Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 72
Capítulo 72




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Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.

Martin Luther King

Ally estava deitada na cama olhando para a tela do ultrassom. Tinha se passado três semanas desde que Shane tinha morrido e Sofia ainda estava com medo de tudo o que via. Ally passou a dormi com ela na mesa cama e conversava sempre sobre o que tinha acontecido. A menina estava com medo dos outros policiais, mas Ally nunca a deixava ficar sozinha depois daquele dia. Sempre tinha alguém com ela. Ally suspirou quando sentiu o gel gelado na sua barriga e olhou para Steven.

– Vamos ver como está esse bebê. – ele disse colocando o aparelho na barriga dela.

Ally olhou novamente para a tela e tentou ver alguma coisa. Esse era o terceiro ultrassom que ela fazia. O primeiro foi depois do quase aborto, o segundo a três semanas, um dia depois do que tinha acontecido com Sofia. Apenas depois de ter escutado o som do batimento do coração do bebê foi que ela começou aceitar e nisso a barriga dela começou a crescer. Steven disse que ela provavelmente estava de quatro meses quando chegou lá, então agora estava com cinco. Ally engravidou ainda na prisão. Que ironia.

– Vamos ver. – Steven disse sorrindo. – Está tudo bem com esse pequeno. Ainda não dá para ver o que é, está com as pernas encolhidas. Mas pelo o que posso ver, está tudo bem com o bebê. Os batimentos estão bons, o tamanho também. Está um pouco baixo do peso, mas acho que é normal. Você também está pesando menos do que o recomentado para essa faze da gravidez.

– Meu bebê é normal? – Ally perguntou olhando para a tela.

– Sim. Está tudo certo com ele. Tem o tamanho e o desenvolvimento normal. Apenas o peso que está um pouco abaixo. – Steven falou sorrindo para ela. – Quer escutar o coração?

– Sim.

Steven ligou a caixa de som e desceu um pouco o aparelho. Logo um som rápido passou a encher o ambiente. Ally sorriu. Queria que Rick estivesse ali para desfrutar desse momento com ela.

– Bom, terminamos por hoje. – Steven disse sorrindo para ela. – O bebê está bem, você também. Daqui um mês refazemos o exame.

– Tudo bem. – Ally respondeu se sentando na mesa e pegando o pano que o médico estivou para ela. – Mais alguma coisa?

– Dawn quer falar para os outros sobre a gravidez. – Steven falou quando Ally desceu da maca. – Disse que como sua barriga estava começando a aparecer, eles deveriam saber.

– Não sei por que disso. – Ally abaixou a blusa e olhou para ele. – Já falei para ela me deixar ir. Não quero ficar aqui. Quero estar com minha família quando meu bebê nascer.

– Ela nunca te deixará sair, você sabe disso. – Steven disse olhando para ela. – Por que ainda tenta?

– Apenas não sair pelo o elevador com meu pessoal, por causa da gravidez. Mesmo que meu pessoal não me encontre, não ficarei aqui. Assim que meu bebê nascer, irei embora. Dawn sabe disso, por isso quer falar para todos. Quer que me apague a eles e fique, mas isso não vai colar comigo. Minha família não está aqui.

– O que te garante que eles ainda estejam vivos?

– Eu os conheço. Sei pelo que já passaram. – Ally suspirou e colocou a mão nas costas. – Já vi eles lá fora. Sei que estão vivos e sei que vamos nos encontra novamente.

– Você pensa no seu bebê? Pensa em como vai ser sair daqui com ele nos braços sem saber onde seu pessoal está?

– Tenho mais dois filhos, um de quinze anos e outra de onze meses. Sei o que é ter um bebê nesse fim de mundo, sei o que é andar com ele por aí no meio desses bichos. Não precisa se preocupar comigo. Sei o que estou fazendo e onde estou me metendo.

