Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 73
Capítulo 73




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Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente! Não se esqueça de ser feliz!

Martha Medeiros

Assim que o dia amanheceu, Rick colocou todos na estrada. Ele mudou o modo que o grupo estava viajando já que Eric convenceu Aaron falar para onde eles tinham que ir. Ele, Carl, Judith e Michonne iriam no carro, o resto iriam no trailer. Carl olhou para o pai assim que entrou no carro e deitou a irmã ao seu lado olhando para ela. Eles começaram a andar, e o carro ia no mais absoluto silêncio, já que Judith ainda dormia. A bebê acordou pouco tempo depois e começou a brincar com a calça de Carl, antes de começar a chorar por comida. O irmão a alimentou e isso o trailer freou.

– O que foi agora? – Rick perguntou parando o carro também. O xerife saiu do carro e foi até Abraham. – O que foi?

– O motor. – Glenn disse olhando para ele. – Eu dou um jeito.

Rick concordou e foi para o carro. Carl saiu com a irmã e começou a brincar com ela no carro. Rick olhou para os dois, se tudo desse certo nas próximas horas, eles teriam um lugar seguro para crescerem. Tudo o que Rick e Ally queria para eles.

– A luta acabou, Rick. – Michonne disse olhando para ele. – Encontramos um lugar.

– Assim como encontramos a prisão. Não, Michonne a luta não acabou. – Rick respondeu. – Eu vou dá uma olhada nesse lugar, se for o que eles dizem, vou deixar meus filhos com vocês e vou atrás da minha esposa assim que ter certeza que estão seguros.

– Rick, não acho que deve ir atrás dela. – Michonne disse fazendo com que Carl olhasse para ela. – Será pior se encontra o corpo dela, ou até mesmo...

– Não me diga o que fazer, Michonne. Acho que já passou por cima da minha vontade muitas vezes em poucos dias. Vou atrás dela e se ela estiver morta como você acredita... Voltarei com o corpo dela para enterrar, para poder levar flores, conversar com ela. Você matou seu namorado, mesmo negando isso, sabe que é verdade. Então, não me diga o que é certo ou errado. E outra, Aaron disse que sabe por onde aqueles caras passam. Vou confiar nele. Não foi isso que me pediu?

– Não desse modo.

– Bob me disse que tinha que lutar pelo que acredito. E prometi para ele que daria isso, por isso, lutarei por minha esposa. – ele olhou para Glenn e Abraham levando a nova bateria para o trailer. – Preciso de um tempo. Eu vou dá uma volta, depois que voltar, partiremos.

Rick desencostou do carro e passou a mão na cabeça da filha antes de entra na floresta. O xerife andou um pouco até que encontrou uma casa velha com um monte de lixo, ele pegou um liquidificador velho e colocou uma arma lá dentro. Não confiava nesse lugar e deixaria ali apenas por precaução. Ele voltou para onde os carros estavam e entrou no carro, onde Carl estava com Judith.

– Você está bem? – ele perguntou olhando para o filho. – Quer dizer com tudo isso que está acontecendo.

– Eu quero que aquilo seja verdade, assim você vai atrás da mãe. – ele respondeu passando a mão no rosto da irmã.

– Mesmo se aqueles muros estiverem lá, apenas sairei quando teve certeza que aquelas pessoas saibam se defender. Nunca deixaria vocês sem proteção. Nunca sairia e deixaria vocês em um lugar sem saber que quando voltar, vocês ainda estrão lá, prontos para me receberem de braços abertos.

– Vamos receber, o senhor e a mãe. Pode ter certeza disso.

– Eu e sua mãe. – Rick concordou sorrindo para a filha que tinha acabado de acorda. – Ei, princesa, dormiu bem?

– Estamos prontos para ir. – Michonne disse entrando no carro.

Rick nada disse, apenas ligou o carro novamente. Eles seguiram para Alexandria em silêncio. Judith ficou brincando com a perna do irmão e dando pequenos gritos animados. Rick viu os muros e olhou para os filhos pelo retrovisor. Ele parou o carro cinco minutos depois atrás do trailer. Rick fechou os olhos, apeas para abrir e olhar para a frente quando escutou crianças rindo. Pelo menos, dessa vez o silêncio não recebeu eles. Ele saiu do carro, e Michonne e Carl fizeram o mesmo. Rick foi até a porta de trás e olhou para a filha brincando.

