Desmediocrize sua vida. Procure seus “desaparecidos”, resgate seus afetos. Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.”

Martha Medeiros

Rick saiu do estacionamente lentamente. Ele foi até o hospital e parou no estacionamento. Sem presa alguma ela parou e olhou para o prédio a sua frente. Sabia que seria apenas uma quatão de tempo até alguém ir até ele. Enquanto esperava ele apenas conseguia pensar como estava perto de finalmente encontra a esposa. De finalmente a ter em seus braços novamente. Ele respirou fundo e olhou para as janelas tentado adivinha em qual delas sua esposa estava. Como não queriam que todos soubessem que eles estavam ali. Eles estavam usando um lugar mais reservado para ficarem, assim ainda teriam o elemento surpresa caso alguma coisa desse errado.

– Eles estão vindo. – ele escutou a voz de Daryl pelo radio. – Pela direita.

– Já vi. – Rick respondeu olhando para o carro que se aproximava dele. – Fiquem atentos, não sabemos se tem mais deles vindo.

O carro parou na frente dele e os dois policiais desceram com as armas nas mãos. Rick levantou as mãos e se aproximou deles. A cada passo que dava, Rick estudava aqueles homens. Sabia que eles estariam mortos se tentasse alguma coisa, mas mesmo assim não podia se deixar ser pego de suspresa.

– Policiais, estou aqui em uma missão de paz. Na verdade, quero apenas conversa. – ele disse com as mãos para o alto. – Sou Rick Grimes, trabalha como xerife antes disso começar e sei que não querem problemas. Eu também não quero. Tenho uma prosprosta para fazer.

– Largue a arma. – um deles mandou. Rick fez isso e continou olhou olhando para ele. – Qual é a sua prosprosta?

– Eu estou com algumas pessoas do seu grupo. Vocês estão com algumas do meu. – ele disse calmo. – Quero uma troca. Cinco dos meus que estão com vocês por cindo dos seus que estão com a gente.

– Com quem você está?

– Os Oficiais Licari, Lampson, Shapherd, McLenn e o diretor O'Donnell. – Rick respondeu olhando atentamente para ver a reação deles. Eles pareciam surpresos, mas acreditavam no que Rick falava. – Quero trocar ele por Sofia, Beth, Patricia, Felipe e Ally.

– Onde estão os seus homens? – um deles perguntou quando eles escutaram o som de alguns walkers se aproximando.

– Estão perto. – Rick respondeu quando o walker caiu morto no chão. – Falem com sua tenente. Eu espero. Apenas peço que não demorem muito para dá uma resposta, tenho presa em rever minha família.

Os dois policiais se olharam para Rick e entraram no carro. Eles sabiam que não podiam voltar para o hospital e falar isso pessoalmente, então pegaram o rádio. Assim que Dawn respondeu eles começaram a passar para ela o que tinha acontecido. Rick notou quando o motorista saiu do carro e olhou para Rick preocupado.

– Ela pediu dois minutos. Precisa falar com uma pessoa para ter certeza de uma coisa e já dá a resposta.

– Eu espero. – Rick respondeu pegando sua arma.

Ally estava limpando o chão de um dos quartos. Ela sabia que não podia ficar sem trabalha. Isso significava que ela estava pagando a divida que tinha com Dawn e com o pessoal do hospital. Mesmo estando de sete meses e meio, ela continuava trabalhando. Ally cantava baixinho enquanto passava o esfregão no chão e sentia seu bebê mexer. Ele estava agitado nos últimos dias e ela tentava ver isso como uma coisa boa. Como um bom sinal. Ela estava quase terminando quando Dawn entrou furiosa. Ela olhou para a mulher confusa. Não tinha feito nada de errado para deixar Dawn com raiva. Certo, ela bateu em alguns dos policiais e esfaqueou um que passou a mão na bunda dela quando ela estava indo pegar comida a dois dias, mas fora isso, não tinha feito nada.

– Acabei de receber uma chamada dos meus homens. Sei o que aconteceu com eles. – Dawn disse e deu um soco na parede. – Você estava certa. Seu marido é um demônio. Ele está com cinco dos meus homens e quer vocês cinco.

– Rick está aqui? – Ally perguntou soltando o esfregão. – Você falou com ele? Ele está bem?

– Ele está lá fora, não falei com ele e não sei se dizer como ele está. – Dawn disse furiosa. – O que devo fazer? Me negar e perde meus homens ou aceitar e perde você? Perde quem está mantendo aquelas pobres mulheres que foram estupradas vivas?

