.

Eu estava deitado, quando ouvi alguém bater em meu quarto.

Mal pude acreditar quando olhei pelo olho-mágico.

Abri a porta, rapidamente. "Roger!" Falei, surpreso.

"Irmão!" Respondeu, jogando seus braços ao meu redor.

"Larga, viado!" Disse, rindo. Estava feliz por vê-lo. E surpreso. "O que faz aqui?" Perguntei em inglês, dando espaço para que ele entrasse no quarto.

"Eu estou trabalhando de segurança para o Soul Talent." Disse, jogando-se em minha cama. "Caralho! Eu sempre soube que seu talento te levaria longe, mas confesso que quase caí para trás quando te vi no lobby. Só agora consegui uma folga pra vir te ver."

"Você de segurança?" Gargalhei. "Resolveu tomar jeito na vida?" Zombei.

"Meu irmão conseguiu esse emprego pra mim e alguns amigos. Ele é o chefe de segurança. Os caras pagam bem." Explicou. "Mas parece que você vai precisar de proteção mesmo. Quem foi que te deu uma surra?" Zombou.

"Eu não levei surra nenhuma." Rosnei, irritando-me.

Foi quando uma ideia me surgiu.

Roger era um cara de cabelos castanho-escuro e olhos quase violetas. Bem forte e alto. Trabalhos de segurança combinavam com ele. E eu estava começando a achar que tudo conspirava ao meu favor.

Nós éramos como irmãos. Conheci-o há três anos, quando vim pela primeira vez a Nova York, acompanhando Deidara em suas férias.

Deidara tem família rica, e bancou todas as despesas da viagem.

Foi ele quem me apresentou a Roger. Os dois eram amigos de festas e rachas.

Depois que Deidara e eu voltamos para Konoha, meu contato com Roger foi apenas virtual.

Mas nós ainda éramos irmãos jurados. E eu sabia que ele aceitaria me ajudar em uma pequena vingança.

"Ei, irmão..." Comecei. "Você me ajudaria a me vingar de uma pessoa?"

Roger sorriu, maldosamente. "É só falar quem é a vítima."

*

*

*

O salão estava lotado.

Roger havia me dito que o hotel todo havia sido reservado para os participantes do Soul Talent.

Eu apostava que deveria ter mais de mil pessoas no recinto. Pessoas com traços diferentes, de todos os cantos do mundo.

Mas eles não me venceriam. Eu era o melhor de todos. Disso tinha certeza.

Logo, Stuart Camp subiu no pequeno palco que ficava de frente para nós. Recebeu aplausos, enquanto pegava o microfone. Algumas pessoas desconhecidas o acompanhavam. Deles, reconheci apenas a loira que disse se chamar Temari e ser tradutora.

Fala sério! Se o cara não fala inglês, nem deveria se dar ao trabalho de entrar em um concurso de porte internacional.

Agradeci mentalmente Konoha School ter focado em ensinar inglês aos alunos desde que éramos pequenos.

"Sejam todos bem-vindos." Falou, ao público. Ele dirigiu-se, então, às pessoas que o acompanhavam. "A vocês, tradutores, está encarregada a tarefa de passar as informações a quem não entende inglês." Stuart voltou sua atenção para a gente, novamente. "Vocês receberão uma folha com todas as regras que terão que seguir. Por agora, apenas daremos um aviso."

O cara que tinha quase colocado a mim e ao Uchiha para fora da competição deu um passo a frente, com outro microfone. Não tinha percebido sua presença até aquele momento.

Odiava aquele cara.

Com os olhos, procurei pelos imbecis da Three Pieces.

Encontrei-os em um canto afastado.

Ha! O que é deles está guardado.

Não muito distante deles, avistei Uchiha Sai, de braços cruzados e expressão fechada.

Fiquei surpreso quando soube que ele havia passado na seleção.

Era outro em quem eu tinha que manter o olho. Todo mundo sabia da paixão dele por Ino. Minha Ino.

