Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 88
Capítulo 88




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Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade.

Cícero

Rick estava vendo os filhos quando Ally finalmente acordou. Ela se esticou na cama e abriu os olhos. Ally estava um pouco confusa e doloria, mas estava feliz. Ela olhou para o lado e viu os filhos. Carl estava deitado na cama lendo um gibi, enquanto Judith brincava com uma boneca e os bebês estavam deitados ao lado dela. Rick estava mas para o canto da cama lendo alguns papeis. Provavelmente as rotas para os lugares onde eles teriam que ir procurar comida. Quando sentiu a mulher se mexendo na cama, Rick olhou para ela e se aproximou, sorrindo, a ajudando a se sentar.

– Como você está se sentindo? - Rick perguntou tirando o cabelo dela do rosto.

– Dolorida, mas feliz. – ela disse olhando para seu lado na cama onde Carl estava com os bebês e a Judith. – Toda a dor valeu a pena.

– Valeu, mesmo. – Rick disse e olhou para eles.

– Como vamos chamar eles? – Carl perguntou olhando para os pais.

– Bom, temos uma menina e um menino. – Ally disse passando a mão no rosto dos bebês. – Vamos chama-los de Guadalupe e Hershel.

– Belos nomes. – Carl disse e olhou para Judith que tentava pegar a mão da irmã. – Mas ainda o que escolhir é melhor. Mas chocante.

– Claro que é. – Rick disse sorrindo.

– Posso chama-la de Lupita? – Carl perguntou afastando Judith da bebê, já que a menina estava tentado puxa os poucos cabelos da irmã.

– Pode. – Rick disse rindo.

– Rick, posso entrar? – Daryl chamou batendo na porta.

– Pode entrar. – Rick disse pegando o filho no colo.

– Ei, Ally, acordou. – ele disse sorrindo. – Dessa vez você caprichou.

– Daryl, estou pensando em bater no Rick por me fazer ter gêmeos. Mas posso estender a agreção para você também.

– Eu passo. – ele disse passando a mão pelo rosto da bebê que estava no colo da mãe.

– O que queria comigo?

– Arron terminou de revista as casas. Ele disse que tem um berço a alguns metros daqui. Ele quer saber se você vai com a gente.

– Vou. – Rick se levatou e beijou a esposa e os filhos antes de sair.

Ally suspirou e beijou a testa da bebê.

– Carl, você pode chamar Carol para me ajudar com os bebês?

– Vai dá mamar? – ele perguntou olhando para a mãe.

– Sim.

– Certo. Eu vou levar Judith para comer e ficar brincando com ela. Quando for para a escola eu trago ela.

– Obrigada.

Ally olhou para os bebês na cama e suspirou. Sabia que ficaria louca com dois bebês e ainda com Judith, que precisava de tanta anteção. Mas não podia fazer nada. Sabia que Rick, Carl e o resto do grupo iriam ajudar ela, mas mesmo assim estava preocupada e com medo. Dois bebês de uma só vez. E ela com medo do parto. Na família dela não tinham gêmeos pelo que ela sabia, mas na do Rick. Quem pode saber. Afinal, eles nunca falaram sobre isso.

– Posso entrar? – Carol perguntou parada na porta.

– Claro. Preciso de ajudar com eles para dá de mamar. – Ally disse se sentando direito na cama.

Carol sorriu para ela e começou a ajudar Ally. Ela ajudou a mulher segurar os dois bebês e alimentar eles ao mesmo tempo. Ally olhou para os filhos. Mesmo falando que Judith se parecia com Rick quando nasceu, ela sabia que não tinha como saber. Depois dos bebês terem mamado, Ally os colocou na cama e com a ajuda de Carol, tomou um banho. Quando ela saiu do banheiro viu Rick e Daryl colocando algumas caixas no chão.

– Vamos montar o berço o mais rápido que podermos. – Rick disse vendo ela ir para a cama. – Ainda quer me bater?

– Quero. Mas estou melhor.