Ally se virou e saiu da sala. Enquanto andava pelos corredores do hospital pensava em como sair dali. Não podia continuar assim. Sofia estava mais forte do que nunca, mostrava que aquilo serviu para um enorme amadurecimento para ela, mas mesmo assim se assustava sempre que algum homem se aproximava dela. Ally levou a mão ao pescoço onde geralmente ficava seu colar. Será que Noah ia conseguir encontra sua família? Será que ainda estava vivo? Suspirando, ela entrou em seu quarto. Beth estava sentada no chão com um livro na mão, Sofia estava deitada na cama escrevendo alguma coisa, seu pé ainda imobilizado. Patrícia conversava com Lori e Felipe estava sentado na janela. Desde da morte de Shane, todos dormem no mesmo quarto. Quando Dawn perguntou o motivo disso, Ally apenas respondeu que como grupo, eles tinham que ficar juntos.

– Ei, como foi? – Sofia perguntou olhando para ela. – O bebê está bem?

– Sim. Steven disse que está tudo bem com ele, está no tamanho certo, apenas estamos um pouco baixo do peso. – Ally respondeu se sentando na poltrona.

– Deu para ver o sexo? – Beth perguntou olhando para ela por cima do livro.

– Não. Estava encolhido. – respondeu sorrindo. – Acho que é outra menina.

– Serio? – Lori perguntou olhando para ela. – Palpite de mãe?

– Não. Apenas acho que é. – Ally sorriu olhando para a sua barriga. – Mas é bem provável que esteja errada. Pensei que Judith era um menino.

– Isso é normal. – Lori disse. – Sempre achamos que é uma coisa. Lembro que quando estava gravida de Carl, jurava de pé junto que seria uma menina. Rick falava que não, que seria um menino. E ele estava certo.

– Rick... Eu queria que ele soubesse. – Ally passou a mão na barriga. – Ele estaria surtando. Ele sempre surta com tudo.

– Ele é protetor. – Lori concordou.

– Você não sabe do que está falando. – Sofia disse se arrumando na cama para olhar para Lori. – Quando Ally estava gravida de Judith, ele virou um tipo de pai todo protetor. Ally não podia dá um passo que ele estava de olho. Vivia falando para ela descasar e tentava enfiar comida nela toda hora.

– Eu sinto falta disso. – Ally encostou a cabeça na cadeira. – Daria tudo para estar lá fora andando com eles atrás de um lugar seguro onde possamos ficar.

– Sabe onde eles estão? – Patrícia perguntou.

– Não. Mas sei para onde queriam ir. – respondeu sem dá atenção. – Eu posso encontrar eles se sair daqui. Sei disso. Sei que posso.

– Como pode ter tanta certeza disso? – Patricia perguntou. – Sempre fala isso com tanta certeza.

– Eu conheço meu marido. Sei como ele pensa. Aposto com quem quiser que ele está tentando encontra um lugar seguro para deixar o grupo para vim atrás de mim. Se o conheço bem. Ele ficará de vigia naquela estrada até o carro passar novamente e ele os cerca e obrigar eles a trazer ele e alguns do nosso pessoal para cá. Rick sabe ser paciente.

– Qual foi a pior coisa que vocês já passaram? – Felipe perguntou olhando para elas. – Tipo, o que mais marcou desde que tudo começou.

– A queda da prisão. – as três falaram juntas.

– Vocês nunca falaram sobre isso.

– É doloroso. – Ally disse passando a mão pelos cabelos. – Perdemos muito naquele dia. Perdemos pessoas que amávamos, nos separamos, quase morremos... Vimos até onde as pessoas podem chegar nesse mundo.

– Pode nos contar o que acontece? Como aconteceu a queda?

– Para isso teríamos que voltar no começo. – Ally disse se arrumando na cadeira. – Sentem, a história é longa.

Ally, Beth e Sofia passaram as próximas horas contando o que tinha acontecido com eles. Sempre que contavam da morte de alguém do grupo era mais difícil. Eles tinham perdido tanto e sentiam tanto por isso. Ally contou a maior parte por estar lá fora com o grupo por mais tempo. Patrícia sorriu quando viu o brilho nos olhos da afilhada sempre que ela falava do marido e os filhos. Estava feliz por ela ter encontrado alguém que a fazia feliz nesse mundo.