Mas Sai, não era realmente uma ameaça.

Não me importava muito com ele.

"Olá." O cara falou, chamando minha atenção. "Meu nome é George Simon, e eu sou encarregado da organização do Soul Talent." Vish... É melhor eu tentar agradar esse cara. Comecei mal... Merda! "Sei que a maioria de vocês fez uma longa viagem. Mas amanhã começará a primeira fase da competição."

A multidão bateu palmas, animada. Todos estavam ansiosos. Inclusive eu.

"Nossa equipe de seleção foi o mais rígida possível." Stuart falou. "Ouviu milhões de pessoas ao redor do mundo, e apenas vocês, aqui presentes foram selecionados. No total, tivemos 954 aprovações. Ou seja, de milhões, apenas vocês tiveram o talento necessário para o Soul Talent."

Mais aplausos.

Porra! Sabia que eu era foda. Mas a esse nível? Caralho!

"É muito mais do que a voz, ou dança... Ou qualquer outra dessas coisas." George tomou a palavra. "É sobre o talento que vem de dentro de vocês. É sobre o que os torna especiais. Sintam-se orgulhosos. Se vocês estão aqui, é porque são excelentes e têm grande potencial de serem grandes estrelas."

Eu estava começando a gostar daquele cara.

"Mas tudo tem um lado ruim." Stuart disse. "Mesmo com os esforços de nossa equipe de seleção para trazer apenas os mais talentosos, ainda assim ficamos com um número muito alto de audicionados, se comparado com os indicados. O que significa que iremos fazer grandes cortes até conseguirmos igualar os dois grupos. Muitos de vocês terão que voltar para casa."

A multidão ficou quieta.

Foda-se!

Duvido que tenha alguém aqui melhor do que eu.

"Amanhã o dia será difícil e exaustivo." George falou. "Não há nenhum indicado aqui, apenas audicionados. Para vocês, o concurso começará amanhã. Até agora temos apenas 112 indicados confirmados. Para eles haverá apenas um corte, onde os 50 mais votados pelo público avançarão na competição. Eu sinto dizer que será o mesmo para vocês. Dos 954, apenas 50 avançarão."

A indignação foi geral.

Que porra era essa?!

Eles iriam chutar 904 pessoas de uma vez?!

Isso é o cúmulo da injustiça!

Essas porras de indicados estavam sendo favorecidos desde o início!

Os gritos de protesto eram gerais.

"Acalmem-se!" Stuart pediu. "Tenham calma! Você terão inicialmente mais espaço que os indicados." Com o que ele disse, a multidão passou a escutá-lo. "Vocês se apresentarão quatro vezes em quatro dias, enquanto os indicados só se apresentarão uma vez, no quinto dia."

Isso era bom. Iríamos aparecer três vezes a mais que os indicados. Tínhamos quatro chance de impressionar o público, enquanto os indicados teriam apenas uma.

"No primeiro dia, vocês estarão praticamente o dia todo na televisão, ao vivo." George disse. "Cada um terá a chance de se apresentar. A banda estará à disposição de vocês. O público votará através do Twitter e pelo site oficial do concurso, ao final das apresentações. À noite, após os votos serem contabilizados, os 500 mais votados avançarão para o segundo dia."

"No segundo dia, será o mesmo esquema." Stuart continuou. "Vocês se apresentarão e os 250 mais votados continuarão na competição. No terceiro dia, apenas 100 serão aprovados para o quarto dia, que definirá o top 50 audicionados."

"É isso." George falou. "Estejam todos prontos às 8 da manhã. Vans estarão à sua espera para os levarem até o lugar da competição. Escolham bem suas músicas e boa sorte."

E então eles saíram do palco, com aplausos dos participantes.

Pouco a pouco, a multidão foi se dispersando, inclusive os garotos nojentos da Three Pieces.

Procurei Roger.

Estava na hora de por o plano em prática.

*

*

*

"Conseguiu a parada?" Perguntei.