– A culpa do que aconteceu com elas, é sua. – Ally disse tentando manter a calma. – Se não fizer o que Rick está proprondo, ele vai atacar o hospital. Vai matar a todos, mas deixar você por último para assisti tudo de camarote. Têm pessoas aqui que querem te matar e sei que eles ajudariam Rick sem pensar muito nisso. Faça o que ele está mandando. É sua última chanse de mostra quem está no comando.

Dawn estudou Ally por um tempo até que pegou o radio na cintura.

– Fale para ele que a troca vai acontecer daqui meia hora aqui no hospital. Estejam prepararos. – Dawn disse olhando para a mulher na sua frente. – Você e as meninas precisam se trocar. Entregarei as coisas que encontramos com vocês para seu grupo.

– Obrigada. – Ally disse e passou por ela indo até onde os outros estavam.

Ally chamou os outros quartos para o quarto e quase não se contendo em si, contou que Rick estava com parte do grupo lá fora esperando para fazer uma troca com Dawn. Eles se trocaram rapidamente e se prepararam. Ally se olhou no espelho do banheiro e suspirou. Com a roupa do hospital, mal dava para notar a barigada dela, mas com a sua, era impossível não ver a barriga. Ela parecia grita, olhem para mim, estou aqui. Ally respirou fundo e colocou a jaqueta por cima da roupa, a fechando. Estava com um pouco de calor, mas a jaqueta escondia a barriga. Ela queria contar para Rick que estava gravida, não queria que ele simplesmente visse a barriga sem mais, nem menos.

– Está na hora. – Steven disse parando na porta do quarto quando ela saiu do banheiro. – Dawn mandou eu vim buscar vocês.

Ally concordou com a cabeça e foi até a cama onde Sofia estava sentada. Ela ajudou a menina a se levantar e apoiou o corpo dela. Apesar de está com o pé melhor, ela ainda sentia dor e era difícil andar com aquela bota sem pode se apoiar em nada. Juntos, eles passaram a andar pelos corredores. Eles foram para o terceiro andar onde Dawn estava esperando por eles com outros policiais. Todos armados.

– Guardem as armas. – Dawn disse guardando as dela e pegando o radio. – Guardamos as armas.

Ally olhou para a porta tentando ver alguma coisa, mas não viu nada além de voltos.

Enquanto subia aquelas escadas, Rick sentia seu coração batendo mais forte. Estava a pouco de reencontra a esposa. Estava a pouco de acabar o pesadelo. Ele olhou para o policial que ia na frente e continou com a arma apontanda para a oficial que estava na sua frente. Eles finalmente saíram das escadas e foram para um corredor. Rick tomou a frente e olhou pela janela que tinha ali. Algumas pessoas estavam paradas ali, ele tentou reconhecer Ally mais não conseguimos.

– Guardarmos as armas. – uma voz feminia veio de um dos rádios.

– Vocês também. – Rick disse tanto para seu grupo quanto para os outros policiais.

Ally predeu a respiração e apertou delicadamente as mãos de Sofia e Beth. Dawn fez um sinal e a porta foi aberta. Assim que viu o marido passar pela a porta, Ally penseou que ia desmaiar. Ele estava ali e estava bem. Dawn fez um sinal para que elas descem mais um passo a frente e foi isso que fizeram. Ally estudou Rick com atenção. Ele estava com roupas limpas e tinha feito a barba. Apersar de ter uma leve barba começando a se forma em seu rosto. Os policiais que estavam soltos caminharam na direção deles.

– Eles estão bem. Não tocamos neles. – Rick disse olhando para Dawn. – Como pode ver, comprimos o que falamos.

– Certo. Um dos meus, por um dos seus. – Dawn disse olhando para o líder.

– Claro. – Rick fez um sinal para Daryl que pegou o primeiro policial.

Ally entregou o braço de Sofia para a policial que ia levar ela e deu um pequeno sorriso para a menina encorajando ela. Sofia foi andando em direção ao pai mancando apoiada no policial. Daryl pegou as mochilas delas e colocou nas costas pegando a filha no colo e a levando até onde os outros estavam. O proximou que pegou um refém foi Glenn. Ally deu um pequeno empurrão na Beth para que ela podesse andar até o policial. Assim que estava ao alcance de seus braços, Glenn a abraçou e beijou a testa dela indo até o grupo deles. O próximo foi Edwin, Ally fez Patrícia ir. Apesar de não se conhecerem, Edwin abraçou Patricia e a levou até seu grupo. Ally olhou para Felipe e fez sinal para ele ir. Um homem que ela não conhecia veio com o próximo policial e mais uma troca foi feita. Ally olhou para o lado quando Dawn a pegou pelo braço e ela viu Rick se aproximando dela com o último refém. Dawn soltou o braço dela com força e Ally foi em direção ao marido que beijou a testa dela e a guiou em direção ao grupo deles.