– Quando nos encontramos depois do Terminus, encontramos um padre e o último lugar que sei que o grupo ficou foi na igreja dele. – Ally terminou a história. – Sei que Rick seguiu para Washington, por isso, mantei Noah para lá. Ele pode passar na igreja, mas acho difícil encontrar alguém lá.

– Eu tenho uma pergunta. – Felipe disse chamando a atenção das mulheres. – Como com toda essa correria você teve tempo para engravidar? Sério, sei que ainda estava na prisão, mas pelo que você falou, nem lá você parava. Estava sempre fazendo alguma coisa. Ajudando alguém.

– Ela e Rick sempre fugiam. Isso quando não encontrávamos eles em situações constrangedoras. – Sofia disse rindo.

– Você já pegou eles no pulo? – Lori perguntou surpresa.

– Não. Mas eles sempre estavam se agarrando pelos cantos escuros da prisão. E Ally, me desculpa pelo comentário, mas Rick sempre usou calças apertada que dava para ver como ele estava excitado.

– Hershel já nos pegou transando. – Ally confensou corada. – Nunca em toda minha vida passei tanta vergonha.

– O que? Como foi? – Beth perguntou com os olhos arregalados. – Não consigo imaginar papai nessa situação.

– A culpa meio que foi minha. Foi algumas semanas depois de saímos da fazenda. Estava com meus hormanios a mil e arrastei Rick para o meio do mato, assim que estávamos longe de vocês, eu o ataquei. Em menos de dois segundos, minhas roupas e do Rick estavam no chão e bom... seu pai estava andando por ali e escutou os gemidos e foi ver o que estava acontecendo. Ainda posso me lembra da cara dele. Nunca pensei que alguém podia ficar tão vermelho. Isso sem falar de mim e Rick. Também me lembro como Rick fazia de tudo para ficar com o corpo completamente na frente do meu, para Hershel não ver nada.

– Acho que sei quando foi isso. Lembro que um dia o papai saiu da floresta muito vermelho e quando perguntamos o que tinha acontecido ele deconversou. Depois desse dia ele nunca mais saiu quando você e Rick não estavam. – Beth disse com um pequeno sorriso por causa da lembrança. – Tantas coisas mudaram desde daquele dia.

– Sim, querida. Mudaram, mas estamos bem. – Ally suspirou. – Sei que vamos encontra nossa família logo. E espero ansiosa por isso.

– Sinto falta das discursões boas dos meus pais. – Sofia disse suspirando. – Sinto falta de ver minha mãe flertando com o papai e ele ficando vermelho. Eu não consigo acreditar que ele seja tão envergonhado.

– Carol tem um poder sobre Daryl que nunca vi igual. – Ally disse rindo.

– Acho que é o mesmo poder que você tem sobre Rick. Nunca vi alguém dobra alguém como Rick apenas com um olhar. Serio, é apenas você olhar para ele e ele parece uma criança que foi pega aprontando alguma coisa.

– Isso por que eu tenho certos poderes sobre ele. Coisas que apenas uma esposa pode fazer.

– Eu vou querer saber que coisas são essas?

– Não, Sofia, não vai. – Ally disse rapidamente. – São coisas de teor sexual.

– Então, não quero saber.

O comentário arrancou risada de todos. Ally balançou a cabeça se lembrando do que fazia para o marido ficar nas mãos dela tão facilmente. Sabia que em parte tinha esse poder sobre ele, por ele a amar, e não pelo que ela fazia na cama com ele. Mas mesmo assim, ela gostava de mostra para Rick que eles tinham muito o que fazer e que não importava que o mundo tinha acabado. Eles ainda podiam ser um casal normal. Que foje para namorar longe dos outros e que não tinha mal algum nisso. Eles eram casados, afinal das contas.