"Está na mão." Roger respondeu. "Foi fácil. Arranjei com uns parceiros."

"Perfeito." Sorri. "Já descobriu o quarto deles?"

"Sim. Quartos 3201 e 3202." Ele disse. "Ficaram quatro meninos em um quarto e duas meninas em outro."

"Duas?" Estranhei. "Não... São quatro."

"Não, cara." Roger negou. "Só tem duas. Uma de cabelo castanho e outra com o cabelo meio azulado."

Ué... E Sakura e Ino?

Se bem que... Fazia sentido.

A Three Pieces eram três, ou seja... Três acompanhantes.

Para onde teriam ido as outras duas?

Merda... Não podia me preocupar com isso agora.

"Ok... Vamos continuar com o plano assim mesmo." Falei.

"Eu já conversei com o cozinheiro." Roger contou. "Fiquei devendo um favor a ele, mas o cara me garantiu que assim que tivesse algum pedido para os quartos 3201 e 3202 ele me avisaria."

"Beleza." Assenti. "Mas esse sonífero é forte o suficiente?"

"Vão pagar de Bela Adormecida até amanhã à noite." Respondeu, com um sorriso sombrio.

Cara! Eu estava adorando isso!

*

*

*

Eu estava puto!

Na folha com as instruções dizia que os participantes estariam confinados aqui dentro do hotel.

Inclusive sem internet e celular!

Segundo eles era para evitar qualquer comunicação dos indicados com os artistas que os indicaram.

Era justo... Mas ainda assim eu estava puto!

Assim que eles formassem o top 50 audicionados, eu teria que entregar meu celular.

Porra! Que saco!

Interrompendo meus pensamentos, Roger entrou como um furacão no meu quarto.

"Está feito, cara!" Ele disse sorrindo. "Coloquei sonífero na bebida de todos! Mas o melhor você não sabe!"

"Fala logo, caralho!" Falei, ansioso.

"Estavam todos juntos! Pediram comida para seis no mesmo quarto!" Contou, animado.

"Porra!" Ri.

Caralho! Eu estava tão animado para isso.

Já podia contar com a Three Pieces fora da competição! Eles perderiam o primeiro corte!

Mas então eu lembrei...

"Roger." Chamei, em tom sério. Ele me olhou. "E as outras duas? E se elas chegarem aqui e perceberem algo errado?"

"Relaxa, Sasori." Ele disse. "Vocês estão aqui dentro confinados. Nós da segurança servimos para isso. Para manter o contato de vocês com o exterior o menor possível, e manter pessoas incômodas afastadas."

Beleza.

Senti-me mais relaxado e seguro.

E feliz.

Porque a Three Pieces estava fodida.

*

*

*

POV: Hyuuga Neji

A comida finalmente havia chegado.

Naruto atacou o primeiro sanduíche que encontrou.

Comidas americanas eram tão... Gordurosas.

Bem diferentes das que tínhamos no Japão.

"Esse é o melhor sanduíche da vida!" Naruto falou, de boca cheia.

"Fecha a boca, Dobe." Sasuke falou.

Naruto apenas o ignorou, tomando seu refrigerante.

"Neji." Minha prima, Hinata, chamou. "Eu estou preocupada com as meninas."

É... Eu também.

"Elas vão ficar bem." Falei tentando confortá-la.

Ino e Sakura saíram à procura de um lugar para ficar.

Depois de uma tarde quase inteira de buscas, elas voltaram para pegar as malas, dizendo que acharam um lugar barato.

O foda foi que elas foram impedidas de subir.

Ino nos ligou e tivemos que dar as bagagens para os seguranças as entregarem.

Aparentemente, o confinamento já tinha começado.

Todos estávamos nos sentindo mal por elas.

Não era justo. Ino e Sakura estavam nessa com a gente. Elas deveriam estar aqui.

Por telefone, Sakura garantiu que as duas iam ficar bem e estariam torcendo para a 3P. Mas ainda assim...