– Venha, querida. – ele disse a pegando no colo.

Judith sorriu para o pai que a beijou na testa. Rick arrumou a filha no colo e pegou sua arma assim como todos. Nessa hora, o portão foi aberto e Aaron foi em direção a comunidade ajudando Eric a andar. Rick parou o que fez com que os outros pararem. Eles olharam para a comunidade. Todos olharam para o lado quando uma lata de lixo caiu, Daryl atirou e pegou um gamba.

– Trouxemos o jantar. – ele disse mostrando o bicho morto para o homem que apareceu do outro lado do portão.

– Está tudo bem. – Aaron disse para o homem que olhava para todos. – Vamos pessoal, entrem.

Rick olhou para eles e começou a andar. Ele foi o primeiro do grupo a entra. Judith estava meia tombada no colo dele, mas olhava atentamente para tudo à sua volta. Carl entrou e parrou ao lado do pai.

– Em primeiro lugar, vocês têm que deixar as armas comigo. – o cara que estava no portão disse. – Se quiserem ficar, tem que deixar as armas.

– Não sabemos se vamos ficar. – Rick disse olhando para ele enquanto movia a mão que segurava a arma. – Acredite, se quiséssemos usar, já teríamos começado. E você não saberia de onde veio o primeiro tiro. – Rick olhou envolta.

– Está tudo bem. – Aaron disse levantando as mãos. – Vamos deixar eles falarem com Deanna primeiro.

– Quem é Deanna? – Abraham perguntou mal humorado.

– A pessoa que sabe tudo o que precisam saber sobre esse lugar. – Aaron respondeu confiante. – Rick, por que não começamos com você?

Rick escutou um gemido atrás dele. Olhando naquela direção viu um walker andando ao lado dos carros.

– Sasha. – todos olharam para atrás e Sasha matou o walker. – É bom estamos aqui.

Rick disse e começou a andar. Aaron os guiou até uma casa. Rick entregou a filha para Carl que a pegou no colo depois de guarda a arma. Aaron entrou na casa e saiu pouco tempo depois com uma mulher loira que sorriu para todos.

– Olá. – a mulher disse. – Sou Deanna, vou conversa com cada um de vocês separadamente. Aaron me disse que Rick será o primeiro.

– É. – Rick respondeu e tocou a cabeça dos filhos antes de seguir a mulher. Poseidon se levantou e passou a seguir o líder mancando.

– É um belo cachorro. O que aconteceu com a pata dele? – Deanna perguntou quando eles entraram na casa.

– Uma matilha de cães nos encontrou na estrada. Um dos cachorros foi em direção aos meus filhos e ele pulou em cima do cachorro para defende-los.

– Ele é seu então?

– Da minha esposa. – Rick disse passando a mão na cabeça do cachorro.

– Qual das mulheres é ela? – Deanna perguntou sorrindo para ele.

– Nenhuma. Minha mulher não está com a gente no momento. – Rick respondeu sério. – O que quer saber sobre mim?

– Bom, vamos começar do modo correto. Eu sou Deanna Monroe.

– Rick Grimes. – Rick disse olhando envolta. Enquanto Poseidon se deitou no canto e ficou olhando para os dois.

– Se importa se eu filmar?

– O que? – Rick perguntou confuso.

– A conversa. Se importa se eu filmar o que vamos conversar?

– Vá em frente. – Rick respondeu indo até a janela para olhar para os muros. – Por que filma?

– Presamos a transparência aqui. – Deanna respondeu sorrindo, enquanto Rick continuava olhando para fora. – Sente-se, por favor.

– A quanto tempo está lá fora? – Deanna começou olhando atentamente para ele.

– Desde que começou. – Rick se sentou de frente para ela.

– Como se conheceram? Já eram amigos ou...

– Não nos conhecíamos. Formos nos encontrando aos poucos. Cada um em um lugar, com uma história diferente. – Rick respondeu olhando envolta antes de olhar para ela. – Precisamos de um outro para sobreviver e estamos juntos.