– Fico feliz que tenhamos nos entendidos. – Dawn disse fazendo Rick olhar para ela.

– Sei como se sente. – ele disse e se virou saindo com os outros. – Eric, podem ir para o trailer, correu tudo certo. Chegamos aí em vinte minutos.

– Entendido, Rick. Estamos a caminho.

– Vocês estão bem? – Rick perguntou apoiando a mão nas costas da esposa para ajudar ela a descer as escadas escuras.

– Estamos. – Ally respondeu olhando para ele. – Onde estão as crianças?

– Seguras. Falamos disso depois.

Ally apenas concordou com a cebeça e desceu o resto das escadas em silêncio. Assim que chegaram lá fora, Glenn e Abraham assumiram a frente matando os walkers que se aproximavam deles. Eles estavam quase no trailer quando Ally parou e colocou a mão na barriga senti o bebê chutar com força.

– Ai. – ela disse fechando os olhos com força.

– Ally, o que foi? – Rick perguntou preocupado.

– Estou bem. Vamos que não temos muito tempo. – ela disse passando por ele sem dá muita atenção.

Rick sabia que ela estava certa, por isso deixou para perguntar sobre isso mais tarde. Eles chegaram onde os outros estavam, Rick abriu a porta o trailer e fez com que eles entrassem primeiro. Assim que entrou, Ally viu Noah sentando na mesa sorrindo para ela. Ela foi até ele e o abraçou com força. Daryl a seguiu com Sofia no colo e os outros logo atrás.

– Pode ir, Aaron. – Rick disse fechando a porta.

– Certo. – Aaron respondeu e ligou o carro.

Aaron ligou o trailer e começou a se afastar. Rick olhou para Ally, que ainda estava abraçada a Noah. A esposa estava diferente, mas parecia bem. Ele olhou para Beth e Sofia. Sofia estava sentada no canto com Daryl agachado na frente dela e os dois conversavam baixinho. Beth estava sentada um pouco mais na frente conversando com Glenn e perguntando sobre sua irmã.

– Obrigada. – Ally disse por fim se afastando de Noah.

– Desculpa demorar para vim, mas eles estavam longe. – Noah disse sem graça.

Ally apenas riu e olhou para Rick que a olhava atentamente.

– Sei com eles podem ser escorregadios. – ela disse e se virou de novo para o menino. – Ele foi muito mal com você?

– Não. Apenas me jogou contra a parede e apontou a arma para mim. – ele disse dando de ombros.

– É, foi o que pensei. – ela disse sorrindo. – Venha, xerife. Temos muito o que conversar.

Ally passou por todos ali e foi até a parte dos fundos do trailer. Ally parou perto da cama e olhou para Rick. Eles ficaram um tempo se olhando se olhando, até que Rick andou até ela e a abraçou com força. Mesmo sentindo a barriga dela, ele não se afastou. Ally estava ali e isso era tudo o que importava. Ally se apertou contra ele. Depois de tudo o que eles passaram no hospital. Depois de ter que lutar para manter ela e as meninas.

– Está tudo bem, amor. Estou aqui agora. – Rick disse e beijou a testa dela.

Ally concordou com a cabeça e passou a mão no rosto para secar as lágrimas. Ela precisava colocar aquilo para fora. Tinha que deixar o que estava sentindo sair.

– Estou gravida. – ela disse com a cabeça dela no peito dele.

Ela sentiu Rick ficar tenso. Ela sabia que deveriam ter contado para ele sobre os estupros e ele provavelmente pensaria que o bebê não era dele. Tomando uma respiração pronfuda, Ally se afastou dele e olhou para o marido.

– Gravida?

– Sim. – ela disse secando as lágrimas. – Eu descobri quando acordei no hospital. Quase sofri um aborto, mas o medico do hospital conseguiu controlar.

Rick se afastou mais dela e abriu o casaco. Ele olhou para a barriga da esposa. Ally ficou com medo da reação dele. Rick olhou para ela e levou a mão a barriga dela sentindo o bebê mexendo. Ele sabia que era o pai daquela criança e mesmo que não fosse, a criaria como sua.

– Como vocês estão? – Rick perguntou quebrando o silêncio.

– Bem. Estou um pouco abaixo do peso, assim como o bebê, mas estamos bem. Fiz ultrassons e estamos bem.

– Sabe o que é?

– Não. Ele estava com as pernas cruzadas.

Rick riu e balançou a cabeça abraçando a esposa novamente. Rick se afastou novamente dela, apenas o suficiente para beija-la.