Suspirei.

Não adiantava pensar nisso agora. Nós ainda tínhamos que pensar na apresentação de amanhã.

Se Sakura estivesse aqui as coisas seriam mais fáceis. Ela poderia ajudar na escolha da música.

Havia certa genialidade nela. Musicalmente falando. E um certo mistério também.

A primeira vez que eu percebi que havia algo estranho envolvendo Sakura, foi quando Sabaku no Gaara praticamente pirou quando teve o lugar ao lado dela tomado por Sasuke.

Nossos amigos riram quando eu apresentei a possibilidade de ele ter se irritado com Sasuke por causa dela.

Mas, honestamente... Pelo que mais seria?

O cara chamou meu amigo de tapado, disse que não gostava dele. E ainda... Que garantiria que ele perderia 'a jóia mais preciosa do mundo'.

Fala sério.

O cara praticamente fez uma declaração para Sakura na frente de todos.

Como eu era o único a perceber?

Por que todos achavam tão surreal a ideia de Sabaku no Gaara estar interessado em Sakura?

Eu nunca havia prestado muito atenção em Sakura, mas ela tinha seus encantos.

No fundo, eu sempre a achei muito forte.

Sakura perdeu o pai quando tinha apenas doze anos, e desde então, teve que se virar praticamente sozinha, suportando o desprezo da mãe.

E mesmo assim, mantinha um sorriso do rosto.

Por mais que — talvez — ela pudesse estar fingindo algumas vezes, era preciso ser muito forte para conseguir tal feito.

Sakura não era boba como todos pensavam.

Ela era, na verdade, bem impressionante.

Quem sabe, o Sabaku tenha percebido isso.

Eles estavam saindo juntos. Disso eu sabia.

Mas não faço ideia do nível de relacionamento deles.

Podem ser só amigos... Ou mais que isso.

Seja o que for... Ele faz bem a ela.

Ultimamente Sakura tem estado mais... Vivaz. E confiante, também. Desconfio que ela não perceba, mas sua confiança está irradiando de seu ser.

É como uma nova Sakura.

Fico feliz por ela.

Eu estive preocupado por um tempo.

Sufocado com o segredo de Ino e Sasuke e querendo contar a Sakura. Mas não podia. Não é assunto meu.

Eles estavam apaixonados.

Em vez de todo esse drama de que não podem ficar juntos por causa da Sakura, deveriam ser sinceros e contar-lhe de uma vez o que sentem um pelo outro.

Não é como se ela não pudesse suportar. Sakura já aguentou coisa muito pior na vida.

Sem contar o fato de que ela já sabia.

Confirmei isso no dia da audição.

Ela sabia.

E não havia feito nada a respeito. Apenas sofrido calada.

Sim... Sofrido. Eu vi seus olhos tão tristes quando ela me contou que nunca viveu em uma fantasia.

Só esperava que ela pudesse seguir em frente.

Com o Sabaku... Ou com qualquer outro que a merecesse e a fizesse feliz.

"Neji... Você está tão pensativo." Tenten falou, tirando-me de meus pensamentos. "Não vai comer?"

"Vou sim." Respondi, optando pelas panquecas e o suco de laranja.

A comida americana, apesar de nem um pouco saudável, era deliciosa.

Entre discussões sobre qual música deveríamos cantar, o sono começou a me atingir.

Nossa... Muito sono.

E todos pareciam estar quase dormindo também.

Naruto jogou-se em sua cama. E de lá não se mexeu mais.

Shikamaru já estava apagado quando eu o olhei.

Sasuke continuava acordado, mas bocejando muito.

Eu comecei a me sentir meio dopado.

Isso não era normal.

Hinata bocejou. "Acho melhor a gente voltar para o nosso quarto, Tenten." Falou. Mas não ouve resposta.

Tenten também já dormia, apoiada de mal jeito em um das poltronas do quarto.

Hinata não demorou a cair para trás. No chão mesmo.