Rick riu e foi ajudar Daryl

Os dias começaram a passar voando. Ally estava se desdobrando em três, entre cuidar de Judith, Lupita e Herhel. Mesmo com a ajuda dos outros estava sendo difícil. Ela não tinha apenas um bebê. Tinha três. Mas mesmo assim, estava indo bem. Os gêmeos já estavam com um mês e estavam saudáveis e fortes.Ally ainda não podia acreditar que tinha dito dois bebês. Tinha feito ultrassom e ninguém viu nada de anormal. Edwin disse que as vezes um bebê se esconde atrás do outro, mas os dois nasceram com saúde e estavam bem. Mesmo com Rick falando que ela tinha que descansar, ela ajudava em casa. Preparava a comida, ajudava a cuidar das crianças. Ela estava bem e se sentia bem. E isso era o que importava para ela.

– Ei, como estamos? – Carl preguntou se sentando ao lado da mãe.

Ally estava sentada na sala com Judith no colo e os gêmeos em cadeirinhas dormindo. Ela tinha acabado de fazer a comida e estava alimentando a filha, já que os pequenos ainda estavam dormindo.

– Bem. Eles são mais calmos do que ela quando tinha essa idade. E eu agradeço por isso. – Ally disse olhando para o filho rapidamente antes de voltar sua anteção para Judith. – Algo te encomoda?

– Acho que a Sofia está com ciúmes. – ele disse sem jeito. – Ela me viu conversando com a Victoria e está estranha comigo.

– Acho que ela apenas não sabe como lidar com isso. Desde que isso começou você é apenas dela. Sua atenção apenas dela.

– Acho que sim. Acha que devo falar com ela?

– Sim, amor. Por que você acha que seu pai e eu nos damos tão bem? Vivemos conversando um com o outro.

– Tudo bem.

– Carl? – Ally o chamou quando ele estava perto da porta.

– Oi?

– Não pense que não sei o que aconteceu a duas noites. Eu sei. E apenas não falei sobre isso com você por que estou esperando você, vim até mim, quando estiver pronto, sabe onde estou.

Ally não disse mais nada, apenas voltou a alimentar a filha.

Carl olhou para a mãe e saiu de casa. Ele olhou para os muros se perguntando como ela podia saber. Apenas ele e Victoria estavam na sala, não era? Suspirando, ele se sentou no chão e deixou as lembraças invadirem sua mente.

Carl estava sentado no sofá lendo. Ele estava sem sono e como os outros ainda estavam dormindo, ele decidiu ir para a sala para não atrapalhar ninguém. A alguns dias ele não conseguia dormi direito e não sabia o por que disso.

– Oi. – Carl se assutou ao escutar Victoria falando com ela. Ele levantou os olhos e olhou para a garota que estava parada na porta.

– Oi.

– Sem sono? – ela perguntou se aproximando dele.

– Sim. E você?

– Ainda é um pouco difícil para mim dormi. Ainda penso que a qualquer momento alguém ou alguma coisa vai tentar me matar. – ela disse se sentando ao lado dele. – Gibi?

– É. Daryl trouxe para mim. Sempre que algum deles sair, procura algum para mim.

– Por que você não chama ele de tio?

– Bom, ele não gosta disso e ele não é meu tio. – Carl respondeu frichando o gibi.

– Ele não é irmão da sua mãe?

– Não. Eles se adotaram como irmãos quando eles se conheceram. Antes disso começar.

– Seu pai não sentiu ciúmes?

– Não. Eles já eram assim quando os conhecemos.

– O que?

– Ainda não te contaram, não é? – ele perguntou mais para si do que para ela. – Minha mãe não é minha mãe biológica. Eu sou fruto do primeiro casamento do meu pai. Minha mãe se chamava Lori. Meus pais se conheceram depois que isso aconteceu e pouco tempo depois eu adotei minha madastra como mãe. E ela me adotou como filho.

– E sua mãe biológica?

– Ela morreu há alguns meses. Ela passou por coisas difíceis, mas minha mãe me ajudou a superar a perda e me ajuda a manter a lembrança dela acessa. Até um velório ela fez para minha mãe.

– Não é meio confuso chamar as duas de mãe?