– Ally, posso falar com você? – Dawn perguntou entrando no quarto depois de bater duas vezes na porta.

– Claro.

Ally se levantou e saiu do quarto seguindo Dawn até o quarto da policial. Quando entrou, Dawn encostou a porta e olhou para Ally.

– Acho que está na hora de falarmos para os outros que você está gravida. – ela foi direto ao assunto.

– Eu não vejo o porque disso. – Ally disse cruzando os braços. – Não é como se isso fosse da conta de qualquer um além de mim.

– Sei que não deve nada para essas pessoas, mas elas moram aqui com você e têm o direto de saberem que uma de nos está gravida.

– Eu não sou uma de vocês. Dawn, me deixar ir embora com meu pessoal. Não queremos nada demais, apenas queremos encontra nossa família. Voltamos para as pessoas que amamos.

– Preciso de pessoas como você aqui. Em pouco tempo perfi dois dos meus policiais.

– Perdeu dois estrupadores. Ainda tem um e se não tiver coragem, posso acabar com ele. – Ally disse bufando. – Sabe o que acho? Que você gosta de ver essas mulheres sofrerem. É facil permeti que eles pegem o pagamento que querem contando que não toquem em você.

– Não é bem assim...

– Não? Joan não era o brinquedo favorito de um dos seus precisos policiais? Me deixa ir com meu pessoal, não queremos nada mais do que isso, ir embora.

– Não. Vocês vão ficar aqui e pronto.

– Reze para quando Rick nos encontra esteja de bom humor, por que se não sua morte será muito dolorosa.

–Seu marido não vai vim atrás de você. Ele desitiu.

– Nunca fale isso novamente. – Ally disse indo até Dawn e a pegando pela cola da camisa. – Rick não esse tipo de pessoa. Acredite em mim quando digo, ele vai vim e quando vim, terá um plano para nos tirar daqui. Não sei qual será esse plano, mas se ele senti que qualquer um de nos corremos perigo, vai entra matando a todos. E você, Dawn, será a última e terá uma morte horrível e dolorosa. Uma morte que ninguém merece. Rick vai vir e quando ele chegar, você vai implorar para que eu o acalme. Por que se você acredita em demônio, meu marido será o mais perto de um que você vai estar. E se não acredita, vai passar a acreditar.

Ally a soltou, passou por ela e saiu do quarto, batendo a porta com força atrás de si. Ela andou um pouco até está longe dali antes de parar e se apoiar na parede. Ela queria o marido ao lado dela nesse momento. Não aceitaria ter o filho ali sozinha, sem Rick. Ele não estava lá quando Judith nasceu, não estava acompanhando essa gravidez e isso, Ally não aceitava. Depois de respirar fundo outra vez, ela voltou a andar. Enquanto andava pelo corredor se perguntava onde Noah estava. Ele precisava encontra Rik e os outros logo. Ela não agentaria fcar ali por muito tempo.

– Como foi? – Sofia perguntou assim que ela entrou no quarto.

– Ela quer conta sobre a gragidez para os outros. Disse que eles têm o direito de saber, já que moramos todos no mesmo lugar. – Ally se deitou na cama e colocou a mão na barriga. – Ela quer apenas que eles se apeguem a gravidez e me convença a ficar aqui.

– Por que ela precisa tanto assim de você?

– Para fazer o trabalho sujo. – Ally respondeu fechando os olhos. – Escultem, vai ficar tudo bem. Sei que sairemos daqui mais cedo ou mais tarde. Se Noah não voltar em cinco meses vamos sair daqui. Até lá o bebê já vai ter nascido e será grande o suficiente para viajar.

– Sei que nosso pesseal vai cim antes disso. – Beth disse confiante. – Rick ficará louco quando Noah contar para ele sobre onde estamos e principalmente que não podemos sair daqui.

– Eu realmente não quero ver o que ele vai fazer com essas pessoas. – Ally disse fechando os olhos. – Ele vai querer matar a todos a sangue frio.


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