Tentei ir até ela, mas minha cabeça girou.

"Que merda é essa?" Sasuke sussurrou, em tom grogue.

"Tinha alguma coisa na comida." Constatei. Aquilo não era normal.

"Ou na bebida." Sasuke disse, fechando os olhos e se entregando ao sono.

Eu tentei lutar.

Mas aquilo — fosse o que fosse — era mais forte do que eu.

Antes que eu pudesse pensar claramente, apaguei.

*

*

*

POV: Haruno Sakura

"Tem algo errado." Disse à Ino.

"Também estou achando." A loira respondeu.

"Não é de hoje que eu estou com um pressentimento ruim." Contei. "E até agora os meninos ainda não apareceram... Tem algo errado. Eu estou sentindo."

Ino passou a mão nos cabelos, nervosa. "Eu já tentei ligar. Mas ninguém atende! Nin-guém!"

Merda!

O que estava acontecendo afinal?
O concurso já estava sendo exibido na televisão e internet.

Ryan Seacrest foi escolhido como o apresentador. Ele sempre fazia um bom trabalho. Super carismático.

Muitas pessoas já haviam se apresentado para o público e jurados — os quatro faziam comentários após as performances —, e as câmeras já tinham feito um giro de 360 graus mostrando rapidamente todos os concorrentes. Meus olhos atentos haviam visto Sasori e Sai de relance. Mas nenhum sinal dos meninos da 3P.

E o pior é que ninguém atendia o celular. Nem mesmo Hinata e Tenten.

Fora o pressentimento que eu tinha...

"Tem algo realmente errado." Falei. "Vamos até o hotel!"

Ino concordou e rapidamente nos aprontamos para sair.

O lugar que tínhamos arranjado ficava um pouco longe de onde nossos amigos estavam, mas o metrô nos deixaria praticamente na porta do hotel deles.

O único problema do lugar, é que não era completamente mobiliado. Era um espaço apertado, com um banheiro, um colchão e uma televisão.

Só.

Era inverno em Nova York e fazia frio. Acho que agora eu entendi por que a proprietária pediu desculpas por não ter aquecedor.

É. Algo para manter esse lugar mais quentinho não ia fazer mal.

Eu e Ino tivemos que passar a noite anterior com várias camadas de roupa e bem embrulhadas.

Mas pelo menos era um lugar barato.

*

*

*

"Por favor, moça!" Ino tentou argumentar, pela milésima vez. "Nós só queremos saber se nossos amigos estão no quarto!"

"Desculpe. Mas eu não posso deixar vocês subirem." A recepcionista repetiu o que já tinha dito inúmeras vezes.

Ino bufou, irritada.

"E se eles estiverem mortos?" Ela dramatizou. "Você vai se responsabilizar por isso?"

"Senhorita... Eles devem estar no concurso." Respondeu.

"Não estão!" Ino bateu a mão no balcão. "Eles não estão lá!"

Suspirei.

Se a situação não fosse tão preocupante, eu teria rido do sotaque que Ino tinha quando falava em inglês.

"Ino. É inútil..." Comecei.

"INÚTIL PORRA NENHUMA!" Gritou. "Eu quero subir para ver meus amigos!"

Meu Deus! Como Ino adorava um escândalo.

Eu já estava pensando em uma estratégia de tentar subir escondida, mas ela estava arruinando todas as chances que tínhamos de passar despercebidas.

"O que está acontecendo aqui?" Ouvimos alguém perguntar. Ao me virar, deparei-me com Temari, a loira de quatro coques.

"Eu quero subir pra ver se meus amigos estão aqui e essa recepcionista dos infernos não está deixando!" Ino falou, completamente zangada.

"Seus amigos devem estar no concurso." A loira disse, calma. Seu olhar me analisou.

De onde eu a conhecia?

"Não estão!" Ino rebateu. "Se estivessem eu já teria os visto."