– Eu era congressista antes disso tudo começar. – Deanna disse sorrindo. – Ohio, 15° distrito. E você?

– Acho que isso não importa mais. Quem eu era antes disso começar, está morto.

– Eu sei que importa.

– O que é esse lugar?

– É o início da sustentabilidade. É o que diz nos impressos que encontramos. – Deanna respondia calmamente. – Era uma comunidade planejada, com sua própria energia solar, cisternas, estação ecológica de esgoto. Começamos com 800.000... Como se fosse grande coisa. E eles venderam tudo.

– Como você veio parar aqui?

– Minha família e eu tentamos volta para Ohio, para que eu pudesse ajudar meu distrito na crise, o exército nos parou e nos trouxe para cá. Disseram que vinham nos buscar depois, como pode imaginar, eles nunca chegaram aqui. Mas aqui tinha suprimentos e aproveitamos da melhor forma.

– Você que levantou os muros?

– Havia um shopping em construção aqui perto, e meu marido Reg, é professor de arquitetura. E quem ele era, foi importante para nos manter vivos. Ele colocou os primeiros blocos com nossos filhos, depois chegaram mais pessoas e nos ajudaram. E agora temos uma comunidade.

– Esteve atrás desses muros esse tempo todo? – Rick perguntou sem acreditar.

– Sim. Por isso precisamos de pessoas que estiveram lá fora. – Deanna concordou. – Vocês são o primeiro grupo de consideramos acolher.

– Deveria mante dos portões fechados.

– Por quê?

– Porque agora, tudo se trata de sobrevivência. A qualquer custo. – Rick disse com a voz calma e sereno. – As pessoas lá fora estão sempre procurando uma brecha para encontra suas fraquezas. Eles avaliam você pelo que podem pegar de você. Por como podem te usar para manter eles vivos. Trazer pessoas para cá agora...

– Está me dizendo para não acolher vocês? Já deu uma olhada nesse lugar? Aaron me disse que posso confiar em você.

– Aaron não me conhece. Eu já matei pessoas. Não sei quantas. Perdi a conta a muito tempo. Mas agora... Agora eu sei a razão pelas quais estão mortos. Estão mortos para que minha família, aquelas pessoas que estão lá fora, possam viver. Para que eu possa viver com eles. Podemos ter nos conhecido depois que tudo isso começou, mas passamos por coisas juntos, passamos por pessoas que eram piores do que os walkers. Eu matei para garanti um dia a mais na nossa sobrevivência.

– Isso é um motivo que me faz querer fazer parte da sua família. Rick, o norte da Virginia foi evacuado, milhares de pessoas foram embora. Por muito tempo não apareceu ninguém por aqui, vivo ou morto, mas ainda assim... Perdemos pessoas. E... eu fiz coisas.

– O que você fez?

– Exilei três que não deram certo. – Deanna falou como se fosse a pior coisa do mundo. – E ambos sabemos que é a mesma coisa que matar nos dias de hoje.

– Não. Não é. – Rick disse antes de se levantar e voltar para a janela. – O que você quer de nós?

– Essas famílias... Eles devem ter condição de criar seus filhos em um modo seguro. Seu filho, sua filha... deveriam ter um lugar seguro para crescerem. O que eu quero? Que nos ajude a sobreviver. Que nos ensine a sobreviver. Sei que pode fazer isso.

– Como?

– Sou boa avaliando as pessoas. – ela disse olhando para ele atentamente. – Se não tivesse no congresso, seria jogadora de Porquê. Eu não estou brincando. Rick, são 15h37. Você está cético. Tem o direito de estar. Mas está na hora de decidi. Se as decisões da vida daquelas pessoas estiverem em suas mãos.

Rick olhou para seu relógio e começou a arrumar a hora.

– Eu era xerife.

– É, eu achei que fosse alguma coisa assim.

– Eu tenho apenas mais uma pergunta. – Rick disse olhando para fora novamente. – Tem certeza que sabe o que está fazendo?

– Claro que sim, Rick. Eu sei.