– Uma vez eu disse que minha mãe, essa que você conhece, não era realmente minha mãe. Que ela era apenas a esposa do meu pai. Depois que falei aquilo, quis me matar. Eu pode ver no olhar dela como ela ficou ferida, mas ela nunca me disse nada. Nem quando aconteceu, nem depois. Depois daquilo, prometi a mim mesmo que nunca mais a chamaria pelo nome. Acho difícil falar dela, sem a chamar de mãe.

– Como eu disse para seu pai quando o conheci, vocês ainda têm amor. E isso é raro se se ver.

– Minha mãe e meu pai são a maior prova de amor que eu já vi. Eles passaram por tantas coisas em tão pouco tempo e ainda estão juntos. Por causa deles sei que as coisas podem está ruim, mas ficaram apenas péssimas se permitimos que fiquem assim.

– Eu vi o modo com Rick ficou quando disse que ela estava em trabalho de parto. Ele parecia um louco correndo para cá.

– Papai é louco. – Carl disse.

– Você tem um belo sorriso, Carl. Por que não rir mais?

– Minha mãe disse que isso se deve ao fato de sempre guarda as coisas que estou sentindo para mim. Ela é a única pessoa que é capaz de me conseguir fazer falar.

– É. Ela é uma pessoa que podemos confiar.

– Não é bem por isso que ela me faz contar as coisas, mas tá valendo.

– Como não?

– Ela se senta comigo e me obriga a falar. – ele disse dando de ombros.

Eles ficaram em silêncio. Carl estava destraido e não notou quando Victoria se aproximou dele. O menino se assustou quando sentiu os lábios dela nos seus. Victoria se afastou dele e sorriu.

– Boa noite, Carl.

Carl bateu a cabeça na parede e xingou. Ele e Sofia namoravam e ele não teve coragem de contar para ela sobre isso. Não queria machucar a menina. A amava, mas sentia alguma coisa por Victoria que não sabia o que era.

– Carl? – Sofia disse se sentando ao lado dele. – Tudo bem?

– Eu sou uma pessoa horrível. – ele disse sem responder a pergunta dela.

– Por que diz isso?

– Por que sou capaz de machucar a todos que amo.

Sofia não disse nada apenas olhou para seus sapatos. Ela segurou a mão dele e sorriu.

– Victoria me disse sobre o beijo. – Carl levou um susto com a revelação. – Eu conversei com sua mãe e com a minha. Passamos horas e horas falando sobre isso. Carl, se você gosta dela, eu não vou ficar com raiva. Acho que até demorou já que eu sou uma pessoa suja depois do que aconteceu no hospital.

– Nunca mais falei isso. – Carl disse com raiva. – Nunca me ouviu bem? – ele perguntou segurando ela pelos ombros. – O que aconteceu naquele hospital não foi sua culpa, Sofia. Nunca se passou pela minha cabeça que você fosse suja e isso não deve se passar na sua. Para mim não faria a menor diferencia se você tivesse sido estuprada de fato. Eu amo você e nada vai mudar isso. Sei que não estou sendo um bom namorado, sei que estou um pouco confuso com muitas coisas, mas nunca duvidei do que sinto por você e do quão importante você é para mim. Me prometa que você nunca mais vai falar isso sobre você.

– Eu prometo. – ela disse olhando para ele. Essa era a primeira vez que ele falava qua a amava. – Eu te prometo.

– Eu vou conversar com minha mãe. Falar sobre o que estou sentindo. Acho que ela pode me ajudar.

– Tudo bem. – ela disse abraçando ele. – Você sabe que pode ficar com as duas, certo? Se Victoria topa, eu topo.

– O que? – Carl perguntou confuso.

– Não é como se tivesse garotos saltando pelos muros e além de você, tem apenas Ron, e bom, mesmo gostando de você, Victoria é minha amiga e eu prefiro dividir você com ela do que ver ela com Ron. Ele é louco.

– Sofia, Carl, venham comer. – Ally gritou de dentro de casa.

Sofia sorriu para ele e se levantou e entrou deixando Carl confuso.


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