"Bom... Então não custa nada dar uma checada, não é mesmo?" Temari piscou um olho. A recepcionista se remexeu incomodada, mas não disse nada. "Qual o quarto de seus amigos?"

Eu e Ino respiramos aliviadas. "3201 e 3202." Respondi.

"Certo." Ela assentiu. "Vamos lá, Sakura."

Ela virou as costas, fazendo um sinal para que a seguíssemos.

Mas espera...

"Como você sabe meu nome?" Perguntei.

Temari olhou para mim, por um segundo. "Você disse."

"Não." Neguei. "Não disse."

"Disse sim." Ela insistiu.

Quando eu havia dito?

Eu havia dito?

"Ino." Chamei. "Eu disse o meu nome para ela?"

"Sei lá, Sakura." Respondeu, sem prestar muito atenção. "Acho que sim."

Ué... Eu não lembrava de ter dito meu nome.

Deixa para lá. É besteira. Só o que importa agora é encontrar nossos amigos.

Assim que chegamos ao elevador, um cara de cabelos castanho, alto e forte nos parou.

"Vocês não podem subir." Ele disse.

Temari olhou para ele, indignada. "É claro que podemos."

"Ordens superiores." O cara falou. "Ninguém sobe."

"Como é?" Temari bufou. "Sai da minha frente Roger, ou vai ser pior para você!"

"Eu não me importo com quem você é na vida." O tal Roger disse. "Mas aqui, nesse concurso, você é apenas uma tradutora. E eu sou um segurança com ordens de não deixar ninguém subir."

As narinas de Temari inflaram. Mas ela apenas se virou, cruzando os braços. "Sinto muito, meninas. Não há muito que eu possa fazer."

Ino e eu suspiramos, decepcionadas. Pude ver um sorrisinho de vitória em Roger e aquilo fez eu odiá-lo.

"Vocês podem vir comigo para o restaurante." Temari falou. "Tem um pessoal assistindo ao concurso por lá. Quem sabe vocês não acabam vendo os amigos de vocês na TV?"

Como não tínhamos muita opção, Ino e resolvemos ir com ela.

"Você não deveria estar no local do concurso?" Perguntei.

"Sim, mas eu tive alguns problemas e não pude ir." Respondeu, sentando-se em uma mesa. Eu e Ino a acompanhamos.

"E quem fará as traduções para os japoneses?" Ino questionou.

"Minha amiga Karin também é tradutora. Ela vai segurar as pontas para mim." Respondeu. "Os seus amigos formam uma banda?"

"Alguns deles." Respondi. "Eles são a Three Pieces. Mas a gente abrevia para 3P."

Temari assentiu. E então, perguntou em tom alto e em inglês: "Alguma Three Pieces ou 3P já se apresentou?"

O restaurante não estava lotado, mas todos os presentes no recinto negaram.

"Droga..." Ino sussurrou.

"Pergunta sobre Sai e Sasori." Pedi.

"Algum Sai ou Sasori já se apresentou?" Ela perguntou.

"Sim! Os dois!" Uma mulher de óculos respondeu. "São fenomenais! Avançam pro segundo dia com toda a certeza."

Arregalei meus olhos, um pouco surpresa.

Queria ter visto a apresentação de Sai. E fiquei feliz por ele.

Mas Sasori...

Merda!

Até agora eu ainda não engoli o fato de ele ter talento. Sei nem se queria ter visto a apresentação. Melhor não ter visto mesmo. Assim eu não me roía de raiva.

"Mantenham a calma. Seus amigos devem aparecer a qualquer momento." Temari disse. "Ainda tem muita gente para se apresentar."

E tinha mesmo.

Mas nenhum deles era a 3P.

O desespero tomou conta de mim e Ino, quando Ryan Seacrest anunciou o último concorrente e ele não era a banda de meus amigos.

"Sakura." Ino falou, com lágrimas nos olhos. "O que aconteceu com eles?"

"Não sei..." Respondi, tão perdida e arrasada quanto ela. "Eu não sei."