Rick concordou com a cabeça e foi em direção a porta. Ele saiu e desceu as escadas fazendo um sinal para que Carl foi o próximo. Ele ficou na porta enquanto os filhos entraram com Laica logo atrás. Sabia que os cachorros cuidariam deles. Depois de Carl, Rick assistiu cada um de seu grupo entrando e saindo da casa. Cada um com sua entrevista. Apenas naquele momento ele notou que Deanna e eles conversaram bastante, já que nenhum deles demorava muito lá dentro.

– Bom, acho que está na hora de entregarem as armas. – Deanna disse sorrindo. – Podem ficar com as facas, e senhor Dixon pode ficar com sua besta, sem problema algum. – Rick fez um sinal para o grupo e eles foram em direção ao carrinho. – Elas ainda lhes pertencem, mas aqui dentro a guardamos pela segurança. Quando forem sair, podem pegar elas.

– Deveria ter trazido outra dessa. – a mulher responsável pelas armas disse puxando o carrinho.

Rick olhou para ela se afastando com suas armas e depois para Carol. Pelo visto, ela ainda se lembrava do que eles tinham conversando noite passada.

– Rick, por que você não vem comigo pra que posso te mostra onde vocês vão ficar? – Aaron perguntou olhando para ele.

– Claro. Carl você vem comigo. – ele disse olhando para os filhos. – Daryl, será...

– Claro. – o caçador disse indo até Carl e pegando Judith no colo. – Venha aqui, Bravinha.

Rick e Carl seguiram Aaron até a frente de duas casas que ficam mais ao fim da comunidade. Eles param na frente deles e Aaron sorriu para eles.

– Elas são suas.

– As duas? – Rick perguntou desconfiado.

– Sim. Estão à sua disposição. – Aaron concordou. – Eu escolheria aquela. Tem mais atrativos. Escute, sei que ainda está nos avaliando, mas sabia que somos aquilo que falamos. Eu já te vi lá fora, Rick e sei que menti para você é a mesma coisa que assinar minha sentença de morte. Estou feliz que tenham vindo. De qualquer maneira, Deanna disse que vocês podem se limparem, conhecer as coisas por aqui. Explorarem a comunidade, o que quiserem fazer, podem. Ela disse que dera o espaço que vocês precisam, então hoje não viram todos de uma vez. – Aaron disse calmamente. – Se precisar de mim, moro a quatro casas abaixo. Qualquer coisa, é só ir lá. A qualquer hora. Ficarei feliz em ajudar.

– Obrigado. – Carl disse quando Aaron se afastou deles.

– Vamos entra naquela. – Rick disse apontando para a última casa.

Rick foi na frente e foi o primeiro a entrar com a mão no facão, Carl veio logo atrás. Eles andaram pela casa olhando tudo. Estava limpa e tinha muitos portas-retratos. Em uma mesa tinham lençóis limpos. Carl foi direto para a cozinha. Ele ligou a torneira e saiu água.

– Vamos chamar os outros. – Rick disse sorrindo para o filho. – Tem três banheiros, podemos tomar banho e finalmente tirar essa sujeira.

– Mãe ia pirar por poder lavar os cabelos depois de tanto tempo. – Carl disse enquanto eles desciam as escadas. – Mandaria todos esperar e ia dá banho na Judith primeiro.

– É. Depois colocaria você e as outras crianças para tomarem banho. Quando vocês saíssem ela, iam pentear os cabelos de todos e você reclamaria falando que não é mais criança.

– É. Eu posso usar um daqueles porta-retrato? – Carl perguntou quando chegaram perto dos outros. – Tem um que quero. Acho que a foto da mãe ficaria ótimo ali.

– Claro. – Rick disse e pegou a filha no colo. – Vamos todos para a casa. Podemos tomar banho, nos limpar. Comemos alguma coisa...

Todos concordaram e foram para a casa. Rick deu banho na filha primeiro e depois a deu para Carl que também estava de banho tomado. Depois de ter certeza que os filhos estavam bem, Rick foi tomar banho. Assim que a água caiu pelo corpo dele, ficou marrom, apenas depois disse que ele notou o quanto estava sujo. Foram semanas de estrada. Enquanto sentia a sugeria sendo tirada de seu corpo, não conseguiu evitar de pensar na esposa. Onde será que ela estava? Como será que ela estava? Isso realmente era uma coisa que ele precisava. Quando estava realmente limpo, ele foi até o espelho. Não reconheceu aquele rosto. Estava com a barba tão grande. Se olhando daquele disso, ele se lembrou de algo que Ally tinha lhe dito a muito tempo atrás. Ele ficava bonito de barba, mas não com muita, parecendo um homem das cavernas. Com uma tesoura, ele começou a cortar, depois tirou o resto com o barbeador. Ele estava quase terminando quando escutou uma batida na porta. Ele saiu do banheiro e foi para a porta dos fundos. Ao abri, viu que tinha uma mulher loira com uma caixa na mão. Bonita, mas não era o tipo dele.