Meu celular começou a vibrar, em meu bolso.

Peguei-o rapidamente, na esperança de ser algum de meus amigos.

E era!

"O Neji está ligando!" Avisei Ino. Ela me olhou com expectativa. Atendi. "Alô?"

"Sakura! Onde você está?" Neji perguntou, sua voz tinha uma pitada de desespero.

"No restaurante do hotel de vocês!" Respondi.

"Espera aí." Disse. Logo após, ele desligou.

"Acho que eles estão mesmo aqui." Falei.

Não demorou muito até que os víssemos, entrando pela porta do restaurante como um furacão.
"Sakura! Ino!" Tenten chamou. Seus olhos estavam chorosos.

"Galera, o que aconteceu?" Ino perguntou.

"Nós fomos dopados!" Naruto respondeu, furioso.

"O quê?" Perguntei, indignada.

"Não tem outra explicação!" Shikamaru falou. "Nós dormimos até agora. E ontem a gente caiu em um sono profundo, ao mesmo tempo, logo após comermos."

"Isso é muito grave. Vocês tem certeza do que dizem?" Temari se pronunciou.

Shikamaru olhou para ela. "Você tem outra explicação?"

Temari deu de ombros. "Não sei... Por que alguém iria dopá-los?"

"Foi o Sasori!" Sasuke-kun falou. "Eu tenho certeza."

"Eu vou matar aquele filho da puta!" Naruto gritou, socando uma mesa.

"E agora?" Ino perguntou, quase chorando.

"Agora a gente está fora da competição, Ino!" Naruto puxou os cabelos. "Acabou pra gente!"

E então ele chorou, desabando em uma cadeira.

Eu também não pude conter as lágrimas que se formavam em meus olhos e a raiva em meu coração.

Sasuke-kun apertou o ombro de Naruto, tentando apoiá-lo.

Mas eu vi a decepção e tristeza em seu olhar.

E aquilo meio que me quebrou.

*

*

*

À noite o resultado da votação foi revelado.

Sai e Sasori estavam entre os 500 que avançaram para o segundo dia.

Quando os organizadores do concurso retornaram ao hotel, os meninos tentaram conversar com eles. Explicar a situação.

Mas ninguém os escutou.

Pelo contrário. Acusaram-os de irresponsáveis que dormiram demais, perderam o horário e agora queriam inventar que tinham sido dopados.

Em resumo: ninguém acreditou neles.

E ainda fizeram o 'favor' de os enxotarem do hotel.

A realidade era que agora estávamos todos apertados no quartinho que eu e Ino tínhamos alugado, sem dormida suficiente para todos.

Eu, Ino e Hinata nos imprensamos no colchão, enquanto os outros tiveram que ficar no chão. Pelo menos, com tantas pessoas, o calor humano nos aquecia um pouco mais.

O clima entre nós era de um verdadeiro velório.

Estávamos em uma situação difícil.

Isso não havia sido previsto.

Agora, estávamos sem dinheiro, em um país estrangeiro e sem ter como voltar para casa.

Estávamos fodidos.

Mais uma vez, teríamos que trabalhar para ganhar alguma grana.

Todos tinham combinado de procurar emprego no dia seguinte.

No entanto, algo em mim queimava.

Havia um fogo puro incendiando meu coração.

Eu queria vingança.

Aquilo não podia ficar assim.

Sasori não podia vencer.

Eu não o deixaria vencer.

Talvez...

Talvez... Mamãe e Gaara tivessem razão.

Talvez... Eu fosse talentosa o suficiente.

Talvez — e só talvez — eu pudesse mesmo ter uma chance no Soul Talent.

E se desse errado... Ninguém saberia que era eu. Manteria minha verdadeira identidade anônima.

A ideia de estar num palco... De cantar em frente a milhares de pessoas... Era assustadora. Mas também era o sonho que eu nunca me permiti revelar. Meu desejo mais secreto.

Eu não havia cogitado até aquele momento a possibilidade de entrar para valer no concurso.

Eu nunca ficaria no time contrário ao dos meus amigos. Nunca competiria contra eles.

Mas agora...

Agora era diferente.

Eles não estavam no concurso.

Eles foram eliminados da maneira mais injusta possível.

E havia a vaga de indicada que Gaara tanto queria que eu aceitasse.

Segundo as palavras do ruivo, se não for eu, não será mais ninguém.

Mais ninguém.

Gaara não indicaria ninguém além de mim.

Ele também era meu amigo.

Eu me sentia mal por não poder ajudá-lo quando ele me pediu para ser a indicada. Mas tentava pensar pelo o lado de que eu não poderia jamais, sob nenhuma hipótese, ficar contra a 3P.

No entanto, o jogo virou.

Eu seria uma péssima amiga se não ajudasse Gaara, nas atuais circunstâncias.

Mas, sendo sincera... Eu queria.

Eu queria de verdade.

Queria estar em um palco. Queria libertar a minha música em frente a uma grande plateia.

E desejava, desesperadamente, descobrir se era realmente boa. Se tinha a capacidade e o talento.

Eu precisava descobrir.

Mas sabia que não conseguiria fazer isso sendo Sakura.

Então, talvez... Usar a máscara, como Gaara havia sugerido, fosse a melhor opção.

Meu coração batia forte só de imaginar.

Mas... Se eu realmente participasse do concurso... Como eu faria para os outros não descobrirem?

Eu teria que ficar confinada. Longe de meus amigos... De Sasuke-kun... De Gaara.

Oh! O quão atemorizante isso seria?

E como eu os despistaria?

Talvez... Talvez...

O emprego!

Isso!

Se eu inventasse um emprego em que eu não pudesse ficar com meus amigos...

Já sei!

Sorri em meio à escuridão.

Uma empregada.

Uma empregada que tem que dormir na casa dos patrões.

Eles nunca suspeitariam.

Ou... Talvez suspeitassem.

Quem sabe Neji não pudesse me ajudar?

Ele sabia de Gaara. Eu podia dizer que ficaria com Gaara.

Acho que Neji me daria cobertura. Ele era discreto e sabia manter um segredo.

Sem falar que ter um cúmplice sempre dá mais crédito à mentira.

Eu precisava arriscar.

Eu queria arriscar.

Sentia como se todo o jogo sujo do Sasori tivesse se tornado meu combustível.

O combustível que eu precisava pra entrar no Soul Talent.

Eu queria vingança.

Queria cantar.

Queria descobrir o tamanho do meu talento.

Então, eu faria isso.

Por ter a chance de derrotar Sasori.

Por meus amigos.

Por Gaara.

Por mim.

Eu faria isso.

Sim. Eu me tornaria Lümina.


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Notas finais do capítulo

Eu espero, do fundo do meu coração que tenham gostado! Eu não sei se ficou à altura do que eu tinha escrito antes, mas acho q, em meio a toda minha chateação, fiz um bom trabalho. Espero que concordem comigo!

Agora... Eu tenho que falar uma outra coisa pra vcs... Eu realmente não sei se vou conseguir continuar atualizando semanalmente. Eu vou tentar! JURO que vou tentar continuar a postar sempre aos sábados. Mas, entendam... Eu tenho outras coisas na minha vida q não são escrever fic. Eu tenho que estudar... Tenho minhas provas... É final de ano. Vcs sabem como é... Vou tentar escrever um pouco a cada dia pra conseguir chegar no fim de semana com cap novo. Mas se eu não conseguir, por favor não pensem que não foi pq eu quis.

Vou me esforçar e dar o meu melhor.

Infelizmente, não vou poder colocar trecho, pq né... Perdi o q tinha escrito.

Mas, se eu conseguir fazer como antes, no próximo tem a estreia da Sakura no palco.

XOXO ❤️

Ps.: Boa sorte no segundo dia de ENEM de vcs!



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