– Oi. Eu trabalho na dispensa. – ela disse sorrindo. – Deanna me pediu para trazer isso aqui para você e seus amigos.

– Obrigado. – Rick disse pegando a caixa na mão. – Mas eles são minha família. Estamos nos limpando.

– Desculpe pela confusa. É dá para ver. – ela apontou para o rosto de Rick. – Ainda tem um pouco de espuma para barbear no rosto.

Rick passou o ombro no rosto tentando tirar um pouco a espuma. Ele se sentia desconfortável. Estava sem camisa conversando com uma estranha. Ele podia até imaginar o que a esposa faria se estivesse ali e o visse naquele momento.

– Sou Jesse. – ele disse sorrindo.

– Rick.

– Eu era cabelereira antes disso começar. Além de outras doze coisas. – ela disse olhando para ele com mais atenção. – Posso corta seu cabelo se quiser.

– Você não me conhece. E eu não a conheço. – Rick disse fazendo com que ela sorrisse.

– Eu sei. Mas Deanna deixou vocês entrar, então acho que são boas pessoas. Posso corta seu cabelo, sei me cuidar. Você quer?

– Claro. Seria bom. Deixe apenas guarda isso e colocar uma blusa. – Rick disse mostrando a cesta em sua mão. – Entre.

Rick a deixou na sala e foi até o banheiro. Ele pegou a blusa que tinha deixado ali e foi para a sala. Ele arrumou um lugar e entregou o pente e a tesoura para ela. Jesse colocou uma toalha nos ombros dele e começou a cortar o cabelo dele. Rick estava se sentindo estranho com isso, mas mesmo assim precisava disso. Precisava corta o cabelo. Ally cortava para ele na prisão, mas sempre deixava em um comprimento para que ele pudesse pentear para trás. Ela gostava disso.

– Eu tenho dois filhos. Ron e Sam. – Jesse disse chamando a atenção dele. – Ron tem a idade de seu filho. Se você quiser, posso apresentar eles, se não tiver problemas para...

– No momento estou sozinho. – Rick respondeu olhando para longe.

– Eu sinto muito.

– Não sinta. – ele disse olhando para longe. – Minha mulher não morreu.

Eles ficaram em silêncio. Rick não sabia o que falar. Depois de tanto tempo longe de pessoas, tento uma conversa normal com uma pessoa. Nos últimos tempos as únicas coisas que eles conversavam eram sobre comida, sobrevivência, walkers e água. Jesse não falou mais nada, apenas terminou o que estava fazendo.

– Pronto. – ela disse se afastando dele. – Está bem melhor.

– Obrigado. – Rick disse olhando para o espelho. – Minha esposa cortava para mim, mas desde que saímos do nosso último abrigo, não tivemos muito tempo para isso.

– Pai? – Carl chamou entrando na sala com a mamadeira de Judith na mão.

– Oi, filho? – Rick disse olhando para ele.

Carl estudou Jesse atentamente com os olhos sem se aproximar deles. Ele não sabia quem ela era, mas o fato do pai ter deixado ela entra na casa e corta o cabelo dele, era muito estranho.

– Judith está chorando de novo. – ele disse olhando para o pai novamente. – Ela não fica parada, está quase caindo do colo de Maggie.

– Eu já vou. – Rick disse e o filho concordou saindo da sala. – Ela passava a maior parte do tempo com a mãe. Está sentindo falta dela.

– Coitada.

– Ela ficará bem. – Rick disse indo para a porta. – Obrigado, mas agora tenho que acalmar uma garotinha.

– Tudo bem. Até depois.

Jesse sorriu para ele uma última vez e saiu da casa indo em direção à rua.


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